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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024

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Mensagem N°81988
De: Jornalista Luiz Ribeiro Data: Terça 29/11/2016 10:38:06
Cidade: Montes Claros - MG

Comunico, com imenso pesar, o falecimento do professor José Geraldo de Freitas Drumond, ex-reitor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Ele estava internado na Santa Casa de Montes Claros. O corpo será velado no auditório do prédio 6 (do curso de Medicina) do Campus da Unimontes. Montes Claros perde um dos um seus maiores benfeitores, responsável pela transformação do ensino superior na região.

***
Unimontes - A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) comunica com imenso pesar o falecimento do ex-reitor da instituição, professor José Geraldo de Freitas Drumond, 70 anos. Ele faleceu na manhã desta terça-feira (29/11), na Santa Casa de Montes Claros, onde estava internado.
Profundamente consternados, Reitor, Vice-Reitor, Pró-Reitores, Diretores de Centro, demais integrantes da gestão superior, professores, alunos e servidores técnico-administrativos lamentam a inestimável perda do professor José Geraldo de Freitas Drumond, um dos maiores benfeitores do ensino superior da região.
O professor José Geraldo de Freitas Drumond, dirigiu a instituição no período de abril/1988 a dezembro/2002 e comandou o processo de transformação da antiga Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM) na atual Unimontes, efetivada pela Constituição Mineira de 1989.
Os nossos sentimentos à família.
O corpo será velado no auditório do prédio 6 do Campus Universitário com horário ainda a ser definido.
CURRÍCULO E TRAJETÓRIA
Natural de Barra Longa (região Central do estado), o professor José Geraldo de Freitas Drumond graduou-se em Medicina pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais no início da década de 1970. Logo em seguida, mudou-se para Montes Claros. Com doutorado em Ciências do Desporto pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Portugal), ele foi professor de Medicina Legal, Ética e Bioética da Unimontes. Atuou ainda como professor do mestrado em Medicina Forense da Universidade de Valência (Espanha).
Entre outras funções, José Geraldo Drumond foi presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – Fapemig (2002/2008). Ele também presidiu a Sociedade Iberoamericana de Direito Médico e a Associação Brasileira de Direito Médico e da Saúde (Adimes). O ex-reitor também já teve diversos livros publicados e faz parte do Conselho Editorial da Editora

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Mensagem N°81987
De: Contribuinte Data: Segunda 28/11/2016 10:38:59
Cidade: Montes Claros/MG

"Aumento de mais de 20% nos casos de pessoas picadas por escorpiões" - é uma manchete de hoje em um jornal de Montes Claros. Já enviei mensagens sobre isto para os Murais da cidade, quando informei as quantidades de escorpiões, entre vivos, mortos, grandes e pequenos, que apareceram na minha residência, apesar de todos os cuidados que temos, de modo intenso, para nos proteger contra picadas desses insetos extremamente perigosos. Entre 2012 e 2016 (até 24/11) registrei 56 (cinquenta e seis) escorpiões, sendo que 2016 foi o recorde, com 21. Procuramos nos defender como podemos, com ralos com tampa nos banheiros, sacos de areia nas portas, faxina semanal, piso branco e iluminação adequada, para facilitar a visualização dos insetos, vedação em placas de tomadas de telefone e eletricidade, telas em janelas, aplicação de inseticidas em pontos estratégicos da casa, muito cuidado ao manusear roupas e sapatos, em armários e fora deles e orientações e apoio do Centro de Controle de Zoonoses. Mas me parece que a causa principal é o SANEAMENTO DA REDE DE ESGOTO. Ao caminhar pelas ruas próximas à minha casa, próximo de bueiros, é possível sentir forte mal cheiro de BARATAS, o alimento preferido dos escorpiões. Além das baratas e escorpiões, outros animais como ratos, pernilongos, moscas e mosquitos aedes aegipty, proliferam em redes de esgoto sem saneamento, ameaçando os humanos com graves doenças como dengue, chicungunya, zica, leshmaniose, leptospirose, que podem ser FATAIS. Portanto, o perigo para nós, que limpamos nossas casas e tomamos todas as precauções possíveis, vem das ruas e lotes sujos e principalmente da REDE DE ESGOTO. É necessário que sejam tomadas medidas conjuntas da Prefeitura Municipal e COPASA, em toda a cidade e Município, visando diminuir o risco de acidentes com escorpiões e doenças endêmicas citadas, que, repito, podem ser FATAIS. Temos o direito de reivindicar serviços públicos de qualidade, como contribuintes de impostos e taxas pagos com sacrifício e pontualidade.

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Mensagem N°81986
De: Manoel Hygino Data: Segunda 28/11/2016 09:40:04
Cidade: Belo Horizonte

Uma mudança sem traumas

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Souza Valente foi o repórter que deu um dos mais importantes furos na história da Imprensa do Brasil: a proclamação da República. O fato decorreu de uma série de esforços orientados com inteligência, argúcia e audácia, fazendo com que a “Gazeta de Notícias”, o “seu jornal”, fosse o primeiro a inserir, que a notícia da mudança do regime político.
O repórter nascera com a vocação, sacrificando-se por uma boa notícia, a nota sensacional, conquistando fama e fazendo exemplos. Com mais de 80 anos, a Associação Brasileira de Imprensa conseguiu um lugar para ele no Asilo São Luís no Rio de Janeiro. A mão esquerda estava paralisada, o coração fatigado, mas demonstrando lucidez e boa memória. Ensinava: “o acaso ainda é o melhor amigo do repórter...”.
O “Jornal do Comércio”, em 16 de novembro de 1889, relatou: “despertou ontem esta capital no meio de acontecimentos tão graves e tão imprevistos que as primeiras horas do dia foram de geral surpresa.
Rompeu o dia um movimento militar que, iniciado por alguns corpos do Exército, generalizou-se rapidamente pela pronta adesão de toda a tropa de mar e terra existente nesta cidade. A consequência imediata destes fatos foi a retirada do Ministério de 7 de Junho, presidido pelo sr. Visconde de Ouro Preto, que teve de ceder à intimação feita pelo sr. Marechal Deodoro da Fonseca, que assumira a direção do movimento militar.
À exceção do lastimoso caso do Sr. Barão do Ladário, que, não querendo obedecer a uma ordem de prisão que lhe fora intimada, resistiu armado e ficou ferido, nenhum ato de violência contra a propriedade ou a segurança individual se deu até o momento em que escrevemos estas linhas”.
Penso eu: gente civilizada mesmo na frustração e derrota! Aliás, o próprio “Jornal do Comércio”, comentou: “aos que se acham com a responsabilidade da situação corre o imperioso dever de manter a ordem e a tranqüilidade pública. São tantos e tão importantes os interesses da população nacional e estrangeira da nossa capital que a mais rigorosa e constante vigilância torna-se indispensável para que no meio da efervescência natural nestas ocasiões não fiquem comprometidos os créditos de um povo civilizado, como é o povo fluminense”.
Os fatos são descritos, a seguir, pelo redator, desde o Arsenal de Marinha à “repartição da Polícia”, citando nomes e episódios, inclusive a renúncia do conselheiro Bosson. Os delegados de polícia, sabendo da decisão, pediram imediatamente exoneração de seus cargos. Correndo a informação de que alguns indivíduos pretendiam assaltar a Casa de Detenção, mandou-se para ali uma força de vinte praças, comandadas por um alferes. A ronda da cidade foi feita à noite por soldados do 7º Batalhão de Infantaria e outros corpos do Exército, enquanto as estações policiais foram reforçadas, sob comando de um oficial do Exército.
Constando que o visconde de Ouro Preto planejava organizar um gabinete para enfrentar a situação, o próprio Deodoro determinou que ele fosse preso. Obedecida a ordem, o visconde foi conduzido ao Estado Maior do 1º Regimento de Cavalaria, em São Cristovão. Tudo sem maior confusão, embora se desencaixotassem e se armassem oito metralhadoras Comblain, no Arsenal de Guerra, para eventuais reações, que não houve. Os navios de guerra nacionais, parados no porto, mantiveram suas guarnições em alerta.

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Mensagem N°81985
De: Manoel Hygino Data: Segunda 28/11/2016 09:36:43
Cidade: Belo Horizonte

Maíra chega à Academia

Manoel Hygino - Jornal Hoje em Dia

Houve por bem a Universidade Livre da Academia Mineira de Letras programar uma sessão especial para homenagear Darcy Ribeiro, na noite de 9 de novembro último. O projeto, valiosa contribuição ao meio cultural de Belo Horizonte, partiu do acadêmico Rogério Faria Tavares, ao ensejo dos 40 anos de publicação de “Maíra”, romance do autor mineiro.
Para conferência sobre o tema, foi convidado Petrônio Braz, polivalente no ofício de viver e escrever – agrimensor, advogado, jurista, romancista, articulista, professor e poeta. Autor de várias obras no campo de Direito, e exerceu importantes cargos públicos na região em que nasceu (ele é de São Francisco, à margem do rio), credenciando-o ao título de cidadão honorário de muitos municípios por reconhecidos serviços.
Sua exposição sobre Darcy Ribeiro atraiu ao Auditório Vivaldi Moreira, da AML, escritores de diversos municípios, inclusive diretores da Academia. Comentou que, embora nascido em 1922, Darcy parece ter-se identificado com os habitantes primitivos da terra, com os índios das tribos que aqui existiam, senhoras das terras do Grande Sertão adotado depois por Guimarães Rosa.
Referindo-se aos importantes cargos que exerceu como fundador e reitor da Universidade de Brasília, Ministro da Educação, chefe da Casa Civil da Presidência da República, Petrônio viu em Darcy o idealista, seu gosto pelo magistério, a que imprimiu marcas de seu pensamento e personalidade.
Traçando a biografia do homenageado, Petrônio Braz lembrou seu tempo em Montes Claros, a infância e a adolescência. Recordou um dos momentos mais importantes de sua carreira, quando recebeu diploma em Ciências Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 1946, especializando-se em Antropologia; sua admissão como etnólogo no Serviço de Proteção ao Índio e a fundação do Museu do Índio e do Parque Indígena do Xingu. Além de vice-governador do Rio de Janeiro, foi senador da República e membro da Academia Brasileira de Letras.
Darcy se encantou há 20 anos, em 17 de fevereiro de 1997. Zuenir Ventura comentou: “morreu o grande pagé, foi embora o nosso bom selvagem, subiu aos céus o nosso feiticeiro. A utopia ficou sem sua encarnação. A política, a ética, a erótica e a poética perderam sua rima rica”.
O conferencista sublinhou que o livro se acha esgotado e raramente se encontra num canto de prateleira de livraria ou em algum sebo. Dele se fala muito, mas se lê pouco. O próprio autor, contudo, se explica: “o esquema de ‘Maíra’, em suas linhas gerais, já o definia como um romance da dor e do gozo de ser índio. Retomando, ali, minhas memórias, consegui encarnar, dar vida ao drama de Avá, uma espécie de índio-santo sofredor, na sua luta impossível para mudar de couro, deixando de ser um sacerdote cristão para voltar a sua identidade original (...) Só fui completá-lo em 1974/75, para sair da tensão em que me afundei depois da operação de câncer. Suponho até que foi naquela experiência de ver a morte cara a cara, minha morte, como uma possibilidade real e concreta, que desatou as peias e deu a coragem de expressar-me calmamente como se requer de um romancista”.
Mas Petrônio dispunha de apenas 55 minutos para sua dissertação. O espaço era extremamente curto.

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Mensagem N°81984
De: Luiz Cunha Ortiga Data: Domingo 27/11/2016 13:16:32
Cidade: Brasília  País: Brasil

Recomendo aos montes-clarenses que gostam da boa leitura o livro recém lançado pelo escritor WANDERLINO ARRUDA " EFEMÉRIDES" da Academia montes-clarense de Letras". Trata-se de obra imperdível, onde a história de Montes Claros, ao lado da história da própria Academia vai sendo escrita e de maneira agradável e detalhada. Um verdadeiro presente de Papai Noel, ao ser lançado nesta época do Ano. O Wanderlino Arruda nos remete ao Dr. Nelson Vianna pelas suas pesquisas, ao mesmo tempo em que na qualidade de membro efetivo dos egrégios Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros nos delícia com esta obra notável que mais uma vez recomendo.

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Mensagem N°81983
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sexta 25/11/2016 13:11:10
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

A “PÓS-VERDADE” EM UM BRASIL DE DESLETRADOS

* Marcelo Eduardo Freitas

A cada ano, a Oxford Dictionaries, departamento da universidade de Oxford responsável pela elaboração de dicionários, elege uma palavra para a língua inglesa. Neste ano de 2016, a escolhida foi “pós-verdade” (“post-truth”).

Além de eleger o termo, a instituição definiu o que é a “pós-verdade”: em síntese, um adjetivo “que se relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e a crenças pessoais”. A palavra, desta maneira, tem sido usada por quem avalia que a verdade está perdendo importância, mormente no debate político. Em um Brasil de desletrados, então, nem se fala.

O termo “pós-verdade”, com a definição atual, foi usado pela primeira vez em 1992, pelo dramaturgo sérvio-americano Steve Tesich. Ele tem sido empregado com alguma constância há cerca de uma década, mas houve um pico no uso da palavra, que cresceu 2.000% em 2016.

Para diversos veículos de imprensa, a proliferação de boatos no Facebook e a forma como o feed de notícias funciona foram decisivos para que informações falsas tivessem alcance e legitimidade. Este e outros motivos têm sido apontados para explicar a ascensão da “pós-verdade”.

Outras plataformas como Twitter, Telegram e Whatsapp favorecem a replicação de boatos e mentiras. Grande parte dos factóides são compartilhadas por conhecidos nos quais os usuários têm confiança, o que aumenta a aparência de legitimidade das histórias.

