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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 14 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°83482
De: Petrônio Braz Data: Sexta 17/8/2018 16:56:32
Cidade: Montes Claros/MG

Os olhos tristes de Ulisses

As ideias são o fio condutor do pensamento e das ações do ser humano. São como o fio de Ariadne no Labirinto: elas governam o mundo. Elas nascem simples e mesquinhas como um pequeno riacho ou uma insignificante enxurrada nos dias de chuva, mas vão crescendo, incorporam-se a outros cursos d’água, criam volume e terminam por formar o oceano.
Lipa Xavier é um homem de ideologia formada, consciente. As ideais em sua mente são, em sua essência, um caudaloso rio que irriga as férteis manifestações dos sistemas dogmaticamente organizados por Karl Marx, Engels e Proudhon. É sociólogo, como não podia deixar de ser, graduado pela UNIMONTES. Foi Secretário-adjunto de Cultura do Município de Montes Claros.
O Brejo das Almas é berço de literatos. Eu diria que a nata cultural de Montes Claros teve origem no Brejo. Lipa Xavier é mais um brejeiro-montes-clarense, que nos brindou com um livro que me surpreendeu positivamente.
Conhecia, e sempre admirei, o político Lipa Xavier, mas desconhecia o literato, que muitas vezes se manifestava nos seus pronunciamentos públicos, nas entrevistas. Mas, Lipa Xavier havia já vencido concursos literários no contexto universitário.
A escritora, educadora e consultora editorial Maria Luiza Silveira Teles, autora do Prefácio da editio princeps da obra de Lipa Xavier, atesta que ele como estreante “tem a tarimba de um antigo profissional das letras”. Considera ela “o conto o gênero mais difícil da literatura. É preciso ser mestre de muita inspiração e habilidade para lidar com ele. No entanto, o autor, sertanejo de ‘savoir-faire’, nos encanta com histórias curtas que falam das coisas e da gente do sertão”.
Quem é sertanejo sabe que o Sertão, como bem definiu Guimarães Rosa, é do tamanho do mundo; o sertão não tem fronteiras. Quem escreve sobre o Sertão, redige para o mundo.
Integram o livro, com estilo próprio, contos que individualmente já qualificam o autor. “O sublime princípio da loucura (ou o pispiar da lucidez)”, “Servano”, “Rosa das almas”, “Os olhos tristes de Ulisses” (que dá nome à obra), “Serenas chuvas nos Gerais”, “Anos, saudades e alumbramentos” e “Um sopro que me ventou aos ouvidos”.
Lipa Xavier abre o seu livro revelando-se, em comparação com Valodia Teitelboin, do país de Neruda, ser bígamo. Mas, depois de ler, verifico que ele é polígamo. Ele efetivamente ama a política, amante traiçoeira; revelou amar a literatura, companheira de espírito irrequieto; ama a si mesmo, amor indispensável à autoafirmação; ama a natureza, amor universal; ama a vida.

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Mensagem N°83481
De: José Ponciano Neto Data: Sexta 17/8/2018 10:40:55
Cidade: Montes Claros-MG

Manoel Hygino. Agradeço-te por ter sido mais uma vez citado no artigo “ Vaticinando o futuro” . Obrigado Mestre! Vou seguir caminhando em direção do bem comum. Muito obrigado!

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Mensagem N°83480
De: Manoel Hygino Data: Sábado 18/8/2018 07:24:03
Cidade: Belo Horizonte

A vez de Cícero Ferreira

Manoel Hygino

Belo Horizonte, capital, surgiu em meio a muitas dúvidas e resistência das pessoas que continuavam achando que se deveria manter a sede do governo mineiro em Ouro Preto. A situação da saúde, naqueles primórdios, na área da futura metrópole, era extremamente precária. Alfredo Camarate, a favor da transferência, publicou no “Minas Gerais” em 5 de abril de 1894: “o tipo geral deste povo é doentio. Magros, amarelos, pouco desempenados na maioria, havendo uma grande proporção de defeituosos, aleijados e raquíticos”.
Em 1890, os habitantes da povoação eram 600 almas, como se dizia então. Doentes não faltavam, médicos não havia. No lugarejo e demais localidades, usavam-se os práticos, os entendidos, e, em última hipótese, farmacêuticos – e olhe lá.
Não era pouco. Iniciada a construção da nova capital, o engenheiro-chefe anotou: “a aglomeração de semelhante população, que não prima pelo amor à higiene, o acúmulo de detritos orgânicos e resíduos de toda a ordem, o solo largamente revolvido” constituíam ameaças à saúde.
Eis convidado para trabalhar na Comissão Construtora um jovem nascido em Bom Sucesso, que se formara brilhantemente pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1885, ex-colega do cientista Miguel Couto. Quando houve uma reestruturação nos serviços da Comissão, Cícero Ferreira foi admitido como médico, o primeiro da nova cidade, já que os existentes residiam em Sabará, a cuja Santa Casa serviam.
Esse médico foi baluarte naquele momento histórico, abrindo caminho aos que vieram depois e que tanto fizeram pela saúde e vida da população e pela construção da estrutura médico-assistencial, indispensável ao desenvolvimento metropolitano.
Cícero Ferreira foi responsável por debelar uma epidemia de varíola nas velhas cafuas, no princípio do século XX, de construção de um lazareto, lá pelos lados do Calafate, participando decisivamente da fundação da Santa Casa e da Escola de Medicina da Universidade de Minas Gerais.
Inaugurada a nova capital dos mineiros, em 12 de dezembro de 1897, a Comissão Construtora se manifestou: “em boa hora tinha sido entregue ao senhor dr. Cícero Ferreira o cuidado de velar pela saúde pública, e é inquestionável a eficácia dos ativos e zelosos esforços por ele empregados”.
Prematuramente falecido, foi homenageado com seu busto nos jardins da Faculdade de Medicina, na avenida Alfredo Balena, ex-Mantiqueira. Nele, está inscrito: “foi bom, foi sábio, foi justo, foi realizador; não morrerá de todo”.
Para o historiador da medicina na capital, Pedro Sales, Cícero Ferreira era uma dessas personalidades raras, reunindo em si várias qualidades. Mostrou-se homem de pensamento e de ação, idealizador e realizador sempre estudioso. Em idade madura aprendeu o alemão, visando descobrir outros campos da medicina, atendendo também pacientes que vinham de longe para consultá-lo.
Tanto é verdade que será homenageado em 20 de agosto, às 19h, com o lançamento do livro, em três volumes, de autoria do escritor Mário Lara, com o título “Cícero Ferreira – Um apóstolo da medicina”.

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Mensagem N°83479
De: Isaías Data: Sexta 17/8/2018 16:42:03
Cidade: M. Claros

"Sex 17/08/18 - 8h - Choveu agora, na manhã do Reinado de São Benedito, em M. Claros. Tempo segue “fechado”, e previsão é de 5mm, “a qualquer hora”


De fato. Nos últimos 23 anos, hoje foi o segundo dia em que choveu durante as Festas de Agosto.

