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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 8 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°83615
De: Avilmar Soares Pinheiro Data: Terça 16/10/2018 08:03:35
Cidade: Francisco Sa  País: Brasil

Chuva forte na madrugada de hoje 16/10/2018, na cidade de Francisco Sa, chuva começou exatos 1:20 da madrugada, com muito raios e trovões e durou mais de uma hora, nossas preces foram ouvidas.

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Mensagem N°83614
De: Manoel Hygino Data: Terça 16/10/2018 07:52:54
Cidade: Belo Horizonte

No meio do caminho

Manoel Hygino

No meio do caminho havia mais que a pedra vista por Drummond. Descobriu-se, em meio a sucessivas buscas inclusive com drones, que também existia, à margem de uma rodovia que percorre o Triângulo Mineiro, uma criança de 6 anos, exposta à chuva, após os pais e o irmão de 8 terem perdido a vida em um acidente.
No meio do caminho estava a criança, angustiada e desorientada, no sumiço que preocupava familiares distantes e as autoridades. À altura de Araguari, na proximidade do dia da padroeira do Brasil e do dia da criança, a desamparada criatura sofria a angústia da solidão e o incômodo das intempéries. O poeta de Itabira, há tempo falecido, não vislumbrou uma criança no meio do caminho, como tantos outros meninos e meninas do Brasil, padecendo em dor e penúria.
Nascida em Belo Horizonte, romancista, poeta e ensaísta, da Academia Mineira de Letras, a professora Associé à la Sorbonne, Maria José de Queiroz, em homenagem a Drummond, escreveu um poema em que diz: “todos os caminhos do mundo se abriram em veredas, veredas do sertão mineiro, severo, agreste. Todos os mares se fizeram montanhas, montanhas de Minas, graves, austeras”.
Pois a escritora percorreu países, mudou constelações de vário brilho e diferente estrela, mas, “no fim de cada estrada, Minas me espera, de alcateia, na esquina de mim mesma”. “Minas me diz presente”: em todas as estradas (e o estado forma a maior rede rodoviária nacional, não tão bem cuidado como merece) há pedras e meninos, com a que viu o itabirano ilustre e o menino que muitos veículos no Triângulo Mineiro não divisaram.
E todos eles merecem atenção, cuidado, carinho. Eles são o futuro do Brasil, não podem ficar ao relento e ao abandono; exigem amparo e proteção para que não sigam o perigoso atalho destes dias, que o levam ao crime e à morte.
O notável cronista que foi menino no Espírito Santo, e para Minas veio a fim de formar-se em profissão, fez um apelo a que, a cada ensejo, volto. Ele se dirige a Cosme e Damião, rogando-lhes que preserve os meninos ricos, que podem ficar doentes e tristes, ouvir e ver coisas ruins: os filhos dos casais separados e sofrem, e os que, juntos, se dizem coisas amargas que as crianças veem, ouvem, sentem; os filhos dos bêbados e estúpidos e de mães histéricas ou ruins; e os órfãos, os filhos sem pai e rejeitados.
Mas, na estrada da vida, merecem ser lembrados e protegidos, tanto os meninos que estudam quanto os de rua, que só sabem pedir esmola, furtar e agredir. Nem se fala aos abrigados em asilos e orfanatos, que igualmente precisam de apoio e orientação.
E, há os dos morros pobres e dos mocambos, os vulneráveis meninos da cidade, assim como os barrigudinhos da roça, de canelinhas finas e cabelinhos sujos. Enfim, diz o antigo menino capixaba: “afastai, Cosme e Damião, de todo perigo e de toda maldade os meninos do Brasil, os louros e os escurinhos, todos os milhões de meninos deste grande e pobre e abandonado meninão triste que é o nosso Brasil”.
Dia da criança e da Senhora Aparecida são rentes e há pequerruchos como a que perdeu os pais e o irmãozinho em pleno caminho do interior de Minas. Não é apenas pedra.

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Mensagem N°83613
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Segunda 15/10/2018 17:53:22
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

O MESTRE GEORGINO JÚNIOR

“Meus olhos cegos de poeira e dor,
Tudo é previsto pelos livros santos,
Que só não falam que o sonho acabou”.


A benção, Mestre! Mestre no conhecimento, na inteligência, na lhaneza, na generosidade, na arte, na poesia. Mestre de todos os montes-clarenses.
Nós te reverenciamos por tudo que representaste em nossa vida e na vida cultural de Montes Claros, cidade que tanto amaste.
Não há como expressar a nossa dor e a saudade! Tua cidade amanheceu triste e nublada, mas, com certeza, por trás das nuvens, paira a luz que de ti emana. Porque a verdade é que não foi agora que te tornaste estrela, sempre o foste.
Bem mais velha, pude acompanhar toda tua jornada. Eras ainda criança, quando comecei a escrever no recém-fundado “Diário de Montes Claros”. Logo, porém, já lia tuas belas crônicas no outro jornal, onde, mais tarde, seríamos colegas.
Nossas famílias sempre foram amigas. Teu pai foi colega do meu na Academia Militar e, ao chegarmos a Montes Claros, uma das nossas primeiras obrigações foi visitar tua casa, onde não pude distinguir-te no meio da grande meninada. Afinal de contas, eu tinha dezesseis anos e tu não mais do que uns oito.
Mas, logo, logo, começaste a brilhar nas artes, na poesia, no jornalismo. Como não conhecer e respeitar o filho do Comandante, que já se destacava extraordinariamente na Cultura?
Graças a Deus, a minha admiração não ficou apenas de longe. Tive a graça de conhecer-te de perto e tornar-me tua amiga. Sei bem que a admiração era mútua, E, muitas afinidades nos aproximavam.
Sei o quanto gostavas da solidão e de tua toca. No entanto, tu te obrigaste a sair dela quando foi para colocar-me na Presidência da Academia Montes-clarense de Letras, gesto que jamais vou esquecer.
Pelo Facebook, nos falávamos todos os dias. Sem tua verve, porém, o face e toda a cidade se tornaram de uma pobreza enorme. E teu fino humor?
Ah, Júnior, como vamos viver sem tua presença? Bem sei que tudo que fizeste é uma herança eterna. Entretanto, onde fica teu humor matinal? Talvez aí, no plano em que te encontras, provavelmente junto a muitos de teus colegas e entes queridos... Mas, e nós?
Ah, preciso contar-te o que talvez não viste: teu velório, apesar da dor, foi uma linda festa. Com lágrimas nos olhos, todos cantávamos as belíssimas músicas que fizeste junto com teu irmão, Tino Gomes, o aniversariante do dia.
Muitos se perguntavam: “Como Júnior fez isso? Partir no dia do aniversário de seu grande amigo e parceiro?” Mas, eu compreendo. A tua partida foi talvez o maior presente que poderias dar a ele. Ela dizia: “Meu irmão, a morte não existe. Não vês como continuo tão vivo dentro de ti? Vim na frente para esperar-te quando estiveres pronto para continuar a Jornada.”
Não há como as gerações futuras te esquecerem. Todas as vezes que alguém cantar o hino não-oficial de Montes Claros, haverão de se lembrar de ti.
Hoje comemoramos o dia do Professor, esse artífice de almas. Parabéns, Mestre! Tu não foste apenas professor de teus alunos da UFMG. Foste professor de toda uma cidade. Somente um imenso amor pode ser a recompensa por tanto. E, estou certa, tens o amor de toda a nossa querida comunidade, essa cidade que não foi nosso berço, mas que tão bem nos acolheu.
Obrigada, meu amigo, obrigada por tudo! Perdoa-me se minhas palavras não estão à altura de ti. É que foste um monstro sagrado e eu sou apenas uma pobre escrevinhadora.

* Maria Luiza Silveira Teles (membro da Academia Montes-clarense de Letras)

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Mensagem N°83612
De: Manoel Hygino Data: Domingo 14/10/2018 15:29:28
Cidade: BH

Minas em duas Guerras

Manoel Hygino

Acaba de ser publicado o volume “I Guerra Mundial – II Guerra Mundial – Aspectos”, de autoria de João José do Nascimento”. Não é um cidadão qualquer discorrendo sobre determinado tema. Os dois maiores conflitos armados do século passado são algo que interessa muito ao Brasil e a Minas Gerais.
Destacaria lembrar, por exemplo, que Minas Gerais enviou uma equipe de grandes médicos ao palco dos combates na Europa, na primeira grande guerra, quando o presidente da República era o pacato pescador do Rio Sapucaí, Wenceslau Brás, que tanto honra nossas melhores tradições políticas. Mas, na II Grande Guerra, os mineiros tiveram participação efetiva, mesmo heróica, tanto que a alguns conterrâneos se presta homenagem presentemente com nomes nas vidas públicas por todo o território. Morreram em combate, fazendo jus ao reconhecimento.
João José do Nascimento resgatou, em seu livro, registros preciosos das duas maiores guerras da história do mundo. Oficial de escalão superior da PM estadual, ex-diretor do Hospital da Polícia Militar, professor, comandante de batalhões, sempre se interessou pelo assunto e a ele se dedicou especificamente, fazendo exaustivas pesquisas. Ao longo da carreira, colheu dados e informações que contribuem para aprofundar em tema jamais concluso.
Ozório Couto, um dos editores, e Aluísio Alberto da Cruz Quintão, presidente da IHG de Minas Gerais e desembargador, observam que o autor revela-se com sua obra.
Pelo que aqui se observa, pode-se ter uma ideia das razões pelas quais um oficial da Polícia Militar quis escrever sobre a primeira e a segunda grandes guerras. Minas Gerais teve participação importante em ambas, embora tão distante dos continentes diretamente envolvidos nas refregas. Enfim, os dois conflitos se tornaram mundiais, e não poucos, inclusive os brasileiros, de algum modo, sofreram com ambos.
Soldados daqui partiram – e também sacerdotes – para o apelidado “teatro” da guerra e, com saudade, famílias lembram até hoje episódios marcantes de suas vidas. Daqui saíram combatentes da Força Expedicionária Brasileira, da Central do Brasil, levados à estação por multidões que já reverenciaram os que participariam de batalhas memoráveis como as de Monte Casino e de Monte Castelo.
Na II Grande Guerra, os mineiros estavam atentos desde que Hitler, em 16 de março de 1939, avançara com suas tropas até Praga, capital da Tchecoslováquia, engolindo um país inteiro. Foi quando o ditador alemão, ao lado de Himmler e do general Heydrich, começou a estudar o problema dos judeus, e de seu extermínio. O Brasil só entrou oficialmente na II Grande Guerra em 1942, mas começou a sofrer seus efeitos muito antes, como se depreende.
Para seu trabalho, o autor se muniu de fotos dos principais líderes mundiais envolvidos no esforço bélico, bem como momentos cruciais das batalhas e de seus respectivos locais. Há de se convir com Nascimento, citando o general Shermann, na Guerra da Secessão: “somente aqueles que nunca deram um tiro, nem ouviram os gritos e os gemidos dos feridos, é que clamam por sangue, vingança e mais desolação”.

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Mensagem N°83611
De: Afonso Cláudio de Souza Guimarães Data: Sexta 12/10/2018 19:44:51
Cidade: Montes Claros/MG

Inicialmente, quero manifestar total solidariedade ao Sr. Jaime Porto Pinto, autor da mensagem 83609, de 11/10/2018. Pensei que havíamos ficado livres desse teco-teco que faz propaganda de circo instalado em shopping de Montes Claros. Há alguns meses, várias pessoas reclamaram desse avião, inclusive eu, mas ele estava fora da cidade e agora volta a incomodar e muito. Importante relembrar também que o Aeroporto de Montes Claros fica bem distante dos bairros mais centrais e mais habitados da cidade, onde o avião sobrevoa, fazendo piruetas, o que pode comprometer a segurança dos habitantes em caso de algum pouso de emergência.
Gostaria também de abordar outro problema muito desagradável, relativo à iluminação pública na Rua Acácia de Paula, entre as ruas Cassimiro de Abreu e Iraci de Oliveira Novais, no bairro Cândida Câmara.
Tem uma empreiteira de telecomunicações, que presta serviço à Oi, que executa seu trabalho, instalando cabos e equipamentos tendo como suporte os postes da rede de distribuição da CEMIG, mas, no fim do dia, deixa a lâmpada do poste apagada e aí tenho que solicitar apoio ao Serviço de Iluminação Pública da Prefeitura, que atende com bastante presteza e qualidade, restabelecendo a iluminação, a meu pedido, como em 10/10/2018, às 18h50m. No entanto, ontem, 11/10/2018, a lâmpada ficou apagada a noite toda, o que, inclusive, incentivou vândalos a quebrá-la. Foi substituida, mas continua apagada hoje, 12/10/2018, 19h20m, e assim ficará durante mais uma noite. Esta situação coloca em risco a segurança dos moradores e dos transeuntes, já que a escuridão é total e até já pedi, mais uma vez, as providências do Serviço de Iluminação Pública, mas, devido o feriadão, talvez só a partir de 15/10/2018 a iluminação será restabelecida. Isto deve estar ocorrendo em vários outros locais da cidade, como fui informado, devido à desorganização das empreiteiras, como a que citei. Pagamos os impostos em dia e temos o direito de reivindicar serviços públicos de qualidade.

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Mensagem N°83610
De: Luciano Data: Domingo 14/10/2018 09:59:04
Cidade: S. Paulo

Extensa matéria hoje na Folha de S. Paulo com o título: "Associada ao açaí, doença de Chagas avança e dobra em sete anos no país".

O assunto é preocupante, especialmente para o Norte de Minas, uma região endêmica para a doença, e onde o o Dr. Chagas descobriu, em 1909, a origem da doença, exatamente no vizinho município de Lassance, a 241 km de M. Claros.

A comprida matéria não desfaz completamente os temores de contaminação pelo consumo da fruta e seus derivados. Diz:

“O bicho” a que Maria (uma pessoa contaminada) se refere é o parasita Trypanosoma cruzi, presente nas fezes do barbeiro, e causador da doença. A transmissão clássica, a vetorial, ocorre pela picada do inseto. A partir dos anos de 1970, o controle do vetor reduziu esse tipo de transmissão no país. Atualmente, predomina a via oral, em que a infecção ocorre por meio de alimentos contaminados com as fezes do barbeiro ou com partes do inseto triturado".

A matéria não é suficientemente clara para desfazer o temor de que o consumo do açaí, em qualquer de suas formas, possa transmitir a doença. Apenas a notícia diz, numa de suas dobras, que "a diretora do Instituto de Medicina Tropical da USP, Ester Sabino, afirma, no entanto, que não há um risco de epidemia nacional, porque o consumo do açaí fresco é restrito ao Norte. Os números nunca vão ser tão altos quanto foram na forma vetorial clássica.”

Parece que o risco está no consumo "do açaí fresco", típico para os moradores do Norte do
Brasil. Contudo, é importante, diante do alerta difundido, que as autoridades de todo o País venham a público dizer se o alto consumo de açaí por toda a parte traz efetivo risco de contaminação pela temida Doença de Chagas. É uma preocupação que precisa ser rapidamente desfeita. Até para não afetar indevidamente a extensa, dedicada e eficiente rede nacional dos produtos açaí.

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Mensagem N°83609
De: Jaime Porto Pinto Data: Quinta 11/10/2018 20:21:58
Cidade: Montes Claros

Um pedido e alerta para que a Secretaria do Meio Ambiente ou outra entidade que fiscalize a poluição sonora em nossa Montes Claros; moro entre os bairros Edgar Pereira e Nossa Senhora Aparecida e temos sofrido diariamente e várias vezes ao dia com o barulho ensurdecedor de um pequeno avião que faz propaganda de um circo instalado em um shopping da cidade. Tenho na minha vizinhança diversas crianças recém nascidos e idosos acamados que têm sofrido com o barulho absurdamente alto e constante. Com a palavra as autoridades.

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Mensagem N°83608
De: Manoel Hygino Data: Quinta 11/10/2018 07:17:00
Cidade: Belo Horizonte

O plano de Maduro

Manoel Hygino

Diante da penúria transformada em tragédia na Venezuela, o presidente bonzinho dos Estados Unidos convocou todos os países reunidos na ONU, na última semana de setembro, a reivindicarem a “reestruturação da democracia” no país sul-americano. Enquanto Trump discursava na sede da organização, o Departamento do Tesouro de Tio Sam anunciava novas sanções contra pessoas próximas ao presidente Nicolás Maduro.
A história da Venezuela é triste em termos de democracia. Ostenta o título de única nação do hemisfério a passar um século inteiro em regime de exceção, e sabemos o que significa.
Não se trata de fatos de séculos passados. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez, deu continuidade à aplicação de métodos ditatoriais: fechou emissoras de rádio e televisão, concentrou verbas publicitárias nos veículos que o apoiavam. Insistiu em “demonstrar progressivamente o conceito de propriedade particular e garantir a socialização dos meios de produção”. Estatizou o setor elétrico, de telecomunicações, a indústria do cimento e prestadores de serviços no setor petrolífero. Assumiu o controle das siderúrgicas, da petroquímica e, até, da área alimentícia.
Começou um dos períodos mais difíceis da história do seu povo. Recomendou que o cidadão usasse lanterna para ir ao banheiro à noite, para evitar acender lâmpadas e consumir energia. Depois, com seu sucessor, a situação se tornou pior, sem que se reclamasse. Em compensação, mandou exumar os restos mortais de Bolívar, para provar que ele fora envenenado, e não vítima de tuberculose, como oficialmente registrado.
Com câncer, Chávez foi direto para Cuba tratar-se, acontecendo o que se sabe. Assumiu a presidência Nicolás Maduro, que parece destinado a permitir o preconizado por Simón Bolívar, o Libertador: “Este país cairá, inefavelmente, nas mãos da multidão desenfreada, para depois passar ao controle de tiranetes de todas as raças”.
Maduro se sentiu predestinado a governar sua pátria, inclusive porque recebia – não sei se ainda recebe – orientações preciosas de Chávez através de um passarinho palrador. Ex-motorista de coletivos em Caracas, o novo presidente parece interessado em cumprir o vaticínio de Bolívar.
Teve o desplante de, na recente Assembleia da ONU, assegurar que sua participação “foi uma vitória total”. Esqueceu-se de que a rica Venezuela tem mais de dois milhões de cidadãos, fugindo de perseguições, do pauperismo generalizado, da fome. Em sua conta no Twitter, Maduro declarou, enfaticamente: “A verdade da Venezuela foi ouvida. Vitória na ONU, Vitória total”.
O presidente chileno, Sebastián Piñera, não coaduna da opinião: “A Venezuela é um país que está vivendo uma tremenda crise política, econômica, social e humanitária”. O Chile está disposto a “ajudar o povo venezuelano a recuperar a sua liberdade, a sua democracia, o respeito aos direitos humanos e a tirar a Venezuela dessa crise humanitária”. Não disse quando, nem como.
A resposta está com Maduro: este anunciou que vai solicitar meio bilhão de dólares às Nações Unidas para trazer de volta os venezuelanos que deixaram o país. Com o dinheiro, fretará frotas de aviões. A solução foi proposta em discurso no Palácio Miraflores, ao lançar o programa “Volta para a Pátria”. Nas atuais circunstâncias, ninguém voltará.