Segundo a revista The Economist, o mundo contemporâneo está substituindo os fatos por indícios, distorções por vieses, percepções por convicções. Estamos saindo da bipartição tradicional entre certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto, fatos ou versões, verdade ou mentira para ingressarmos numa era de avaliações fluidas, terminologias vagas ou juízos baseados mais em sensações do que em evidências. A verossimilhança ganhou mais peso que a comprovação!

2016, assim, está sendo o ano em que a verdade dos fatos não está importando para a opinião pública, despontando como o mais representativo dessa nova era. E “pós-verdade” talvez seja mesmo a expressão que melhor define a sensação de incredulidade diante do que testemunhamos no decorrer do ano que ainda não acabou.

À guisa de exemplo, mesmo com um repertório de mentiras assustadoras, milhões de pessoas decidiram votar em Donald Trump. Não importa se os fatos comprovaram sua compulsividade em mentir. O que vale é a emoção - a mesma que levou a população a apoiar uma guerra para impedir que o inimigo usasse armas de destruição em massa que, em verdade, nunca existiram. Outro exemplo: Atribuir a qualquer investida em desfavor dos supersalários ou do auxílio moradia a capacidade de afetar a operação Lava-Jato. Mentira escancarada! Tanto deve prosseguir a mencionada operação, quanto as ações que objetivam pôr termo a caprichos imorais e inaceitáveis, especialmente em tempos de terríveis crises econômicas (não vou nem me referir à crise moral!).

É um caso típico de aplicação da teoria da “cognição preguiçosa”, criada pelo psicólogo israelense e prêmio Nobel Daniel Kahneman, para quem as pessoas tendem a ignorar fatos, dados e eventos que obriguem o cérebro a um esforço adicional. Em países atrasados como o Brasil, onde a população quase sempre não processa o que vê, ouve ou lê, o risco de distorções é absurdamente enorme. Por isso, toda preocupação nunca será pouca.

A verdade, a despeito das diversas correntes filosóficas que não encontram um consenso absoluto sobre sua conceituação, pode ser definida, em sua acepção comum, como a "conformidade com o real", ou a "representação fiel de alguma coisa da natureza". Santo Agostinho a define da seguinte forma: Verum est id quod est, ou seja, a verdade é o que é.

Pode-se dizer, destarte, que a busca da verdade, presente em todas as áreas do conhecimento, é um anseio da alma humana, e que nasce concomitantemente com o ser humano. A filósofa paulistana Marilena Chauí ensina que "a busca da verdade está ligada a uma decepção, a uma desilusão, a uma dúvida, a uma insegurança ou, então, a um espanto e a uma admiração diante de algo novo ou insólito”. Como nada mais espanta a humanidade, a “pós-verdade” se expande.

É tempo, portanto, de uma aplicação contemporânea do velho brocardo romano: veritas est indivisa et quod non est plene verum non este semiplene verum sed plene falsum, ou seja, a verdade é indivisa e o que não é plenamente verdadeiro não é semiplenamente verdadeiro, mas plenamente falso. Estamos cultuando e replicando, às vezes de modo insciente, em razão da “cognição preguiçosa”, mentiras deslavadas. É urgente criarmos mecanismos para dificultarmos que mídias sociais, sem censura por parte de quem quer que seja, propaguem noticias falsas aos seus usuários, distorcendo fatos ou criando situações absolutamente inexistentes. A história ainda não nos libertou de tiranos e assassinos. Olhemos um pouco no retrovisor. A propaganda nazista, fervorosamente defendida por Goebbels, permitiu o extermínio de milhões de judeus. Não duvidem, portanto, de que outros anticristos possam surgir, maquiando a imagem do real. Ergam suas cabeças e olhem a parte superior de nosso mapa continental. Se promessas de campanhas forem cumpridas, haverá choro e ranger de dentes. Melhor, assim, que seja apenas “pós-verdade”. Afinal, parece que os seres humanos, cada vez mais, adoramos observar sangue, suor e lágrimas, especialmente de inocentes indefesos.

(*) Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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Mensagem N°81982
De: Alex Fabiano Data: Sexta 25/11/2016 11:04:56
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Bom dia! Parece ter havido um pequeno tremor aqui na região do Bairro Residencial Planalto, por volta das 11:00. Alguma outra região ocorreu?

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Mensagem N°81981
De: Estado de Minas Data: Sexta 25/11/2016 08:55:14
Cidade: BH

Único ganhador da mega-sena é de Montes Claros, Norte de Minas - Até a tarde desta quinta-feira ele não havia aparecido para receber o prêmio, uma bolada de R$ 12,957 milhões, o que fez gerar especulações na cidade a respeito de quem seria o sortudo - Luiz Ribeiro - Procura-se um milionário. O único ganhador da mega-sena, no sorteio realizado pela Caixa Econômica quarta-feira à noite, é um morador de Montes Claros (Norte de Minas).
Até a tarde desta quinta-feira ele não havia aparecido para receber o prêmio, uma bolada de R$ 12,957 milhões, o que fez gerar especulações na cidade a respeito de quem seria o sortudo. Ele fez a aposta, na manhã de sábado passado, em uma pequena casa lotérica ao lado de um posto de gasolina na Avenida Sanitária, na Região Central da cidade.
O estabelecimento também fica a 100 metros de um local de velórios da Funerária da Santa Casa de Montes Claros. A aposta foi simples, no valor de R$ 3,50, um único bilhete com os seis números sorteados (05, 10, 20, 57, 58 e 59).
A atendente da casa lotérica Valdete Barbosa, que vendeu o bilhete premiado, disse que não se lembra do rosto do sortudo. Mas, sabe que ele fez a aposta com a escolha aleatória dos números de maneira eletrônica – os números “escolhidos” pela máquina, sistema conhecido popularmente por “surpresinha”.
Valdete disse que acredita que o ganhador seja uma pessoa idosa que tem o hábito de apostar sempre na loteria. “Normalmente, são as pessoas mais velhas que jogam desta forma, fazendo um jogo simples sempre”, afirmou a balconista. Ela declarou que está muito emocionada por ter registrado a aposta premiada.
“Acredito que se for uma pessoa simples mesmo, depois que ganhou vai retornar aqui para ver a gente”, disse Valdete. Nas redes sociais circularam informações de que o único ganhador do sorteio de quarta-feira seria um comerciante, dono de uma casa de lanches da cidade, situada no Bairro São Luis.
A informação, entretanto, não foi confirmada pela Caixa Econômica Federal. A instituiçao alegou que até a tarde desta quarta-feira, o ganhador não havia sido identificado. Para retirar os quase R$ 13 milhoes, o sortudo deverá apenas comparecer a qualquer agência da CEF com o bilhete premiado e com um documento de identidade.
O frentista Juscelino Pereira da Silva, que trabalha no posto ao lado da casa loterica que vendeu o bilhete premiado, lamenta não ter sido ele o feliz ganhador. "Se eu tivesse ganhado esse dinheirão todo iria fazer muita coisa. Iria ajudar minha familia, terminar de construir minha casa e comprar um sitio bem bacana, com muita água", disse Juscelino, acrescentando que fez uma nova aposta no mesmo estabelecimento e continua sonhando em ganhar na loteria.
Com o prêmio da mega sena, o ganhador poderá comprar 431 carros zero de categoria popular ou 71 apartamentos de dois quartos no valor 180 mil cada em Montes Claros. Ele também poderá adquirir 26 apartamentos mais confortáveis no valor de 500 mil cada um. Se preferir aplicar os quase R$ 13 milhões em conta bancária, terá rendimentos de aproximadamente R$ 150 mil por mês, segundo um economista. Na poupança, o rendimento seria de aproximadamente R$ 88 mil por mês, segundo economista.

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Mensagem N°81980
De: Prefeitura Data: Quinta 24/11/2016 16:57:45
Cidade: M. Claros

A Prefeitura de Montes Claros entregará para a cidade no dia 23 de dezembro, como presente de Natal, a liberação de 450 mil metros quadrados no bairro Ibituruna, região sul. A Alameda Ibituruna, espaço compreendido por 4,5 km de extensão e 82 metros de largura, terá aproximadamente 115 mil metros quadrados leiloados pelo município e os recursos, conforme o projeto original, investidos na periferia da cidade em obras de infraestrutura, enquanto a metragem restante será convertida em praças, boulevard, pista para caminhada, ampliação de ruas e avenidas, revitalizando e valorizando toda a região. A Construtora Remo Ltda, especialista em redes de transmissão de energia elétrica, é a responsável pela remoção das torres da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) que deverão ser devolvidas à concessionária mineira de energia assim que as novas torres, feitas a base de concreto, e prontas para receber todo o fluxo energético, estiverem definitivamente instaladas. A presença dessa antiga estrutura no bairro Ibituruna ainda remete a uma Montes Claros formada por fazendas. A obra já conta com a presença das novas torres de transmissão e as respectivas defensas de proteção, enquanto o cabeamento delas (montagem dos cabos de transmissão) já está em fase de conclusão, o que possibilitará já no próximo dia 30 a ligação da primeira linha, a segunda linha no dia 6 de dezembro, a terceira linha em 12 de dezembro, enquanto a quarta e última em 21 de dezembro de 2016. Por conta desse cronograma, teremos piques de energia, ou seja, desligamento breves nos dias citados. A obra está sendo toda custeada com recursos do tesouro municipal, e é orçada em torno de R$ 10,5 milhões.

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Mensagem N°81979
De: Polícia Militar Data: Quinta 24/11/2016 08:22:52
Cidade: Montes Claros

A Polícia procura por um homem suspeito de um crime de homicídio ocorrido por volta das 11h da manhã de ontem, 23 de novembro, na rua Lagoa Amarelinha, bairro Carmelo, em Montes Claros.
A PM recebeu a denúncia do crime e foram até o endereço onde militares depararam com um casal, com sinais de perfurações de arma de fogo e rigidez cadavérica. Foi acionada a perícia, que, ao verificar os corpos, constatou o óbito de ambos. As vítimas eram um homem de 41 anos e uma mulher de 34 anos. O homem foi atingido com uma perfuração na região peitoral e a mulher atingida na região da face, próximo ao olho direito. Próximo da cena do crime foi encontrado um projétil, provavelmente usado no crime, sendo recolhido pelo perito.
Segundo informações, na data anterior (dia 22/11/16), por volta de vinte e umas horas, anônimo informou que escutou vários disparos de arma de fogo na rua Amarelinha, próximo ao local, avistando um morador da rua Lagoa Cristal, do mesmo bairro, portando uma arma de fogo. De posse das informações os militares foram até o endereço do suspeito, no entanto, este não fora encontrado. Feito contato com parentes das vítimas e, segundo relatos o suspeito, o suspeito indicado na denúncia já teria ameaçado o casal de morte
por várias vezes.

***

O Tempo -24/11/16 - 08h05- Polícia encontra casal morto dentro de casa em Montes Claros - Fernanda Viegas -Após denúncia, a Polícia Militar foi a uma casa, no bairro Carmelo, em Montes Claros, no Norte de Minas, e encontrou os corpos de um casal, já em rigidez cadavérica, nessa quarta-feira (23). Um homem é procurado como suspeito, já que teria ameaçado as vítimas no dia anterior. Os mortos apresentavam perfurações por tiro. O homem tinha 41 anos e a mulher tinha 34 anos. Ele foi baleado no peito e ela no rosto, perto do olho direito. A perícia recolheu um projétil. Uma testemunha contou à PM que ouviu barulho de tiros durante à noite de terça. Os policiais foram a casa do suspeito, mas não o encontraram.

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Mensagem N°81978
De: Torcedor Data: Quarta 23/11/2016 22:20:14
Cidade: Montes Claros/MG

Campeonato Mineiro de Futebol de 2017, 1a. Divisão - Cidades que terão times participantes e populações (últimos dados disponíveis): Belo Horizonte, 2.513.451; Uberlândia, 669.672; Juiz de Fora, 559.636; Governador Valadares, 279.665; Poços de Caldas, 164.912; Patos de Minas, 147.614; Teófilo Otoni, 140.567; Nova Lima, 87.391; Três Corações, 77.340; Tombos, 9.542. Montes Claros, com 394.350 habitantes, seria a 4a. colocada entre as 10 cidades acima citadas, mas não terá representante nessa categoria do Campeonato. Em se tratando do esporte mais querido do povo brasileiro, os montesclarenses sonham em participar dos campeonatos estaduais, nacionais e internacionais, como outras cidades brasileiras. E nós, os mais antigos habitantes daqui, vimos nossos times brilhando diante de grandes adversários no passado e revelando jogadores fantásticos e inesquecíveis. Que este sonho se torne realidade. É possível.