Os catopês, marujos e caboclinhos que sustentam a festa, como fazem nos últimos quase 200 anos, cantando e dançando desviaram-se de poças de água em alguns pontos do asfalto, na manhã serena e esplendidamente temperada.

São Benedito, do céu, protegeu. Nossa Senhora do Rosário, ontem festejada, amparou. E o Divino Espírito Santo, cuja data amanhã comemoraremos, exultou.

É um mistério o que os catopês, marujos e caboclinhos conseguem operar nas ruas.

Vi pessoas carrancudas, inicialmente irritadas com o bloqueio do trânsito, transformarem o cenho num sorriso iluminado. E irem às lágrimas.

A festa revigora-se. Mudou o calendário local. Por décadas, os montes-cearenses ausentes vinham para a Exposição Agropecuária, no começo de julho. Agora, não mais.

A festa que puxa os ausentes/presentes, e os faz chorar abertamente pelas ruas, é a Festa de Agosto, provavelmente mais velha do que o próprio município, que em 2032 completará 200 anos de cidade autônoma.

O ritmo forte dos catopês, no seu trajeto insubstituível até a Igreja do Rosário, desperta nas almas uma emoção intergeracional, capaz de comover pessoas de todas as idades.

Nascida como festa religiosa escrava, transformou-se em rotunda manifestação cultural, forte, fecunda.

M. Claros imemorial ali se apresenta, se explica, canta, chora e exulta.

E ministra exemplos, predica o bem.

Tento explicar. Quem esticou os olhos viu. São pedreiros, ajudantes de pedreiros, mecânicos, muitos carroceiros, pintores, por vezes desocupados, gente simples. E os adventícios, seduzidos pelo que não acha explicação, pois explicado está.

Fazem o que fazem porque viram os pais fazerem. Viram os avós fazerem. E, também, os bisavós, os avoengos todos.

E, agora, ensinam aos filhos e netos.

De alguma forma, a festa chora e celebra a impermanência, a volatilidade, para render-se a ela, conformar-se. E, assim, conservar, reter, o dançante que vai.

Alguns dos últimos mestres históricos despediram-se recentemente.

Primeiro, Senhor Catopê, carpinteiro.

Depois, o genial pedreiro Joaquim Poló, dos caboclinhos.

Em seguida, o humílimo Expedito, mestre do Terno de S. Benedito.

Neste janeiro, deixou-nos mestre João Faria, irmão de Tonão, irmandade que é cara, e é a cara dos catopês nos últimos 60 anos, ao lado de Zanza, o mais longevo dançante.

Pois bem. Quem esticou os olhos viu, ontem e hoje. E talvez amanhã, no meio do silêncio e do mistério. Um rapaz de 18 anos, sem qualquer aviso externo, incorporou-se no lugar do avô, ocupou seu lugar.

Hoje, no Reinado de S. Benedito, a transmigração foi mais visível.

O Segundo Terno de Nossa Senhora do Rosário veio com um estandarte, e nele a foto de João Farias, gigante de mãos imensas, sorriso largo, um dos carroceiros mais conhecidos de M. Claros.

No trajeto até o Rosário, várias vezes, sem avisos, sem presságios, o grupo rodopiou em torno de si, acentuou o ritmo, elevou a cantoria, e inclinou-se.

Inclinou-se diante da evocação do mestre carroceiro morto, todos voltando-se para o estandarte. Coisa de filme.

Na porta da Igrejinha do Rosário, quando o cortejo chegou a termo, o grupo repetiu o cerimonial. Espontâneo.

Um fez, os outros seguiram. Tornaram a rodar em torno do estandarte. Aceleraram os tambores. Mais alto, mais forte.

E cantaram, cantaram, como se o mestre ali voltasse. Como ali esteve, no agosto passado.

Tonão, o irmão mais velho do que os 74 anos de João, e que ontem não apareceu, decerto viu tudo, abrigado no banco da igreja, onde a idade o fez refugiar-se, e onde se protegeu da emoção.

Lá fora, no rufar incomum dos tambores, era o irmão que se incorporava no neto, 50 anos mais novo. Ungido como sucessor na tarefa de conduzir os louvores aos santos da devoção.

A isto se chama tradição. Autêntica. Legítima. Ainda que tenham nenhuma consciência disso.

Assim, seguem os Catopês, Marujos e Caboclinhos.

Afinal, reconhecidos, e aplaudidos pela população, como o cerne de nossa ancestralidade.

Se perguntarem porque fazem isto, repetidamente dirão que não sabem explicar. Mas, sabem fazer.

Se deixarem, farão sempre mais, por gosto, por obrigação, por dever e instinto, por centenas de anos mais, à frente.

Mas, é preciso lembrar: há mais de 50 anos, foi Dr. Hermes de Paula quem os tomou pela mão, e como um pai impediu que caíssem, e minguassem pelo caminho.

E isto, talvez isto, quem sabe isto, explique as lágrimas do caminho. Cada ano, mais.

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Mensagem N°83478
De: Estado de Minas Data: Sexta 17/8/2018 10:48:05
Cidade: Belo Horizonte/MG

Festas de Agosto reúnem reúnem milhares de pessoas em Montes Claros - Luiz Ribeiro - Com quase 200 anos de existência, festas de agosto vão até domingo e estão recheadas de cultura, religião e história; participação das mulheres também se amplia.
Alegria, devoção, beleza e animação. Esses elementos, nascidos na fé e na cultura popular, invadiram as ruas e praças do Centro de Montes Claros, na Região Norte de Minas, nesta semana, com a realização das centenárias festas de agosto. As celebrações constituem uma das mais antigas manifestações folclóricas do povo mineiro e vão até domingo, com encontros religiosos e programação artística – Festival Folclórico e Encontro de Tambores –, atraindo milhares de pessoas.
As festas de agosto têm como protagonistas os grupos de catopês, marujos e caboclinhos, que representam a formação do povo brasileiro (portugueses, negros e índios). Eles são moradores simples da cidade, que, nesse período, comandam o acontecimento e impressionam os visitantes por conta dos seus ritmos, roupas e fitas coloridas, além de muita devoção aos santos padroeiros (Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Divino Espírito Santo).
A devoção vem de quase dois séculos. Em 2018, a manifestação popular completa 179 anos, segundo a Secretaria Municipal de Cultura de Montes Claros, responsável pela organização do evento, viabilizado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
Nesta quinta-feira, centenas de pessoas foram às ruas da cidade norte-mineira para acompanhar o Reinado de Nossa Senhora do Rosário (domínio das cores azul e branco). Mantendo a tradição, o desfile saiu da Praça Doutor João Alves, em frente ao Automóvel Clube, e seguiu em direção à Igrejinha do Rosário (Praça Portugal/Avenida Coronel Prates).
Na manhã desta sexta-feira, acontecerá o Reinado de São Benedito (cor rosa). Na manhã de sábado, novamente centenas de moradores e visitantes vão às ruas para assistir ao desfile do Império do Divino Espírito Santo (cor vermelha). O evento será finalizado na tarde domingo, quando haverá desfile dos três cortejos – Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Divino Espírito Santo.
O secretário municipal de Cultura de Montes Claros, João Rodrigues, afirma que houve um crescimento da parte artística e cultural das festas de agosto, valorizando tradições populares, como os grupos de tambores. As apresentações da noite acontecem na Praça da Matriz, local original das primeiras festas religiosas da cidade, há mais de 170 anos.“Temos que levar em conta que o essencial das Festas de Agostos é a participação dos seus protagonistas, os catopês, marujos e caboclinhos”, enfatizou João Rodrigues.
Os seis grupos de dançantes somam em torno de 360 pessoas – 60 em cada um. Em janeiro passado, morreu, aos 74 anos, o mestre João Farias, que comandava o segundo Terno de Catopê de Nossa Senhora do Rosário. Mantendo a tradição, mestre João Farias foi substituído pelo neto, Yuri Farias, de 18 anos. Na sexta-feira, acontece o Reinado de São Benedito