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Mensagem N°83607
De: Petrônio Braz Data: Terça 9/10/2018 22:34:03
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Ilusão

Petrônio Braz

As maiores venturas deste mundo são como as nuvens que passam informes e não se fixam em ponto algum; apenas criam sombras passageiras que amainam as vicissi¬tudes da vida. Por sobre as nuvens, o espaço infinito, ilimitado, que sufoca o homem em sua insignificante pequenez.
Há momentos que sentimos que o sopro da vida se esvai na indefinição de um sentido. Em um desses momentos, comecei a caminhar sozinho pelas ruas, em Montes Claros, sem ver ninguém. No meu indefinido panteísmo, buscava uma liberdade individual, uma muda serenidade estoica, sentindo-me isolado no espantoso universo de pessoas ao meu redor.
Em situações de depressão psicológica, em todos os países, em todos os povos, em todos os tempos, em todas as crenças, o ser humano pode ser levado, por um ato irracional voluntário, a adiantar o inevitável. O que teria levado Hermingway, Virgínia Woolf e Pedro Nava a an¬teciparem, por ato próprio, o fim de suas tão profícuas existências terrenas?
O sábio Confúcio, depois de ter exercido os mais elevados cargos e as mais importantes funções como professor, primeiro magistrado de Chumg-Tu, entre outros, já passando da primavera da vida, foi obrigado a empunhar o cajado do viandante. Isolado dentro de si, converteu-se em um intelectual. Solitário e desiludido teve, todavia, o amparo de um único neto junto ao seu leito de morte.
Tenho me sentido isolado em todos os lugares, e apenas me realizo assentado em frente ao meu computador, onde somente vejo a mim mesmo. Embora seja pai de onze filhos, avô de vinte e oito netos e bisavô de vinte e três bisnetos, sou um homem só.
Só dentro do meu individualismo por não encontrar, nem através de supostas ilusões, uma razão objetiva para a minha angústia interior.
A sombra da vida se esvai quando se perde, sem entender por que, alguma coisa que se ama. Não se ama só uma pessoa; podemos amar muitas, mas cada uma tem sua individualidade.
O objeto do amor é indefinido, mas está presente em cada uma das pessoas, com maior ou menor intensidade, e quando se perde algo se esvai. Abre-se um vazio sem possibilidades de preenchimento. E a vida perde o seu sentido maior. Perdi minha mãe em 2004, perda esperada e inexorável. Não doeu tanto. Ela descansou com dignidade. Esta perda não afetou muito o meu já molestado interior.
Pessoas há que se sustentam no anteparo de seu egoísmo, sobre a preferência de seus supostos direitos, que se sobrepõem aos de seus semelhantes. A dúvida quanto ao certo e ao errado, dentro do meu ceticismo, transforma-se na única atitude coerente, que ainda sustenta os próprios objetivos da vida, dentro de um invólucro de consideração e de reserva. Gostaria de possuir uma inteligência superior para colocar-me acima e alheio a tantos males.

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Mensagem N°83606
De: Manoel Hygino Data: Terça 9/10/2018 07:16:10
Cidade: Belo Horizonte

A chuva e a bolha

Manoel Hygino

As previsões da meteorologia não eram das melhores para o último fim de semana de setembro. O calor absurdo, abmudo e abcego, incomodava e maltratava, principalmente os obrigados a trabalho sob sol. No Norte mineiro, as temperaturas vararam de 33 a 36 graus, mas no restante do Estado a situação não era mais agradável, mesmo se aguardando ansiosamente a anunciada chuva única na segunda-feira, dia 1º, já outubro. Por curiosidade, na quinta-feira, dia 26, morrera no Rio de Janeiro o compositor Tito Madi, autor do apreciado “Chove lá fora”. Não choveu.
Em Montes Claros, maior cidade do sertão mineiro, terminara o racionamento de água, que pôs à prova a população anos seguidos. José Ponciano Neto, técnico em meio ambiente e recursos hídricos, saudou a plataforma pluviométrica de tecnologia avançada para garantir o controle da vazão ecológica do rio Pacuí, a primeira de tantas outras. Boa notícia, mas o sol continuou inclemente enquanto os dias passavam.
Também o ambiente político borbulhava de calor e de troca de acusações entre candidatos. Levantavam-se suspeições sobre eles e seus apoiadores, enquanto a Veja despejava insinuações sobre Bolsonaro formuladas por ex-esposa. Enfim, um baixo nível como só acontece nestas guerras pelo poder.
Não se omitirá com relação a Donald Trump, cuja campanha era reeditada com alusão a assédios sexuais envolvendo o próprio presidente.
Os fatos despertam para o discurso de despedida de Barack Obama, o primeiro negro norte-americano a ocupar a Casa Branca. Com desembaraço, ele analisou seu quatriênio: “afinal, se todo problema econômico é apresentado como uma luta entre uma classe média branca que trabalha arduamente e minorias que não são merecedoras, então trabalhadores de todas as cores serão relegados a disputar as sobras, enquanto os ricos se retiram ainda mais para dentro de seu enclaves privados. Se nos negarmos a investir nos filhos – porque essas crianças morenas vão representar uma parcela maior da força de trabalho na América? E nossa economia não precisa ser um cálculo em que alguns ganham tudo e outros ficam com nada”.
Nossos candidatos não aprenderam a falar nesse tom. Os eleitores precisam entender melhor o que é uma eleição como a de domingo, no Brasil.
O próprio Obama faz advertência, válida para os do Norte ou para os americanos do hemisfério Sul. “A polarização crescente de opiniões e estratificação econômica e regional, a fragmentação de nossa mídia em canais para todos, fez com que esse processo de divisão em categorias distintas pareça inevitável. Transformamo-nos em bolhas, que representam uma ameaça à democracia. A política é uma batalha de ideias para debate sadio. Eis a lição que se deve extrair destes conturbados momentos que ora atravessamos”.
Ninguém, sob qualquer pretexto, tem o direito de, cá entre nós, atirar mais lenha à fogueira. As chamas já estão altas e podem causar maiores danos à nação e à população sofrida por anos de infortúnio, mesmo aqueles resultantes das dúvidas que pesam sobre quantos que estarão no exercício de elevadas funções dentro de três meses.
Paciência tem limite.

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Mensagem N°83605
De: Estado de Minas Data: Terça 9/10/2018 12:33:23
Cidade: Belo Horizonte

Assaltantes roubam e matam a pauladas pai de militares no Norte de Minas - Luiz Ribeiro - Um homem de 64 anos foi assassinado a pauladas durante um assalto em um condomínio rural, próximo ao distrito de Nova Esperança, em Montes Claros, no Norte de Minas, na madrugada desta terça-feira. A vítima, Hélio Leandro da Silva, que é pai de dois militares, teria reagido ao assalto, quando começou a ser agredido com pedaços de madeira, sendo também amarrado depois que estava desacordado. A mulher dele também foi amarrada. A Polícia Militar faz buscas na região à procura dos suspeitos. Foram levadas duas caminhonetes S-10, juntamente com três televisores e objetos pessoais da vítima. Um dos veículos roubados foi localizado em um matagal poucas horas depois do crime, perto da Vila Castelo Branco, que fica na saída de Montes Claros para Januária. De acordo com a PM, o crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, ocorreu por volta de 0h45. A mulher do aposentado informou que o casal estava na sala da casa, no Condomínio Vale dos Ipês, quando três homens invadiram o local, situado às margens da BR-135 e distante cinco quilômetros do distrito de Nova Esperança. Ela disse que, ao perceber que os invasores estavam desarmados, Hélio reagiu e tentou lutar contra os criminosos. Ainda conforme o relato dela, os três homens agrediram o aposentado com pedaços de madeira. Na sequência, quando estava acordado, o aposentado teve o pescoço, mãos e pés amarrados. A mulher contou que ela também foi amarrada e trancada em um banheiro. Ela conseguiu se soltar e percebeu que o marido estava com respiração e pulsação fracas. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e os socorristas tentaram reanimar Hélio Silva, mas ele morreu no local.

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Mensagem N°83604
De: Manoel Hygino Data: Terça 9/10/2018 07:18:27
Cidade: Belo Horizonte

Longe do fim

Manoel Hygino

Embora de antemão se preconizasse o resultado das eleições do último 7 de outubro, para o que se esmeraram os institutos de pesquisas e os cientistas políticos, a verdade verdadeira é que o cidadão amanheceu a segunda-feira com aparência de perplexidade.
Aliás, o Brasil, diante da multiplicidade de informações, a que se acrescentaram as divulgadas por redes sociais, algumas com interesses escusos e confusos, o clima era de ressaca. A despeito da lei seca, também de validade duvidosa, perguntava-se: como é mesmo?
Os tempos mudaram... para pior. Candidatos em pencas, condutas indevidas por não poucos. Os opositores esmiuçaram tudo sobre a vida, os rendimentos, os patrimônios dos concorrentes para extrair dados comprometedores, o que não se revelava tão difícil com determinados casos e protagonistas e diante das circunstâncias atuais.
As plataformas dos candidatos não variaram. Permaneceram praticamente as de sempre, porque não se conseguiu efetivamente resolver de vez os problemas maiores que afligem a nação e comprometem o seu futuro, atormentando o cidadão-eleitor.
Feito o jogo, conhecidos os números, constata-se o que tampouco era ou é novidade: o que é imprescindível nova partida para se alcançarem os resultados possivelmente definitivos. A Justiça está aí para eliminar as divergências restantes, porque o Brasil é grande e não menores os interesses.
As eleições deste ano foram mais uma bela oportunidade para a nação, a fim de prepará-la para os imensos desafios que tem à frente a partir de 2019. Não são poucos e exigem, antes de tudo, real consciência nacional para superá-los, tal o grau de gravidade que os envolve. É missão para todos, por mais decênios, não necessitando, contudo, de Constituição nova para armá-la de meios indispensáveis á luta esperada.
Persistem a questão da Previdência, que não é só nosso, tanto que provoca manifestações nas vias públicas de Moscou, até junto aos muros do Kremlin. Quatro milhões de inativos e pensionistas do setor público no Brasil acarretam um déficit de previdência maior do que o gasto do Estado brasileiro com 37 milhões de crianças da escola pública.
Não há como onerar mais o contribuinte, já com carga tributária altíssima, da ordem de 34% do PIB, isto é, mais de um terço da renda nacional. O Estado gasta 10% do Produto Interno Bruto a mais do que arrecada – é o chamado déficit nominal. O Estado constitui um dragão concentrador de renda, e sua presença, do Estado, é quase metade da economia.
E se tem de manter a guerra contra a corrupção, que atingiu por aqui níveis que envergonham o brasileiro. O fenômeno mata a confiança, em níveis interno e externo. O ministro Rubens Ricúpero advertia que nenhum regime democrático sobrevive à corrupção sistêmica e institucional. Tudo, ademais, exige palavra final do Judiciário, a começar pelo STF, que há de ser menos político e menos falante. A organização do Supremo há de ser reestruturada, para que seus ministros mereçam a confiança que deles se espera.
Quando se toca no tema, não se pode deixar de recorrer ao direito romano, tão bem ensinado pelo professor Mello Cançado, na famosa Escolinha do Bispo, em Belo Horizonte: “Infinitas peccadi illebra, isto é: a impunidade estimula a delinquência”.


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Mensagem N°83603
De: Carlos C. Data: Segunda 8/10/2018 15:28:09
Cidade: Brasília DF

Esta notícia acaba de ser publicada pelo O Tempo, jornal de BH. Sua atenta leitura pode ajudar a entender o surpreendente resultado das urnas em Minas que acabou eliminando a candidatura do governador Pimentel. Não faço comentários, apenas registro o acontecimento, observando que a velha sabedoria dos políticos de Minas ausentou-se. Benedito Valadares, Milton Campos, João e Israel Pinheiro (pai e filho, governadores, probos), JK, Hélio Garcia, entre outros, devem estar reunidos, divertidos e talvez perplexos com o que de real aconteceu no limite de suas montanhas, território de ancestral excelência na política.


"Por 2º turno, petistas compraram pacotes de SMS pedindo voto em Zema - Estratégia se mostrou equivocada, uma vez que o empresário tirou Pimentel da disputa e ainda ultrapassou Anastasia
Na avaliação interna, o PT mineiro subestimou a tendência de crescimento de Zema e ignorou o chamado "voto útil" que já queria impedir a ida de Pimentel ao segundo turno
Preocupados com a possibilidade de uma vitória em primeiro turno de Antonio Anastasia (PSDB), petistas ligados à campanha pela reeleição do governador Fernando Pimentel (PT) compraram, pelo período de 9 dias, pacotes de envio de mensagens instântaneas para telefone celular com textos pedindo voto ao empresário Romeu Zema (Novo), que acabou em primeiro lugar na disputa eleitoral e seguirá para o segundo turno contra os tucanos.
A informação foi confirmada por interlocutores da campanha petista. Na avaliação interna, o PT mineiro subestimou a tendência de crescimento de Zema e ignorou o chamado "voto útil" que já queria impedir a ida de Pimentel ao segundo turno.
A estratégia também foi uma resposta às inserções na televisão da campanha de Anastasia em que os tucanos pediam que eleitores de Zema e outros candidatos, como Adalclever Lopes (MDB), votassem no PSDB afim de evitar um segundo turno contra o PT.
Nas urnas, Pimentel acabou varrido por Romeu Zema e terminou em terceiro. O empresário conquistou 42,7% dos votos contra 29% de Anastasia e 23% do petista."

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Mensagem N°83602
De: Petrônio Braz Data: Segunda 8/10/2018 06:44:24
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Ensaio

Petrônio Braz

A simplicidade é o último degrau da sabedoria, como nos ensinou Khalil Gibran. Felicidade Patrocínio, diligente presidente da Academia Feminina de Letras de Montes Claros, mostra essa simplicidade quando editou “Ensaio”. Mas, ensaio é uma experimentação prévia de algo a vir depois. Lendo o livro, naveguei por mares calmos e revoltos da cultura humana. Melhor seria se ela tivesse dado a seu livro o titulo “Introdução ao Estudo da Filosofia”.
Obra pouco conhecida. Edição restrita de apenas cem exemplares. Machado de Assis, em Memórias Póstumas de Brás Cubas, lembra que Stendhal confessou haver escrito um de seus livros para cem leitores. Foi o que fez Felicidade Patrocínio.
Quando se trata de livro, de obra literária, é sempre bom lembrar a lição de Ivana Ferrante Rebello: “Sempre que me disponho a falar de Literatura, retomo uma questão cada vez mais premente, nesses tempos de palavras tão escassas quanto inférteis, e de muitos prenúncios da morte da arte da escrita, como se nossa época não suportasse mais o verbo trabalhado e uma letra manejada por mão de mestre.”
“Ensaio”, de Felicidade Patrocínio, é um livro escrito por mão de mestre. Ela é uma amante da sabedoria.
Folheando o livro, antes de adentrar no seu conteúdo filosófico, fui levado transcendentalmente à “Critica da Razão Pura” do imortal Immanuel Kant, persuadindo-me a logo iniciar a leitura para conhecer, apetecer e, se possível, julgar.
Lendo, comecei a caminhar com ela e a sonhar acordado. Enquanto lia chegou às minhas mãos, trazido pela autora, “Cadernos de Ediclar”, de Karla Celene Campos e, pelo correio, da lavra de Manoel Hygino dos Santos, “Nonô do Tijuco – Pioneiro em Urologia”.
A “morte da arte da escrita”, de que nos fala Ivana Rebello, é a mesma cicuta que silenciou Sócrates, mas ainda não assusta, primeiro porque Sócrates não morreu e, segundo, porque a arte de escrever ainda se faz presente, com força construtiva das gerações passadas e da geração presente, que tem como exemplos marcantes as jovens acadêmicas Marina Couto Ribeiro e Nannah Andrade, sendo de ser destacado que o último Escambo de livros do Ateliê Galeria Felicidade Patrocínio foi um sucesso absoluto.
Para escrever “Ensaio” Felicidade Patrocínio banhou-se de luz no rio de Heráclito, dormiu com Sócrates, com sua concepção de ideias, acordou com Platão, pois um não existiria sem o outro, e, principalmente, dissolveu-se em Aristóteles, Descartes e outros mestres.
Coube a Sócrates, como bem definiu Cícero, o grande orador romano, “trazer a filosofia do céu para a terra”, afastando-se da natureza, objeto maior dos pré-socráticos. Felicidade Patrocínio, em seu “Apelo a Sócrates”, compreendendo que ele focalizou seus ensinamentos nos problemas morais, nos faz lembrar de outro filósofo, que, como ele, pregou as virtudes do espírito – Jesus Cristo. Mas ela nos leva, pelas mãos de Aisa, a mensageira homérica do Destino, à crua realidade do mundo, que veio depois deles, sendo de se destacar, pela odienta realidade, o apelo afro-brasileiro de Castro Alves à eternidade socrática: “Há dois mil anos de mandei meu grito / que embalde corre o infinito / onde estás, Senhor Deus.” O homem escravizado pelo homem em nome de Deus; seres humanos queimados em fogueiras, em nome de Deus. Um Deus que não é da humanidade, mas tão somente de seus seguidores. Miséria, fome e extermínio de irmãos. Felicidade Patrocínio questiona: O que é justiça? O que é lealdade? O que é beleza? O que é prudência? O que é coragem?
Parei, ainda no primeiro Capítulo, para meditar. E, meditando, adveio a quase impossibilidade de ser definido o “homo sapiens”, como um ser de razão ou de experiências. A Autora, “reconhecendo os limites desse ser” busca recursos para perceber e penetrar em sua real essência. Em regressão, socorre-se da Mitologia Grega para encontrar o homem, ainda de quatro pés, buscando reerguer-se. Mas, a sua reflexão não desce a tanto. Ela vê Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxágoras, Parménides e outros pré-socráticos questionando o objeto de suas reflexões: o homem, razão ou experiência.
Felicidade Patrocínio sobrevoa o tempo que é, na concepção de Luiz de Paula Ferreira, “um estranho pássaro que voa de asas leves, as penas da cor do vento”, e chega à metafísica de Aristóteles. Ela, procurando um saber mais elevado, caminha peripateticamente com o grande estagirita, não pelo jardim dos Capuletos de Shakespeare, mas pelo jardim do Liceu, na periferia de Atenas, e ouve dele que “todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer.”
Ainda nas asas do tempo Felicidade Patrocínio nos conduz a Marx, retorna a Protágoras, vê a genialidade de Leonardo Da Vinci e nos leva a meditar entre ciência e arte.