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Mensagem N°81977
De: Alberto Sena Data: Quarta 23/11/2016 21:27:21
Cidade: Grão Mogol

TELHADO DE HISTÓRIAS

Alberto Sena

Telhado deste tipo, utilizado nas casas antigas, em estilo colonial, é para mim como cachoeira de recordações de quando vivia a infância em Montes Claros, na Rua Marechal Deodoro e na Rua São Francisco, década de 50. Data vênia, se me permitem, gostaria de registrar aqui, em primeiro lugar, por intermédio desse telhado da foto, a importância de ter passado a infância na casa da Rua Marechal Deodoro.
Aqui, com as minhas mangas de camisa, presumo, a casa teria sido sede de fazenda. Era uma casa grande, pelo menos em minha lembrança, e levando-se em consideração o número de filhos trazidos ao mundo pelos nossos pais – 11 – seis mulheres e cinco homens. Um dos irmãos não durou nem um ano. Morreu naquela casa, muito antes do meu nascimento, porque sou o décimo e ele o quinto.
A casa não tinha forro de teto. As telhas ficavam à mostra, com as vigas e os caibros. Quando chovia chuva acompanhada de ventania, os ventos pareciam uivos de lobos. O ar condicionado era natural. Entrava pelas gretas das portas e janelas ou por cima, por debaixo do telhado.
O mais importante de tudo era o pomar da casa. A princípio eram 22 jabuticabeiras. Uma mangueira, manga comum, uma delícia. Havia laranjeiras, inclusive um pé de laranja da terra. Minha mãe fazia doce. Tinha mamoeiro, goiabeira e figueira. É devido ao tamanho da casa e o pomar que presumo ter sido aquela casa sede de fazenda.
Ali foi o meu mundo da fantasia. Tinha a impressão de poder comunicar com os elementos da natureza. Eles pareciam sair das raízes das árvores. Ficavam escondidos atrás de alguma moita ou de um tronco. O contato telúrico era de primeiríssimo grau.
A família viveu na casa da Rua Marechal Deodoro em duas ocasiões. Esta que acabo de narrar foi a primeira. Na segunda vez, derrubaram a metade das jabuticabeiras. A mangueira continuava no lugar, mas o quintal havia sido reduzido pela metade. Construíram um muro pintado de branco. Não tínhamos mais a liberdade de ir ao Ribeirão Vieira, ainda límpido, no limite do nosso quintal.
A casa da Rua são Francisco era semelhante, estilo colonial, portas e janelas verdes, parede creme e telhado igualzinho a este da foto. O ar condicionado era o mesmo. Quando chovia chuva forte, com relâmpagos e trovões, nós nos enfiávamos debaixo da mesa de jantar e ficávamos na expectativa de o teto desabar.
Mas, em compensação, o quintal se revelou fascinante para todos nós, principalmente os mais novos. Não tinha tanta frutífera, mas era o suficiente para a meninada brincar e brincar de caubói e de heróis outros debaixo do mar de fedegoso que sucedia às chuvas de fim de ano. Ou na mangueira de manga comum onde cada um tinha o seu galho. Havia outra de manga-umbu, um coqueiro macaúba e um pé de urucum.
Ali a fase foi outra. Vieram os jogos de bolinha de gude e finca. As brincadeiras de esconde-esconde, salva bandeira e histórias mil lidas nas revistas em quadrinhos porque a essa altura já estudava o antigo “primário”.
Isto e muito mais um telhado como esse da foto me faz recordar. Já o telhado de telhas inglesas não me traz, pelo menos no momento, tanta recordação. Telhado de vidro eu nunca tive. Foi depois de mudarmos da casa da Rua São Francisco que a velocidade da vida começou a aumentar, mas nem tão celeremente como aconteceu na década de 70.
Fui pra Beagá e lá fiquei 43 anos morando em apartamento. Para um “filho de quintal”, morar em apartamento é no mínimo um suplício. Foi então que, afinal, descobri Grão Mogol. E junto com a amada, escolhemos, aqui, como morada. Até quando Deus quiser. O comando é todinho Dele.

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Mensagem N°81976
De: Gilcely Fernandes Data: Quarta 23/11/2016 16:08:47
Cidade: São Francisco-MG

Moro e trabalho em São Francisco, e, frequentemente, em razão do meu ofício, tenho que ir à agência dos Correios da cidade. Fico sempre incomodada com o calor que faz no interior da agência. Tenho pena dos funcionários que têm que trabalhar sob temperaturas tão elevadas. São Francisco, como se sabe, é uma das cidades mais quentes do norte de Minas e fico impressionada com o fato de uma agência de empresa estatal, do porte dos Correios, não ser equipada com ar-condicionado. Não sei se acontece o mesmo em outras cidades da região, mas acho um descaso com os funcionários e com os usuários.

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Mensagem N°81975
De: Petrônio Braz Data: Quarta 23/11/2016 08:47:37
Cidade: Montes Claros/MG

O numero de advogados em Montes Claros é alarmante. Acreditem, no Brasil há um advogado para cada 206 brasileiros. São mais de um milhão de inscritos na OAB, em considerar os profissionais da área presentes no judiciário, na promotoria e no serviço público. A profissão está sendo aviltada, como se extrai de notícia divulgada. Cada vez mais se ouvem casos de advogados cobrando R$ 20,00 para realização de audiências, em decorrência lógica dessa enxurrada de profissionais na área. O excesso de profissionais cria uma grande demanda e um desequilíbrio. O mercado satura. O resultado são remunerações cada vez mais baixas e profissionais desempregados. Mas, você que está estudando direito não se preocupe. Para bons profissionais sempre haverá espaço.

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Mensagem N°81974
De: Wanderlino Arruda Data: Quarta 23/11/2016 08:36:49
Cidade: Montes Claros

CEMITÉRIOS DE MINAS: CULTURA E ARTE

Wanderlino Arruda

Em nossa última reunião mensal do IHGMC, realizada em 29 de outubro, em nossa sede no Centro Cultural, o foco das atenções foi para a palestra proferida pelo arqueólogo e historiador Fabiano Lopes de Paula, Cadeira 66, patrono José Lopes de Carvalho, com o tema "Cemitérios de Minas: cultura e arte", um lindo e proveitoso momento para muito de aprendizagem em aspectos históricos e artísticos. Com organização perfeita e uma ilustração digna de todos os elogios, tanto na apresentação de fotos em livros como na projeção dos slides, principalmente quando a nossa atenção foi chamada para o cemitério inglês da antiga Mineração de Morro Velho, em Nova Lima. Desde a edição de nossa Revista nº 11, do segundo semestre de 2013, o professor Fabiano, ilustre mestre da UFMG, nos permitiu fazer importante comparações sobre a hierarquização de espaços a partir do status social das pessoas, tanto nas cidades dos vivos como nas cidades dos mortos, os cemitérios. Assim na vida como na morte, cada criatura tem o seu lugar com ou sem escolha, valendo-se para tanto do poder de compra ou da posição de prestígio das famílias ou mesmo da conjuntura cultural. A cada um a posição que merece. Agora, a convite do nosso presidente, cel. Lázaro Francisco Sena, Fabiano Lopes de Paula, nascido no centro histórico de Montes Claros, Rua de Baixo, nome de um dos seus livros, teve todo tempo necessário para expor e responder a perguntas, em tal forma de clareza que não deixou qualquer dúvida a interessados e curiosos sobre a importância social e artística dos nossos campos santos. Para cada projeção, uma aula, para cada fotografia, a valorização como documento, melhor forma de demonstrar a arte e o reflexo que o cemitério tem na sociedade, um perfeito resgate da memória cultural, incentivador da preservação da arte tumular e dos trechos de grandes pensadores a respeito da morte. Para surpresa de muitos ou de todos, o cemitério foi apresentado por um lado bonito e não cinzento, como geralmente ele é conhecido ou imaginado. A cada projeção, Fabiano apresentou planejamentos arquitetônicos, arruamentos e setorização, desenhos, coloridos, muitos e muitos detalhes de esculturas, rostos, flores, minúcias que normalmente nos passam sem ser percebidas. Do Cemitério do Bonfim, de Belo Horizonte, importantes informações sobre os primeiros moradores da capital mineira. Do Cemitério de Nova Lima, construído e formatado pelos ingleses da antiga Mineração de Morro Velho, mais do que tudo uma harmonização de símbolos maçônicos, frutos de influências de ritos experimentados e vividos pelas lideranças do seu tempo. Não deixou de fora mostras da Igreja Nossa Senhora da Conceição, em Ouro Preto, onde Aleijadinho foi enterrado, e o Cemitério Municipal Nossa Senhora Aparecida, em Juiz de Fora, que é um dos mais bonitos do Estado. Por tudo que nos ensinou o estimado confrade Fabiano Lopes de Paula, muito tem que lhe agradecer o IHGMC, hoje com quase cem por cento de associados. Afinal, pelo raciocínio do palestrante, os jazigos são uma fonte imprescindível para melhor compreender os questionamentos, incertezas e desejos que os seres humanos têm em relação à morte e, por consequência, à vida. Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°81973
De: Tereza Data: Quarta 23/11/2016 07:52:58
Cidade: M. Claros

O Observatório Sismológico de Brasília não registrou tremor de terra, recente, em M. Claros, conforme os relatos aqui registrados. Provavelmente, foram abalos causados por detonações em minerações próximas da cidade. O observatório da Universidade de Brasília registra, em Minas, dois tremores de terra em Pará de Minas, dia 1º de novembro, de de 1,7 e 2,1 graus de intensidade.

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Mensagem N°81972
De: nanda Data: Terça 22/11/2016 17:14:19
Cidade: moc

também senti aqui no bairro Santa Rita no mesmo horário...

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Mensagem N°81971
De: Maria Flor Data: Terça 22/11/2016 12:15:25
Cidade: Montes Claros- MG

Alguém mais sentiu a terra tremer às 12h14? Aqui na Mauriceia foi sentido bem forte

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Mensagem N°81970
De: Petrônio Braz Data: Segunda 21/11/2016 11:35:18
Cidade: Montes Claros/MG

Darcy Ribeiro

Embora já habitual leitor de suas obras, busquei reconhecer, identificar, conferir Darcy Ribeiro. Diante da grandiosidade de seu valor humano e de sua obra, pareceu-me um ser imaginário, que teria vivido no Norte de Minas, nos primórdios da ocupação portuguesa, buscando entender os conflitos entre os nativos e os colonizadores. Compreender a relação marcada por conflitos entre os habitantes primitivos da terra, em fase da colonização.
Indaguei-me: o ser imaginário e investigador teria convivido naquele espaço e naquele tempo com os Guaíbas, Natus, Crixás, Xacriabás e Caiapós, senhores absolutos das terras do Grande Sertão, adotado depois por Guimarães Rosa?
Não!
Ele viveu muito depois. Nasceu no Norte de Minas, é bem verdade, já em plena República, dizendo os registros que em 26 de outubro de 1922.
Assim, diligenciei encontrá-lo em Montes Claros, mas ele havia buscado o Mundo.
Então, veio-me o grande desafio. Onde e como encontrá-lo?
Investiguei e, investigando, deparei-me com ele no Rio de Janeiro. Ali, descobri um ser humano com uma mentalidade evoluída, muito acima dos que com ele partilhavam espaços dentro de uma sociedade conservadora. Mas, não era um, eram inúmeros Darcys. Vi o político, o idealista, o professor, mas logo a minha mente ficou turbada. Não era mais o Rio de Janeiro, era Brasília, a nova capital da República e ali fiquei perplexo. Ele, no alto do Poder, Chefe da Casa Civil, Ministro da Educação, criando universidades.
Na imprecisão, busquei outra dimensão do espaço-tempo e embrenhei-me pelo interior do Sertão e lá, no Éden amazônico, me deparei com um Darcy banhado pelo sol, estudando a natureza humana através de pesquisas entre os índios, buscando uma apreciação analítica e comparativa de sua cultura.
De retorno à civilização, foi-me informado que ele, deserdado pela Pátria, estava longe da própria casa. Mas, ele havia levado consigo o seu deslumbramento com a sociedade indígena e a força da sua identidade.
Acomodei-me.
Esse Darcy, que estava fora de casa, com certeza era o mesmo que eu havia encontrado no Rio de Janeiro, em Brasília ou entre os índios. Ele voltaria.
Voltou e foi, mais uma vez, um dos mais importantes líderes políticos e um dos mais conceituados intelectuais deste País, e novamente dividiu-se em campos outros de atividades produtivas.
Encontrei, e li, inúmeras biografias do imortal Darcy Ribeiro. Mas, as biografias descritivas muitas vezes não veem a pessoa e era a pessoa que eu procurava. Registro que em 17 de dezembro de 1981 ele foi empossado como sócio honorário da Academia Montesclarense de Letras e, em 8 de outubro de 1992, foi eleito para a Cadeira nº 11, sucedendo a Deolindo Couto na Academia Brasileira de Letras.
Quando Darcy Ribeiro ficou encantado em 17 de fevereiro de 1997, o cronista Zuenir Ventura assim se manifestou: “Morreu o grande pajé, foi embora o nosso bom selvagem, subiu aos céus o nosso feiticeiro. A utopia foiçou sem sua encarnação. A política, a ética, a erótica e a poética perderam sua rima rica”.

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Mensagem N°81968
De: Manoel Hygino Data: Segunda 21/11/2016 08:40:04
Cidade: Belo Horizonte

A outra versão da Coluna

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Fatos e publicações levam à conclusão da necessidade de um reexame da história do movimento militar-revolucionário que recebeu o nome de Coluna Prestes, e que, parece-me, não teve o tratamento isento que merece. Seria oportuno, aliás, um volver de olhos ao passado, às posições e gestão do presidente Artur Bernardes, mineiro de Viçosa e uma das personalidades mais polêmicas da República.
Em verdade, tudo começou em 5 de julho de 1924, em São Paulo, quando tropas do Exército e parte da Polícia sediada na capital levantaram-se contra o presidente do Estado, Artur Bernardes, chefe na nação. Apoderaram-se dos pontos-chaves da cidade, e o presidente do Estado fugiu, após alguns dias da resistência. Iniciou-se uma verdadeira ação de guerrilha contra Bernardes, que exercia o poder em estado de sítio.
Não se tratava de movimento comunista, até porque Luís Carlos Prestes somente se declararia como tal em 1930. O 5 de Julho, como lembrou o historiador Hélio Silva, foi liderado em São Paulo pelo general Isidoro Dias Lopes, que comandou a 1ª Divisão Revolucionária a partir daí, recebendo o apoio de Prestes, que se rebelara no Rio Grande do Sul. A marcha foi definida mais tarde por técnicos militares norte-americanos como resultante de uma estratégia de guerrilha pioneira no mundo moderno. Ainda Hélio Silva observa que, somente depois, os comunistas reivindicaram a liderança desta mobilização nacional, dentro da qual surgiu a imagem que se tornaria lendária, do “Cavaleiro da Esperança”.
A passagem da Divisão Revolucionária por Goiás, por exemplo, foi das mais dolorosas para a região e seus habitantes, como Sílvio do Rosário Curado Fleury descreve em “Goiás Anos 20 - Patriotas e Revoltosos”. Escritor e médico em Corumbá, que serviu também na Santa Casa de Belo Horizonte, onde recebeu a Medalha Hugo Werneck. Sua contribuição à história daquele tempo, eventos e personagens não foi ainda avaliada como necessário e ajudará ao conhecimento pleno e imparcial dos acontecimentos.
Sílvio Fleury narra em detalhes a ação da Divisão Revolucionária por extensas regiões. Afirma que a passagem do grupo por terras goianas inaugurou um período de sofrimentos e prejuízos para a população. A gente invasora arrebanhava animais de transporte e somente os abandonavam mortos ou inutilizados pelo seccionamento do tendão de uma ou das duas patas dianteiras, obrigando-os a se deslocar aos saltos até a extenuação.
O comércio e estabelecimentos praticamente desapareceram. Os roceiros procuravam refúgio nas matas e locais de difícil acesso. Quando caíam nas mãos dos revoltosos, eram presos, ameaçados, espancados, chicoteados e submetidos a vexames para darem informações sobre a região. Muitos foram coagidos a acompanhar os rebeldes em suas marchas e abandonados sem montarias em lugares inóspitos. Mulheres tiveram as orelhas rasgadas para lhes roubar os brincos e cortados os pescoços para arrancar-lhe brutalmente os colares. Estupros foram frequentes, ficando numerosos fatos desconhecidos porque as vítimas e familiares se sentiam humilhados.
O livro em questão, assim, relata o outro lado da epopeia da marcha dos jovens oficiais pelo interior brasileiro, história que se vai mitificando pela versão oficial (?). Para julgar, é preciso ser pleno e imparcial. “Goiás Anos 20” contribui substancialmente para esse objetivo.