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Mensagem N°83477
De: Manoel Hygino Data: Quinta 16/8/2018 07:22:29
Cidade: Belo Horizonte

Vaticinando o futuro

Manoel Hygino

Enfim, uma ingente e urgente missão a cumprir, pois a fiscalização da sociedade é hoje muito mais forte do que antes. Os meios de comunicação social ajudam os cidadãos a formar opinião e a opor-se ao que lhes parece prejudicial ao país.
É hora de se despertar para a realidade e o interesse maior, que é o da nação.
Nova estação do ano começa no mês que vem. O inverno tem o adjetivo vário usual na Folhinha Mariana. Já se teme o que virá neste segundo semestre, pois o primeiro não foi benévolo para extensas regiões do país.
Há culpados: não aprendemos a reger nossos próprios destinos e o resultado se repete periodicamente, com temporadas de escassas chuvas e suas consequências funestas, assim como de tempestade com inesperados e destruidores efeitos. Pecam os gestores da administração pública, mas também setores do empresariado, enfim todos os segmentos da sociedade de um modo geral.
O homem do sertão, antes de tudo um forte, na acepção de Euclides da Cunha, sofre ainda hoje os males dos quais já poderia ter-se libertado, fosse outra a condução do problema das secas. Este não deveria ser encarado apenas por escritores e técnicos de governo. Trata-se de desafio que vem de longe e se alongará, no curso da história futura, se não se levar em conta, com consciência e objetividade, o desenrolar dos fatos.
No caso mineiro, tem especial preponderância o rio São Francisco, cantado em prosa e verso, mas praticamente só lembrado em conferências e épocas eleitorais, como a atual. A propósito, em junho, em Januária, cumpriu-se a campanha “Eu viro carranca para defender o Velho Chico”, afirmativa muito apropriada ao tema.
José Ponciano Neto, que labora na área do meio ambiente há 42 anos, membro da Câmara Consultiva Regional do Alto São Francisco, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, esclarece que o objetivo foi conscientizar a população sobre a preservação, chamar a atenção para os graves problemas enfrentados pelo rio e sua bacia, e para a sua muito propalada, necessária e urgente revitalização.
O próprio técnico é peremptório: “transformar os órgãos fiscalizadores em fábricas de multas não é revitalizar uma bacia hidrográfica, não é defender o meio ambiente”.
Reestruturar estes como? Aperfeiçoar a metodologia operacional com novas técnicas, aumentar o número de fiscais, armas, veículos e a organizar-se física e administrativamente, criar projetos e programas de educação ambiental com instrutores dos órgãos oficiais. Por fim: melhorar toda a logística.
A reestruturação dos órgãos é essencial para os governos federal e estadual se tornarem proativos e não ficarem apagando fogo com multas. Depois de esses órgãos fiscalizadores estruturados, ver-se-á que somente as rubricas serão suficientes para manter os rios revitalizados.
Enfim, uma ingente e urgente missão a cumprir, pois a fiscalização da sociedade é hoje muito mais forte do que antes. Os meios de comunicação social ajudam os cidadãos a formar opinião e a opor-se ao que lhes parece prejudicial ao país. É hora de se despertar para a realidade e o interesse maior, que é o da nação. Sem falar nas populações ribeirinhas, crescentemente ameaçadas.

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Mensagem N°83476
De: Manoel Hygino Data: Quarta 15/8/2018 13:08:52
Cidade: Belo Horizonte

Sobre a hora política

Manoel Hygino

Chega-se quase à primavera com os mesmos sentimentos e pensamentos. Não melhoramos, vivemos em uma espécie de desalento, que constitui forma de manifestação da falta de esperança, esquecida no meio dos caminhos brasileiros. Confesso que é muito triste.
Em artigo para o jornal da ANE, Clóvis Rossi perguntava, em julho: “agora que ninguém está olhando, confesse: você também não está se sentindo perdido, esperando alguém?”. Há mais: “o brasileiro perdeu a guerra para si mesmo (...). Ele foi incapaz de organizar e fazer funcionar bem o seu aparelho de Estado e a sua economia”, escreveu Flávio R. Kothe, professor da Universidade de Brasília e presidente da Academia de Letras do Brasil.
Passa ao lado de Antônio Calado, que observou: “quando chega a hora dessas coisas mudarem, as coisas não mudam. Não conseguimos formular metas e estratégias”.
Vera Lúcia de Oliveira, psicóloga e escritora, residente em Brasília, observa a situação, ao comentar o romance “Entre Facas”, de João Almino, cujo mundo “vai da lamparina à internet, das ruas sem saneamento básico ao Facebook; do Brasil das carroças nas ruas aos aviões cortando o país de Norte a Sul; do país que entrou para a modernidade sem vencer o atraso, da modernidade vertical, imposta de cima para baixo, em que o avanço dos meios de comunicação não eliminou o analfabetismo, a miséria espalhada como erva daninha por todas as cidades, grandes e pequenas. Um Brasil desordenado, violento, produto da desigualdade que só faz aumentar. Um desastre, como diz o narrador. Um país mudo, que só fala por mensagem de WhatsApp”.
Os mais de duzentos milhões de habitantes deste país não se sentem tão satisfeitos como antigamente, com o que ocorre conosco agora e aqui. Basta conferir os meios de comunicação social as expressões de indignação e protestos em todos os quadrantes do país.
A questão de direitos ficou para trás. Tanto é verdade que pesquisa de agosto fluente mostrou que seis em cada dez brasileiros acham que “os direitos humanos apenas beneficiam pessoas que não os merecem, como criminosos e terroristas”. É o que consta de resultado do Instituto Ipsos, noticiado pela BBC de Londres, o mais alto percentual em 28 países auscultados.
Conceituado professor de direito anotou: “o Judiciário não julga. Por mais esforçados que sejam os juízes, encontram pela frente um procedimento arcaico, cheio de instâncias e recursos inúteis, enchendo estantes e computadores de matérias inúteis e consumindo milhares de reais. E a solução? Não há nem é previsível. Todos os planos sociais acabam no nada ou em desordem”.
Para não perder a oportunidade, lembro um sacerdote católico com 20 anos de ministério, graduado em filosofia e teologia. O padre Djacy Brasileiro observa que, nestas eleições, a gente viu poucos cristãos tentando fazer trabalho de conscientização, tentando libertar o povão da alienação política.
“Uma fé alienante, reacionária, só contribui com as estruturas sócio-político-econômicas, iníquas, desumanas, antiéticas, geradoras de tantas injustiças, exclusões e morte. Para os que fazem da religião cristã instrumento de alienação, valem estas palavras proféticas de Jesus, o libertador. “Nem tudo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus” (Mateus 7:21-23).