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Mensagem N°83601
De: Eduardo Data: Domingo 7/10/2018 23:54:41
Cidade: M. Clarosn

Saiu a lista dos 53 deputados federais eleitos por Minas:

1 Marcelo Alvaro Antonio (PSL) 229.630
2 Reginaldo Lopes (PT) 193.822
3 Andre Janones (Avante) 178.330
4 Paulo Guedes (PT) 174.022
5 Aurea Carolina (Psol) 162.604
6 Gilberto Abramo (PRB) 161.957
7 Cabo Junio Amaral (PSL) 158.273
8 Eros Biondini (Pros) 156.872
9 Rodrigo De Castro (PSDB) 131.014
10 Rogério Correia (PT) 130.909
11 Padre João (PT) 130.466
12 Weliton Prado (Pros) 129.111
13 Misael Varella (PSD) 128.155
14 Hercílio Coelho Diniz (MDB) 119.684
15 Stefano Aguiar (PSD) 115.586
16 Patrus Ananias (PT) 112.576
17 Zé Silva (Solidariedade) 107.535
18 Marcelo Aro (PHS) 107.005
19 Aécio Neves (PSDB) 106.396
20 Lincoln Portela (PR) 105.391
21 Diego Andrade (PSD) 104.816
22 Eduardo Barbosa (PSDB) 104.698
23 Emidinho Madeira (PSB) 103.526
24 Lafayette Andrada (PRB) 102.747
25 Pinheirinho (PP) 97.971
26 Subtenente Gonzaga (PDT) 93.735
27 Margarida Salomão (PT) 89.372
28 Dr. Mário Heringer (PDT) 88.819
29 Odair Cunha (PT) 87.884
30 Bilac Pinto (DEM) 87.677
31 Fred Costa (Patriotas) 87.198
32 Domingos Sávio (PSDB) 80.942
33 Paulo Abi Ackel (PSDB) 79.459
34 Dimas Fabiano (PP) 74.187
35 Tiago Mitraud (Novo) 71.813
36 Vilson Da Fetaemg (PSB) 69.967
37 Newton Cardoso Jr (MDB) 69.674
38 Leonardo Monteiro (PT) 68.177
39 Lucas Gonzalez (Novo) 63.929
40 Euclydes Pettersen (PSC) 63.460
41 Fabio Ramalho (MDB) 63.089
42 Doutor Frederico (Patriota) 60.950
43 Igor Timo (Podemos) 59.914
44 Julio Delgado (PSB) 58.403
45 Mauro Lopes (MDB) 57.987
46 Delegado Marcelo Freitas (PSL) 57.868
47 Franco Cartafina (PHS) 53.383
48 Charlles Evangelista (PSL) 51.616
49 Léo Motta (PSL) 51.014
50 Luis Tibe (Avante) 50.436
51 Alê Silva (PSL) 47.840
52 Greyce Elias (Avante) 37.605
53 Zé Vitor 3333 (PMN) 32.825

ESTADUAIS

A Assembleia de Minas divulgou a lista dos 77 deputados estaduais eleitos:

1) Mauro Tramonte (PRB)
2) Sargento Rodrigues (PTB)
3) Bruno Engler (PSL)
4) Cleitinho (PPS)
5)Noraldino Junior (PSC)
6) Cássio Soares (PSD)
7)Leandro Genaro (PSD)
8) Beatriz Cerqueira (PT)
9) Léo Porela (PR)
10)Virgílio Guimarães (PT)
11) Fábio Avelar (Avante)
12) Dr. Jean Freire (PT)
13) Arlen Santiago (PTB)
14) Delegada Sheila (PSL)
15) Carlos Henrique (PRB)
16) Tito Torres (PSDB)
17) Cristiano Silveira (PT)
18) Mário Caixa (PV)
19) Del. Heli Grilo (PSL)
20) Fabio Avelar (AVANTE)
21) Sávio Souza Cruz (MDB)
22) Tadeuzinho (MDB)
23) André Quintão (PT)
24) Marília Campos (PT)
25) Agostinho Patrus (PV)
26) Antonio Arantes (PSDB)
27) Dalmo Ribeiro (PSDB)
28) Rosângela Reis (Pode)
29) Charles Santos (PRB)
30) João Magalhães (MDB)
31) Dr. Hely (PV)
32) Ulysses Gomes (PT)
33) Dr. Wilson Batista (PSD)
34) Gustavo Valadares (PSDB)
35) Glaycon Franco (PV)
36) Neilando Pimenta (Pode)
37) Doorgal Andrada (Patri)
38) Duarte Bechir (PSD)
39) Celise Laviola (MDB)
40) João Leite (PSDB)
41) Thiago Cota (MDB)
42) Ione Pinheiro (DEM)
43) Alencar Jr. (PDT)
44) Elismar Prado (PROS)
45) Leonídio Bouças (MDB)
46) Braulio Braz (PTB)
47) Gil Pereira (PP)
48) Leninha (PT)
49) Luiz Carneiro (PSDB)
50) Dr. Paulo (Patri)
51) Coronel Sandro (PSL)
52) Douglas Melo (MDB)
53) Zé Reis (PHS)
54) Carlos Pimenta (PDT)
55) Bosco (Avante)
56) Inácio Franco (PV)
57) Roberto Andrade (PSB)
58) Marquinho Durval (PT)
59) Gustavo Santana (PR)
60) Betão (PT)
61) Celinho Sinttrocel (PCdoB)
62) Laura Serrano (Novo)
63) Bartô do Novo (Novo)
64) Raul Belem (PSC)
65) Prof. Wendel (SD)
66) Cleiton Oliveira (DC)
67) Osvaldo Lopes (PHS)
68) Alberto Pinto Coelho (SD)
69) Coronel Henrique (PSL)
70) Repórter Rafael (PRTB)
71) Fernando Pacheco (PHS)
72) Guilherme da Cunha (Novo)
73) Ana Paula Siqueira (Rede)
74) Prof. Irineu (PSL)
75) Gustavo Mitre (PSC)
76) Zé Gulherme (PRP)
77) Andrea de Jesus (PSol)

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Mensagem N°83600
De: Marcos Data: Domingo 7/10/2018 21:36:55
Cidade: BH

Aqui, a relato dos deputados mais votados em Minas:

DEPUTADO FEDERAL – (99,14% das urnas apuradas) – MAIS VOTADOS

MARCELO ALVARO ANTONIO PSL 2,31% 223.967
REGINALDO LOPES PT 1,88% 182.419
ANDRE JANONES AVA 1,80% 174.894
AUREA CAROLINA PSOL 1,64% 159.486
PAULO GUEDES PT 1,64% 159.100
GILBERTO ABRAMO PRB 1,63% 157.866
EROS BIONDINI PROS 1,58% 153.650
CABO JUNIO AMARAL PSL 1,58% 153.568
WELITON PRADO PROS 1,29% 125.729
ROGÉRIO CORREIA PT 1,29% 125.480
RODRIGO DE CASTRO PSDB 1,28% 124.407
PADRE JOÃO PT 1,28% 124.402
MISAEL VARELLA PSD 1,27% 123.361
STEFANO AGUIAR PSD 1,16% 112.925
HERCÍLIO COELHO DINIZ MDB 1,15% 111.680
PATRUS ANANIAS PT 1,13% 110.115
AÉCIO NEVES PSDB 1,07% 103.781
ZÉ SILVA SD 1,07% 103.680
EMIDINHO MADEIRA PSB 1,06% 103.352
EDUARDO BARBOSA PSDB 1,06% 102.741
DIEGO ANDRADE PSD 1,05% 102.408
LINCOLN PORTELA PR 1,05% 102.218
MARCELO ARO PHS 1,03% 100.105
LAFAYETTE ANDRADA PRB 1,00% 97.164
PINHEIRINHO PP 0,94% 91.302
SUBTENENTE GONZAGA PDT 0,94% 91.202
MARGARIDA SALOMÃO PT 0,92% 89.144
ODAIR CUNHA PT 0,90% 87.592
BILAC PINTO DEM 0,89% 86.267
DR. MÁRIO HERINGER PDT 0,88% 85.203
FRED COSTA PATRI 0,86% 83.566
DOMINGOS SÁVIO PSDB 0,82% 79.235
DIMAS FABIANO PP 0,76% 73.696
PAULO ABI ACKEL PSDB 0,75% 72.543
MARCUS PESTANA PSDB 0,73% 71.143
TIAGO MITRAUD NOVO 0,72% 70.298
NEWTON CARDOSO JR MDB 0,68% 66.041
VILSON DA FETAEMG PSB 0,68% 65.815
FABIANO TOLENTINO PPS 0,67% 65.372
CARLOS MOSCONI PSDB 0,67% 65.326
LEONARDO MONTEIRO PT 0,65% 63.404
LUCAS GONZALEZ NOVO 0,65% 62.782
RENATO ANDRADE PP 0,64% 62.137
DOUTOR FREDERICO PATRI 0,62% 60.588
FABIO RAMALHO MDB 0,62% 60.122
ANA PAULA PP 0,61% 59.314
ÁLVARO DAMIÃO DA ITATIAIA DEM 0,60% 57.988
EUCLYDES PETTERSEN PSC 0,59% 57.569
JULIO DELGADO PSB 0,59% 57.510
BRUCE MARTINS PODE 0,59% 57.503
IGOR TIMO PODE 0,58% 56.497
MAURO LOPES MDB 0,58% 56.240
DELEGADO MARCELO FREITAS PSL 0,57% 55.486
CARLOS MELLES DEM 0,56% 54.666
AELTON FREITAS PR 0,56% 54.223
LEONARDO QUINTÃO MDB 0,55% 53.448
FRANCO CARTAFINA PHS 0,55% 53.355
CHARLLES EVANGELISTA PSL 0,53% 51.410
LUIZ HENRIQUE DA LUIZ VIDAS PRTB 0,53% 51.384
WALTER TOSTA PR 0,52% 50.613
TENENTE LÚCIO PR 0,52% 50.160
LÉO MOTTA PSL 0,51% 49.331
LUIS TIBE AVA 0,50% 48.887
ALÊ SILVA PSL 0,48% 46.980
ADELMO LEÃO PT 0,45% 43.681
WADSON RIBEIRO PCdoB 0,44% 42.471
PEDRO LEITÃO PV 0,43% 41.327
RAQUEL MUNIZ PSD 0,43% 41.274
GILMAR MACHADO PT 0,42% 40.942
JOSÉ SANTANA PR 0,40% 39.248
JOSÉ HUMBERTO PSD 0,40% 38.990
ANTÔNIO ANDRADE MDB 0,40% 38.865
CAIO NARCIO PSDB 0,40% 38.602
DUILIO DE CASTRO PATRI 0,40% 38.470
ADEMIR CAMILO MDB 0,39% 37.598
PAULO SÉRGIO AMARAL PP 0,39% 37.516
GREYCE ELIAS AVA 0,38% 37.263
SARAIVA FELIPE MDB 0,38% 37.222
DR. BERNARDO RAMOS NOVO0,37% 35.800
FERNANDO BORJA AVA 0,36% 34.893
DELEGADO EDSON MOREIRA PR 0,35% 33.563
ZÉ VITOR PMN 0,34% 32.616




DEPUTADO ESTADUAL – (99,14% das urnas apuradas) – MAIS VOTADOS

MAURO TRAMONTE PRB 5,13% 500.657
SARGENTO RODRIGUES PTB 1,23% 119.817
BRUNO ENGLER PSL 1,20% 116.958
CASSIO SOARES PSD 1,15% 112.596
CLEITINHO PPS 1,15% 112.591
NORALDINO JUNIOR PSC 1,15% 112.050
LEANDRO GENARO PSD 0,99% 96.424
BEATRIZ CERQUEIRA PT 0,95% 92.722
LÉO PORTELA PR 0,93% 90.614
VIRGÍLIO GUIMARÃES PT 0,85% 82.508
DELEGADA SHEILA PSL 0,81% 79.411
DR. JEAN FREIRE PT 0,79% 77.493
CARLOS HENRIQUE PRB 0,79% 77.300
DELEGADO HELI GRILO PSL 0,78% 75.810
FABIO AVELAR AVA 0,78% 75.721
CRISTIANO SILVEIRA PT 0,78% 75.665
ARLEN SANTIAGO PTB 0,77% 75.392
MÁRIO HENRIQUE CAIXA PV 0,77% 75.040
SÁVIO SOUZA CRUZ MDB 0,76% 74.300
JOÃO VITOR XAVIER DA ITATIAIA PSDB 0,76% 74.137
TITO TORRES PSDB 0,75% 73.361
ANDRÉ QUINTÃO PT 0,71% 69.360
ANTÔNIO CARLOS ARANTES PSDB 0,71% 69.236
DALMO RIBEIRO PSDB 0,71% 69.074
MARILIA CAMPOS PT 0,70% 68.075
AGOSTINHO PATRUS PV 0,70% 68.029
ROSÂNGELA REIS PODE 0,69% 66.836
CHARLES SANTOS PRB 0,67% 65.683
DR. HELY PV 0,66% 64.606
ULYSSES GOMES PT 0,65% 63.540
TADEUZINHO MDB 0,64% 62.885
DR. WILSON BATISTA PSD 0,62% 60.915
GUSTAVO VALADARES PSDB 0,59% 57.504
DOORGAL ANDRADA PATRI 0,58% 56.919
DUARTE BECHIR PSD 0,58% 56.536
JOÃO MAGALHÃES MDB 0,58% 56.431
GLAYCON FRANCO PV 0,57% 55.764
JOÃO LEITE PSDB 0,56% 54.632
ALENCAR DA SILVEIRA JR. PDT 0,55% 53.735
IONE PINHEIRO DEM 0,55% 53.200
NEILANDO PIMENTA PODE 0,54% 52.795
ELISMAR PRADO PROS 0,53% 52.141
THIAGO COTA MDB 0,52% 50.938
CELISE LAVIOLA MDB 0,52% 50.419
LEONÍDIO BOUÇAS MDB 0,52% 50.223
DR. PAULO PATRI 0,50% 48.912
BRAULIO BRAZ PTB 0,50% 48.813
ULISSES GUIMARÃES PTB 0,49% 48.262
LUIZ HUMBERTO CARNEIRO PSDB 0,49% 47.924
LENINHA PT 0,49% 47.777
GIL PEREIRA PP 0,49% 47.415
CORONEL SANDRO PSL 0,49% 47.356
ANTONIO JORGE PPS 0,48% 46.401
ARNALDO DEM0,47% 46.273
ZÉ MAIA PSDB 0,45% 43.753
BOSCO AVA 0,44% 42.462
LUIZ FERNANDO PP 0,43% 41.930
ZÉ REIS PHS 0,43% 41.917
ISAURO CALAIS MDB 0,43% 41.613
MOURÃO PSDB0,42% 41.009
ROBERTO ANDRADE PSB 0,42% 40.813
INÁCIO FRANCO PV 0,42% 40.584
IVAIR NOGUEIRA MDB 0,41% 39.982
MARQUINHO DURVAL PT 0,40% 39.311
NOZINHO PDT0,40% 39.088
DOUGLAS MELO MDB 0,40% 38.585
IRAN BARBOSA MDB 0,38% 37.233
TONINHO ANDRADA DEM 0,38% 37.059
CARLOS PIMENTA PDT 0,38% 36.700
DILZON MELO PTB 0,37% 36.190
BETÃO PT 0,36% 35.370
GUSTAVO CORREA DEM 0,35% 34.140
CELINHO DO SINTTROCEL PCdoB 0,35% 34.097
DR. RICARDO FARIA PCdoB 0,35% 33.756
GUSTAVO SANTANA PR 0,34% 33.548
BERNARDO MUCIDA PSB 0,34% 33.437
LAURA SERRANO NOVO 0,34% 33.361
ENES CANDIDO MDB 0,34% 32.695
LEDA SANTIAGO PR 0,33% 32.467
DRA. ARIADNA PRB 0,33% 32.205
PASTOR VANDERLEI MIRANDA MDB0,33% 32.198
DR. MARCOS EDUARDO ONCOLOGISTA PODE0,33% 31.993
RAUL BELEM PSC 0,32% 31.637
BARTÔ DO NOVO NOVO 0,32% 31.255
PROFESSOR WENDEL MESQUITA SD 0,32% 31.090
CLEITON OLIVEIRA DC 0,32% 30.982
SÉRGIO DIAS HENRIQUES PSD0,32% 30.972
OSVALDO LOPES PHS 0,31% 30.574
DR. MARCELO HERINGER PDT 0,31% 30.178
MACAE EVARISTO PT 0,30% 29.658
CLAUDIO DO MUNDO NOVO PROS 0,30% 29.370
GUSTAVO BRASILEIRO PATRI 0,29% 28.654
LELECO PIMENTEL PT 0,29% 27.907
PINDUCA PODE 0,29% 27.815
ALBERTO PINTO COELHO – BETINHO SD 0,28% 27.773
GEISA TEIXEIRA PT 0,28% 27.348
JAIR DI GREGORIO PP 0,28% 27.230
CORONEL HENRIQUE PSL 0,28% 27.213
MARIA DO CARMO PT 0,28% 27.038
REPÓRTER RAFAEL MARTINS PRTB 0,28% 26.918