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Mensagem N°81967
De: Geraldo Jr. Data: Domingo 20/11/2016 15:47:21
Cidade: Montes Claros/MG

Domingo primaveril incomum, 22°graus com céu encoberto e sem chuvas em Montes claros. Muito agradável!

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Mensagem N°81966
De: LUiz Ortiga Data: Sábado 19/11/2016 12:25:46
Cidade: Brasília

Lembrei-me que hoje é o DIA DA BANDEIRA. lembrei-me através do rádio do carro que em seguida tocou o belo hino em homenagem ao nosso pavilhão. Confesso que me senti bem, lembrando-me de um dos símbolos nacionais e que tanto devemos reverenciar. O símbolo é a expressão das nossas alegrias e tristezas. do nosso passado e do nosso futuro. Nos últimos tempos, o contato que se tem com a bandeira são as vitórias da nossa seleção de futebol, onde o povo vai tresloucado para as ruas. Num dia de hoje, momento de reflexão. Pensar seriamente o que significa para cada um de nós aquele símbolo que nos faz sentir orgulho do nosso país. Da nossa família. Pense.

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Mensagem N°81965
De: Manoel Hygino Data: Sábado 19/11/2016 09:26:23
Cidade: Belo Horizonte

Entre chuvas e destruição

Manoel Hygino - Hoje em Dia

No Brasil há tremores de terra, felizmente sem maiores consequências. Um deles, porém, perto de Montes Claros, no distrito de Caraíbas, registrou uma vítima. Para alegria nossa, porém, não temos casos de maremotos, o máximo que se observam são ondas de cerca de três metros de altura, como aconteceu no Rio de Janeiro recentemente, espantando os banhistas das praias e os aficcionados de surfe.
No Japão houve o tsunami, e mais ao Sul nos países asiáticos, sucedem-se registros letais. Na Itália, há pouco, terremotos causaram pânico, mortes, feridos, danos em áreas urbanas. Em Portugal, temeu-se que o problema surgisse. O sismo de 1º de novembro de 1755 ainda provoca medo aos lusitanos.
Um técnico de Portugal, que foi à Itália, avisou: “Podemos ter sismo de magnitude muito elevada a qualquer momento. Sabemos que não o podemos evitar, mas podemos evitar as consequências, reforçando as casas e ter uma atitude adequada perante um sismo”, mas como nada é feito, “se acontecer aqui, basta ser igual aos que aconteceram na Itália, Lisboa vai ficar arrasada. Não estamos nada preparados”. O terremoto do século XVIII foi maior que o do Japão, em 2011, com 8,9 graus de magnitude.
Em 14 de novembro de 2016, moradores das áreas costeiras da Nova Zelândia sofreram as consequências do tremor de 7,8 graus, registrado logo após a meia-noite, quando se alertara sobre um tsunami. Boletim advertia que ondas de cinco metros podiam causar danos e mais vítimas, além das duas mortes já registradas.
Portugal, lá longe, conhecia o drama. Na última noite de outubro de 1755, Lisboa ainda se revelava uma cidade formosa, mesmo sem a opulência do Quinhentismo. Na manhã seguinte, outro novembro, a capital lusa estremeceu durante nove minutos. O que não derruiu, ardeu, disseram os cronistas.
No Brasil, contudo, vivemos outro tempo. A primavera não é tão saudável para os gaúchos da fronteira com a Argentina. Há borrascas, o vento sopra fortemente, há pancadas de chuvas, as águas encrespam, diminui a visibilidade. É mais ou menos o que conta Nélson Hoffmann, escritor de raras virtudes, ex-prefeito de Roque Gonzales, às margens do rio Ijuí, cujas águas fluem ao rio Uruguai, no limite com a terra de Borges, um cego que via longe.
Diferentemente, no sertão mineiro aguardava-se com ansiedade o inverno, isto é, a estação das chuvas. Paulo Narciso, advogado e jornalista de mão cheia em Montes Claros, no Norte mineiro, a maior cidade da região, acompanhou do Alto dos Morrinhos, as variações da época.
Escreveu, no último dia 10: “Por volta das 14h20m, a chuva que estava dependurada em grossas nuvens escuras desceu. Choveu copiosamente, aos cântaros, como se costumava dizer. Não sei como foi nas outras partes da cidade, mas na região do aeroporto de M. Claros a chuva foi exemplar, constante por 20 minutos, grossa como convém, educada, sem raios e trovões. Atraiu para si, para sua sinfonia, completa orquestra de sons, de uma passarinhada vibrante, feliz com a chuva. Coisa que não via há tempos - chuva constante, plena, festa de poetas cantores no céu, natureza em tarde de gala, refulgente. Desejar um arco-íris a mais talvez seja demasia, impróprio por muito querer. A chuva estancou, mas o céu promete mais, para reconciliar-se com o chão longamente cauterizado pela seca. Plenitude. Completude. Amém."

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Mensagem N°81964
De: Polícia Militar Data: Sexta 18/11/2016 08:15:44
Cidade: Belo Horizonte

A Polícia Militar compareceu ontem, 17, por volta das 06h07min, na Av. Antônio de Freitas, bairro Jaraguá II, nesta cidade, Presídio Jaraguá, onde ocorrera uma fuga de presos; no local constataram a existência de um buraco na tela de acesso aos fundos do presídio, rastros de pessoas e localizaram 02 (dois) pares de chinelos. Segundo informações, durante o amanhecer, foi identificado um buraco na cela 3 (três) do pavilhão e uma “Tereza” (corda feita com peças de roupas e lençóis), jogada por cima da guarita que dá acesso aos fundos do presídio. Por meio do sistema de filmagens constataram que a fuga dos presos M. D. R. J., 20 anos; M. R. R. S. P., 25 anos; N. D. S., 20 anos; P. H. F. S., 23 anos; D. S. S., 20 anos; D. P. S., 25 anos; I. N. A., 35 anos; J. B. O. R., 19 anos; e M. A. D. N., 25 anos, ocorreu por volta das 02h50min, ficando as imagens gravadas no sistema de monitoramento do presídio. A Polícia Militar, em rastreamento, busca mais informações que possam levar à localização e prisão dos fugitivos.

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Mensagem N°81963
De: Prefeitura Data: Sexta 18/11/2016 08:00:03
Cidade: M. Claros

(...) Em atendimento ao ato de interdição expedido pelo Corpo de Bombeiros, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social encerrou nesta quinta-feira, dia 17, as atividades no Restaurante Popular por tempo indeterminado. (...) Os 18 funcionários lotados no local serão remanejados para outras secretarias.
Segundo o Boletim de Ocorrência nº B6810-2016-0007814, do Corpo de Bombeiros, “em virtude de terem sido encontradas irregularidades no sistema de segurança contra incêndio e pânico da edificação em questão, caracterizando risco iminente devido à possibilidade de pânico em caso de deflagração de incêndio, colocando em risco a vida, a integridade física, o bem-estar e à saúde das pessoas, além do patrimônio próprio ou alheio, fica a edificação qualificada totalmente interditada”.
Inaugurado em 2008, o Restaurante Popular atende diariamente cerca de 1,2 mil pessoas, grande parte moradores de rua, além de frequentadores e comerciantes do Mercado Municipal, que pagam R$ 1,00 por refeição que tem acompanhamento nutricional por profissionais qualificados. Somente em 2015, a Prefeitura de Montes Claros gastou R$ 1.222.484,46 para manter o local em funcionamento, sendo que a arrecadação com a venda de bandejões foi de apenas R$ 287.746,00. “Infelizmente, a receita é menor que a despesa mas, mesmo assim, estávamos conseguindo atender a população com uma alimentação de qualidade e custo baixo. Agora, teremos que nos adequar às normas de segurança e acredito que, no máximo, em 90 ou 120 dias o Restaurante Popular voltará ao seu funcionamento normal”, explica Antônio Eustáquio Gomes.

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Mensagem N°81962
De: Alberto Sena Data: Quinta 17/11/2016 14:51:35
Cidade: Grão Mogol

ENTRE NUVENS E PEDRAS

Alberto Sena
(Para a amiga Marijô Rodrigues)

Vivo nas nuvens. Alimento-me de flocos como se algodão-doce fosse. Mas com os pés no chão. Amo contemplar as nuvens. É exercício importante para a mente. É também lenitivo para a alma. Faço isso conscientemente. Naturalmente.
Contemplar nuvens, enfim deve fazer bem pra você, como faz pra mim. Enquanto vejo olhos caídos no chão, o meu olhar se eleva aos céus. É fundamental retirar os véus. Enxergar as pessoas sem máscaras.
Amo contemplar pedras. Se líquen possui, então, gosto de apreciar os desenhos. Pratico o exercício da pareidolia. Há pedras que são humanos petrificados. Como muitos por aí estão. Nas ruas. Aos maus bocados.
Se quisesse, se o meu dinheiro desce, em momentos tão soturnos da nossa contemporaneidade, estaria em Nova Iorque, ou em Beijing. Senão, na Vinte de Março, na cidade de São Paulo. Só pra ver gente em quantidade.
Em minha vida, apesar da pouca idade, vi muita; mas muita gente mesmo. Com alguns humanos convivi. Harmoniosamente. Com outros, profissionalmente. Mas, hoje, a essa altura da idade, busco viver. De preferência longe da grande cidade
Agora, prefiro as nuvens e as pedras contemplar, sem arredar pé do chão. Muitos não vivem de acordo com a sua querência. Meu caso é particular. Faço, aqui, a diferença, e para me fazer bem entender, tudo tem a ver com a minha crença.
Creio em Deus, criador de tudo. Enfim, sinto Deus em mim. Num bendito dia, Marijô, Ele lhe soprou a vida. E fez a mesma coisa em mim. Vivamos, pois. Em meio às nuvens, sejam elas de qual cor for. E sobre as pedras. Nelas heras medram.

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Mensagem N°81961
De: Polícia Militar Data: Quinta 17/11/2016 09:30:46
Cidade: Montes Claros

Policial Militar frustrou ação de infrator em uma tentativa de roubo ocorrida ontem, 16Nov, às 22h52, à rua Santiago Piacenza, no bairro Vila Ipiranga.
Segundo relatos prestados pela vítima, um policial militar, transitava com sua motocicleta pelo referido endereço no momento em que foi surpreendido por dois homens, em uma outra motocicleta sendo que o garupa, de posse de uma arma de fogo, anunciou o roubo e ordenou que o policial decesse da moto e entregasse a chave, o controle do alarme, a carteira e o aparelho de telefone celular. O policial militar atendeu às exigências do infrator, sendo que este subiu na motocicleta e, antes de sair, apontou a arma em direção ao policial que, aproveitando-se da oportunidade, sacou a sua arma, identificou-se como sendo policial militar e ordenou que o infrator abaixasse a arma. O infrator, não obedecendo a ordem legal, apontou a arma para o militar, na intenção de atirar. Percebendo tal intenção, o policial militar afastou-se e efetuou dois disparos na direção do infrator, na inteção de defender a sua vida, abrigando-se, em seguida, atrás de um carro estacionado nas proximidades. O infrator desceu da moto e caminhou, com a arma apontada, em direção ao militar, porém, devido ao ferimento, caiu na calçada. O militar, de imediato, retirou a arma do infrator, acionou o SAMU para socorrê-lo e ligou para o 190. Médico do SAMU constatou o óbito do infrator, A. R. O., de 21 anos, possuidor de várias passagens e prisões por roubos, que, segundo perícia técnica, foi atingido por um disparo na região das nádegas.
Frente aos fatos, o policial militar foi recolhido ao quartel para providências de polícia judiciária militar e sua arma, pertencente à carga da PMMG, foi também recolhida. O corpo do infrator foi liberado para a funerária tendo sido a arma utilizada no crime, um revólver calibre .32, apreendida e entregue na delegacia.