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Mensagem N°83475
De: Saraiva Data: Terça 14/8/2018 12:00:53
Cidade: Montes Claros-MG

O que está acontecendo com a água da Copasa? está chegando nas torneiras com aspecto de suja(turbidez anormal).

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Mensagem N°83474
De: Flávio Pinto Data: Terça 14/8/2018 15:15:42
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Rey e mais um caso de Zeca do Correio

Flavio Pinto

Mais uma vez – com prazer - registramos essa estória clássica que o amigo e escritor Reynaldo Veloso Souto contou no seu aclamado livro. mSobre um outro causo especial de Zeca do Correio, nosso saudoso amigo e querido personagem, filósofo, boêmio e carteiro nas horas vagas...
São fatos beirando os limites do imaginário, acontecidos no bar de Zim Bolão (lembrança) e guardados para sempre na memória de quem participou. Antes da publicação do seu ” Histórias do Rey “ já a repetira diversas vezes (a pedidos) e se divertiu juntamente com os ouvintes – ou mais - durante anos. As novas gerações também poderão buscar naquela Montes Claros antiga a confirmação de fatos inenarráveis para poderem –por instantes – tentardeixar de lado o atual/imprescindível aparelho celular e papear um pouquinho. Só um tempo longe das conversas sérias e das mil e uma informações da internet não faz mal a ninguém, nem aos mais velhos
almejando outras justas prosopopeias. É saudável, podes crer! Pelo menos acreditamos que seja...
“Num elogiado filme, Buck Jones, dos mais famosos do cinema mudo e falado, ídolo principal do faroeste, cultuado num lugar situado a 8.000 quilômetros de distância como se fosse um herói nacional , montado no imponente Silver, que depois inspirou o mesmo nome a outro
cavalo branco do seriado Zorro e Tonto ( “Lone Ranger” ) desce na porta do bar, com a roupa impecável , sem uma mancha de poeira.
Na mesa dos fundos, no canto , toda a sorte de renegados; índios ferozes armados e vestindo maltrapilhos uniformes militares; bigodudos facínoras mexicanos ostentando no peito bandoleiras cruzadas - repletas de balas calibre 45 – jogavam disputado jogo de cartas, ao mesmo tempo em que o nosso herói se acercava do balcão. Pôquer fechado, o que aumentava mais a expectativa.
Um mal-encarado barman- camisa de manga comprida, listada, liga demeia feminina no braço esquerdo - se apressa, com uma garrafa de uísque sem rótulo e lhe oferece a garrafa curraleira mais vagabunda da casa – ostensivamente - numa atitude implicante e hostil. Na outra
mão, um pequeno copo para doses. A polida resposta do mocinho veio na hora.
-Obrigado, gostaria de um copo de leite, por favor!
Buck Jones foi incisivo, nas palavras dirigidas ao afoito empregado. Este, como era de se esperar, prontamente retaliou (demonstrando óbvio desrespeito), num significativo olhar de desdém à mesa dos facínoras, dando-lhes força para aumentar os apupos. Não se precisou de mais nada
para, em seguida, Zeca se levantar, olhar para a tela todo circunspecto e calmamente sentenciar, em alto e bom som - com rara sutileza - fazendo os espectadores se emocionarem e caírem rapidamente na gargalhada.
- Cês mesmo caça!
Daí um minuto, após ingerir vagarosamente o copo de leite servido como indisfarçável mau humor do irado barman, Buck Jones sacou os dois revólveres presos à cintura pelo lindo cinturão de couro - trabalhado e costurado com fios de prata do México - despejando toda a fúria das inesgotáveis balas naqueles mal-encarados fora-da-lei. Um a um, a turma do mal foi caindo na presteza de seus tiros, em cena acompanhada de muita fumaça (gelo seco) e borrifos de café preto simulando sangue nas paredes, cena enriquecida freneticamente pelos apupos entusiasmados da plateia, à essa altura sem se conter nos bancos de madeira.
A bombástica e drástica passagem foi acentuada pela última intervenção de Zeca do Correio naquela noite, minutos após. Novamente levantou-se, após a fumaça da pólvora se esvair , solenemente meneando a cabeça como se reprovasse aquela infrutífera mortandade dos bandidos ,
desligados otários que pareciam não ter ouvido sua primeira intervenção de alerta , Zeca apenas arrematou :
-Num falei!
Neste grande final, então, a plateia veio abaixo.
Em diferente época, chamou a atenção de nada menos que a estrela Elizabeth Taylor, num filme colorido feito em pleno inverno de Chicago onde ela adentra abruptamente – embriagada e com raiva - a casa da possível rival, à procura do marido. No filme aconteceu que ela chega
à porta, segura a fechadura e se lembra que esquecera o casaco de peles no carro. Penitenciando-se, com a mão direita dá um leve tapa na testa à guisa de lembrança. Foi a deixa. Antes um segundo, Zeca novamente levantou-se e preveniu-a.
-Beth, esqueceu o casaco. Está frio demais aí.
Quando ela acabou de usar a mão no gesto, agora sincronizado com o aviso, voltou ao carro e pegou o casaco, atendendo Zeca com presteza , como se ele estivesse ali bem pertinho dela. Lógico que essa malandragem também acontecia em outras cidades, sempre vinda de um gozador local, que via, antes de todos, repetidas vezes, o mesmo filme, o que não tira o mérito de termos uma estória própria e a contarmos do nosso jeito. Cada um faz sua parte, como quer e sabe. É o
direito legal ou ilegal de qualquer um. Abusem da imaginação e sejam
felizes, amém.
No gênero que se tornou um dos assuntos preferidos daquele lugar, juntinho à porta do cinema, boêmios célebres e entendidos de arte davam seu recado e cada um inflamava-se mais do que o outro, dependendo da taxa etílica do dia e a excelência dos atores e diretores abordados. Tudo valia, ali. No normal dia a dia, prestes a ficar anormal como sempre. Discursos em cima de caixotes de maçã, agente funerário misturando política com assombrações, picaretas, políticos novos em ascensão, ou velhos e brilhantes mestres da oratória em aposentadorias não aceitas; carimbados chefes de mandiocais de pouca ou muita projeção (estes só em tempo de eleições).
Figuras carismáticas que a gente, desde priscas eras, adolescente ou ainda menino de calça curta - podem escolher - ficava melhor calado, espiando, apreciando e aprendendo...
Dava-se um diferente palpite - vindo de quem viesse - e era mais um assunto polêmico merecedor de longos embates. De um jeito especial, pregava-se ali uma livre democracia.
Hoje, nessa entrada de mais uma bendita festa de Catopês, quem sabe achar qualquer caminho seguro, ao se permitir focar numa simples beleza que ora se inicia, em plena bruma de incertezas? Registre-se a aqui a sequência em vídeo sobre a cidade e o povo de (in memoriam) Maria das Dores Guimarães, que a cada dia acrescenta novas e incríveis fotos antigas ( deve-se realçar a linda e recente postagem sobre Zim Bolão, nosso saudoso técnico de basquete, posteriormente dono de bar e restaurante); acrescido do conhecimento de Virgínia Abreu de Paula (poesia pura) experta no assunto ; do grande músico de raiz Tino Gomes apresentando outros enfoques da origem africana; nas belíssimas fotos do Jornalista Paulo Narciso que nos lembra antigos e marcantes personagens, participantes; do Banzé e sua criadora, Zezé Collares, pelas danças folclóricas ora perpetuadas pelo neto Gustavo, em excelente e inovador trabalho ; ao Dr. Hermes de Paula, autor de uma obra-prima, referencial livro histórico; da visão progressista e clara do meu amigo e pintor João Rodrigues, atual Secretário da Cultura.
E a ajuda anônima de uma multidão de catrumanos de fé.
A festa continua...Graças a Deus!
Parabéns

