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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: CARTA À SUPERLUA Alberto Sena Querida SuperLua, eu senti muito não poder vê-la. Criei tanta expectativa em torno da sua chegada! Fiquei imaginando-a pertinho de mim. Cheguei a sentir seu calor, mesmo sabendo ser mero reflexo do Sol. Senti-a ao alcance de um zoom da minha maquininha de tirar retratos. Mas, infelizmente, não deu certo. E esclareço logo, querida, para evitar disse me disse. Não a vi simplesmente porque aqui, em Grão Mogol, onde toda Lua nasce nua, o Tempo não permitiu. E com razão. A época é de chuva. Esqueci-me de fazer um trato com ele. Nuvens nimbostratus cobriram o céu de modo que o Sol em nenhum momento conseguiu encontrar uma fresta através da qual pudesse me dar um fio de esperança de mais tarde, ao anoitecer, surgirem estrelas em quantidade e a possibilidade de contemplar, oh, querida, a sua performance super. Uma SuperLua reúne numa todas as luas. Assim imagino. Recordo-me das luas sob as quais furtivamente fiz com a rapaziada serenatas para moiçolas guardadas a sete chaves, em época de mais glamour e romantismo. No momento do calor amainado, quando galos cantavam ao longe canto entrecortado por latidos de cães, nós ousávamos soltar a voz. Sem contar às vezes, quando menino, ouvia as mais absurdas estórias relacionadas com o seu poder, Lua Super, poder de “levar crianças teimosas” para servir de petisco ao dragão. Inda bem que são Jorge sempre aparecia para evitar a tragédia. Escrevo-lhe, oh SuperLua amada, a fim de saber o que posso fazer para vê-la brotar por detrás da Serra Geral. Amanhã, o seu status se mantém? Se sim, hoje à noite, quando me recolher para dormir ao som dos pingos de chuva que agora caem sobre o telhado, espero sonhar com a possibilidade de ver o dia raiar. Farei um trato com o Sol. A ele pedirei audiência a fim de saber a ciência de como fazer para amanhã à noite eu abrir uma enorme fresta no céu para ter o prazer de ver resplandecer o clarão da super amada Lua?

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