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Mensagem N°81960
De: C. Castelo Data: Quinta 17/11/2016 09:17:35
Cidade: Brasília DF

Aqui, em Brasília, o áspero diálogo entre dois ministros do Supremo Tribunal Federal não teve repercussão menor do que os demais acontecimentos desta super-quarta-feira: a invasão do plenário da Câmara, a prisão de Garotinho, os distúrbios na Assembleia do Rio.
A Agência Brasil, estatal, fez um ótimo resumo dos fatos:

"Gilmar Mendes e Lewandowski batem boca durante sessão do Supremo - André Richter - Repórter da Agência Brasil - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski protagonizaram hoje (16) um bate-boca durante sessão da Corte. A discussão começou quando Lewandowski afirmou que Mendes já havia votado em um processo sobre contribuição previdenciária que estava em julgamento e disse que o pedido de vista era "um pouco inusitado".
Após o questionamento, a presidente do STF, Cármen Lúcia, tentou apaziguar os ânimos, mas Mendes retrucou e o bate-boca prosseguiu. Na discussão, Mendes citou a condução do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, presidido no Senado por Lewandowski. Já Lewandowski disse que o colega "falta com o decoro". Após a discussão, a sessão continuou normalmente.
Mendes: Vossa Excelência já fez coisa mais heterodoxa.
Lewandowski: Graças a Deus não sigo o exemplo de Vossa Excelência em matéria de heterodoxia. Graça a Deus. Faço disso um ponto de honra.
Mendes: Basta ver o que Vossa Excelência fez no Senado.
Lewandowski: No Senado? Basta ver o que Vossa Excelência faz diariamente nos jornais. Uma atitude, absolutamente, a meu ver, incompatível [...].
Mendes: Basta, inclusive, para reparar os absurdos que Vossa Excelência faz.
Lewandowski: Vossa Excelência retire o que disse. Vossa Excelência está faltando com o decoro não é de hoje. Eu repilo qualquer [...] Vossa Excelência, por favor, me esqueça.
Mendes. Não retiro.

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Mensagem N°81959
De: Manoel Hygino Data: Quinta 17/11/2016 08:41:05
Cidade: Belo Horizonte

O fechamento do STF

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Da importância da Justiça para as sociedades civilizadas se pode tirar ideia positiva pelos momentos ásperos pelos quais passa o Brasil, sem se perder a visão do que acontece em outras nações. Na voz dos deserdados da sorte, dos que sofrem com os reveses cotidianos, vítimas de tragédias em todos os minutos, há sempre um grito: “Queremos Justiça”.
Os tempos mudaram, como observou o desembargador Rogério Medeiros Garcia de Lima, orador oficial na solenidade de posse de seu colega Herbert Carneiro como presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em julho último. “A função de julgar, lembrou ele, é tão antiga quanto a própria sociedade. Por mais primitivo que seja um aglomerado humano, o choque de paixões e interesses gera desavenças, cuja solução é submetida a um juiz. No princípio ‘dizer o direito’ era obrigação do rei, ao qual cumpria editar, executar e declarar o direito. Esse quadro atingiu o Brasil colonial, até a elaboração do princípio da separação dos poderes”.
No entanto, interesses múltiplos, nem sempre lícitos, levam à não obediência do princípio. A plena autonomia do Judiciário permanece como objetivo maior de uma nação que se preza. Rogério Medeiros lembra Floriano Peixoto, presidente da República. Em 1893, ao saber que o Supremo Tribunal Federal concedera habeas corpus a um opositor, o marechal de ferro comentou: “Eles concedem a ordem, mas depois procuram saber quem dará habeas corpus aos ministros do Supremo”. Uma ameaça não muito velada, como se vê, mas a que Corte não se curvou.
No momento que atravessamos, o Brasil se tem mantido harmônico em grande parte em função e por força do Judiciário, a despeito de equívocos amplamente divulgados pela Imprensa, fiscal do estado democrático de Direito.
Temos recente e forte a memória do regime militar implantado em 1964, cuja vigência ainda provoca discussão e embates e deve servir de advertência para os cidadãos na rigorosa observância de princípios de liberdade, aos quais não podemos abdicar, mas respeitar. Naqueles dias, houve arestas e atritos entre o Executivo e o Judiciário. Quando Castelo Branco – presidente, militar e democrata – visitou o Supremo Tribunal Federal (ocupantes do poder, então, se sentiam no dever de ir ao STF) ouviu-se o discurso do presidente da Corte, ministro Álvaro Ribeiro da Costa, uma peça digna e corajosa naquele instante. Disse: “A Justiça, quaisquer que sejam as circunstâncias políticas, não toma partido, não é a favor nem contra, não aplaude nem censura. Mantém-se equidistante, ininfluenciável pelos extremos da paixão política. Permanece estranha aos interesses que ditam os atos excepcionais do governo. Nosso poder de independência há de manter-se impermeável às injunções do momento, e acima de seus objetivos, quaisquer que se apresentem suas possibilidades de desafio às nossas resistências morais”.
Os tempos passaram, veio a Constituição de 1988, consagrou-se a autonomia do Poder Judiciário, essencial no período que a República vive. Nestas horas, a flama jurídica tem de manter-se altiva, movida pela ética, sem a qual a sociedade se arruína e o homem se avilta.
Volto aos fatos. Ainda no período militar, quando corriam notícias e boatos sobre ameaças ao Supremo Tribunal Federal, o próprio ministro Ribeiro da Costa afirmou: “Se mexerem no Supremo, fechá-lo-ei e entregarei sua chave ao presidente Castelo Branco”.

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Mensagem N°81958
De: Wanderlino Arruda Data: Quarta 16/11/2016 15:14:55
Cidade: Montes Claros

TEMPO DE NASCER

Wanderlino Arruda

O bom da vida é que sempre houve e sempre haverá oportunidades para engrandecermos nossa visão de mundo e acrescentar saberes à nossa cultura. A cada momento uma chance de ver, ouvir e aprender a importância do bem. Sempre lindo e proveitoso o texto de Eclesiastes sobre a existência de um tempo para cada propósito: tempo de nascer, tempo de plantar, tempo de curar, tempo de construir, tempo de rir, tempo de dançar... Agora, Manoel Hygino, hoje o mais sábio montes-clarense, vem nos esclarecer muito da Maternidade Hilda Brandão, benemérita instituição de cem anos, que honra o nascer meninas e meninos em nossa ainda jovem capital de Minas. Uma chance encantadora de muito saber! O seu livro "Tempo de Nascer" é um registro importantíssimo da Santa Casa, companheira de vida e das vivências de Belo Horizonte. Mais do que bonito e primoroso no aspecto editorial, é fonte e destino de ricos registros deste o dia de São João de 1916, quase tempos de Curral del-Rei, quando era presidente do Estado o saudoso Delfim Moreira. Melhor dizendo: tempos do provedor Hugo Werneck, honra da nossa ciência nos campos da Medicina e exemplo maior na administração e na inventividade. Tudo de bom na formação de consciência para muitas gerações. Estou encantado com tudo: aspecto gráfico, desfile de fotografias, distribuição da história e das estórias, fluência de todos os significados das muitas ações que engrandecem o amor à causa da maternidade. O bom começo se torna semente e plantação de exemplo para todas as gerações, um desfile de nomes ilustres que merecem ser lembrados no agora e no sempre, registros significativos em folha solta do provedor Saulo Levindo Coelho e do superintendente Marcos Rocha Andrade. Sério e responsável em tudo que faz, Manoel Hygino sabe percorrer todos os caminhos que vão da beleza literária aos valores da análise histórica. Membro ilustre da Academia Mineira de Letras, cronista e historiador, sabe escrever e descrever, narrar e registrar fatos, marcar e fixar personagens! Uma riqueza para todos os leitores, gratificante motivo de alegria para amigos que o admiram. Larga experiência desde os tempos de Montes Claros. "Tempos de Nascer" precisa e deve ser lido por todos que gostam de conhecer nossa Minas Gerais, seu jeito peculiar de ser e de trabalhar. São textos mais do que didáticos que marcam cada momento da Maternidade Hilda Brandão, as suas dificuldades, os seus sucessos. Mais ainda: um interessante desfile de fotos que fazem parte do patrimônio cultural do Museu de História Abílio Barreto, do acervo da Fundação Hospitalar, da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia, do Hoje em Dia, do Colégio Arnaldo e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa. São imagens de agentes de saúde de todas as categorias - médicos, enfermeiro, estudantes, gente de apoio - em locais e situações que precisam ser sempre lembrados e nunca esquecidos. Sinceros parabéns ao estimado conterrâneo Manoel Hygino, sinceros parabéns à Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, principalmente à sua Maternidade Hilda Brandão. Voltando ao Eclesiastes, importante lembrar que Deus fez tudo apropriado a seu tempo, pondo no coração do homem o anseio pela eternidade. Para todos nós, pobres mortais, nada melhor que ser feliz e praticar o bem. Institutos Históricos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°81957
De: Berenice Data: Quarta 16/11/2016 11:14:10
Cidade: M. Claros

Ter 15/11/16 - 21h09 - A Superlua, do século, está absoluta nos céus dos montes claros. As nuvens se retiraram
Sim, as nuvens se retiraram para que a Superlua do Século passasse com o seu cortejo. Foi belíssimo. Quem não viu poderá ver hoje e nos próximos dias. A majestade da Supérlua não se esgota em horas, dias.
A lua ontem brilhou como quis, mas, por volta da meia-noite permitiu que as nuvens voltassem, fechando o seu manto de luz. Então, a madrugada de M. Claros tornou-se novamente nevoenta, com chuva miúda até o amanhecer. A manhã de hoje também está brumosa, o que realça o brilho que nos visitou na última noite. Pelo que a meteorologia nos faz supor, teremos alguma chuva até o próximo domingo, mas declinando.

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Mensagem N°81956
De: Iara Tribuzzi Data: Quarta 16/11/2016 10:20:15
Cidade: Belo Horizonte

O rio levou meu riso

Não é fácil estar sozinha. Já tive dez pessoas à mesa, agora tenho minhas fugas. De madrugadinha vou acordando devagar, me espreguiçando e, meio tonta de sono, rezo uma parte do ofício de Nossa Senhora, que é muito poderoso. Disso tenho certeza, porque minhas tias paternas sempre o rezavam todinho quando eu era pequena, na casa de vó Milota, e eu, escutava. Adulta, acompanhei-as na doença e assisti às suas mortes. Foram mortes bonitas, em paz, sem tubos nem outros aparatos de CTI. Uma delas, Madrinha Zu, o rezava calmamente em seu Jeito de morte, tranqüila, como se fosse dormir.

Hoje, aos sessenta anos peço a Nossa Senhora que me dê uma boa velhice, uma boa caduquice e uma boa morte. Meus filhos caçoam:
- Mãe, onde já se viu caduquice boa? E eu lhes respondo:
- Tenho tanto medo de caduquice ruim porque um tio paterno ficou muito alterado e estranho, cismando que seus filhos o estavam roubando. Um dia ligou para a filha dizendo que ela tinha levado da casa dele os pratos de um aparelho de jantar. De um dos filhos ele levou para a fazenda a caixa de ferramentas, dizendo que lhe pertencia. De outro, tirou um ventilador e trancou no seu escritório, afirmando que o havia comprado.

Sei de muitas caduquices. Uma delas é de uma amiga de Santa Luzia que ficou muito econômica depois do apagão, deixando em casa apenas uma lâmpada presa ao teto por um fio bem comprido e carregando-a por toda parte, até para o quintal, tentando economizar energia. Quando perguntamos como vai passando responde:

- Oh, moça, de dia com um ovo quente e de noite com um bule de chá.
Minha família tem vários octogenários e a antiga babá lá de casa observava:
- Seu povo véve muito!

Tenho medo de viver demais e também tenho medo de morrer. Medo de morrer eu não deveria ter, sou muito religiosa, mas como não tenho certeza da existência do céu fico com pena de ir assim, deixando tanta coisa boa.

Minhas lembranças antigas são cada vez mais nítidas. As vozes da Praça do Mercado de Salinas, onde me criei, as cantigas entoadas por um vizinho, os acordes da banda, o tropel dos cavalos, o passo cansado dos burros de carga, o eco dos passos trôpegos dos homens troviscados, as instruções das professoras do Grupo Escolar e o chamado de mamãe - "Iara, saia do curral!" permanecem vivas. Até hoje sei todas as rezas que aprendi no internato, as partes da missa: Kyrie, Glória, Confiteor, Sanctus, Benedictus, Pater Noster, Agnus Dei, tudo entoado em latim.

Todas as noites, na benção do Santíssimo Sacramento, cantávamos Tantum Ergo, a ladainha de Nossa Senhora, a Salve Rainha e, na Semana Santa, as antífonas. Fico tocada quando me lembro dos rituais litúrgicos, das procissões.

Para exorcizar meus fantasmas ouço música, estudo filosofia, leio alguns romances e pouca coisa nos jornais, o jornal todo eu não leio não, porque só tem más notícias. Na TV revejo filmes bem antigos, a que assisti quando mocinha: Morangos silvestres, O rio das almas perdidas, Paisá, A hora do lobo, Amar foi minha ruína, Sete noivas para sete irmãos, O sol por testemunha, Casablanca ... a filmes novos assisto no cinema, acho ótimo não pagar. Os sexagenários tem entrada franca e com o dinheiro da entrada pago o estacionamento ou dou um trocado ao menino que "toma conta" do carro. Contudo gosto mesmo de ir a concertos. A música me arrebata por inteiro e nela fico imersa.

Tenho tentado fazer contatos com antigos colegas, aqueles do curso primário no Grupo Escolar Dr. João Porfírio, que não vejo há décadas. Outro dia me ligou uma delas e não consegui me lembrar das suas feições. Mas ela se lembrava de mim e perguntou:
- Ó Iara, você ainda tem o cabelo avermelhado e escorrido?

- Ah, quem me dera! Agora tenho uns poucos fios brancos, não uso tintura. As amigas dizem que é muita sorte, pois elas estão com a cabeça branquinha.
Disse meu neto: - Oh Vó, não é toda gente gorda que senta no chão, não. Só você.

Sou muito rezadeira. Aqui no oitavo andar cultivo para Nossa Senhora rosas daquelas antigas, que florescem em pencas bem perfumadas e muitos as chamam de rosas de Santa Terezinha. Outras as usam para banhos de descarrego. Desde a madrugada sinto o perfume delas porque as deixo num vaso junto à imagem de Nossa Senhora, que é linda e que eu trouxe com muito cuidado, do Santuário de Fátima até aqui.
Este apartamento, comprei depois de fazer uma novena para Nossa Senhora do Carmo e pedia muito a ela que me fizesse companhia depois que meus filhos se casassem.