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Mensagem N°83473
De: José Luiz Data: Segunda 13/8/2018 21:04:00
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

(...) Apesar de reclamação antiga, o mau cheiro continua a incomodar os moradores do Edgar Pereira, Renascença e Alice Maia. Antes era de vez em quando, agora é diariamente esse mau cheiro horrível e com certeza prejudicial à saúde. Há informações ser esse problema da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto). Até quando teremos que conviver com esse incômodo?

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Mensagem N°83472
De: José Ponciano Neto Data: Terça 14/8/2018 00:36:30
Cidade: Montes Claros - MG

Faleceu hoje 13/08/2018 às 22:00hs, a senhora Elisângela Mesquita, esposa do Herivelto Luiz - Vice prefeito de Glaucilândia-MG. Esposa batalhadora; companheira e mãe; carregava na sua simples essência, a luz da vida familiar. Foi vitima de um sintoma oncológico; lutou muito através do tratamento quimioterápico. Porém, este sintoma; DEUS achou por bem seccioná-lo entre o sofrimento e a vida. A família enlutada, o respeito e os pêsames apropriados. “Tenham fé e força”!!

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Mensagem N°83471
De: Manoel Hygino Data: Segunda 13/8/2018 11:29:45
Cidade: Belo Horizonte/MG

Ler e aprender

Manoel Hygino

Embora o assunto predominante hoje no Brasil seja a eleição de outubro, com todos os reparos que os cidadãos fazem aos candidatos à presidência da República, há outros temas, alguns de importância, a serem focalizados.
É o caso, assim, da inauguração de uma biblioteca num país que pouco lê. Trata-se da Biblioteca Maria das Mercês Paixão Guedes, implantada na maior cidade de norte de Minas pela Academia Feminina de Letras de Montes Claros, presidida por Felicidade Patrocínio, recentemente empossada.
Consoante a Castro Alves, que orientava dar-se livros à mancheias, obrigando o povo a pensar, está-se ampliando a atividade do sodalício em área fundamental à formação do cidadão. Uma das quatro cidades mais populosas do Estado, grande centro econômico, Montes Claros cultiva as Letras, a atividade cultural, literária e artística, que constitui verdadeiro patrimônio. Lembraria, à guisa de registro, que MOC foi, em determinada época, o único município do país com dois representantes na Academia Brasileira de Letras: Cyro do Anjos e Darcy Ribeiro.
Anteriormente, a presidente já adotara medidas no âmbito do mesmo programa, em seu Ateliê. Criara o projeto Escambo de Livros, com reuniões anuais para oferecer à comunidade publicações e palestras no gênero. Depois, instalou-se o projeto Livro Livre, com a disponibilização de livros para a população, todos os dias, numa estante em passeio junto ao estabelecimento. Estava inscrito: “Livro Livre. Leve livros para ler. Deixe livros para outros lerem”.
Foram dois anos do experimento. Todos os dias, param ali carrões, carrinhos, carroças, motos, dos quais desce gente de vária formação, estudantes especialmente, em busca do volume que lhe interesse. Graças a isso muito especialmente, descobriu-se que era muito mais expressiva do que suposto a produção no município e região.
O que se inseriu na Biblioteca já soma mais de mil volumes, à disposição de cerca de quatrocentos mil habitantes da cidade. Deste modo, procura-se contribuir para estreitar os laços entre a heterogênea comunidade montes-clarense, a que se incorporaram brasileiros de várias regiões, com ênfase do Nordeste do país. Graças a isso, confia-se na aproximação de irmãos de múltiplas origens e na difusão de nossa cultura e literatura, pilares importantes da história de Minas Gerais.
A inauguração oficial, neste dia 14, constitui um fato digno de nota, por demonstrar que os bens do espírito, da história e da cultura não se restringem às capitais, como sói acontecer muito comumente. Vale, ademais, para confirmar que os brasileiros de talento e vocação podem ser bons escritores, bastando ter oportunidade. Bibliotecas podem e devem servir à inteligência e à criatividade.
Em hora de notória inquietação com o futuro nacional, em plena agitada movimentação eleitoral, é bom preparar as futuras gerações para escolher seus representantes em altos escalões da República. Pode parecer simples jogo de palavras, mas não é: leitor e eleitor rimam bem. É na lucidez do cidadão que nos arrimaremos para um futuro mais feliz. Iniciativas com esse propósito são bem-vindas e devem ser incentivadas.

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Mensagem N°83470
De: Calculista Data: Sexta 10/8/2018 23:15:22
Cidade: Moc/MG

O terremoto de 19/5/2012, em Montes Claros, de 4,2 oR, foi 251 vezes mais forte do que a explosão de hoje em gasômetro da Usiminas, em Ipatinga, de 1,8 oR. Mas a impressão é que a população daquela cidade do Vale do Aço assustou bem mais hoje, do que nós de Moc em 19/5/2012, talvez devido ter sido uma explosão de gases, na superfície da cidade, e não tremor subterrâneo, como foi aqui, ainda que com o epicentro bem próximo da zona urbana.