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Mensagem N°83599
De: Afonso Data: Sábado 6/10/2018 12:43:23
Cidade: Montes Claros/MG

Criança Feliz, Gente Inocente e 300 anos de Nossa Senhora Aparecida - escrito em 13/10/2017 -Quando tinha 3 anos, percebi movimentos, agitação, muitas conversas, em frente à boite que havia no fundo da Praça de Esportes de Montes Claros, onde sempre ia com meus familiares, nas manhãs de Domingo. Mas naquele dia eu não entendia o que estava acontecendo. Só mais tarde, alguns anos depois, fui entender que, no dia anterior, 27/9/1952, um sábado, por volta das 18h30m, havia falecido num acidente de carro, na Via Dutra, o extraordinário cantor Francisco Alves. E, quase todos os dias, quando passava pela Rua Dr. Veloso, vindo do Grupo Escolar Dom João Pimenta, onde fiz o curso primário, entre 1956 e 1959, sempre ouvia uma locutora da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, Lúcia Helena, anunciando o início do programa que homenageava o Francisco Alves, o Rei da Voz: "Ao soar o carrilhão, dando as doze badaladas, ao se encontrarem os ponteiros na metade do dia, também os ouvintes da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, no programa Luis Vassalo, se encontram com Francisco Alves, o Rei da Voz." E foi ouvindo "Criança Feliz", que o Francisco Alves compôs e gravou 24 dias antes de falecer, que, muito emocionado e sensibilizado pelo Dia das Crianças, pedi a Deus que abençoasse todas elas e, de modo especial, as famílias de Janaúba, que sofreram as perdas dos seus pequeninos e da Professora Helley, de modo tão trágico, em 5/10/2017. Minha mãe, Araci de Souza Guimarães, e minha avó, Alda Prates Guimarães, já falecidas, nasceram em São José do Gorutuba, antigo povoado, próximo de Janaúba, com sua igreja de 300 anos, como a imagem de Nossa Senhora Aparecida, tendo minha mãe mudado de lá na primeira metade dos anos 30, muito pequena ainda, também gente inocente. Que Nossa Senhora Aparecida abençoe o Brasil.

Afonso Cláudio de Souza Guimarães

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Mensagem N°83598
De: Copasa Data: Sexta 5/10/2018 17:08:44
Cidade: M. Claros

A Copasa informa que o abastecimento nos bairros Vilage do Lago II, São Lucas, Novo Jaraguá, Recanto das Águas Nova América e parte do Clarice, em Montes Claros, foi interrompido emergencialmente na manhã desta sexta-feira (05/10) para manutenção na rede de distribuição da avenida Governador Magalhães Pinto. Técnicos da companhia estão no local realizando os serviços necessários. A previsão é que o fornecimento de água seja normalizado, de forma gradativa, no decorrer da tarde de sábado (06/10).

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Mensagem N°83597
De: Edmílson Lopes de Sousa Data: Sexta 5/10/2018 07:58:47
Cidade: Januária mg/MG

Banco do Brasil, assinou,ontem, acordo para instalar usina solar em Januária mg, para fornecer energia a 58 agências no norte de Minas, a funcionar já em 2019.Pretende instalar mais 2 em M.Gerais e em vários estado do norte e nordeste do Brasil.
QWBPHB

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Mensagem N°83596
De: Afonso C S Guimarães (*) Data: Quinta 4/10/2018 17:55:11
Cidade: Montes Claros/MG

Importante matéria do jornal "O Tempo", publicada hoje, referente a energia solar fotovoltaica que será consumida por agências do Banco do Brasil, em parceria com EDP - Energias de Portugal, SA. O Banco terá energia equivalente a 4.500 casas, com consumo médio de 2.400 kwh/ano. A primeira planta será de 150 mil m2, em Januária, com 15 mil painéis fotovoltaicos que totalizarão capacidade instalada de 5 MWp, gerando 11 GWh/ano. Foi assinado contrato de cerca de R$45 milhões. A operação está prevista para o ano que vem e vai abastecer 58 agências bancárias em Minas Gerais. O Banco será locatário, ao custo de R$2,9 milhões por ano, evitando despesa de R$6,5 milhões por ano, que seriam pagos à distribuidora de energia. A energia obtida com a usina mineira possibilitará uma economia de R$82 milhões na conta de energia, em um período de 15 anos, que é a duração do contrato com a EDP. A região deixará de emitir mais de 1.000 toneladas de gás carbônico, o equivalente ao plantio de mais de 7.000 árvores.

(*) Engenheiro Eletricista

https://www.otempo.com.br/capa/economia/banco-ter%C3%A1-energia-solar-equivalente-a-4-500-casas-1.2039824



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Mensagem N°83595
De: Manoel Hygino Data: Quinta 4/10/2018 07:42:45
Cidade: Belo Horizonte

Depois de Temer

Manoel Hygino

Daqui a menos de três meses, quando janeiro chegar, teremos um novo presidente da República, transpostos acidentes de percurso de múltiplas natureza. Hora, portanto, própria para releitura de “Pinguela, a maldição do vice”, livro de Aylê-Salassiê F. Quintão, mineiro da Zona da Mata, que Ayda Galassi teve a gentileza de enviar-me.
O autor, jornalista e professor, doutor em História Cultural, autor antes de dez livros, adverte – já na apresentação- que o vice na História “herdou a administração na máquina do Estado desarrumada, e economia em recessão, o desemprego generalizado, o país em estado conflituoso e a população sem ter no que acreditar”. Cabia apenas indagar se o vice Michel Temer era um ator no ambiente ou uma vítima da História.
Hélio Marcos Prates Doyle, em prefácio, observa: “Os vice- presidentes têm causado mais instabilidade do que estabilidade institucional”, como argumenta Aylê, ao reunir em volume cem artigos para a imprensa, que percorrem justamente o caminho do descaso com os problemas públicos setoriais na agricultura, na saúde, na educação, nos transportes, nas terras indígenas”.
Quando começou o período Temer, o jornalista/escritor perguntou-se: “Temer era incógnita, ou seria um problema?”. Primeiramente se teria de considerar que os vices aqui eram representantes regionais ou classistas, sem contribuir para a estabilidade do governo, levando apoio político ao presidente.
Mas no caso específico sem vínculo ou compromisso com Dilma, com seu projeto, se houvesse! Após o impedimento, o sucessor seguia por um caminho “artificioso, estreito e repleto de armadilhas, uma pinguela mesmo”. Assim foi, assim tem sido, assim será, até que 2018 termine.
De todo modo, o ciclo complementar está terminando, e pode ser momento de ventura para quem deixa o governo, para o brasileiro. Ambos deverão raciocinar, a esta altura, voltando ao passado: “O país vivia um momento de realismo fantástico provocado por uma profunda desorganização institucional, pelo fechamento de empresas, pelo desemprego de 12 a 14 milhões de pessoas e pela corrupção endêmica”.
Verdadeiramente, o cidadão não tinha certeza de que lhe estava reservado. O presidente era um homem eminentemente de Parlamento, não tinha- pelo que se supunha e se propalava- experiência em administração pública. Os cargos nos escalões foram leiloados em troca de votos, o que não constituía algo de novo, mas que inquietava, se se considerasse o período pós- mensalão.
De qualquer maneira, a transição está praticamente terminada, por bem ou por mal. O que se espera é resumido no trecho com que o mineiro redigiu seu livro: “São questões estruturais que se agregam às permanências. Embora se avance na história, como acreditado e prega o ministro Luís R. Barroso(2017), o porvir continua incerto, “líquido”, diz Zygmunt Baunnann (2010). A dinâmica dos sistemas caminha tão rápida que parece não haver tempo para pensar em outro futuro e, com certeza, em outra pinguela. Eu e meu guru terminamos a caminhada por aqui. Deixamos o restante dessa história para ser contada por quem sobreviver”.

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Mensagem N°83594
De: Hildebrando Data: Quarta 3/10/2018 10:19:00
Cidade: BH

O jornal Estado de Minas, de BH, detalhou mais o golpe que desviou 27 milhões de reais em 10 anos, usando recursos do seguro-desemprego e abono salarial. Fraude que tinha uma grande extensão em M. Claros e no Norte de Minas . O assunto é técnico, mas vale a pena procurar entender mais este golpe:

"Dinheiro do trabalhador bancava luxo de quadrilha presa em Minas - Golpe aplicado há quase 10 anos desviou R$ 27 milhões de recursos do seguro-desemprego e abono salarial. Bando criava falsos vínculos trabalhistas para conseguir sacar benefícios - Guilherme Paranaiba - Mil e trezentos cartões, dos 2,3 mil recolhidos durante a operação, foram encontrados em hotel da Savassi, em BH - Dinheiro que deveria ajudar trabalhadores que ganham até dois salários mínimos desviado de maneira criminosa para bancar o luxo de uma quadrilha, como a construção de uma mansão na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Essa é uma das conclusões da Polícia Federal após revelar a existência de um esquema de fraudes no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em Minas Gerais, que ocorria desde 2009. O fundo, que é gerenciado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é usado para pagamentos de benefícios como seguro-desemprego e abono salarial e teve cerca de R$ 27 milhões destinados para o abono de cerca de 28 mil pessoas com vínculos empregatícios falsos, 70% delas já falecidas. Depois de conseguir burlar a burocracia do ministério, integrantes da quadrilha também usavam documentos falsos e conseguiam receber o Cartão do Cidadão, emitido pela Caixa Econômica Federal, para sacar os benefícios. Nove pessoas foram presas, duas estão foragidas e outras cinco são investigadas também pelos crimes de estelionato qualificado, uso de documento falso e formação de quadrilha, que podem levar os presos a condenações a até 14 anos de prisão, segundo a PF.A investigação teve início na Delegacia de Montes Claros da Polícia Federal, coordenada pelo delegado Gilvan de Paula. Segundo o policial, tudo começou com denúncias de empresas que informaram que seus dados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) – documento entregue ao Ministério do Trabalho com informações sobre os trabalhadores fichados – estavam sendo fraudados. Esse era o primeiro passo do esquema golpista. Os criminosos conseguiam enviar Rais falsas, que eram validadas pelo ministério, criando, segundo a PF, 28 mil vínculos empregatícios frios. O segundo passo era conseguir a emissão do Cartão do Cidadão, documento usado para o saque de benefícios na Caixa, como o abono salarial. O saque pode ser feito em terminais bancários da própria Caixa ou em casas lotéricas.
Outra situação chamou a atenção da PF: “Notamos que em apenas uma dessas casas lotéricas foram desbloqueados mais de 500 cartões, de uma forma suspeita. Foram vários cartões desbloqueados de maneira sequencial, um após o outro, como se houvesse uma fila de pessoas, todas com documentos falsos, pedindo o desbloqueio. Ou então esses cartões eram entregues ao pessoal da lotérica e eles faziam o procedimento”, afirma o delegado, destacando que os responsáveis pela loteria em questão são investigados.
OSTENTAÇÃO De posse dos cartões desbloqueados, restava a parte mais fácil, sacar o benefício do abono salarial, que era de um salário mínimo para cada um dos falsos vínculos de emprego gerados, totalizando cerca de R$ 27 milhões desviados. A Polícia Federal acredita que parte desse dinheiro foi destinada à aquisição de materiais de construção no valor de R$ 3 milhões, para construir uma mansão em Juatuba, na Grande BH, uma das cidades visitadas pela Operação XIV, em alusão ao benefício do abono salarial, que é considerado uma espécie de 14º salário.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, além de Juatuba, a PF fez apreensões e prisões em Esmeraldas, Brumadinho, Contagem, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Em Belo Horizonte foram apreendidos em um único endereço 1,3 mil das 2,3 mil unidades do Cartão do Cidadão recolhidas pela operação em um hotel na Savassi, Centro-Sul da capital.
BRECHAS O Ministério do Trabalho informou que também participou da Operação XIV, apoiando a Polícia Federal. Márcio Ubiratan, que é servidor da Coordenação de Seguro-Desemprego e Abono Salarial da pasta, admitiu que houve falhas na hora de considerar as falsas informações de emprego. “Infelizmente, não conseguimos (identificar o problema). Essa investigação é um aprendizado para o ministério. Temos situações que precisam ser melhoradas e situações que precisam ser melhoradas dentro da própria Caixa”, afirma.
Ele ainda disse que é possível que algum trabalhador não tenha recebido o abono de direito em benefício dos golpistas. “É possível que isso tenha ocorrido, mas aquela pessoa que foi lesada, que é o verdadeiro trabalhador que tem direito, vai poder recorrer. Quem tiver direito ao benefício não vai ser prejudicado”, afirma. Segundo a PF, 10.330 números do Programa de Integração Social (PIS), cadastro necessário para ter direito ao abono, foram bloqueados por determinação da Justiça, pois foram usados para viabilizar as fraudes.Consultada pelo Estado de Minas, sobre a operação, o possível envolvimento de servidores e providências que teriam sido tomadas para evitar novas fraudes do tipo, a Caixa Econômica Federal informou que está atuando em com o Ministério do Trabalho e a Polícia Federal, prestando informações para auxiliar nas investigações. “Sempre que identificados indícios de irregularidade, são feitos cancelamentos dos cartões sociais, bloqueios das senhas e dos benefícios que ainda não foram sacados”, afirmou, em nota. A instituição acrescentou que monitora operações que envolvem pagamento de benefícios sociais, atuando na prevenção de fraudes. “Para solicitação do Cartão do Cidadão é necessária confirmação de dados cadastrais e para o cadastramento da senha é necessária apresentação de documento oficial de identificação, com foto”, sustentou. (Com Luiz Ribeiro) - Jovem agia como hacke As investigações sobre a fraude se estenderam ao Norte de Minas, onde foram cumpridos mandados nos municípios de Itacarambi e Grão Mogol, e à Região Central do estado, em Corinto. Nesta última cidade, foi preso um rapaz de 19 anos suspeito de envolvimento com a quadrilha. Segundo o delegado Pedro Dias dos Santos, da PF em Montes Claros, o jovem foi cooptado pelos integrantes do bando devido aos seus conhecimentos sobre informática. Ainda conforme o delegado, o grupo criminoso aplicavam fraudes com o uso de empresas abertas em sete cidades do Norte mineiro: Brasília de Minas, Buenópolis, Januária, Jequitaí, Manga, Mirabela e Várzea da Palma.
Abono salarial
O benefício que vinha sendo fraudado é um abono a que os trabalhadores brasileiros têm direito quando estão há mais de cinco anos cadastrados no Programa de Integração Social (PIS) e trabalharam com carteira assinada em alguma empresa no ano anterior ao vigente, com renda média de até dois salários mínimos por mês. O benefício vai até um salário mínimo."

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Mensagem N°83592
De: montesclaros.com Data: Terça 2/10/2018 19:43:43
Cidade: M. Claros

A Locaweb, que hospeda este site, tirou do ar o montesclaros.com (e centenas de outros sites brasileiros) por cerca de 4 horas, entre 15h30m e 17h30m. Pedimos desculpas aos nossos leitores.