Depois da cerimônia do casamento do último filho que morava comigo, chegando em casa tive um impacto terrível ao abrir a porta. Faltava algo nas minhas entranhas e me lembrei da canção do Chico Buarque “ó metade tirada de mim!”. Ó metade amputada de mim! Entendi o que os psicólogos e analistas americanos querem dizer da síndrome do ninho vazio.

Costumo caminhar todos os dias na Praça JK, lá encontro companhia. Às terças-feiras não faço caminhada, é dia de rezar o terço na Igreja de Santo Antônio pelas famílias. Aproveito para pedir a ele - milagroso e casamenteiro - que me arranje um namorado. Não precisa ser moço, nem bonito, mas que tenha boa prosa, saiba rir, e possa ir comigo ao supermercado com bom humor ... Tenho saudades dos risos e escrevo para Salinas:

Oh Salinas
O rio levou meu riso
Machado cortou meu sonho
Triste fogo das queimadas
Apagou minhas certezas
A desolação
Traz nas cinzas
Doces lembranças
Ressuscita meus afetos
Mais duras
Que as pedras
Da Praça e das tuas ruas
São minhas saudades.

Belo Horizonte, verão de 2000
Iara Tribuzzi

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Mensagem N°81955
De: Luiz Cunha Ortiga Data: Terça 15/11/2016 18:40:52
Cidade: Brasília  País: Brasil

A natureza está tão insinuante que nos torna meteorologistas à força. Ontem, por exemplo, a densa canada de nuvens que cobriu o DF, não nos permitiu ver a super-lua. Ao mesmo tempo, uma queda de temperatura tão grande que nos fez recorrer a agasalhos. A super-lua ficou para hoje. Iluminará o campo nos Andes, onde a seleção joga hoje à noite, contra o Peru, lá. O jogo já vale pela classificação para a próxima copa na Russia.

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Mensagem N°81954
De: Marcos Data: Terça 15/11/2016 18:10:09
Cidade: M.claros

Choveu cerca de 25mm M. Claros, cidade, nas últimas 24h. A manhā foi de invernada. Por volta das 16h, o sol veio de volta. Às 17h30, ainda houve uma pancada de chuva e as nuvens - surpresa - se retiraram. O céu está limpo agora, limpo, e isto abre chance para que M. Claros veja hoje, com 24 horas de atraso, a Superlua do Século. Nāo será exatamente a de ontem, mas a diferença é insignificante a olho nu - juram os especialistas. (Contudo, a meteorologia dá de 40 a 80% de chances de estar chovendo entre as 20 e 23 horas, em M. Claros). Pelos próximos 3, 4 dias, a Super Lua ainda será a soberana dos céus, menor - até 2034 - apenas que a Superlua de ontem, aquela que as boas nuvens encobriram. Entāo, é olhar para o céu. Boa sorte a todos. Cantemos - "Lua, ó lua, querem te passar pra trás/ lua que no céu flutua/ lua que nos dá luar..."

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Mensagem N°81953
De: José Ponciano Neto Data: Terça 15/11/2016 14:56:13
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

A Superlua trouxe chuva: Ontem as 09:30 quando a Lua atingiu o Perigeu, uma boa chuva começou a cair na região de Juramento-MG, Congonhas (Itacambira-MG) e Glaucilândia-MG. Foram 19,4 milímetros toda a NOITE da Superlua.
Mal bispamos algum clarão, pois, no momento as nuvens santas pulverizavam as terras tombadas pelos os campesinos.
Durante a NOITE o aconchego foi dentro de casa. Desta vez fizemos inveja a Superlua!
O que significa NOITE?
Em muitos idiomas europeus, a palavra NOITE é formada pela letra N + o número 8 na respectiva língua.
A letra “N” é o símbolo matemático de infinito e o 8 deitado também simboliza infinito, ou seja, noite significa, em todas as línguas, A UNIÃO DO INFINITO!

Português: noite = n + oito
Inglês: night = n + eight
Alemão: nacht = n + acht
Espanhol: noche = n + ocho
Francês: nuit = n + huit
Italiano: notte = n + otto

Até o longínquo ano de 2034.

José Ponciano Neto: Técnico em Meio Ambiente Natural e Urbano

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Mensagem N°81952
De: Mercês Data: Terça 15/11/2016 10:09:56
Cidade: M.Claros

A chuva desta madrugada em M. Claros foi de 11mm, aí por volta das 3h.

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Mensagem N°81951
De: Sinval Data: Terça 15/11/2016 09:43:06
Cidade: M. Claros

Montes Claros também não viu a Lua Cheia do Século, nesta noite que passou. Creio que a possibilidade ainda seguirá pelas próximas noites. Nesta manhã da República, há uma nesga de sol ocasional em M. Claros, mas a previsão é de chuva - 9 milímetros, 43mm e novamente 9mm , hoje, amanhã e quinta-feira. Portanto, parece que a Lua do Século pode seguir encoberta, triunfante acima do novelo de nuvens. Perdemos a Lua Cheia, mas ganhamos a chuva (que veio algo intensa por volta das 3h da madrugada). O que para nós é mais importante? Vou me esforçar e ver se a encontro em 2034, numa longa noite de serenatas. Ó modinhas de M. Claros, saudai toda lua cheia que o céu trouxer, como era antes de a violência tomar conta de tudo.

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Mensagem N°81950
De: Alberto Sena Data: Terça 15/11/2016 08:58:24
Cidade: Grao Mogol

CARTA À SUPERLUA

Alberto Sena

Querida SuperLua, eu senti muito não poder vê-la. Criei tanta expectativa em torno da sua chegada! Fiquei imaginando-a pertinho de mim. Cheguei a sentir seu calor, mesmo sabendo ser mero reflexo do Sol. Senti-a ao alcance de um zoom da minha maquininha de tirar retratos.
Mas, infelizmente, não deu certo. E esclareço logo, querida, para evitar disse me disse. Não a vi simplesmente porque aqui, em Grão Mogol, onde toda Lua nasce nua, o Tempo não permitiu. E com razão. A época é de chuva. Esqueci-me de fazer um trato com ele.
Nuvens nimbostratus cobriram o céu de modo que o Sol em nenhum momento conseguiu encontrar uma fresta através da qual pudesse me dar um fio de esperança de mais tarde, ao anoitecer, surgirem estrelas em quantidade e a possibilidade de contemplar, oh, querida, a sua performance super.
Uma SuperLua reúne numa todas as luas. Assim imagino. Recordo-me das luas sob as quais furtivamente fiz com a rapaziada serenatas para moiçolas guardadas a sete chaves, em época de mais glamour e romantismo. No momento do calor amainado, quando galos cantavam ao longe canto entrecortado por latidos de cães, nós ousávamos soltar a voz.
Sem contar às vezes, quando menino, ouvia as mais absurdas estórias relacionadas com o seu poder, Lua Super, poder de “levar crianças teimosas” para servir de petisco ao dragão. Inda bem que são Jorge sempre aparecia para evitar a tragédia.
Escrevo-lhe, oh SuperLua amada, a fim de saber o que posso fazer para vê-la brotar por detrás da Serra Geral. Amanhã, o seu status se mantém? Se sim, hoje à noite, quando me recolher para dormir ao som dos pingos de chuva que agora caem sobre o telhado, espero sonhar com a possibilidade de ver o dia raiar.
Farei um trato com o Sol. A ele pedirei audiência a fim de saber a ciência de como fazer para amanhã à noite eu abrir uma enorme fresta no céu para ter o prazer de ver resplandecer o clarão da super amada Lua?

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Mensagem N°81949
De: jornalista Luiz Ribeiro Data: Segunda 14/11/2016 12:14:26
Cidade: Montes Claros/MG

A vida nos apronta despedidas inesperadas. E foi assim assim a partida de Geraldo Guimarães, delegado aposentado da Policia Federal, ocorrida numa tarde chuvosa de domingo, 13 de novembro de 2016. Consta que, no jogo de futebol, se o juiz aparece mais que os jogadores, algo está errado. Da mesma forma, em um casamento, por mais que sejam louváveis os conselhos do padre, quem tem que aparecer na foto são os noivos. E o doutor Geraldo carregou essas máximas em sua vida, exercendo suas missões com zelo, esmero e lucidez, baseado nos princípios da moralidade e da impessoalidade, sempre com muita discrição. Foi um homem exemplar. Nos deixou lições a serem seguidas.Uma delas está numa cartilha contra corrupção, elaborada por ele e distribuída em escolas publicas de Montes Claros e, após, veiculação em matéria jornalistica, virou exemplo para muitos outros municípios. Na cartilha, ele lembra "é necessário que nos conscientizemos de que a corrupção é uma doença que, quando não mata, deixa sequelas irreversíveis. O Brasil está doente. Em nossa sociedade, quase sempre, prevalece a lei do mais esperto, num cenário em que a desonestidade tornou-se sinônimo de esperteza. É imperativo que façamos algo, visando a combater a corrupção".
Ele recomenda: "É chegada a hora de fazermos uma faxina geral em todos os setores da sociedade. Se cada um de nós fizer a sua parte, com certeza, viraremos o jogo e sairemos vitorioso desta luta. Nós não somos uma sociedade corrupta".
Mas, fora do exercício profissional, doutor Geraldo também teve sempre um lado grandioso, imensurável: o lado humano, da solidariedade, do voluntariado, sem alarde, sem marketing. E assim, ele acabou proporcionando um grande momento em minha vida, de forma inesperada. Recordo que certa ocasião, por intermédio do amigo Christiano Jilvan, adquiri de uma rifa de um projeto liderado por ele, de auxílio às crianças carentes do Conjunto Cidade Cristo Rei (o popular Feijão Semeado), em instalações anexas a uma igreja do Bairro Alto São João, em Montes Claros. Nunca tive sorte em nenhum sorteio. Quase fiquei incrédulo quando fui comunicado que o numero do meu talonário tinha sido o sorteado. Fiz questão de comparecer a solenidade de entrega do premio, reservando uma pequena surpresa. Na simples cerimônia, falou das ações do projeto e anunciou o meu nome como o ganhador do sorteio.Na sequência, agradeci e cumprimentei a todas as crianças, dizendo que da minha satisfação de estar ali, mas que, na verdade, eu não ganhei nada e que foram elas as ganhadoras. (na sequencia, devolvi o prêmio, uma bicicleta, para a realização de novo sorteio em prol do projeto). Sei que foi um gesto simples, mas marcado eternamente na minha memória pelo sorriso e o brilho nos olhinhos de cada uma daquelas crianças. Ao doutor Geraldo, os agradecimentos eternos por esta oportunidade de fazer o bem por tudo de bom que ele semeou entre nós.

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Mensagem N°81948
De: José Ponciano Neto Data: Segunda 14/11/2016 00:07:23
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Lamento profundamente o passamento do Ex. Delegado da Policia Federal Dr. Geraldo Guimarães (foto); nosso IR.’. de Ordem e confrade da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas, onde ocupava o cargo de Presidente.
Dr. Geraldo sofreu um acidente neste domingo 13/11 próximo ao distrito de Engenheiro Dolabela, município de Bocaiúva, na região Norte de Minas Gerais.
Segundo testemunhas seu veiculo foi atingido frontalmente por um caminhão que trafegava na contramão.
Maçom comprometido com a verdade; exercia com honradez os cargos que ocupou. Deixa um legado para os futuros delegados. Foi um homem honesto, intelectual que contribuiu para a construção da Superintendência da PFde Montes Claros.

***

O Tempo - Delegado aposentado da PF morre em acidente neste domingo - A suspeita é que uma ultrapassagem na contramão tenha provocado o acidente; a mulher dele que também estava no carro foi socorrida com escoriações. NATÁLIA OLIVEIRA - Um delegado aposentado da Polícia Federal morreu na noite deste domingo (13) em um grave acidente na BR-135, na altura do KM km 461, em Engenheiro Dolabela na região Nordeste de Minas Gerais. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Montes Claros, no Norte do Estado, chovia muito no momento do acidente por volta de 18h. A suspeita é que uma ultrapassagem na contramão tenha provocado o acidente.
Ainda segundo os bombeiros, uma testemunha contou que uma carreta fez uma ultrapassagem proibida na contramão surpreendendo o delegado Geraldo Antônio Dias Guimarães que se assustou, rodou na pista e bateu em outra carreta que seguia na mão correta.O motorista da carreta que estava na contramão fugiu do local.
O delegado prensou o carro no lado do motorista e morreu no local do acidente. Segundo os bombeiros, médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) tentaram socorrer a vítima, mas ele não resistiu aos ferimentos.
O delegado voltava de Belo Horizonte, ele estava indo buscar a mulher dele que que retornava de uma viagem. A mulher ficou em estado de choque, teve escoriações e foi socorrida para um hospital da região. O corpo do delegado foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Montes Claros. O delegado, quando estava na ativa, trabalhava na cidade de Montes Claros.

***

Estado de Minas - 14/11/2016 07:35 Delegado aposentado da Polícia Federal morre em acidente com caminhão na BR-135 -Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um terceiro veículo, uma carreta, tentou fazer uma ultrapassagem proibida e provocou a batida na Região Norte de Minas Gerais - João Henrique do Vale - Uma ultrapassagem proibida pode ter sido uma das causas para um grave acidente na noite desse domingo em Engenheiro Dolabela, na Região Norte de Minas Gerais. Um carro bateu de frente com uma carreta na BR-135, ao tentar desviar de outro veículo de carga que fazia a manobra. Um delegado aposentado da Polícia Federal (PF) ficou preso às ferragens e morreu na hora. O motorista que provocou o acidente fugiu do local.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu por volta das 18h. O carro Fiat Strada, com placas de Montes Claros, seguia pela rodovia quando foi surpreendido por uma carreta na contramão de direção. Testemunhas contaram que o veículo de carga tentou fazer uma ultrapassagem, em local proibido, a um caminhão.
O delegado aposentado Geraldo Antônio Dias Guimarães, que estava na direção do carro, tentou desviar, mas acabou atingindo de frente um caminhão. O acidente aconteceu em uma curva. O motorista ficou preso às ferragens. Médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram ao local e constaram o óbito.
A passageira do carro foi socorrido por médicos do Samu e encaminhada para o hospital. Viaturas do Corpo de Bombeiros de Montes Claros também foram ao local para auxiliar no socorro às vítimas. O corpo do delegado foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade.
A PRF ainda procura o motorista da carreta que tentou a ultrapassagem proibida. Após a colisão, ele fugiu do local.