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Mensagem N°83469
De: Manoel Hygino Data: Sexta 10/8/2018 06:38:31
Cidade: Belo Horizonte

Na hora do aperto

Manoel Hygino

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram proposta que inclui no orçamento da União para o próximo exercício reajuste de 16,38% nos próprios salários, causando descontentamento na sociedade brasileira, considerando a situação crítica pela qual passa. A hora é de crise e a medida se revelou inoportuna, embora justa, se levada em consideração a argumentação do ministro Ricardo Lewandosvski, autor do projeto que prevê o aumento encaminhado ao Legislativo em 2015, quando presidia o STF.
Ele próprio sustenta ser “necessário observar que os aposentados e pensionistas (da Justiça) estão em situação de penúria. Eles perdem até 40% das remunerações quando saem da ativa. Não dá nem para pagar plano se saúde”. Significa que esses funcionários se situariam praticamente no nível de demais brasileiros, de todas as carreiras, no serviço público ou fora dele.
Diversamente, depôs o professor José Matias Pereira, especialista em administração pública e doutor em ciências políticas, pela Universidade de Brasília. Para ele, as contas públicas estão desarrumadas. A decisão do STF, que altera o valor do teto salarial, terá efeito cascata em outras categorias. “A folha salarial dos servidores públicos é o segundo maior gasto federal, atrás apenas da dívida pública. Não é hora de conceder aumentos”.
este país continental e amplo em problemas, tem-se de manter a máquina administrativa, complexa e caríssima. A Câmara dos Deputados, por exemplo, está estudando o corte dos benefícios tidos como penduricalhos “na remuneração dos serviços públicos federais”.
Cada segmento tem de formular suas propostas para reduzir gastos e despesas, antes que o caos se instale. Embora o ministro Marco Aurélio Melo pondere que os subsídios da Justiça são achatados paulatinamente, há milhões de empregados – e desempregados – em pior situação. Daí, a inconformidade com que foi recebida a decisão da mais alta corte de Justiça do país, na última quarta-feira.
Os quatro ministros que votaram contra evidentemente têm razões sobejas para assim se posicionarem. São eles: Cármen Lúcia, presidente da Casa, Celso Mello, o decano, Rosa Weber, relatora do processo de descriminalização do aborto, e Edson Fachin, relator dos processos da ‘Lava Jato’. O Brasil já os conhece de perto por suas manifestações e posições.
Um dos que estiveram a favor foi o ministro Dias Toffoli, que presidirá o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça a partir de 13 de setembro. Luiz Fux será vice-presidente da corte. O que se quer é que se cumpra o que Cármen Lúcia vaticina: julgar e julgar bem. É só o que a nação deseja.
Não se quer, certamente, que os ministros sejam prejudicados, até porque, no alto cargo que ocupam, merecem confiança – ou devem merecer –, respeito e reverência de toda a nação. O que se pretende, sobretudo neste instante de extremos obstáculos, é oferecer oportunidade de conciliar lisura absoluta e dignidade.
Aliás, ao Supremo, por Supremo ser, compete resgatar a confiança do povo, porque há ministros que se tornaram objeto de críticas e suspeição, algum inserido até no triste anedotário popular.
A Corte não merece.


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Mensagem N°83468
De: Prefeitura Data: Quinta 9/8/2018 18:16:31
Cidade: M. Claros

O prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, assinou, na manhã desta quinta-feira, 9 de agosto, o detalhamento do projeto da nova sede administrativa da Prefeitura. O documento, também assinado pelo procurador geral do Município, Otávio Rocha, e pelos vice-diretores do Grupo Coteminas, Pedro Garcia Bastos e João Lima, além do diretor da empresa, João Gustavo de Paula, define que o Município de Montes Claros irá receber o prédio da antiga sede da Coteminas na cidade, totalmente reformado e mobiliado, para abrigar a sede da Prefeitura e as secretarias municipais. Em troca, o Grupo Coteminas receberá alguns terrenos pertencentes ao Município e que hoje se encontram ociosos, sem utilidade para a cidade, correndo inclusive o risco de invasão. O projeto segue agora para a Câmara Municipal de Montes Claros, onde será votado. Após a aprovação, será selado o acordo que vai colocar fim a uma pendência entre a Prefeitura e a empresa, já que a gestão anterior havia feito um contrato de compra parcelada da antiga sede da Coteminas. Como nenhuma das parcelas da compra foi paga, a cidade estava devendo à empresa mais de R$ 60 milhões. Através do acordo, essa dívida deixa de existir e a Prefeitura ganha um espaço moderno e adequado para o funcionamento das secretarias municipais, o que irá gerar uma grande economia para a cidade, já que hoje estas secretarias ocupam imóveis alugados.A previsão é que a nova sede administrativa seja entregue para a cidade no próximo aniversário de Montes Claros.

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Mensagem N°83467
De: Manoel Hygino Data: Quinta 9/8/2018 07:22:54
Cidade: Belo Horizonte

Boa evocação para esta hora

Manoel Hygino

Antigamente, se produzia no Noroeste de Minas uma aguardente denominada Paracatulina, que identificava o local em que era destilada. Concorria, em igualdade de condições, com as congêneres de Januária, então as mais conceituadas da terra alterosa.
Paracatu é cidade de muitos outros bons produtos, inclusive gente proba, digna e competente. Entre os mais recentes, no campo do direito se destacou Joaquim Barbosa, ministro do Supremo e seu presidente, sem cuja atuação não teria acontecido o famoso processo do Mensalão. Mas outros ilustres mineiros, lá nasceram.
É exemplo um médico que cursou medicina em Paris. Lá, ele se casou com uma francesa. Como consequência, o seu filho, Paulino José Soares de Souza, foi estudar na França. Tempo decorrido escreveu “Ensaio sobre o direito administrativo”, que experimentou uma “revolução de ideias”, uma espécie de Paulo Neves de Carvalho, o também mineiro, do século XX, que planejou e geriu a grande reforma administrativa do Estado no tempo em que Magalhães Pinto exerceu a chefia do Executivo.
No princípio da atividade política no Brasil, Paulino José Soares de Souza, depois Visconde do Uruguai, ocupou relevantes cargos, tendo o historiador José Murilo de Carvalho observado, aliás, que ele era “introvertido, avesso a conflitos, um estudioso por natureza”. Dele disse Cotegipe que “era capaz de valsar sobre uma mesa repleta de cristais, sem tocar numa peça”.
É bom lembrar, nesta hora de definições políticas, o que então disse o ilustre brasileiro de Paracatu. “O que tive ocasião de observar e estudar (na viagem à Europa) produziu uma grande revolução nas minhas ideias e modo de encarar as coisas”. A afirmação está no preâmbulo do ‘Ensaio’. Quando em Paris, Uruguai fez questão que o filho também passasse uma temporada na Europa, pois as viagens ‘dão uma grande sacudidela ao espírito, alargam a sua esfera, e habilitam para depois melhor ver estudar as coisas’.
O desembargador Rogério Medeiros Garcia de Lima, vice-presidente do TRE-MG, revela que “Uruguai afirma (...) que o que mais o impressionou na França e na Inglaterra não foram os monumentos, a riqueza, o poder material. Foi o bom funcionamento da administração. Nesses dois países, tudo se movia com ordem e regularidade, a população tinha confiança na justiça civil, criminal e administrativa. Na França, especula, o bom funcionamento da administração talvez fosse responsável pelo fato de a população suportar as restrições à liberdade política. O parágrafo imediatamente anterior à referência à revolução diz: “convenci-me ainda de que, se a liberdade política é essencial para a felicidade de uma nação, boas instituições administrativas apropriadas às suas circunstâncias e convenientemente desenvolvidas não o são menos. Aquela sem estas não pode produzir bons resultados”.
Mestre José Murilo de Carvalho, referido pelo desembargador Rogério Medeiros, assinalou bem a propósito: “muitos dos males apontados por Uruguai relativos à política nacional, como a distância entre governo e povo, a burocracia absolutista e infeliz, a mania de esperar tudo do Estado, o sufocamento dos municípios, a inadequada distribuição de responsabilidade entre municípios, províncias e governo central, o empreguismo, o empenho, o clientelismo, o patronato, o predomínio dos interesses pessoais e de facções, a falta de espírito público, a falta de garantia dos direitos individuais, continuam na ordem do dia, posto que atenuados”.