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Mensagem N°83591
De: Estado de Minas Data: Terça 02/10/18 14:20
Cidade: BH

- Jovens confessam assassinato de empresário em apartamento, diz polícia - Abrãao Henrique Porto Peres, de 25, e Diego Ferreira Gonçalves, de 26, foram presos segunda-feira e, segundo a polícia, confirmaram que mataram a vítima para roubá-la - Luiz Ribeiro - A Polícia Civil de Montes Claros, cidade localizada na Região Norte de Minas, apresentou nesta terça-feira os dois autores confessos do assassinato do empresário Leônidas de Araújo Leão Júnior, de 54 anos, conhecido como Junior Parrela, dono de uma empresa de transportes na cidade. Abrãao Henrique Porto Peres, de 25, e Diego Ferreira Gonçalves, de 26, foram presos segunda-feira e, segundo a polícia, confirmaram que mataram a vítima para roubá-la. Ambos já tinham sido detidos anteriormente por outros crimes.
O empresário foi encontrado morto dentro do apartamento dele, na noite de domingo no Bairro Augusta Mota, área de classe média, no lado Sul da cidade. O corpo estava amordaçado e com os pés e mãos amarrados com camisas, de bruços, em cima de um tapete, na sala de estar do apartamento, trajando uma short e sem camisa. Ele foi morto por enforcamento. A vítima estava desaparecida desde a noite de sábado. Segundo a polícia, os dois autores já foram ao apartamento com a intenção de cometer o latrocínio - matar para roubar.
De acordo com o delegado de Homicídios, Bruno Rezende, foram roubados de Junior Parrela um telefone celular, um relógio, uma jaqueta, nove bonés e duas mochilas, cujo valor total não chega a R$ 2 mil. Ao entrarem e saírem do apartamento, os dois autores foram filmados por câmeras do sistema de vigilância, o que contribuiu para que fossem identificados e presos em tempo rápido.
O delegado disse que o autor Abrãao Henrique confessou que já tinha ido ao apartamento da vítima pelo menos quatro vezes antes do dia crime. Segundo ele, Abrão Henrique disse que trabalhava em um lava-jato, onde Junior Parrela levava o carro dele.
Bruno Rezende informou que os dois rapazes disseram que tinham amizade com a vítima, que abriu voluntariamente o portão pelo interfone para que entrassem no apartamento sábado à noite. Por outro lado, negaram qualquer outro envolvimento com o empresário. “Ambos negam relacionamento amoroso com a vítima. Narram somente uma relação de amizade. Não nos cabe, até por questão de responsabilidade, fazer ilações em relação a este tipo de relacionamento, apesar de ter sido aventado extraoficialmente na investigação”, assegurou o delegad
“Eles (os dois presos) não confirmaram isso em nenhum depoimento. Não houve ato sexual praticado por eles”, acrescentou Rezende. Segundo ele, a vítima já estava de short e sem camisa quando recebeu os dois rapazes no apartamento.
Ao roubarem pertencentes da vítima, Abrãao e Diego deixaram o local em uma moto do empresário. Porém, abandonaram a moto a dois quarteirões do local e fugiram a pé. Durante a fuga, passaram próximo a sede de uma delegacia de polícia. Ainda segundo o delegado Bruno Rezende, os autores planejaram o crime de latrocínio. Abrão Henrique já tinha passagens policiais por roubo, agressão e lesão corporal enquanto Diego tinha passagens por ameaça, roubo e furto. Este último foi preso próximo à rodoviária de Montes Claros, quando se preparava para fugir para São Paulo.

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Mensagem N°83590
De: Ministério Público Federal Data: Terça 2/10/2018 12:54:25
Cidade: Minas

MPF/MG denuncia agressor de Bolsonaro por crime contra a segurança nacional - Segundo denúncia, Adélio Bispo de Oliveira expôs a grave e iminente perigo o regime democrático ao tentar interferir no resultado das Eleições - O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) denunciou Adélio Bispo de Oliveira por praticar atentado pessoal por inconformismo político (art. 20, parágrafo único, da Lei 7.170/83). Em 6 de setembro, o acusado atentou contra a vida de Jair Messias Bolsonaro, deputado federal e candidato do Partido Social Liberal (PSL) à presidência da República.

O atentado ocorreu durante um ato da campanha do candidato em Juiz de Fora, quando o denunciado, se passando por apoiador, gritando palavras favoráveis e insistindo em tirar uma foto com o candidato, deu uma facada no abdômen de Jair Bolsonaro. Segundo a denúncia, o objetivo de Adélio era o de excluir a vítima da disputa eleitoral. “Vê-se que o denunciado cometeu o crime mediante insidiosa dissimulação, a qual dificultou a defesa do ofendido, mesmo estando o deputado federal sob imediata proteção de escolta policial”.

Ação planejada - Nos depoimentos, Adélio revelou que a ideia de atentar contra a vida do candidato surgiu quando soube, pelos jornais, que Jair Bolsonaro iria a Juiz de Fora. Mas, segundo a investigação, em julho de 2018 o acusado cadastrou-se em um clube de tiro em Florianópolis (SC), onde praticou tiro, justamente no dia em que um dos filhos de Jair Bolsonaro chegou àquela cidade para participar de um treinamento no mesmo clube.

O celular do denunciado também continha foto de um outdoor com a data da vinda de Bolsonaro a Juiz de Fora, além de ele ter estudado a agenda do candidato na cidade, percorrendo, antecipadamente, os locais em que haveria atos de campanha. Nesses locais, Adélio tirou fotos e fez vídeos, com o objetivo de planejar a execução do atentado.

Motivação – Para o MPF está clara a motivação política do ato de Adélio, pois seu histórico de militância demonstra que já tinha sido filiado a partido político por sete anos, período em tentou sair candidato a deputado federal. Em suas postagens nas redes sociais, ele qualificava políticos como “inúteis” e pedia a renúncia do atual presidente da República, dentre outras postagens formuladas em tom de protesto, em particular contra a vítima. “Adélio Bispo de Oliveira agiu, portanto, por inconformismo político. Irresignado com a atuação parlamentar do deputado federal, convertida em plataforma de campanha, insubordinou-se ao ordenamento jurídico, mediante ato que reconhece ser extremo”, diz a denúncia.

O processo também ressalta os prejuízos potenciais e efetivos causados pela ação do denunciado. “A tentativa de eliminação física do favorito na disputa pelo primeiro turno, em esforço para suprimir a sua participação no pleito e determinar o resultado das eleições mediante ato de violência – e não, como dito, mediante o voto –, expôs a grave e iminente perigo de lesão o regime democrático; produziu risco sério e palpável de distorção no regime representativo, consistente na perspectiva de privação, à força, da possibilidade de milhões de eleitores sufragarem as ideias e propostas com as quais se identificam. De outra parte, no plano concreto, a conduta provocou lesão real e efetiva ao processo eleitoral, ao afastar o candidato Jair Bolsonaro da campanha nas ruas, talvez definitivamente, e ao exigir a reformulação das estratégias dos concorrentes”, reforça a denúncia.

Se for condenado, Adélio Bispo de Oliveira estará sujeito a pena de 3 a 10 anos de reclusão, aumentada até o dobro, em razão da lesão corporal grave.

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Mensagem N°83589
De: Estado de Minas Data: Segunda 1/10/2018 08:37:55
Cidade: Belo Horizonte

Corpo de empresário enforcado é deixado em apartamento - Luiz Ribeiro - O corpo de empresário Leônidas de Araújo Leão Júnior, de 54 anos, dono de empresa de transportes, foi encontrado neste domingo em seu apartamento, no Bairro Morada do Sol, em Montes Claros, no Norte de Minas. A suspeita é que ele foi vítima de latrocínio. O corpo foi encontrado com os pés e mãos amarrados e amordaçado. Ele foi morto por enforcamento, com um lençol. O empresário, que era conhecido como Junior Parrela, estava desaparecido desde a noite de sábado. A câmera de vídeo do sistema de segurança do prédio registrou imagens de dois rapazes que entraram no apartamento da vítima. Os dois estranhos são apontados como os principais suspeitos do crime. Eles deixaram o local em uma moto do empresário. A moto foi deixada a menos de 500 metros do prédio, onde foi encontrada. O telefone celular de Júnior Parrela também foi levado.

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Mensagem N°83588
De: Polícia Federal Data: Segunda 1/10/2018 11:26:34
Cidade: Montes Claros

A Polícia Federal em Montes Claros deflagrou hoje a Operação XIV. A investigação, iniciada há 7 meses, identificou uma organização criminosa que fraudou cerca de R$ 27.000.000,00 ao Fundo de Amparo ao Trabalhador, através de saques fraudulentos ao Abono do PIS. Para receber o Abono do PIS de até um salário mínimo, o trabalhador tem que ser inscrito no PIS há mais de 5 anos e ter trabalhado com carteira assinada em alguma empresa no ano anterior com renda média de até 2 salários mínimos por mês. As empresas são obrigadas a informar ao Ministério do Trabalho, no início de cada ano, todos os trabalhadores com os quais manteve vínculo empregatício no ano anterior, inclusive informando os meses trabalhados e o salário mensal. Essa informação da empresa é efetuada através de uma comunicação denominada RAIS – Relação Anual de Informações Sociais. O serviço de inteligência policial da Delegacia de Polícia Federal em Montes Claros identificou que mais de 100 empresas tinham seus dados utilizados indevidamente para o encaminhamento de RAIS falsa, declarando ao Ministério do Trabalho, anualmente, milhares de pessoas que efetivamente não trabalharam nas empresas. Ainda de acordo com as análise e relatórios de inteligência policial, foram identificados 28.375 vínculos de emprego declarados criminosamente nos últimos 9 anos, acarretando na geração de 1 salário mínimo para cada um desses vínculos declarados. E dessas milhares de pessoas que constavam como trabalhadores em RAIS falsa, cerca de 70% corresponde a pessoas falecidas. A organização utilizava de um engenhoso sistema de fraudes para solicitar o cartão cidadão em nome das pessoas falecidas e assim sacar em terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal (CEF) os abonos do PIS gerados criminosamente, valendo lembrar que cada abono do PIS equivale a até 1 salário mínimo anual. Milhares de outros saques eram feitos com utilização de documentos falsos apresentados diretamente em agências da CEF. A organização criminosa sobrepunha fotografias de seus comparsas em falsos documentos de identidade e os encaminhava para sacar o abondo do PIS nas agências da CEF. MESP - POLÍCIA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL EM MINAS GERAIS DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL EM MONTES CLAROS/MG Interceptações telefônicas autorizadas pela justiça e inúmeras diligências policiais registradas em fotos e vídeos demonstram a rotina de atuação do grupo criminoso nas fraudes. Foram cumpridos 44 mandados judiciais expedidos pelo Juiz Federal Leônder Magalhães da Silva da 1ª. Vara Federal da Subseção Judiciária Federal de Montes Claros, sendo 11 mandados de prisão (4 prisões preventivas e 7 temporárias, e outros 33 mandados judiciais de busca e apreensão, indisponibilidade de bens, bloqueio de valores, etc. as penas podem chegar a 14 anos de prisão. Também foi determinado pela Justiça o imediato bloqueio de 10.330 números de PIS utilizados para as fraudes. Os mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de Grão Mogol, Itacarambi, Corinto, Contagem, Belo Horizonte, Brumadinho, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Juatuba e Esmeraldas. Na deflagração da Operação e cumprimento dos mandados judiciais foi empregado um efetivo de cerca de 110 policiais e servidores. Para as investigações, foi formada uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, Ministério do Trabalho e Caixa Econômica Federal. O codinome atribuído à operação foi inspirado no fato de o abono do PIS sempre foi chamado pelos trabalhadores como 14º. salário.

***

O Tempo - PF desarticula quadrilha suspeita de fraudar abono salarial em Minas Gerais – Igor Passarini - Uma organização criminosa que teria fraudado o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em cerca de R$ 27 milhões, por meio de saques indevidos do benefício do abono salarial, foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (1) em Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Brumadinho, Esmeraldas, Grão Mogol, Itacarambi, Corinto, Juatuba. Ao todo, foram sete mandados de prisão temporária e outras 33 de busca e apreensão ,indisponibilidade de bens e bloqueio de valores expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária Federal de Montes Claros. A Justiça determinou o bloqueio imediato de 10.330 inscrições do Programa de Integração Social (PIS), utilizados para as fraudes.
A fraude
A organização criminosa teria utilizado um engenhoso sistema de fraudes para solicitar o cartão cidadão em nome das pessoas falecidas e assim poder sacar, em terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal (CEF), os abonos salariais fraudados. A organização criminosa sobrepunha fotografias em documentos de identidade falsos e encaminhava essas pessoas para sacar o abondo salarial nas agências bancárias.Milhares de outros saques teriam sido feitos com utilização de documentos falsos apresentados diretamente em agências da CEF. Os investigadores identificaram que mais de 100 empresas tinham seus dados utilizados indevidamente para o encaminhamento de Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) falsas, declarando ao Ministério do Trabalho e Empreg (MTE), anualmente, milhares de pessoas que não trabalharam efetivamente nas empresas. As empresas são obrigadas a informar ao MTE no início de cada ano, todos os trabalhadores com os quais manteve vínculo empregatício no ano anterior, inclusive informando os meses trabalhados e o salário mensal. Esta informação da empresa é efetuada por meio de uma comunicação denominada RAIS. Foram identificados mais de 28 mil vínculos de emprego declarados criminosamente nos últimos 9 anos, acarretando na geração de 1 salário mínimo para cada um desses vínculos declarados. Destes milhares de pessoas que constavam como trabalhadores em RAIS falsas, cerca de 70% correspondiam a pessoas falecidas.

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Jornal Extra (Rio) - PF faz operação contra grupo que fraudava saques do abono do PIS há nove anos
Uma operação da Polícia Federal (PF) foi iniciada nesta segunda-feira, dia 1º de outubro, em Montes Claros (MG), para desmontar um esquema de fraude que permitia o saque do abono salarial do PIS a partir de dados empregatícios falsos. A ação policial foi batizada de “Operação XIV”, em referência ao 14º salário, como o benefício é conhecido informalmente. Segundo a PF, nos últimos nove anos, foram identificados 28.375 vínculos falsos de emprego, que deram origem a retiradas de benefícios irregulares, com a utilização de documentos falsos. Desse total, 70% estavam em nome de pessoas mortas. As retiradas eram equivalentes a um salário mínimo (R$ 954). De acordo com as investigações, em quase uma década, a organização criminosa retirou R$ 27 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), cujos recursos são usados para pagar o abono anual aos trabalhadores. As investigações levaram em conta dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Esse sistema, que alimentado pelas empresas, reúne dados dos trabalhadores que atuam na iniciativa privada e têm registro formal. Ainda de acordo com a Polícia Federal, mais de cem empresas tiveram dados usados indevidamente pelos fraudadores. A organização teria criado até um sistema fraudulento de solicitação de Cartão Cidadão, o que permitia os saques dos abonos em terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal.
Detalhes da operação
A partir das investigações da PF, a 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária Federal de Montes Claros determinou o bloqueio imediato de 10.330 números do PIS utilizados pela organização criminosa. Foram expedidos 11 mandados de prisão (quatro preventivas e sete temporárias) e 33 mandados de busca e apreensão, que stão sendo cumpridos nesta segunda-feira. A Justiça ainda determinou a indisponibilidade de bens e o bloqueio de valores em endereços de dez municípios de Minas Gerais: Grão Mogol, Itacarambi, Corinto, Contagem, Belo Horizonte, Brumadinho, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Juatuba e Esmeraldas.
Quem tem direito ao abono do PIS
Para ter direito ao abono, o trabalhador deve estar inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, tendo trabalhado com registro formal por, no mínimo, 30 dias no ano-calendário de pagamento, recebendo uma remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Além disso, os dados desse empregado devem ter sido informados corretamente por seu empregador na RAIS entregue ao Ministério do Trabalho. O valor anual pago ao empregado formal varia de R$ 80 a R$ 954, de acordo com o número de meses por ele trabalhados com registro formal no ano-calendário de referência. O dinheiro não retirado no prazo pelo trabalhador retorna para o FAT.


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R7 (Minas) - Polícia Federal faz operação contra fraude em abono salarial em MG - Matheus Renato Oliveira* do R7, com Túlio Lopes, da RecordTV Minas - Na manhã desta segunda-feira (1º) a Polícia Federal realizou a operação "XIV", em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego e da Caixa Econômica Federal, e com intuito de desarticular uma organização criminosa que teria fraudado o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), por meio de saques indevidos do benefício do abono salarial. Foram cumpridos 44 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária Federal de Montes Claros, dentre os quais quatro são mandados judiciais de prisão preventiva, sete são mandados judiciais de prisão temporária e 33 são mandados judiciais de busca e apreensão, indisponibilidade de bens e bloqueio de valores. Os mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de Grão Mogol, Itacarambi, Corinto, Contagem, Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Juatuba, Esmeraldas, Santa Luzia e Brumadinho. Foram empregados cerca de 110 policiais federais e servidores no cumprimento das ordens judiciais. Também foi determinado pela Justiça o imediato bloqueio de 10.330 números do PIS (Programa de Integração Social) utilizados para as fraudes. As investigações tiveram início há sete meses e identificaram a organização criminosa que teria fraudado o FAT em cerca de R$27 milhões, por meio de saques indevidos do benefício do abono salarial. Para receber o abono de até um salário mínimo, o trabalhador deve ser inscrito no PIS há mais de cinco anos e ter trabalhado com carteira assinada em alguma empresa no ano anterior com renda média de até dois salários mínimos por mês. As empresas são obrigadas a informar ao MET (Ministério do Trabalho e Emprego), no início de cada ano, todos os trabalhadores com os quais manteve vínculo empregatício no ano anterior, inclusive informando os meses trabalhados e o salário mensal. Essas informações são comunicadas através do RAIS (Relação Anual de Informações Sociais). Os investigadores identificaram que mais de 100 empresas tinham seus dados utilizados indevidamente para o encaminhamento de "RAIS falsas", declarando ao MTE, anualmente, milhares de pessoas que não trabalharam efetivamente nessas empresas. Foram identificados mais de 28 mil vínculos de emprego declarados criminosamente nos últimos nove anos, acarretando na geração de um salário mínimo para cada um desses vínculos declarados. Cerca de 70% das "RAIS falsas" corresponderiam a pessoas falecidas. A organização criminosa teria utilizado um engenhoso sistema de fraudes para solicitar o cartão cidadão em nome das pessoas falecidas e assim poder sacar, em terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal, os abonos salariais fraudados. Milhares de outros saques teriam sido feitos com utilização de documentos falsos apresentados diretamente em agências da CEF. A organização criminosa sobrepunha fotografias de seus comparsas em documentos de identidade falsos e encaminhava essas pessoas para sacar o abondo salarial nas agências bancárias.