***

Prefeitura - O prefeito em exercício de Montes Claros, José Vicente Medeiros, decretou luto oficial de três dias no município pelo falecimento do corregedor municipal Geraldo Antônio Guimarães, ocorrido neste domingo, 13, em decorrência de um acidente automobilístico. Geraldo, antes de ser empossado como corregedor, já havia prestado enormes contribuições à sociedade, tendo sido o responsável pela instalação da Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros, no ano de 2000. Depois, foi Superintendente Estadual da Polícia Federal no Espírito Santo. Como corregedor municipal, realizou um trabalho memorável em prol da lisura e honestidade no serviço público. Foi o idealizador da "Cartilha Anticorrupção", distribuída nas escolas da rede municipal com o objetivo de conscientizar as crianças, desde cedo, a identificar e evitar quaisquer práticas, mesmo as mais simples, que não sejam compatíveis com uma postura honesta. A Cartilha Anticorrupção foi um sucesso, chamando a atenção na imprensa estadual e sendo, inclusive, solicitada por outras prefeituras, interessadas em duplicar a experiência. A Administração Municipal se une, assim, à família enlutada e a toda a sociedade montes-clarense, em um sentimento de gratidão e respeito por este grande ser humano.

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Mensagem N°81947
De: Ilidio Data: Domingo 13/11/2016 10:08:42
Cidade: M. Claros

Sáb 12/11/16 - 11h28 - Meteorologia estima: há 100% de chance de chover em M. Claros entre 20 e 23 horas deste sábado. Chuva deve se estender pela madrugada. Previsão é de 15mm hoje, 45 domingo e 53 segunda

De fato. A chuva nāo veio na hora prevista. Chegou de mansinho depois da meia-noite. E ficou. Dez milímetros até agora, pelo centro montesclarino. Chuva miudinha, numa cápsula de bruma que engolfa as penhas, toda a serraria, e acende as luzes da cidade.Já há mariposas nos ares. E atrás delas velhas crianças. Gala no sertāo, que pode ser desertāo, ou coisa nenhuma. Terras de além os mares, talvez. O fato é que choveu. Chove; há de prosseguir. O Natal, como sempre, manda adiante o mensageiro anunciá-lo. É o próprio do Natal. A chuva de si esquecida, esquecida, que tinge de verde o tronco das árvores, e forma a grama dos presépios, para que ao cocho do Menino venham boi e vaca, e o burrico, que vai levá-Lo na fuga ao Egito.Tudo exato, medido, definido. (Estanco. Uma esquadrilha de maritacas cruzou os céus, em algazarra. É assunto urgente. Tudo como parte da chuva, que cai. Alvíssaras, e adeus).

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Mensagem N°81946
De: Prefeitura Data: Sábado 12/11/2016 16:15:23
Cidade: M. Claros

A Prefeitura de Montes Claros promoveu na manhã desta sexta-feira, 11, no CAIC Maracanã, uma reunião com todas as diretoras e diretores das escolas da rede municipal de Ensino. O objetivo do encontro foi informar a respeito de mudanças que serão efetuadas no calendário escolar neste ano de 2016. A secretária municipal de Educação, Suely dos Reis Nobre Ferreira, explicou para os presentes que a administração municipal decidiu pela antecipação do final do ano letivo, que irá até o dia 10 de dezembro, 6 dias a menos do que estava originalmente previsto. O assessor jurídico da Prefeitura, Dinilton Pereira da Costa, esclareceu que a mudança do calendário foi decidida com o objetivo de fazer uma adequação de gastos com pessoal, já que, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Folha de Pagamento do município não pode ultrapassar 54% da arrecadação. Como as receitas do município diminuíram (em grande parte, por causa da crise pela qual passa o Brasil), e para evitar que este percentual seja ultrapassado, esta e outras medidas estão sendo tomadas em todas as secretarias da Prefeitura.(...) Também foi anunciado que as atividades do Programa Tempo Integral se encerrarão na próxima quarta-feira, 16 de novembro. Os presentes foram, ainda, informados que as diretoras e diretores permanecerão nos cargos até 31 de dezembro de 2016. Também foi destacado que os alunos não terão nenhum prejuízo com a antecipação do final do ano letivo, e que o mínimo de 200 dias letivos exigidos pela Lei 9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) serão não só cumpridos, mas superados. (...)

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Mensagem N°81945
De: Luiz Campos Filho Data: Sábado 12/11/2016 12:16:25
Cidade: Montes Claros

(...) A doutrina do Vale do Amanhecer nacionalmente conhecida com seus mais de 800 templos inaugura no dia 12 do corrente mês no novo Templo Gavã do Amanhecer de Montes Claros localizado na BR 365 saída para Bocaiuva, 1000 metros após a Polícia Rodoviária Federal do lado direito. A Doutrina foi fundada na década de 50 porNeiva Chaves Zelaya, mais conhecida como Tia Neiva. A primeira comunidade funcionou na Serra do Ouro, próximo da cidade de Alexânia, Goiás. De lá se mudou para Taguatinga, cidade satélite de Brasília, e, em novembro de 1969, foi instalada no atual local, que passou a se chamar Vale do Amanhecer, na zona rural da cidade satélite de Planaltina.Até então em Montes Claroso Templo funcionou no Bairro Vila Telma, onde já existia desde 1982, portanto ha 34 anos, inclusive com título de Utilidade Pública auferido pela Câmara Municipal de Montes Claros. Asatividades no antigo templo serãoencerradas nodia 09 para então no dia 12 próximo iniciar no novo endereço. Os trabalhos e os atendimentos aos pacientes/visitantes funcionam nas quartas feiras e sábados a partir das 10 da manhã,aos domingos às 8 horas da manhã para crianças e às 18 horas para os demais visitantes.O Corpo mediúnico do templo localchamado TEMPLO GAVÃ DO AMANHECER DE MONTES CLAROS atualmente possui mais de 150 mestres e ninfas das diversas camadas sociais,que se dedicam ao atendimento dos pacientes/visitantes através dos seus rituais voltados a diversos trabalhosdesobsessivos e é presidido pelo Sr. José Osvaldo Saturnino Diniz e Coordenado pela sua esposaFrancinevesAlencar A linha da doutrina do Vale do Amanhecer é focada nos ensinamentos da Tia Neiva, sempre pregando e praticando a humildade, tolerância e o amor. O seumentor principal chamado Pai Seta Branca, em uma das suas encarnações foi São Francisco de Assis. Também é regida com uma perfeita hierarquia espiritual por Jesus Cristo, a Virgem Santíssima e suas diversas entidades espirituais. Desde a época da implantação da doutrina ela vem se espalhando com seus Templos pelo Brasil e outros países mobilizando milhares de seguidores:mestres, ninfas e pacientes/visitantes. No Norte de Minas ela está presente em cidades como: Pirapora, Ibiaí, Jequitai, Claro dos Porções, Mirabela, São Francisco, Januária, Francisco Sá, Pintópolis e Coração de Jesus.
O Novo templo dispõe de uma área de mais de 8 hectares, onde já se encontra construído o Templo principal, que tem uma área coberta de 2.000 metros quadrados, e onde serão implantados os setores externos como a estrela candente, o turigano, estrela sublimação, residências, pousada, alojamentos, vestuários, restaurante, etc. Uma verdadeira comunidade.
Com esse novo espaço a doutrina em Montes Claros terá melhores condições no atendimento bem como implantará os setores externos tão necessários para seus rituais que visam também a manipulação de energias para o bem de quem e de onde for mentalizado independentemente da distancia.
O traço comum nessa indefinida classe de médiuns que buscamo Vale do Amanhecer é a crença na reencarnação ou, no mínimo, a admissão da atividade de espíritos sem corpo físico – os desencarnados. Outros se filiam a doutrina pelo conhecimento de doutrinas herméticas, das chamadas “ciências ocultas”, ou porque tenham tido alguma experiência com o “sobrenatural”.
Pode acontecer, também, de você ser um estrangeiro, um “descrente”, um pesquisador, sociólogo ou simples curioso.Qualquer que sejaa posição do visitante, a doutrina procura dar, neste trabalho, uma ideia a mais completa possível, do que é e do que faz, procurando atender ao máximo o seu interesse e facilitar o eventual aproveitamento do que é oferecido: amparo, esclarecimento, conforto espiritual e a possibilidadeencontro consigo mesmo, do caminho para seu próprio espírito e para a vida transcendente. O Vale do Amanhecer é reconhecido como um verdadeiro Pronto Socorro Espiritual e no perfil dos pacientes que lhe procuram estão os que são acometidos pela depressão, esquizofrenia além de portadores de doenças clinicas nas suas diversas modalidades.
No Vale do Amanhecero mestre ou ninfa (como são chamados os seus componentes), fazemcontribuições espontâneas que ajudam a custear as despesas,além da simpatia, da harmonia e do amor. Para ospacientes/visitantes não se faz proselitismo e não são aceitos valores materiais inclusive nem mesmo é exigida identificação.O movimento doutrinário e religioso“Vale do Amanhecer”, tem dois aspectos distintos, duas maneiras de ser visto: a primeira é em sua origem remota, o caminho percorrido pelos espíritos que o compõem; e a das circunstâncias que presidiram sua formação atual.
Sua missão é oferecer ao Homem angustiado e inseguro uma explicação de si mesmo e um roteiro para sua vida imediata.

* Luiz Campos Filho
Mestre do Vale do Amanhecer
38 99968-4071 3084-5400

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Mensagem N°81944
De: Mateus Data: Sexta 11/11/2016 11:05:57
Cidade: M. Claros

Aviso aos navegantes, para que não se transformem em náufragos:

"Há previsão de chuva para todo o interior do estado, nos próximos dias. Na segunda-feira, as chuvas ficam mais concentradas nas regiões Norte de Minas, Jequitinhonha, Vale do Mucuri, Vale do Rio Doce, Zona da Mata e Metropolitana. Mas a tendência é que as precipitações diminuam na terça-feira. No Sul de Minas, as temperaturas variam entre 13 e 25°C; na Zona da Mata e Vale do Rio Doce, ficam entre 17 e 28°C; no Jequitinhonha e Mucuri, variam entre 17 e 30°C e, no Norte de Minas, entre 18 e 33°C."

A previsão é do serviço meteorológico da Cemig, muito respeitado. Pena que os avisos pouco adiantem para a própria empresa, a primeira a entrar em colapso - seus serviços, claro - tão logo as nuvens se formem no céu, Tem sido assim, historicamente, no Norte de Minas.

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Mensagem N°81943
De: Píndaro Data: Quinta 10/11/2016 14:56:24
Cidade: Moc

Qui 10/11/16 - 13h - Sem que a chuva efetivamente caia, previsão é de 214mm em M. Claros até o dia 20

Agora, sim. Por volta das 14h20m, a chuva que estava dependurada em grossas nuvens escuras desceu. Choveu copiosamente, aos cântaros, como se costumava dizer. Não sei como foi nas outras partes da cidade, mas na região do aeroporto de M. Claros a chuva foi exemplar, constante por 20 minutos, grossa como convém, educada, sem raios e trovões. Atraiu para si, para sua sinfonia, completa orquestra de sons, de uma passarinhada vibrante, feliz com a chuva. Coisa que não via há tempos - chuva constante, plena, festa de poetas cantores no céu, natureza em tarde de gala, refulgente. Desejar um arco-íris a mais talvez seja demasia, impróprio por muito querer. A chuva estancou, mas o céu promete mais, para reconciliar-se com o chão longamente cauterizado pela seca. Plenitude. Completude. Amém.

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Mensagem N°81942
De: Polícia Militar Data: Quarta 9/11/2016 11:19:58
Cidade: Montes Claros

Policiais Militares ontem, 8, por volta das 17h48min, compareceram na rua Alagoas, bairro Cintra, nesta cidade, onde, segundo a vítima, um homem de 28 anos, colocava seu veículo Fiat Pálio, placa GZI-2584, na garagem, quando percebeu a aproximação de uma motocicleta Yamaha Fazer, cor vermelha, ocupada por 02 (dois) indivíduos; ao perceber que seria atacada acelerou o veículo e adentrou na garagem; o garupa desceu da motocicleta portando 01 (uma) arma de fogo e efetuou disparos contra ela, momento que desceu do veículo, correu, adentrou na casa de uma testemunha e fechou a porta, tendo o indivíduo continuado a disparar, tendo 02 (dois) dos disparos atingido o portão e outro atingido um armário que fica defronte ao portão da residência; após os disparos os indivíduos evadiram na motocicleta, tendo uma testemunha anotado a placa desta e repassado à vítima; de posse da placa do veículo os policiais militares compareceram ao endereço do atual proprietário, onde, segundo o seu genitor afirmou o veículo pertencer ao seu filho e que ele acabara de sair da casa e não soube informar seu paradeiro. A vítima foi atingida, de raspão, por 01 (um) disparo na perna direita, na altura da coxa, causando escoriações. A Polícia Militar tem informações dos possíveis autores, contudo, até o momento, estes ainda não foram localizados.