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Mensagem N°83466
De: Afonso Cláudio de Souza Guimarães Data: Quarta 8/8/2018 09:46:05
Cidade: Montes Claros/MG

"8/8/1952 - Falece, em Belo Horizonte, a Irmã Beatriz. A Irmã Beata, como ficou carinhosamente tratada e conhecida em Montes Claros nasceu em Batten, Holanda, a 29 de janeiro de 1880, ingressando, em 1903, na Irmandade. Vindo para o Brasil, desembarcou no Rio de Janeiro em 1911, tendo chegado a Montes Claros a 1° de fevereiro de 1912, indo diretamente para a Santa Casa de Caridade, que dirigiu por cerca de 40 anos, com infinita dedicação, como enfermeira atenta e carinhosa.
Foi uma das auxiliares no restabelecimento do Colégio Imaculada Conceição, o que se realizou a 7 de março de 1927."

"7/8/1916 – Nasce em Bocaiúva, Minas, o cônego Quirino Queiroga, filho de Antônio Honório de Queiroga e dona Alexina Caldeira de Queiroga. Fez o curso primário em sua cidade natal, no Grupo Escolar Cel. Fulgêncio, o secundário, no Seminário Menor Metropolitano de Pirapora, no Estado de São Paulo, ordenando-se em Jaú, no referido Estado, a 19 de dezembro de 1942. Pertence à Ordem dos Premonstratenses e tem exercido as seguintes funções: Professor de Filosofia no Escolasticado de Jaú e nos Colégios de Jaú e Imaculada Conceição, de Montes Claros; Assistente Diocesano da Ação Católica e Vigário Cooperador da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e São José, de Montes Claros."

Hoje, 08/08//2018, 69 anos do meu batismo. 7/8/1916 - nascimento do Padre (Cônego) Quirino; 14/6/1949 - nasci pelas mãos da Irmã Beata; 8/8/1949 - Padre Quirino me batizou; 8/8/1952 - faleceu a Irmã Beata; 8/8/1980 - faleceu o Padre Quirino.
8/8 - dia de São Domingos, contemporâneo de São Francisco de Assis e, como ele, fundador de uma grande Ordem Religiosa, a dos Dominicanos. A coincidência das datas é impressionante.

Padre Quirino, Irmã Beata, São Domingos, São Francisco de Assis, meus pais (Pedro Prates Guimarães e Araci de Souza Guimarães) e padrinhos (Ruy Prates e Mariana Rodrigues Lopes) nos abençoam do Céu. Muito obrigado, Senhor.

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Mensagem N°83465
De: Polícia Federal Data: Terça 7/8/2018 17:53:19
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

A Polícia Federal em Montes Claros deflagrou hoje, 7/8, a operação “Home Office”, que desarticulou uma organização criminosa que praticava crimes contra a ordem econômica e financeira e crimes fiscais. Foram cumpridos 14 mandados judiciaisem Montes Claros e Campo Grande/MS, sendo
um de prisão preventiva, dois de prisão temporária, cinco de busca e apreensãe seis de sequestros de bens; todos emitidos pela 11ª Vara Federal da SeçãoJudiciária de Minas Gerais.
As investigações tiveram início há cerca de 10 meses e constataram a atuaçã dos envolvidos em operações financeiras conhecidas por “DOLAR-CABO”, que viabiliza, clandestinamente, internalização de recursos provenientes do exteriorna economia nacional burlando os sistemas de controle financeiros do Brasil. Trabalhos de inteligência policial identificaram em Montes Claros um dos integrantes da organização que, a partir de sua própria casa, via internet, organizava as operações de câmbio movimentando recursos oriundos de diversos países. Ele também arregimentava pessoas, principalmente seus familiares e amigos, para emprestarem suas contas bancárias para realizaçãodas transações. Com o desenvolvimento das investigações, a PF identificou que o grupo atuava em Montes Claros/MG e no Estado de Mato Grosso do Sul, região de fronteira com a Bolívia. As análises revelaram transações financeiras não declaradas, que
totalizam 52 milhões de Reais no período de 2012 a 2017. Os envolvidos responderão pelos crimes de formação de quadrilha (artigo 288, do Código Penal), operação não autorizada de instituição financeira (artigo 16 da Lei 7.492/86), crimes de lavagem de dinheiro (artigo 1º, caput, da Lei 9.613/98).

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Mensagem N°83464
De: Manoel Hygino Data: Quarta 8/8/2018 07:01:12
Cidade: Belo Horizonte