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Mensagem N°83587
De: Reinaldo Sandes Data: Segunda 1/10/2018 08:28:27
Cidade: Montes Claros

Hoje, primeiro dia do mês de outubro, comemora-se o Dia do Idoso. Embora nós idosos não tenhamos muito o que festejar nos tempos atuais, transcrevo aqui, como forma de abraço a todos que atingiram os sessenta anos, um relato contido no meu livro de memórias, recentemente publicado pela Editora da Unimontes:

Velho?!... Nem tanto!
Antes de chegar aos sessenta anos, me irritava quando, nas extensas filas dos caixas de bancos ou de lotéricas, via chegar um idoso ainda cheio de vigor com contas para pagar ou jogos para fazer.
Clientes de atendimento prioritário por lei, esses senhores, quase sempre de chinelão no pé, óculos escuros, bermudas coloridas e camisetas típicas de verão, sem nenhum constrangimento e na maior “cara de pau”, furavam a fila e eram atendidos. Pronta e gentilmente atendidos, diga-se de passagem, muito antes dos demais que, sabe-se lá há quanto tempo, angustiados pela demora e com muitos afazeres, impacientemente esperavam por isso.
Pensava comigo ou comentava com alguém da fila:
– Como pode alguém que, ao que parece, tem o resto do dia livre, chega e, sem mais nem menos, é atendido antes de todos nós, com tanta coisa ainda por fazer no dia?
– Fazer o que? É a lei! – sempre me respondiam.
– Sim, é a lei! Mas ela deveria ser aplicada apenas aos doentes, deficientes físicos, pessoas com pernas quebradas ou mulheres em adiantada gravidez ou com crianças no colo. Um velho forte desses, esbanjando saúde, sem nada o que fazer, por que não esperar ser atendido como os outros?
O tempo passou e num belo dia do mês de janeiro completei sessenta anos. Embora já pudesse usufruir do mesmo direito que eu tanto combatera, a princípio relutei em fazê-lo. Primeiro por me sentir envergonhado e, depois, por proibição de minha esposa que, quando estava comigo, era categórica:
– Deixe de bobagem! Você não precisa disso! Você é muito novo ainda!
Um dia, quando precisei pagar na boca do caixa um boleto referente à compra de uma peça para meu Jeep que fizera pela Internet, me dirigi a uma agência do Banco do Brasil. Na porta giratória, uma mocinha distribuía as senhas para o atendimento. Receoso de encontrar uma fila quilométrica, um pouco constrangido, embora já soubesse a resposta, perguntei à moça:
– O que vocês chamam de idoso no atendimento prioritário?
– Pessoas com mais de sessenta anos – respondeu.
– É o meu caso! É a primeira vez que farei uso da fila dos velhos! – falei com um sorriso meio sem graça.
Após receber da atendente uma senha identificada pela letra P seguida de um número, subi as escadas aliviado por não ter que esperar muito tempo. No andar de cima, três funcionários dos caixas conversavam entre si. Fui imediatamente atendido por um deles. Para minha surpresa, não havia ninguém na fila. Os caixas estavam literalmente vazios.
Boleto pago e recibo na mão, desci a escadaria desapontado e pensativo, ainda portando a tal senha que nem sequer me fora exigida. Um constrangimento em vão. Que coisa! Não precisava passar por isso! – pensei comigo.
A partir daquele dia, entretanto, perdi completamente a vergonha de entrar na fila dos idosos. Nos bancos, nas lotéricas, nos supermercados, nos embarques para o voo, nos exames laboratoriais, descaradamente, faço uso do atendimento prioritário como de direito. Hoje, chego sorridente e furo a fila, na maior cara de pau. Bom mesmo é ir de traje a rigor, ou seja, óculos escuros, chinelo, bermuda e camiseta com lembrança de alguma praia. Qualquer dias desses, em plena segunda-feira, celular no ouvido, farei isso simulando uma conversa com algum amigo, marcando para daí a meia hora uma cervejinha e uma partida de dominó num boteco próximo. Com certeza receberei de volta as críticas que tanto fiz outrora.
Só uma coisa me incomoda nisso tudo. Não gosto daquele velhinho com bengala usado para identificar o atendimento prioritário aos idosos. Aquela figura horrível deveria ser substituída por uma simbologia mais jovial e vigorosa. Velho?!... Nem tanto!


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Mensagem N°83586
De: Petrônio Braz Data: Segunda 1/10/2018 08:36:32
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Primeiro amor
Hoje voltei setenta anos no tempo. Inesperadamente, por volta das 10:00h, recebi uma ligação telefônica:
– Eu sou o Joãozinho Bosco e estou em São Francisco com minha família e meu irmão. Consegui o seu número com Vicente, seu genro.
Pensei um pouco e perguntei:
– Filho de João Bosco e de Vanda Burle?
– Sim. Estive aqui em São Francisco há quase 50 anos e retornei agora. Minha mãe faleceu há 50 anos, com 37 anos de idade. Ela sempre falava que você tinha sido namorado dela e que depois tinha sido prefeito da cidade.
O tempo desabou. Disse com clareza:
– Sua mãe foi minha primeira namorada. O primeiro amor de minha vida.
– Ela também falava assim.
Namoro dos tempos da juventude, dos anos 40. Namoro sério, sem intimidades. Namoro de quatro anos com a possível futura esposa. Amor que ficou marcado para sempre. Ela se casou com João Bosco, pai do meu interlocutor da manhã.
Anos depois, no correr dos anos 60, ela retornou a São Francisco e, acreditem, foi com sai mãe, Aurora Burle, até a fazenda de meu pai, onde eu morava, para me ver. Eu não estava em casa, e ela foi recebida por Olga, minha esposa, e disse, com toda naturalidade: “Vim ver Petrônio”. Maria Elisa, minha filha, é testemunha desse fato.
Na vida existem passagens que se eternizam. Ela faleceu jovem, muito nova, mas sempre esteve e continuará vinculada à minha vida.
Naqueles tempos idos, quando eu namorava com Vanda Burle; Newton Ferreira namorava com Conceição Figueiredo, e Oscar, com Alda Figueiredo. Vanda casou-se com João Bosco; eu casei-me com Olga; Newton mudou-se para Januária e por lá se casou; Oscar casou-se com Selme; Conceição Figueiredo, com Mário Mendes, e Alda casou-se com Nelson Spina “que não tinha entrado na história”.
Como escreveu Carlos Drummond de Andrade em "A Quadrilha", "João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili, que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história."

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Mensagem N°83585
De: Calculista Data: Domingo 30/9/2018 16:39:39
Cidade: Montes Claros/MG

Terremotos seguidos de tsunami na ilha indonésia de Sulawesi: maior magnitude 7,5 oR, 832 mortos e mais de 500 feridos, por enquanto, infelizmente. 1995,26 vezes mais forte do que o de maior magnitude já registrado em Montes Claros, em 19/5/2012, de 4,2 oR.

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Mensagem N°83584
De: José Ponciano Neto Data: Domingo 30/9/2018 15:32:11
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

DADOS DA BARRAGEM DA COPASA EM JURAMENTO – SETEMBRO/ 2018

Cota: 630,11 - (30/09/2018)

Volume acumulado: 11.291.909 m3 (representa 25,10% do volume total) – 07,41% superior com relação ao mesmo período em 30/09/2017 – 17,65%.

Total de chuva no mês de SETEMBRO /18 = 5,9 mm: (região de Juramento) –
- O nível está 10,14 metros abaixo da cota de transbordo 640,25 –
Do dia 31/08/18 a 30/09/2018, reduziu 0.82 mts no N.A.
Menor nível/índice em 2018: 29/01/2018: Cota 629,10 / 20,65 %

Vazões dos mananciais: Em 30/09/2018 RIO CANOAS 0,00 l/seg; - RIO JURAMENTO 08,00 Litros por segundo - o RIO SARACURA com vazão 72,00 litros por segundo (vazão sazonada à pluviosidade local) –

Chuvas 2018 em milímetros: Janeiro 82,40 >Fevereiro 282,20 > Março 73,3 > Abril 36,40 > Maio 12,00 > Junho 00,0 > Julho 00,0 > Agosto 0,0 > Setembro 05,9 >>Total do Calendário Civil 2018: 492.2 milímetros
Total Calendário AGRÍCOLA de JULHO 2018 a JUNHO 2019 = 05,9 milímetros. –

BARRAGEM JURAMENTO: Vazão média aduzida de 01 a 30/09: 455,0 litros por segundo. - Devido à estiagem prolongada, a COPASA incorporou vários POÇOS profundos na oferta de água no Sistema de distribuição.
VOLUME E VAZÕES: Com relação ao mesmo período do ano passado: - Barragem de Juramento: informações acima.

Os mananciais do PARQUE DA LAPA GRANDE (Pai João); REBENTÃO DOS FERROS - PACUÍ-PORCOS e POÇOS PROFUNDOS que têm suas águas aduzidas para Estação de Tratamento de Água - ETA DO MORRINHO, estão atualmente com suas vazões reduzidas devido à estiagem dos últimos meses. Atualmente a ETA/Morrinho está operando com 210,0 Litros p/ segundo.

Vazão total distribuída para o abastecimento de Montes Claros: Σ 900,0 litros por segundo; sendo: Verde Grande= 455,0 – Morrinho= 210,00 –- Poços Q 100,0 L/ seg e Sistema Pacuí fornecendo 135,0 Litros p/ segundo.


* Apesar do Sol senegalês dos últimos dias; face dos dados obtidos na Estação Climatológia Classe A (foto) da barragem da Copasa em Juramento-MG, estamos prevendo chuvas já em meado de Outubro, podendo intensificar de Novembro
avante.


NOTA: RODÍZIO - A Copasa, em cumprimento à resolução ARSAE-MG 68/2015 anunciou em 13/09/2018 o encerramento do rodízio em Montes Claros. Porém, a companhia conta com o apoio da população para o uso consciente da água, evitando desperdícios, especialmente nos períodos de estiagem. O uso racional dos recursos hídricos engloba a educação ambiental e organização comunitária.

FATOS IMPORTANTES DO MÊS AGOSTO:

Há 130 anos, 01/09/1888 - Pela lei n° 3650 da Assembléia Legislativa Provincial, fica a Câmara Municipal de Montes Claros autorizada a contratar com quem melhores condições oferecer, o serviço de abastecimento de água potável à cidade, mediante 12 cláusulas. Entre elas, a concessionária teria o privilégio por 30 anos, para o serviço, não poderia cobrar taxa anual que excedessem a 15$000 por pena d‘água, todos os prédios sujeitos ao imposto predial ficariam obrigados a arrendar pelo menos uma pena d’água; a concessionária se obrigaria a fornecer à Prefeitura Municipal, sem quaisquer ônus para a Municipalidade, 24 penas d’água para chafarizes públicos e a concluir todos os trabalhos de abastecimento d’água, no prazo de dois anos a datar da aprovação do contrato.

Há 132 anos 14/09/1886 – Realiza-se a cerimônia da bênção da Capela de Santa Cruz do Morrinho, no subúrbio da cidade de Montes Claros. Benzeu-se também a imagem do Senhor do Bonfim que, após o ato, foi levada em procissão da Matriz para a Capela, onde houve missa solene e terço à noite, celebrada pelo padre Manoel da Assunção Ribeiro Vigário da Freguesia. A referida imagem foi doada pelo Dr. Antônio Augusto Veloso; a construção da Capela deveu-se aos esforços de Dona Germana Maria de Olinda, edificada exclusivamente com auxílios por ela obtidos dos fiéis, por meio de uma subscrição aberta em princípios de 1884, aos quais, não raro, adicionava também as suas pequenas economias.

Há 33 anos em 19 de setembro de 1985, um terremoto de 8,1 graus na escala Richter, matou 12 mil pessoas na Cidade do México. O abalo destruiu um terço da capital mexicana e foi sentido em três estados, numa área total de 800.000 km², bem como no estado do Texas, no sul dos Estados Unidos.

* Dia da Secretária (30/09) - Uma figura humana tão especial, que cumpre com as suas obrigações com o máximo rigor e que, ainda assim, consegue ser gentil; educada e simpática em todos os momentos do dia.


Há 58 anos, em 30/09/1960 — Morre Dona Arabela Nunes Maia. Nasceu na Fazenda Clarinha em Juramento- MG, filha do Cel. Luiz Maia e Dona Carlota Augusta Bittencourt Maia. Era viúva de Canuto Nunes de Quadros, proprietário da fazenda Lagoa do Boi; mais tarde, Juramento Novo (distrito de Juramento) - hoje Glaucilândia-MG.

REFLEXÃO:

- Relembrar um fato histórico é, pois, cultivar sinais de nacionalidade, soberania e consciência cívica.
- Não se pode manter a paz pela força, mas sim pela concórdia.


(*) José Ponciano Neto: Tec. Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.

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Mensagem N°83583
De: Ana Data: Domingo 30/9/2018 13:16:31
Cidade: M. Claros

Os carros usinas de som voltaram a reocupar os fundos da Santa Casa, na avenida Sanitária, "naquele posto". Perturbaram até o amanhecer, de ontem para hoje. (...) Confiamos em que as autoridades farão cumprir as leis, afugentando os transgressores renitentes..

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Mensagem N°83582
De: O Tempo Data: Sábado 29/9/2018 10:24:24
Cidade: Belo Horizonte

Pai mata filha de 3 anos com facada no pescoço e diz que foi `a mando de Deus` – Carolina Caetano - Um homem de 33 anos foi preso após assassinar a filha de apenas 3 anos em Itacarambi, no Norte de Minas, nessa sexta-feira (28). Ele ainda esfaqueou a outra filha, de 5 anos, e a companheira, de 31. Como justificativa para a ação brutal, o assassino afirmou que cometeu os crimes "a mando de Deus". Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, a mãe das crianças contou aos militares que as três estavam em casa, no bairro Nossa Senhora de Fátima, quando o marido apareceu e sem dizer nada agrediu a companheira e a filha mais velha com facadas nos pescoços. Desesperada, a mãe pegou a menina no colo e foi para rua pedir ajuda aos vizinhos. Nesse momento, o criminoso foi até um dos quartos e cortou o pescoço de Ketelyn Rayane de Souza, que estava dormindo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas a menina não resistiu aos ferimentos. A mãe e a irmã dela foram levadas para o hospital da cidade, onde foram medicadas e liberadas. A dona de casa não soube informar a motivação do crime. Durante rastreamento, o homem foi encontrado em uma rua perto da casa da família com lesões no pescoço e peito. Ele se limitou a dizer que não conseguiu se matar. Após ser medicado, o o agressor foi levado para a Delegacia de Plantão de Januária, cidade vizinha.
Surto
Fontes ouvidas pela reportagem de O TEMPO deram detalhes do que o homem e a companheira dele falaram na delegacia. O agressor, que não tinha antecedentes criminais, mas estava muito agitado ao chegar à delegacia, se limitou a dizer que Deus tinha mandado matar toda a família. Já a mulher deu detalhes dos momentos que antecederam a tragédia: o marido chegou da igreja, cumprimentou a mulher e a filha mais velha, que estavam na sala, e saiu novamente. Logo depois, ele teria voltado e dito para a dona de casa: "vamos para o céu?" e começou as agressões. A mulher foi atingida primeiro, depois a menina de 5 anos, que estava tomando leite sentada no sofá. Em seguida, ele assassinou Ketely, que estava no quarto. Ainda conforme a mulher contou à polícia, o homem é esquizofrênico, tomava remédios controlados, mas havia largado a medicação por conta própria. A possibilidade de uso de entorpecentes também não foi descartada. O bandido autuado por um homicídio e duas tentativas de homicídios por motivo fútil e encaminhado ao Presídio de Januária.

***
Estado de Minas - Pai mata filha de 3 anos a facada enquanto ela dormia, no Norte de MG - Junia Oliveira - Um crime bárbaro chocou a cidade de Itacarambi, no Norte de Minas. Nessa sexta-feira à noite, uma menininha de apenas 3 anos foi morta pelo próprio pai, a golpes de faca, em casa, enquanto dormia. Ele ainda tentou matar a outra filha de 5, e a mulher, de 31. O suspeito foi preso. O crime ocorreu por volta das 23h20, numa casa da Rua Rio Grande do Sul, no Bairro Nossa Senhora de Fátima. Ainda não se sabe os motivos. À Polícia Militar, a mulher relatou que foi pega de surpresa pelo marido Adonias Martins dos Santos Filho, de 33, que a golpeou com uma faca e fez o mesmo com a criança de 5 anos. As duas conseguiram se defender e desvencilhar do agressor e correram para o meio da rua, onde gritaram por socorro. Adonias teria aproveitado o momento e esfaqueado e caçula, que dormia num dos quartos da casa. Quando a PM chegou ao local, encontrou mãe e filha com um corte no pescoço e a outra criança deitada na cama. O Serviço de Atendimento Mòvel de Urgência (Samu) foi chamado para prestar socorro, mas a menina jáestava morta, com um ferimento profundo no pescoço. As duas sobreviventes foram levadas ao Pronto-Socorro do hospital municipal e já tiveram alta. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Januária. Adonias fugiu, mas foi localizado numa rua perto de casa e preso em flagrante. Ele também foi levado ao pronto-socorro, com ferimentos no pescoço e peito, e também já recebeu alta. De acordo com a PM, ele passou o tempo todo em silêncio. Disse apenas que não conseguiu se matar. A faca foi localizada e apreendida. O suspeito está preso na delegacia de Januária.