***

Policiais Militares nesta data, 9, por volta dos 30 min, compareceram no Povoado Planalto Rural, neste município, onde, segundo as vítimas, um homem de 62 anos, e uma mulher de 39 anos, 04 (quatro) indivíduos chegaram na sua residência e quebraram o vidro de 01 (uma) das janelas da sala; uma das vítimas, o homem, ao escutar o barulho, levantou para ver o que ocorria, momento que um deles, armado com 01 (um) revólver, anunciou o assalto, a amordaçou com 01 (uma) fita e a agrediu com chutes, tapas e socos; a outra vítima, a mulher, que teve o seu cabelo cortado com uma faca, foi também amordaçada e ameaçadas de morte; após o fato os indivíduos evadiram levando com eles 02 (dois) aparelhos celulares e 03 (três) anéis. De posse das informações, durante o rastreamento os indivíduos R. G. S., 29 anos; E. M. A. N., 18 anos; e 01 (um) adolescente em conflito com a lei, 14 anos, foram localizados, já longe do local do fato, os quais foram abordados e localizado em poder destes uma parte do material produto do roubo. Com os indivíduos foram ainda localizados e apreendidos 04 (quatro) aparelhos celulares, um deles produto de furto/roubo, ocorrido no último dia 31. Os indivíduos se encontravam no veículo Ford Escort, cor azul, placa GPL-1266, o qual foi apreendido e removido ao pátio conveniado. Os indivíduos foram presos, o adolescente foi apreendido e conduzidos a DP, com os materiais, também apreendidos.

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Mensagem N°81941
De: Alberto Sena Data: Quarta 9/11/2016 08:14:59
Cidade: Grão Mogol

INQUÉRITO VAI MOSTRAR A CARA DO FAKE

Alberto Sena

Passei boa parte da manhã de hoje na Delegacia de Polícia Civil de Grão Mogol, onde me encontrei com a delegada Maria Angélica Fernandes Almeida Prado retornando das férias. Nesse período, logo após conhecidos os resultados das eleições de outubro, ela viajou e a cidade ficou sem delegado substituto, o que, particularmente, considero um desrespeito a Grão Mogol.
Como ela retomou os trabalhos, hoje de manhã, fui um dos primeiros a ser atendido. Entreguei à delegada o material do vídeo fake publicado durante a campanha política, para abertura de inquérito policial sobre a origem da publicação no Facebook. Vídeo esse que mostra um grupo de pessoas em festa, enquanto se ouvem uma “música” de baixo nível desrespeitando as pessoas ali presentes.
O autor do fake invadiu a minha página do Facebook e copiou uma foto em que eu e minha esposa estávamos em um restaurante da Holanda brindando com taças de vinho. A foto destoa das demais completamente porque, em verdade, nada tinha a ver com a abordagem fake.
COM A DELEGADA
A delegada recebeu todo o material que preparei com fotos e gravação do vídeo, mas pediu para não ser fotografada, e, em seguida, ela me apresentou à escrivã, que não quis foto e pediu para não ser identificada, a quem rememorei todo o ocorrido.
Como agora se inicia a fase de inquérito policial, estarei acompanhando as investigações de perto, como repórter, o que me leva a recordar uma década inteira cobrindo o setor de polícia para O Jornal de Montes Claros e para o Estado de Minas, de Belo Horizonte.
Eu podia deixar tudo isso de lado como fizeram os demais que aparecem no vídeo fake. Eles têm lá os motivos para aceitar as ofensas. Eu e minha esposa não aceitamos e para que isso nunca mais aconteça em Grão Mogol – onde soube que é comum acontecer – em relação a ninguém mais, porque é possível apurar a autoria.
Quem se esconde atrás de um vídeo fake para fazer o que o autor fez, em minha opinião é um humano inclassificável porque nem a palavra “covarde” serviria para qualificá-lo bem. O caso está agora com a Polícia Civil, portanto. O inquérito já foi aberto.
TRATAMENTO INDIGNO
E por falar em Polícia Civil, como cidadão, considero indigna a maneira como a Comarca de Grão Mogol é tratada pelo governo do Estado e o Judiciário. A delegada Maria Angélica está lotada na cidade, mas por exigência da Secretaria de Segurança de Minas Gerais, ela atende Francisco Sá, Montes Claros, Josenópolis e mais alguns lugares.
Isto é um absurdo praticado pelo Estado, o que só agora a Câmara Municipal de Grão Mogol está reagindo buscando resolver essa questão da permanência da delegada na cidade. Os vereadores Alex Lemos de Oliveira e Rosalino Almeida, da Comissão de Segurança Pública estiveram na Superintendência de Polícia Civil, em Belo Horizonte, fazendo valer a voz de Grão Mogol para solucionar o problema. Eles estavam acompanhados do presidente da Casa, vereador Alcir de Oliveira.
Segundo o vereador Alex Lemos, o superintendente da Polícia Civil disse que a reivindicação deve ser feita na Regional de Montes Claros, mas adiantou, faltam delegados e que deverá ser aberto concurso, só não se sabe quando. O superintendente se comprometeu a ver a possibilidade da delegada Maria Angélica ficar dois dias seguidos por semana em Grão Mogol.
Os vereadores da Câmara Municipal precisam entender e tomar atitudes em favor de Grão Mogol dentro do princípio de que se ninguém reclama é porque tudo vai bem. E não é este o caso aqui. Para agravar mais um pouco a situação, é possível que o juiz de Direito Wagner Mendonça Bosque, que veio para Grão Mogol recentemente, ser transferido para Januária. Parece até brincadeira. Mas não é. Os vereadores precisam reagir por amor a Grão Mogol.

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Mensagem N°81940
De: Luiz Ortiga Data: Terça 8/11/2016 11:27:30
Cidade: Brasília

Fico sem entender a dificuldade dos jovens em enfrentar o vestibular e em particular, a redação, na prova de português. Faltam professores como o padre Agostinho no Colégio Diocesano? Nada disso! O que falta é a leitura. Os jovens leem pouco ou nada leem. Deveria haver uma campanha intensa de incentivo à leitura. Da visita constante às bibliotecas públicas ou para àqueles que tem um pouco de condições financeiras, a compra de livros. A formação de bibliotecas devia fazer parte da vida de cada um. Ninguém faz uma biblioteca de uma dia para o outro. Faz-se lentamente e com os livros que se vai lendo. Se a pessoa tem o bom hábito da leitura, em muito pouco tempo estará com uma biblioteca formada, além dos livros didáticos que vamos amealhando vida afora. Ao escrever isto, vejo a necessidade de ler mais.

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Mensagem N°81939
De: Ucho Ribeiro Data: Terça 8/11/2016 10:54:47
Cidade: Montes Claros

HELOISA

Capuletos versus Montecchios, Chimangos X Maragatos, Cascudos X Chimangos, Rua de Cima X Rua de Baixo. A história registra, há milênios, que a luta pelo poder sempre foi árdua e tribal. Só na teoria e nos palanques é que o político diz que vai governar para todos, sem ver as cores partidárias. Na prática, conquistado o poder, no voto ou no tapa, o governante administra para os seus e aplica os severos rigores da lei aos rivais. Passa a cheirar pra uns e catingar pra outros. Antigamente, a rivalidade era explícita, os correligionários viviam amontoados, apartados dos adversários. Em várias cidades o afastamento era escancarado, percebia-se uma linha divisória entre as facções. Cada um no seu canto, no seu território - ninguém ciscava em terreiro alheio.

Os mais velhos ruminavam com baba grossa aquela malquerença. Mal-mal cumprimentavam os contras. Convívio, de jeito nenhum. Negócios, muito menos, mesmo pra levar grande vantagem. Namoro e casamento, nem pensar. Havia até aquela máxima: “Tome cuidado com os amigos, porque são eles que comem as muié da gente. Os adversários nem têm como chegá perto”.

Desde muito cedo a meninada absorvia aquelas cismas e aversões pelos rivais. Moleque que marcasse bobeira e passasse pelo terreno alheio, apanhava. Os meninos, quando saiam do bairro ou da sua região, andavam em bando, em trincas, para evitar sovas. Na maior parte do tempo permaneciam nas suas ruas, nos seus guetos, brincando entre si e tramando alguma desforra contra os fidumas do lado oposto. No mais, a vida seguia, cotidianamente, arrastadamente, com cada cardume em sua lagoa. Festas, atos cívicos, carnaval, dias santos, tudo era celebrado em separado e competitivamente. Bandinha de cá, bandinha de lá. Santo devoto de cá, padroeiro de acolá. Água e óleo. Não se misturavam. Até os médicos tinham a sua clientela restrita a seu grupo político. Não atendiam pacientes da outra facção, pois estes jamais o procurariam. Se o cardiologista era do outro lado, o cardíaco tinha que se virar com os seus médicos. Se a turma de cá não tivesse obstetra, que as mulheres procurassem uma parteira amiga para aparar o seu bebê.

Em certa cidade havia um prefeito, Agenor Alvino, casado há alguns anos com uma bela e simpática senhora, Dona Maria Heloisa, que não conseguia ter filhos. O casal tentava, tentava, e nada. Todo mês era aquela expectativa para a boa nova, mas sempre sobrevinha a regra e, consequentemente, a decepção. Com o tempo, no presumível período menstrual da primeira-dama, os correligionários, principalmente as mulheres, passaram a intensificar suas visitas à casa do prefeito. Acompanhavam, a par e passo, a “regra” de Dona Heloisa. “Veio? Atrasou?” Quando informados de qualquer retardo, era aquele alvoroço e vivas. As correligionárias se desdobravam para adular a madame e presentear o futuro herdeiro. Era uma romaria para chás, cafés e entrega de presentes: sapatinhos, babadorezinhos, vira-mantas, cueiros e chupetinhas para o futuro bebê. A alegria de Maria Heloisa durava pouco, pois o sonho da maternidade se esvaia em sangue. Novenas e mais novenas se sucediam, muitas delas compartilhadas por metade da cidade.

Dona Maria Heloisa já estava irritada com tanto puxa-saquismo, bajulação, sugestões de remédios caseiros e inúmeras simpatias milagrosas com as quais as partidárias amigas a sufocavam. Resolveu, então, se fechar, não tocar mais no assunto e dar um tempo às visitas. Era muito tumulto e seguidas desilusões. Manter-se-ia reservada, apenas com sua solitária novena para Sant’Ana, de quem passou a ser fervorosa devota.

Passaram-se meses até o final da novena, quando então veio a boa nova: a menstruação não chegou. Será? Feliz, mas cabreira, Dona Heloisa permaneceu calada. Não abriu o bico para o marido e nem para a melhor amiga. Não queria criar falsa expectativa e decepcionar novamente. Esperou alguns dias e nada. Nadica de menstruação. Esperou mais uns dias e neca de sangue. Será? Será que finalmente Agenor e eu teremos nosso herdeiro? Ó, benção! Obrigada, minha Senhora de Sant’Ana!

Aquele milagre tinha que ser guardado a sete chaves. Tinha que ser mantido em segredo até a plena confirmação. Mas como iria saber ao certo da gravidez? Uma certeza lhe ocorreu: se comunicasse ao seu médico e compadre, no mesmo dia a notícia se disseminaria como fogo em palha nas hostes amigas. Depois de muito matutar, só vislumbrou uma saída: consultar discretamente o doutor Saulo Salgado, o único ginecologista e obstetra da mulherada da banda de lá, embora fosse ele o líder da oposição e o maior adversário do seu marido. Dr. Saulo talvez desconhecesse toda a pregressa história de suas tentativas e fracassos para alcançar a gravidez e não havia necessidade de abrir o bico e contar a sua prenhez positiva ou negativa.

Decidida, esperou o melhor momento e ligou para o médico:
- Doutor Saulo, aqui é Heloisa, mulher do Agenor Alvino.
- Quem?
- Dona Maria Heloisa Alvino, esposa do prefeito Agenor José Alvino.
- Pois não, minha senhora, em que posso lhe ajudar?
- Doutor, o senhor deve achar estranho a minha ligação, mas eu gostaria de marcar uma consulta. Consulta reservada, reservadíssima, se possível num dia e horário especiais. Rogo a gentileza que nossa conversa e a consulta fiquem restritas a apenas nós dois, pois nem mesmo o meu marido Agenor poderá tomar ciência desse procedimento. Desculpe-me, doutor, mas, se possível, gostaria que nem a sua assistente esteja no consultório, caso decida por me atender.

- ...
- Pois não, madame, deixe-me checar a agenda... No sábado à tarde, às 17 horas, ficaria bem para a senhora, Dona Maria Heloisa?
- Perfeito, doutor. Estarei no seu consultório, neste sábado, às 17 horas. Reitero o sigilo para a nossa conversa. Uma boa tarde!

Dr. Saulo, um médico arguto nas asperezas da vida, ainda que experiente nas vicissitudes humanas, ficou encucado ao desligar o telefone: Nem mesmo o marido pode saber?

No dia e hora marcados surge Dona Heloisa. Trazia a cabeça e o pescoço envoltos num sombrio lenço e enormes óculos escuros lhe tapavam toda a cara. Ela entrou no consultório em passo rápido como estivesse fugindo de algo ou de alguém. Doutor Saulo, sereno e resolvido, a recebeu formalmente, dirigiu-a sem circunlóquios para a sala de exames e lhe pediu para deitar na cama ginecológica. Isto feito, cobriu-a com meio lençol e iniciou o procedimento.

Passados uns longos e ansiosos minutos, Dona Heloisa, curvando-se um pouco de lado para avistar o médico, perguntou-lhe:

- E então, Dr. Saulo? Eu estou grávida?
- “Estava”, Dona Heloisa, mas eu dei um jeitinho...

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Mensagem N°81938
De: Luiz Cunha Ortiga Data: Terça 8/11/2016 10:07:23
Cidade: Brasília  País: Brasil

Muito justa a homenagem ao Magnus Medeiros. Sempre muito educado e com uma fleugma britânica, Magnus sempre nos recebeu com fidalguia e amizade, além de uma fina educação. Gostaria de participar da homenagem e com muita satisfação. Abraços ao Magnus e votos de saúde e paz.

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