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Mensagem: CEMITÉRIOS DE MINAS: CULTURA E ARTE Wanderlino Arruda Em nossa última reunião mensal do IHGMC, realizada em 29 de outubro, em nossa sede no Centro Cultural, o foco das atenções foi para a palestra proferida pelo arqueólogo e historiador Fabiano Lopes de Paula, Cadeira 66, patrono José Lopes de Carvalho, com o tema ´Cemitérios de Minas: cultura e arte´, um lindo e proveitoso momento para muito de aprendizagem em aspectos históricos e artísticos. Com organização perfeita e uma ilustração digna de todos os elogios, tanto na apresentação de fotos em livros como na projeção dos slides, principalmente quando a nossa atenção foi chamada para o cemitério inglês da antiga Mineração de Morro Velho, em Nova Lima. Desde a edição de nossa Revista nº 11, do segundo semestre de 2013, o professor Fabiano, ilustre mestre da UFMG, nos permitiu fazer importante comparações sobre a hierarquização de espaços a partir do status social das pessoas, tanto nas cidades dos vivos como nas cidades dos mortos, os cemitérios. Assim na vida como na morte, cada criatura tem o seu lugar com ou sem escolha, valendo-se para tanto do poder de compra ou da posição de prestígio das famílias ou mesmo da conjuntura cultural. A cada um a posição que merece. Agora, a convite do nosso presidente, cel. Lázaro Francisco Sena, Fabiano Lopes de Paula, nascido no centro histórico de Montes Claros, Rua de Baixo, nome de um dos seus livros, teve todo tempo necessário para expor e responder a perguntas, em tal forma de clareza que não deixou qualquer dúvida a interessados e curiosos sobre a importância social e artística dos nossos campos santos. Para cada projeção, uma aula, para cada fotografia, a valorização como documento, melhor forma de demonstrar a arte e o reflexo que o cemitério tem na sociedade, um perfeito resgate da memória cultural, incentivador da preservação da arte tumular e dos trechos de grandes pensadores a respeito da morte. Para surpresa de muitos ou de todos, o cemitério foi apresentado por um lado bonito e não cinzento, como geralmente ele é conhecido ou imaginado. A cada projeção, Fabiano apresentou planejamentos arquitetônicos, arruamentos e setorização, desenhos, coloridos, muitos e muitos detalhes de esculturas, rostos, flores, minúcias que normalmente nos passam sem ser percebidas. Do Cemitério do Bonfim, de Belo Horizonte, importantes informações sobre os primeiros moradores da capital mineira. Do Cemitério de Nova Lima, construído e formatado pelos ingleses da antiga Mineração de Morro Velho, mais do que tudo uma harmonização de símbolos maçônicos, frutos de influências de ritos experimentados e vividos pelas lideranças do seu tempo. Não deixou de fora mostras da Igreja Nossa Senhora da Conceição, em Ouro Preto, onde Aleijadinho foi enterrado, e o Cemitério Municipal Nossa Senhora Aparecida, em Juiz de Fora, que é um dos mais bonitos do Estado. Por tudo que nos ensinou o estimado confrade Fabiano Lopes de Paula, muito tem que lhe agradecer o IHGMC, hoje com quase cem por cento de associados. Afinal, pelo raciocínio do palestrante, os jazigos são uma fonte imprescindível para melhor compreender os questionamentos, incertezas e desejos que os seres humanos têm em relação à morte e, por consequência, à vida. Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros
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