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Mensagem N°83579
De: Manoel Hygino Data: Sábado 29/9/2018 07:12:10
Cidade: Belo Horizonte

A hora de acordar

Manoel Hygino

Não permitiria passar em branco o centésimo décimo aniversário de morte de Machado de Assis. Não há trocadilho, por ter sido o fundador da Academia Brasileira de Letras (ABL) afrodescendente, como se diz hoje, além de pobre e epiléptico, o que não o impediu alcançar a culminância literária.
Transcorridos 11 décadas do passamento do grande escritor, constata-se estar forte e sólido no pedestal de admiração erguido pela comunidade literária internacional. Creio que não exageraria se afirmasse que a morte dele comoveu o país. Sua vida e consagração se tornaram uma notável mensagem de fé e confiança de quantos nascem, entre nós, estigmatizado pelas diferenças.
A oração fúnebre, em 29 de setembro de 1908, em nome da Academia Brasileira de Letras, toca o coração e foi lida nada menos do que por Rui Barbosa, um dos companheiros na fundação da ABL. Manifestou-se em determinado trecho:
“(...) Mestre e companheiro, disse eu que nos íamos despedir. Mas disse mal. A morte não extingue: transforma; não aniquila: renova; não divorcia: aproxima. Um dia supuseste ‘morta e separada’ a consorte dos teus sonhos e de tuas agonias, que te soubera ‘pôr um mundo inteiro no recanto’ do teu ninho; e todavia, nunca ela te esteve mais presente, no íntimo, de ti mesmo e na expressão do teu canto, no fundo do teu ser e na face das tuas ações. (...)”.
O ano de 1908 foi de adeus e de lágrimas entre os membros da Academia, todos já idosos e sofridos pelas mazelas do tempo. Fabio de Sousa Coutinho, que acaba de publicar excelente livro sobre os juristas da Academia, lembrou a última carta dirigida por Lúcio de Mendonça, acadêmico de primeira hora e membro do Supremo. Por força da cegueira, o ministro enviara a Machado um agradecimento:
“Obrigadíssimo por haver lembrado de mim, sobrevivente a mim mesmo. Chega-me, neste momento, o Memorial de Aires, que vou mandar ler. Será o primeiro livro seu que eu leia com olhos de outrem; quero, porém, que o agradecimento ainda seja do meu próprio punho. Se não tem medo de almas do outro mundo, deixe que lhe beije as mãos criadoras o discípulo devotadíssimo...”.
Especialmente oportuna a lembrança dos fatos e dos personagens, em face da situação ora atravessada pelo Brasil sob vários aspectos. Ademais, pela lembrança de Hélio Jaguaribe, advogado, sociólogo, cientista político e escritor, recentemente falecido, cidadão probo e de atitudes corajosas, como demonstrou durante o governo militar.
Também membro da Academia Brasileira de Letras, como registrou Aristóteles Atheniense (conselheiro nato da OAB, diretor do IAB e do IAMG), Hélio Jaguaribe, tão pouco reverenciado agora, afirmou: “O Brasil é mais ignorante do que pobre e, em última análise, é pobre porque é ignorante”.
Mais: “o país tem o desenvolvimento que a sua educação lhe proporciona. O fato de que há uma parcela muito grande de brasileiros totalmente deseducados ou parcialmente educados constitui um peso inerte que dificulta a marcha do Brasil. Portanto, a primeira coisa a fazer é ampliar a educação e melhorar o nível dela. Só isso bastaria, porque, como o país, em uma tendência positiva para crescer, se tiver educação cresce na direção certa e com a velocidade certa”.

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Mensagem N°83578
De: Consumidor Data: Sexta 28/9/2018 13:31:49
Cidade: Moc/MG

Mensagem 83575 - também sofri interrupção de energia elétrica em minha residência, no Cândida Câmara, por cerca de 2 minutos (foi a duração que percebi). Não sabia previamente que haveria o desligamento. Em 11/9/2018 houve uma interrupção programada, de 9h50m às 16h50m, que nos pegou de surpresa também, mas foi avisada pela CEMIG, em 5/9/2018, em site de emissora de rádio, que ocorreria.

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Mensagem N°83577
De: Receita Federal Data: Sexta 28/9/2018 15:34:15
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Operação Fake Money - Receita Federal desarticular organização criminosa especializada em fraude na "quitação"de tributos federais com créditos podres - A Receita Federal deflagrou hoje (28/9), em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, a operação “Fake Money” para desarticular organização criminosa especializada em cessão de supostos créditos com o objetivo de simular “quitação” ou “compensação” de tributos federais. A Receita Federal estima que os prejuízos causados à arrecadação alcancem os R$ 5 bilhões.
Estão sendo cumpridos 17 Mandados de Prisão Preventiva e 34 Mandados de Busca e Apreensão nas cidades de São José do Rio Preto (SP), Ribeirão Preto (SP), São Paulo (SP), Araraquara (SP), Piracicaba (SP), Barueri (SP), Osasco (SP), Descalvado (SP), Itapecerica da Serra (SP), Mirassolândia (SP), Curitiba (PR) e Uberlândia (MG). A operação contou a com a participação de 83 servidores da Receita Federal, sendo 74 auditores-fiscais.
Entenda a fraude
A pessoa jurídica vendedora informava à compradora que dispunha de crédito financeiro junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), baseado em títulos públicos, e oferecia a falsa quitação de tributos com esses supostos créditos.
A fraude se dava por meio da inserção de informações falsas em declarações para reduzir ou eliminar ilegalmente as dívidas tributárias. A organização criminosa oferecia serviços de consultoria e assessoria tributária. Na maioria dos casos, a autorização para acesso aos sistemas era fornecida pelos próprios contribuintes aos fraudadores, seja por procuração ou pela entrega do certificado digital. Outras vezes, os próprios contribuintes eram orientados pelos fraudadores a promover as alterações de sistemas. Além disso, os fraudadores forjavam uma comprovação da quitação para seus clientes para convencê-los do sucesso da operação.
Na venda dos títulos podres existem aproximadamente 300 intermediários pessoas físicas e jurídicas, normalmente escritórios de advocacia, de consultoria/assessoria ou de contabilidade, espalhados pelos diversos estados do Brasil.
Para conseguir seu objetivo, o grupo fraudador se utilizava de vários artifícios e informações inverídicas, dentre elas a de que a STN validava a utilização de tais créditos para fins de quitação de tributos. Oferecia a seus clientes uma permanente assessoria jurídica e concedia um deságio na venda em média de 30% do valor devido do tributo.
Assim, para supostamente quitar um débito de R$ 1 milhão, as empresas adquirentes do crédito podre pagavam diretamente ao fraudador a quantia de R$ 700 mil, nada restando aos cofres públicos.
Montes Claros tem 30 empresas envolvidas na fraude - O levantamento apontou ainda ocorrências de casos semelhantes em diversas outras cidades do país, como Montes Claros. A delegacia da Receita Federal na cidade monitora uma lista de pessoas jurídicas com indícios de uso desse mesmo artifício fraudulento .
Além de empresas domiciliadas em Montes Claros a suspeita envolve diversos outros municípios, como Taiobeiras, São Francisco, Bocaiuva, Salinas, Francisco Sá, Varzelândia, Lontra, Januária, Pintópolis, Luislândia, Icaraí de minas, Rubelita, Rio Pardo de Minas, Espinosa, Janaúba, Verdelândia
Nome da operação
O nome da operação faz alusão aos imprestáveis e falsos créditos negociados para tentativa de pagamento de tributos. Assim, tomando emprestado o moderno termo FAKE NEWS, relacionado às notícias falsas, adotou-se o termo FAKE MONEY para esses falsos pagamentos.

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Mensagem N°83576
De: Cemig Data: Sexta 28/9/2018 13:55:30
Cidade: MONTES CLAROS  País: Brasil

Nota à imprensa - A Cemig esclarece que o pique de energia ocorrido hoje das 11h36 às 11h40, foi em função de um curto circuito no barramento da Subestação que atende o município, provocado por aves.

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Mensagem N°83575
De: Luiz Antônio Data: Sexta 28/9/2018 11:46:22
Cidade: M. Claros

Um pique de energia elétrica - daqueles que estragam todo tipo de equipamento - acaba de acontecer. Aparentemente, muitas partes de M. Claros foram atingidas. Aguardamos que a empresa Cemig explique ã população o que aconteceu. O céu está azul, sem nenhum sinal de chuva ou perturbação atmosférica.

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Mensagem N°83574
De: Copasa Data: Sexta 28/9/2018 11:08:38
Cidade: M. Claros

A Copasa informa que o abastecimento em Montes Claros será interrompido em alguns bairros na manhã desta segunda-feira (01/10) para obras de melhorias no sistema. A previsão é que os serviços sejam concluídos às 15 horas e, a partir daí o fornecimento de água será retomado gradativamente.

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Mensagem N°83573
De: Manoel Hygino Data: Sexta 28/9/2018 06:59:29
Cidade: Belo Horizonte

Batinas versus poder

Manoel Hygino

Ao primeiro vislumbre, li: “as negras baianas da conjura de Minas”, que lança luzes sobre fatos e a participação de membros do clero na Inconfidência Mineira. Estranhei: “negras baianas?”. Voltei à capa, e identifiquei melhor o título: “as negras batinas da conjura de Minas”, de autoria de Maria de Lourdes Dias Reis, 31 Editora, Belo Horizonte, 2018. Na primeira interpretação, talvez me influenciara o espírito carnavalesco, a que tanto é dado o brasileiro, de todas as regiões, em todas as épocas do ano.
O tema, sob todos os aspectos, é fascinante, existindo sempre alguém pesquisando e escrevendo, de modo que tudo parece novo e atual. A belo-horizontina Maria de Lourdes Dias Reis é mestre em história, professora universitária, escritora e jornalista, e sabe o que faz – e o faz bem.
Marcos Paulo Souza Miranda, promotor de Justiça, sócio do IHGMG, da Academia de Letras do Ministério Público de Minas Gerais e da Academia Mineira Maçônica de Letras, e Rogério Faria Tavares, do Instituto, da AML e do PEN Clube, fazem a abertura do trabalho. Enfatizam o significado para quem quiser ampliar o saber sobre o mais importante movimento emancipacionista do Brasil, em particular a atuação dos padres que nas montanhas aliaram-se (ou não) ao projeto.
A autora toma emprestado um trecho do Cônego Raymundo Trindade, no “Breve História do Seminário de Mariana”, que dá destaque à ação dos sacerdotes na busca pela desvinculação de Portugal, sobretudo os mineiros:
“... em todos os episódios marcantes da história de Minas, acha-se o traço memorável de membros do clero, que renunciavam à comodidade de uma vida propícia ao recolhimento, preferindo a ação militante de um nobre e comunicativo civismo à cumplicidade fácil com a prepotência e à tirania”.
É livro bom de ler para se aprender, até porque personagens não faltam. De forma destacada, participaram da Inconfidência os seguintes membros do clero: Cônego Luís Vieira da Silva, padre José da Silva e Oliveira Rolim, padre Carlos Correa de Toledo e Melo, padre José Lopes de Oliveira e padre Manoel Rodrigues da Costa; de modo menos explícito, padre José Maria Farjado de Assis e Francisco Vidal de Barbosa Laje; além de outros, ouvidos como testemunhas nos Autos da Devassa. Conhecendo-os, enriquece-se em conhecimento sobre a Conjura.
A presença dos membros da igreja sempre foi muito importante nas Minas, cumprindo o objetivo de expansão da fé e do império, decantada por Camões. Os sacerdotes exerciam seus deveres, não circunscritos à difusão dos preceitos religiosos. A outros afazeres se devotam, tão distantes da Corte e das peias impostas pelos superiores hierárquicos. Levavam vantagens. Já chegaram com apreciável cabedal de conhecimentos, logo almejando “subverter os fundamentos políticos e religiosos da sociedade”, como observou Augusto de Lima Junior.
Não nos estenderemos na análise do livro hoje. Mas me sinto no dever de repetir o que a autora afirmou, com muita propriedade: “aparentemente esses padres estavam a serviço da igreja católica, mas, na realidade, preocupavam-se muito mais com seus interesses particulares, na ampliação de suas fortunas e de seus bens materiais. Maria de Lourdes recorre ao historiador Kenneth Maxwell, em seu excelente “A devassa da devassa”.

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Mensagem N°83571
De: Manoel Hygino Data: Quinta 27/9/2018 07:07:13
Cidade: Belo Horizonte

A mãe de Guevara

Manoel Hygino

O ambiente latino-americano é, no mínimo, inquietante. Enquanto a ex-presidente da Argentina é submetida a julgamento por desvio de recursos públicos, a Venezuela enfrenta a maior crise econômica talvez de sua história. O “talvez” tem sentido e significado, como depreenderão os que conhecem mesmo de longe a crônica do mais rico – talvez novamente – da América do Sul. Simultaneamente, a Nicarágua amarga as consequências de praticamente meio ano de embates entre forças governistas e grupos que defendem a queda do atual presidente Daniel Ortega. Em junho, a atividade do país caiu 12,1% em comparação com o mesmo mês no ano anterior.
Peruano de Arequipa, Mario Vargas Llosa, escritor, jornalista e pesquisador renomado, é um apaixonado pela América Latina, apesar de tudo. É, não: era, porque já falecido. No entanto, deixou escrito: a diferença é que na América do Norte as 13 colônias se uniram e isso acelerou o deslanche nacional, enquanto os nacionalismos, as guerras e os conflitos sangraram os países do Sul, desperdiçando ingentes recursos que poderiam ter servido para a modernização e o progresso.
De personagens marcantes da América Latina, Llosa guardou muitas lembranças ou as descreveu. Por exemplo: quando morava em Paris, num apartamento muito modesto, de dois quartinhos, na rua de Tournon, recordava muitos episódios. Um dia, chegou-lhe de Hilda Gadea, primeira mulher de “Che” Guevara, pedido para que acolhesse uma amiga sua que voltava de Cuba para a Argentina, pois devido ao bloqueio imposto por Tio Sam se via obrigada a passar pela Europa.
A senhora (declara o escritor que não tinha dinheiro para sequer pagar um hotel) era Célia de la Serna, mãe de Che. Ficou alguns dias ali, antes de voltar a Buenos Aires, “melhor dizendo, à prisão e à morte pouco depois”.
“Nunca saiu de minha memória a lembrança daquele episódio: a mãe do todo-poderoso comandante Guevara, segundo homem da revolução, que dilapidava muito dinheiro financiando partidos, grupos e grupinhos revolucionários de meio mundo, não tinha como pagar um hotel e precisava recorrer à solidariedade de um escriba meio insolvente”.
O autor de Arequipa critica: “é bom que o iluminismo revolucionário e o exemplo minimalista e dogmático de Che Guevara tenham se desprestigiado e que não mais mobilize jovens de hoje na convicção que o animou. Segundo ela, a justiça e o progresso não dependem dos votos e das leis aprovadas por instituições representativas, mas da eficácia bélica de uma esclarecida e heroica vanguarda”.
Agora, que todos morreram, é útil, quem sabe, repetir o que disse Llosa: “não é bom que o desencanto com o messianismo e o dogma coletivista tenha trazido consigo, também, a desaparição do idealismo e ainda do mero interesse e da curiosidade pela política nas novas gerações, sobretudo nessas sociedades que dão agora os primeiros passos na experiência da liberdade”.
Depois, advertência: “só quando desaparece ou ainda dele se sente saudades como de um belo ideal, o sistema democrático é capaz de inspirar o tipo de entrega e sacrifício, extremos que não são incomuns nas filas de quem, como o Che, combatem um dogma messiânico”.

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Mensagem N°83570
De: Manoel Hygino Data: Quarta 26/9/2018 07:12:41
Cidade: Belo Horizonte

Grandes causídicos na ABL

Manoel Hygino

Transposta a metade do ano, Fabio de Souza Coutinho, através da Thesaurus, editora de Brasília que tanto divulga as vozes mais representativas da capital federal, nos premia com “Juristas na Academia Brasileira de letras”, mostrando quantos que se dedicam ao direito chegaram à Casa de Machado. Atende o autor ao sugerido por Miguel Torga (escritor português que viveu na Zona da Mata Mineira): “será preciso primeiro quebrar a nossa luneta de horizontes pequenos e alargar, depois, o compasso com que habitualmente medimos o tamanho do que nos circunda”.
Fabio de Sousa Coutinho, ex-integrante da Comissão de Ética da Presidência da República, membro do PEN Clube do Brasil e da Academia Brasiliense de Letras e presidente da Associação Nacional dos Escritores, soube e sabe fazê-lo com propriedade, como observa no prefácio Rossini Corrêa, também advogado, escritor e filósofo do direito, ao registrar que o autor é filho direito de Thoth, o deus egípcio da escrita, criador dos hieróglifos e revelador das artes da redação, aritmética, ciências e magia.
Assim se pode opinar. Efetivamente o ensaio é notável, merecendo a publicação “expressiva contribuição à interpretação da cultura brasileira, no cruzamento das vertentes do direito e da literatura”.

Cumpre-se plenamente o projeto, pois se desvelam nomes expressivos da advocacia brasileira, que conquistaram lugar privilegiado na entidade fundada na ex-capital do país. Reverenciam-se os bacharéis que tomaram lugar na Casa do Bruxo do Cosme Velho, a começar por Rui Barbosa, Lúcio de Mendonça, Clóvis Bevilaqua, Joaquim Nabuco e Rodrigo Octavio, consagrados pelos amantes da boa leitura e da cultura.
O ensaio nos aproxima dos mestres do direito que chegaram à ABL, lembrando os iniciais ocupantes das cadeiras, como Rui Barbosa, hoje visualizado em grêmios literários, placas de ruas e praças públicas; Lúcio de Mendonça, a que se atribui a ideia de criação da Academia, membro do Supremo Tribunal Federal; ainda Clóvis Bevilaqua, cearense, a que se deve o anteprojeto do Código Civil, de 1916, primeira lei de direito privado editada entre nós; Joaquim Nabuco, de que muito se fala e pouco se conhece. Da importância de Rodrigo Octavio recordaria, à guisa de curiosidade, que as sessões ordinárias da ABL foram realizadas em seu escritório da rua da Quitanda, no velho Rio.
A geração seguinte se forma com os mineiros Pedro Lessa e Lafayette Rodrigues Pereira e João Luiz Alves, e com Levi Carneiro, Pedro Calmon, Barbosa Lima Sobrinho e Alfredo Pujol. Lafayette foi membro da Corte de Arbitragem de Haia, Bessa (natural do Serro) foi consagrado como o Marshsall brasileiro pela ampliação do instituto do habeas corpus e João Luiz Alves, ministro da Justiça e do Supremo, ao tempo de Bernardes.
Levi Carneiro foi o primeiro presidente do Conselho Federal da OAB; Pedro Calmon, historiador, educador, revelou-se notável orador; Barbosa Lima Sobrinho, que viveu 103 anos, primeiro signatário do pedido de impedimento de Collor; o fluminense Alfredo Pujol, um dos entusiastas da obra literária de machado.
Fabio também focaliza Aníbal Freire, Cândido Motta Filho, Hermes Lima, Evandro Lins e Silva, Oscar Dias Corrêa, Cândido Pontes de Miranda, Raymundo Faoro, Miguel Reale, Evaristo de Moraes Filho, Alberto Venâncio Filho, Celso Lafer e Joaquim Falcão, os últimos dos atuais quadros da Academia. Excelente o ensaio. Ganha quem o ler.

