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Mensagem: A vida nos apronta despedidas inesperadas. E foi assim assim a partida de Geraldo Guimarães, delegado aposentado da Policia Federal, ocorrida numa tarde chuvosa de domingo, 13 de novembro de 2016. Consta que, no jogo de futebol, se o juiz aparece mais que os jogadores, algo está errado. Da mesma forma, em um casamento, por mais que sejam louváveis os conselhos do padre, quem tem que aparecer na foto são os noivos. E o doutor Geraldo carregou essas máximas em sua vida, exercendo suas missões com zelo, esmero e lucidez, baseado nos princípios da moralidade e da impessoalidade, sempre com muita discrição. Foi um homem exemplar. Nos deixou lições a serem seguidas.Uma delas está numa cartilha contra corrupção, elaborada por ele e distribuída em escolas publicas de Montes Claros e, após, veiculação em matéria jornalistica, virou exemplo para muitos outros municípios. Na cartilha, ele lembra ´é necessário que nos conscientizemos de que a corrupção é uma doença que, quando não mata, deixa sequelas irreversíveis. O Brasil está doente. Em nossa sociedade, quase sempre, prevalece a lei do mais esperto, num cenário em que a desonestidade tornou-se sinônimo de esperteza. É imperativo que façamos algo, visando a combater a corrupção´. Ele recomenda: ´É chegada a hora de fazermos uma faxina geral em todos os setores da sociedade. Se cada um de nós fizer a sua parte, com certeza, viraremos o jogo e sairemos vitorioso desta luta. Nós não somos uma sociedade corrupta´. Mas, fora do exercício profissional, doutor Geraldo também teve sempre um lado grandioso, imensurável: o lado humano, da solidariedade, do voluntariado, sem alarde, sem marketing. E assim, ele acabou proporcionando um grande momento em minha vida, de forma inesperada. Recordo que certa ocasião, por intermédio do amigo Christiano Jilvan, adquiri de uma rifa de um projeto liderado por ele, de auxílio às crianças carentes do Conjunto Cidade Cristo Rei (o popular Feijão Semeado), em instalações anexas a uma igreja do Bairro Alto São João, em Montes Claros. Nunca tive sorte em nenhum sorteio. Quase fiquei incrédulo quando fui comunicado que o numero do meu talonário tinha sido o sorteado. Fiz questão de comparecer a solenidade de entrega do premio, reservando uma pequena surpresa. Na simples cerimônia, falou das ações do projeto e anunciou o meu nome como o ganhador do sorteio.Na sequência, agradeci e cumprimentei a todas as crianças, dizendo que da minha satisfação de estar ali, mas que, na verdade, eu não ganhei nada e que foram elas as ganhadoras. (na sequencia, devolvi o prêmio, uma bicicleta, para a realização de novo sorteio em prol do projeto). Sei que foi um gesto simples, mas marcado eternamente na minha memória pelo sorriso e o brilho nos olhinhos de cada uma daquelas crianças. Ao doutor Geraldo, os agradecimentos eternos por esta oportunidade de fazer o bem por tudo de bom que ele semeou entre nós.
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