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Mensagem N°83569
De: Manoel Hygino Data: Terça 25/9/2018 07:04:35
Cidade: Belo Horizonte

Supremacia do Supremo

Manoel Hygino

Vivemos em crise? Atravessamos um período de transformação? Afinal, onde estamos e o que professamos, enquanto alardeamos por todos os meios e à larga que vivemos em “estado democrático de direito? “O clima atual e as circunstâncias dão o que pensar. Há anos, Sérgio Buarque de Holanda classificou a nossa democracia como um “lamentável mal-entendido”, “uma aristocracia rural e semifeudal, que importou e tratou de acomodá-la, onde fosse possível, aos seus direitos ou privilégios, os mesmos privilégios que tinham sido, no Velho Mundo, o alvo da luta da burguesia contra os aristocratas”.
De todo modo, este o ambiente e esta é a melhor hora para pensarmos quando os embates e as atitudes cotidianas chegam rapidamente ao cidadão, dando-lhe oportunidade de julgar, com a particularidade de julgar, até em público, os que entre nós julgam. Não estão os ministros do chamado Magno Pretório sendo julgados, a cada hora e instante, nas ruas, nas barbearias, nos táxis, nos botequins, tanto quanto pelos jornais e demais meios de comunicação?
Evandro Lins e Silva, advogado famoso, inclusive ministro do Supremo e duas vezes ministro de Estado, falecido no fulgor quase centenário de vida, examinou, décadas passadas, a situação semelhante à de hoje, de conflito entre os poderes. Confessou-se, então, “contrário a alterações no sistema”, “ao controle externo do Poder Judiciário, à mudança do critério de escolha dos ministros, sujeitos à aprovação do Senado”.
Referiu-se que, no dia seguinte à absolvição de Collor pelo STF, jornal carioca, na primeira página, trazia foto do ex-presidente, fumando charuto, e outra de um ladrão de galinhas atrás das grades. Este o quadro a que se assiste todas as vezes em que políticos graúdos são absolvidos ou beneficiados pelo Judiciário. O cidadão pondera: só pobre vai para a cadeia...
É útil que a palavra de Lins e Silva seja lembrada: “pela Constituição, a supremacia do Supremo em relação aos poderes é indiscutível. É ele que julga a inconstitucionalidade das leis, portanto, julga o Legislativo: é ele que julga os atos e os crimes do Poder Executivo, portanto, julga os dois outros poderes. Evidentemente, ele deve ter o entendimento de que a sua independência não vai ao ponto de poder ferir o outro princípio, da harmonia dos poderes”.
Reconhecia Lins e Silva que a independência dos três poderes, em sua origem, foi um “sofisma, para evitar o confronto”. Mas com um detalhe fundamental: “é preciso que haja exatamente esta compreensão dos juízes da Corte, para evitar o confronto. É evidente que, quando uma lei fere a Constituição, não é questão de confronto de poderes, é questão do poder que a Constituição dá ao Supremo de decidir sobre a inconstitucionalidade da lei. Posso até admitir que o Supremo não tenha razão, mas a presunção é que ele defenda com todo vigor, com toda garra, a Constituição da República. É até o seu dever. Acho que, se ao Supremo incumbe julgar os atos dos outros poderes, ele fica com a inegável supremacia. Mas não pode e não deve criar conflitos desnecessários. Daí ser muito importante a escolha dos ministros”.
Eis a questão, como diria o nosso Shakespeare perene. O sistema que seguimos foi copiado do americano, “na presunção de que o presidente (da República) esteja cumprindo o seu dever de escolher um homem de notável saber e de ilibada reputação”. Depois é a vez do Senado, que poderá, ou não, acolher o nome indicado.

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Mensagem N°83568
De: Carlos C. Data: Segunda 24/9/2018 16:28:56
Cidade: Brasília DF

Pela sétima vez desde 1945, quando o Brasil deixou uma de suas frequentes ditaduras, um presidente do STF ocupa a Presidência da República.

Hoje, foi a vez de Tóffoli, que fez discurso mais de político do que de jurista. Temer, o vice que assumiu a presidência em mais juma crise, está na ONU, onde tradicionalmente um presidente do Brasil abre a assembleia geral de todos os anos.

Antes de Toffoli, ocuparam a presidência os ministros José Linhares, Moreira Alves, Octavio Gallotti, Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia. A frequência da interinidade nos últimos anos é típica de dias difíceis como vamos vivendo. Três pancadas na madeira.

Um detalhe: Octávio Gallotti ocupou interinamente a Presidência da República, por 4 dias, em 1994. Todos os demais 4 ministros do STF que vieram a ocupar a Presidência da República são do atual período.

Outro detalhe: não confundir Octávio Gallotti com Luiz Gallotti.

Este foi enviado a M. Claros para investigar o grave tiroteio que se verificou na Praça do Automóvel Clube quando ali desembarcou o vice-presidente da República, Melo Viana, em 6 de fevereiro de 1930.

Está na sua biografia:

"Nomeado Procurador da República, em 1929, representou o Governo Federal, em fevereiro de 1930, no inquérito que se processou em Montes Claros, Estado de Minas Gerais, para apurar o atentado ali sofrido pelo Dr. Fernando de Mello Vianna, então Vice-Presidente da República."

M. Claros frequentou as manchetes do Brasil por corridos 30 dias. O trem que trouxe o vice-presidente da República voltou de ré para Belo Horizonte, tamanho o estrupício que se registrou naquela noite.

Muito infelizmente, M. Claros voltou a frequentar as manchetes recentemente, com o episódio do esfaqueador de Bolsonaro, desta vez num 6 de setembro. Sempre 6.

Bater novamente na madeira. Três vezes.

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Mensagem N°83567
De: Jeronimo costa Data: Domingo 23/9/2018 16:11:59
Cidade: M.claros-mg

Chuva razoavel agora na regiao leste de moc altura bairro sto antonio. Com ventos seguindo em direcao sulp

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Mensagem N°83566
De: Marina Data: Domingo 23/9/2018 11:59:45
Cidade: M. Claros

A previsão da meteorologia, hoje, assustou. Montes Claros terá, de hoje, domingo, a sexta-feira, 5 dias de temperaturas máximas em torno de 35 graus, com temperaturas mínimas, noturnas, de 20. Mas, há uma boa notícia: 10mm de chuva no dia das eleições, 7 de outubro, com 10mm, de 80% de chances. Oxalá a meteorologia acerte na segunda parte, e erre na previsão do calor que nos aguarda. Ontem, a meteorologia havia cancelado, na sua previsão, qualquer chance de chuva, que hoje reaparece.

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Mensagem N°83565
De: José Ponciano Neto Data: Domingo 23/9/2018 11:54:41
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

MÉDIO RIO PACUÍ UM OÁSIS FLUVIAL QUE SALVA.

Ao contrário do que vem viralizando nas redes sociais; que o Sistema Pacui não é sustentável. Na verdade, se trata de uma insinuação das mais irresponsáveis que já circulou nas teias da internet. São noticias falsas (fake-news) oriundas de inabilitados, pessoas que jamais obteve conhecimento na área de Recursos Hídricos e muito menos acerca dos Rios Pacuí e São Francisco e tentam transmitir inverdades.

O Rio Pacui (hoje) conta com a vazão oscilando entre 520 a 550 litros por segundo no ponto de captação, oscilam conforme a utilização da água nas irrigações à montante da captação. Sua Q7,10 é de 516,0 L/seg.

Forma da sustentabilidade: Q 125,0 a 150,0 Litros p/segundo p/ Montes Claros e, sempre – atendendo condicionante de outorga – Q 400 Litros por segundo para a vazão ecológica para Jusante para atender os ribeirinhos abaixo. Em período de cheias da chuva poderá captar até 345 litros por segundo.

As medições das vazões são feitas quinzenalmente por um hidrometrista, elas são instantâneas por molinetes adequados e “on line” pela Estação Fluviométrica Eletrônica (Plataforma de Coleta de Dados – PCD) instalada na captação. A PCD contém suas especificações técnicas conforme exigidas pela NOAA (U.S. National Oceanic and Atmospheric Administration), instituição ligada ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que cedeu os satélites (GOES) para a transição dos dados em terra. É o mesmo sistema usado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Os estudos servirão para comprovar o suporte do Rio Pacui e a vazão pretendida pela concessionária sem trazer problema socioambiental. Ambos dados são enviados aos órgãos fiscalizadores como: IGAM – ANA e Supram.

Infelizmente como todos sabem, existem as máfias das notícias falsas que se intensificam perto da eleição, não levando em conta os conhecimentos técnicos das pessoas que realmente lidam e entendem dos sistemas Fluviométricos, Pluviométricos e seus regimes.

Se um dia o médio Pacuí e São Francisco secar; provavelmente cinco anos antes já não teremos energia elétrica em nossas casas. A descarga atmosférica – pouco ou muito – sempre vem! Este ano agrícola estamos esperando entorno 900 a 1000 milímetros. Deus é mais a frente dos pessimistas abutres da seca.


(*) José Ponciano Neto: Tec. Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Supervisor da Estação Climatológica da Barragem de Juramento e responsável pelo monitoramento hidráulico do Sistema de captação do Rio Pacuí.

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Mensagem N°83564
De: Marcílio Data: Domingo 23/9/2018 10:23:22
Cidade: M. Claros

Acompanho neste montesclaros.com o santo interesse em torno de um dos casarões mais significativos da história de M. Claros. Um dos poucos que ainda resiste, de pé. Pois bem. O casarão do coronel Celestino Soares da Cruz - (e hoje, lamentavelmente, se confunde "coronel" com figura de algum malfeitor, o que absolutamente não é) -, este casarão e o patriarca que o levantou tem mesmo muitos méritos. Telé, um dos nossos maiores seresteiros, de todos os tempos, intérprete da melodia O Bardo, chamava-se Celestino Soares da Cruz, pois seu descendente.

Outro detalhe: neste casarão, salvo engano muito grande, morou outro grande patriarca de M. Claros, e não "coronel" no sentido triste e pejorativo com que hoje alguns querem generalizar a memória de homens honrados do passado. Morou ali Daniel Costa, o homem que de bom coração entregou sua imensa fortuna para a Santa Casa de M. Claros. Todos aqueles imóveis ao lado do antigo mercado eram do casal que, sem filhos, doou tudo para a Santa Casa, garantindo a sua sobrevivência por décadas, e até o impulso de hoje.

Daniel Costa pretendia doar tudo para o nascente movimento espírita local, mas um seu compadre e maior amigo o aconselhou a doar para a Santa Casa, o que foi feito.

M. Claros precisa escavar mais a sua história, e preservar estes esteios que ligam o passado ao presente, não permitindo que nomes absolutamente dignos sejam arrastados pela grosseira generalização que se tornou moda em dias de grande ignorância, não no sentido de ofender, mas no entendimento de ignorar.

Ignoramos muito, muito, e isto faz com que muitos dos nossos melhores propósitos sejam truncados.

Mas, a luz prevalecerá. Sempre vence. Como nesta recordação, que é re-acordar. São os penosos recomeços, os tropeções - do Karma sânscrito para o Dharma sânscrito.

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Mensagem N°83563
De: Afonso Cláudio Data: Sábado 22/9/2018 21:08:38
Cidade: Montes Claros

Preservação do sobrado da Rua Justino Câmara, 93.

Sobre a mensagem 83.559, de 21/9/2018, de autoria do Sr. José Ponciano Neto, agradeço muito as preciosas considerações e informações da mesma, que celebram ainda mais a memória e o centenário da passagem do Coronel Celestino Soares da Cruz para a Eternidade.
Quanto ao sobrado da Rua Justino Câmara, 93, construído pelo Cel. Celestino em 1885, que precisa de restauração geral urgente, reitero reivindicações que fiz com o mesmo objetivo, nas mensagens 78.463, de 15/8/2014 e 82.915, de 28/11/2017.
Sabemos que há o empenho de alguns setores dos Poderes Públicos Estadual e Municipal, visando a restauração do referido sobrado, conforme a mídia local vem divulgando, porém, as dificuldades de preservação do patrimônio histórico são frequentes em muitas cidades, como, por exemplo, o Museu Histórico Nacional, fundado por D. João VI em 1818, situado na Quinta da Boa Vista, bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro, que incendiou na noite de 02/9/2018, devido a falhas de prevenção contra incêndios e manutenção preventiva em geral, de amplo conhecimento da nação.
E, por coincidência, na mensagem 83.562, de hoje, com o título "Risco em Cabangu", o jornalista e escritor Manoel Hygino, diz: "...agora tomo conhecimento de que a casa em que nasceu Santos Dumont, na Fazenda Cabangu, naquela cidade da Zona da Mata, transformada em museu, está ameaçada de fechamento por falta de recursos municipais para sua manutenção, embora de valor inexpressivo." E, no último parágrafo: "Em Belo Horizonte, sede do governo do Estado em que nasceu Santos Dumont, tem-se preservado o nome do privilegiado autor de muitos inventos, o maior dos quais da aviação. Vê-se que, havendo interesse, pode-se defender o patrimônio maior de uma nação. O problema da fazenda Cabangu precisa ser equacionado. É o que se espera e em que se confia. O tempo se encarregará de prová-lo."
Aqui também, em Montes Claros, confiamos que as autoridades competentes equacionarão e resolverão, com a urgência que se faz necessária, quanto à preservação do sobrado da Rua Justino Câmara, 93, evitando-se, em tempo hábil, alguma situação mais grave do que já é. A preservação do patrimônio histórico é característica de evolução social e cultural. Povo sem história, sem memória, não tem identidade cultural. Montes Claros tem poucos imóveis históricos para serem preservados e os que existem não podem ficar expostos aos riscos de destruição, sem a necessária manutenção e restauração, porque senão perderemos o pouco que nos resta da memória e da história da cidade.

Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro

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Mensagem N°83562
De: Manoel Hygino Data: Sábado 22/9/2018 07:42:56
Cidade: Belo Horizonte

Risco em Cabangu

Manoel Hygino

Embora vândalos existam e danifiquem bens públicos valiosos, Belo Horizonte tem sabido render homenagem àqueles que honram a nação, o Estado, a cidade. É o caso, por exemplo, de Santos Dumont, o pai da aviação, cuja paternidade de invenção os norte-americanos querem atribuir aos lá nascidos. Se fosse filho ruim, os ianques diriam que era coisa ou produto da América Latina.
Quando elaborou o seu “Toponímia de Minas Gerais”, Joaquim Ribeiro Costa fez constar: “Santos Dumont: topônimo em homenagem ao genial brasileiro, nascido no município que tomou o seu nome; foi o criador da navegação aérea. Antigo distrito de São Miguel e Almas do João Gomes... Nome atual por decreto-lei nº 10.447, de 31 de julho de 1932”.
Uma das vias públicas mais importantes da capital desde seus primórdios é a avenida do Comércio, cuja denominação se referia à atividade que ali predominava. Mesmo assim, transformou-se na Santos Dumont.
Depois, na gestão de Celso Mello de Azevedo como prefeito da capital, decidiu ele implantar uma praça junto ao Aeroporto da Pampulha, a que deu o nome de Bagatelle, evocando o consagrado voo do brasileiro, em Paris, em veículo mais pesado do que o ar. Quem hoje sabe identificar aqui o local? Peça-se ao taxista para ser levado ao logradouro mencionado para conferir se ele conhece...
Pois agora tomo conhecimento de que a casa em que nasceu Santos Dumont, na Fazenda Cabangu, naquela cidade da Zona da Mata, transformada em museu, está ameaçada de fechamento por falta de recursos municipais para sua manutenção, embora de valor inexpressivo. É algo que dói, impelindo-me ao passado, a 1932, quando o inventor se matou no hotel La Plage, em Santos, sendo delegado de polícia o advogado e escritor Raimundo de Menezes.
A notícia inicial era de que falecera de morte natural. A versão definitiva, entretanto, era outra. Ele sofria de violentas crises nervosas e de um mal incurável, só revelado anos depois pelo seu médico particular Bevan Jones, em Londres.
Ele padecia de esclerose múltipla, a mesma doença que levara também sua mãe ao desespero e suicídio. Não era invenção. O fato consta do livro “Santos Dumont, o retrato de uma obsessão”, do tenente-brigadeiro Peter Wykehan, da Real Força Aérea da Inglaterra, editado em Londres em 1962.
Se vivesse até hoje, o tristonho e genial brasileiro, esmirrado, balançaria com força no corpo dependurado em um cordão de roupão, na claraboia do apartamento do hotel de Santos. “Magríssimo, era um feixe de ossos, informou o delegado Raimundo Menezes”. Acrescentou: “não houve inquérito policial. Tratava-se de uma glória nacional”.
Em Belo Horizonte, sede do governo do Estado em que nasceu Santos Dumont, tem-se preservado o nome do privilegiado autor de muitos inventos, o maior dos quais da aviação. Vê-se que, havendo interesse, pode-se defender o patrimônio maior de uma nação. O problema da fazenda Cabangu precisa ser equacionado. É o que se espera e em que se confia. O tempo se encarregará de prová-lo.

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