A imagem de Guevara

Manoel Hygino

Informou-me o jornal, no dia 27 último, da estreia, à noite pelo Canal Curta, no Brasil, do documentário “Che Guevara, Além do Mito”. Segundo o texto, o filme desvenda como Che, além de sua militância, preocupou-se em construir uma autoimagem de impacto para se sacralizar na história. A barba, a boina, o charuto e, claro, o olhar triunfante.
O historiador britânico Richard Gott, que se encontrou mais de uma vez com o guerrilheiro, adverte, em livros, que Che já exercia sua atuação carismática na vida real muito antes de tornar-se um ícone na morte e de uma imagem hipnótica de arte pop, num pôster da era de Andy Warhel.
Comentou: “como Helena de Troia, exercia um fascínio pelo qual as pessoas morreriam. Em Havana, naquela tarde quente de outono, encontraram-se num banco, num canto do jardim da embaixada, e todos se uniram à sua volta. Apresentações foram feitas e a conversa fluía”.
O jovem repórter de então não se lembra do que se discutiu. Era apenas um jornalista neófito, de pouco conhecimento, ainda menos de espanhol, atraído como mariposa para Cuba daqueles anos – como centenas de outros rebeldes aventureiros da Europa e das América – pela chama incandescente da Revolução.
Atravessava-se um momento difícil para os que, comandados por Fidel, havia chegado do México. Ainda o livre-pensar revolucionário era permitido em Cuba. “A arte abstrata floresce de maneira que faria Kruschev tremer e o filme ‘La Dolce Vita’ é exibido pelas salas cheias de Havana. O futuro da Revolução parecia largamente indefinido, páginas brancas a serem escritas”.
Trinta anos depois, o repórter, já experimentado, assistiu ao desembarque do corpo de Guevara, em 1967, quando já tivera fim à associação romântica de pessoas com o movimento de Fidel. Gott escreveu: “como muitos outros, guardei a memória do meu entusiasmo inicial pela Revolução, bem como uma afeição duradoura pelo povo cubano e sua luta desigual e um interesse contínuo pela longa história da ilha”.
Ché conquistou admiradores e enfrentou adversários em mais de um continente, e Mário Vargas Lhosa adverte para a criança asmática que nasceu de família modesta e teve de deslocar-se para aqui e ali para vencer as mazelas da enfermidade. Lhosa demonstrou até certo entusiasmo por sua personalidade em determinadas circunstâncias, sem perdoar determinados erros.
Para conhecerem o “milagre cubano”, Sartre e Simone de Beauvoir foram à ilha e passaram alguns dias. O famoso fotógrafo Alberto Korda tirou, então, muitas poses de Fidel e de intelectuais, mas o que se perenizou foi a de Che, tirada de baixo para cima, ele olhando ao longe com uma incrível aparência de dor e determinação. Formou-se o mais famoso retrato de Guevara, reproduzido por todo o século 20.


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Mensagem N°83463
De: Manoel Hygino Data: Terça 7/8/2018 07:27:49
Cidade: Belo Horizonte

Os problemas do Rio

Manoel Hygino

Causa dó aos brasileiros conhecer a situação a que chegou o Rio de Janeiro, cujo ex-governador, preso, já cumula mais de 100 anos de pena a ser cumprida. Como pode? Os fatos mais próximos em termos de tempo, ajudam a esclarecer a situação, mas não contribuem para solução. A Cidade Maravilhosa, de mesmo nome, foi capital brasileira até a transferência da sede do governo para Brasília, à época de JK, presidente.
O Rio de Janeiro, cidade e estado se confundem, vivem drama permanente, em face dos problemas financeiros, urbanos e sociais, mais recentemente com ênfase a segurança pública. Mas quando se fala neles, lembra-se de Pereira Passos, prefeito da cidade durante o governo do presidente Rodrigues Alves (1902-06), realizador da remodelação urbanística conhecida como “bota abaixo”, mandado demolir pardieiros e abrindo novas avenidas, a mais importante a Beira-Mar; ao longo da faixa litorânea, que possibilitou o acesso a Copacabana. Diz a lenda que ele superou o atraso colonial, transformando “a cidade bárbara” em metrópole digna da civilização ocidental. O Rio dizia-se, “civilizou-se”; julgamento que não teria maioria hoje, se fizesse um plebiscito junto à população.
Imagine-se que, naquela época, foi proibido cuspir no interior dos bondes e nas repartições (onde deveria existir escarradeira), ordenhar vacas nas ruas, vender loterias nos quiosques, mendigar e atirar polvilho durante o Carnaval. Prometeu-se instalar mictórios públicos em vias estratégicas. As novas seriam largas, para substituir as imundas e estreitas, onde se acumulavam lixo e doenças e, em terrenos vagos, se implantaram praças arborizadas.
Operários, quase 2 mil foram contratados especialmente para essa tarefa. A esperança era de que o Brasil vê hoje que uma metrópole efetivamente surgiria. No entanto, o que o Brasil vê pela televisão é uma sucessão de barracos pelos morros, com estreitas passagens entre eles, um labirinto, barracos que podem servir de esconderijos para bandidos, alguns de alta periculosidade, vivendo ao lado de gente honesta.
O governador Pezão (pé grande ou de grande peso?), explica que o Rio de Janeiro tem os mesmos índices de criminalidade que os demais estados. E daí? A mobilização federal para a área de segurança, pelo menos tem prendido mais gente do que antes. Mandar para onde?
Como se disse, no tempo do prefeito Pereira Passos pensava-se que o Rio de Janeiro se civilizara. Os dias eufóricos, contudo, ficaram para trás. Lá, no passado, repercutia a libertação dos escravos em 13 de maio de 1888. Na Câmara dos Deputados, projeto do ministro Ferreira Vianna, repercutia intensamente. Havia consenso de que a abolição trouxera consigo o fantasma da desordem. “Um grupo de autoridades exigia medidas para garantir a defesa da propriedade e da segurança dos cidadãos, ameaçados pelas ‘hordas’, de libertos que supostamente vagavam pelas estradas a furtar e rapinar”.
Transcorridos mais de cem anos, o quadro presente não é de confiança da sociedade. Um parlamentar, Rodrigues Peixoto, fez discurso, então: “Em todos os tempos, o trabalho foi considerado o primeiro elemento de uma sociedade bem organizada. Cada membro da comunidade deve dedicar uma parte de seu tempo e do seu esforço no interesse geral, cuja inobservância apresente gravidade, o que autoriza de certo modo a intervenção do Estado”.

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Mensagem N°83462
De: Afonso Data: Segunda 6/8/2018 17:52:44
Cidade: Moc/MG

Como é muito necessário rezarmos pela paz mundial. Há exatos 73 anos, a cidade japonesa de Hiroshima foi atingida por bomba atômica. "A bomba atômica de urânio (Little Boy) foi lançada sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945, seguido por uma explosão de uma bomba nuclear de plutônio (Fat Man) sobre a cidade de Nagasaki em 9 de agosto. Dentro dos primeiros 2-4 meses após os ataques atômicos, os efeitos agudos das explosões mataram entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil seres humanos em Nagasaki; cerca de metade das mortes em cada cidade ocorreu no primeiro dia. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, envenenamento radioativo e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da radiação. Em ambas as cidades, a maioria dos mortos eram civis, embora Hiroshima tivesse muitos militares." E dizem que as bombas atômicas atuais são centenas de vezes mais potentes do que as de Hiroshima e Nagasaki. No dia da Transfiguração do Senhor, peçamos a Ele que toque nos corações dos homens para que sempre haja paz na Terra.

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Mensagem N°83461
De: Petrônio Braz Data: Sexta 3/8/2018 11:28:50
Cidade: Montes Claros/MG

O erotismo em Amelina Chaves

Petrônio Braz

Dos livros “Priapo de Ébano”, “Rancho da Lua” e “Retrato do Prazer”, principalmente, se extrai a natureza erótica da literatura de Amelina Chaves.
Itamaury Teles nos traz à lembrança o livro “Dois Mil Anos de Segredos de Alcova: de Nero a Hitler”, de Claude Pasteur. Esclarecendo ele que “consciente de que os acontecimentos mais íntimos, passados sob os lençóis, sempre atiçaram o interesse alheio, a Autora resolveu escancarar as cortinas da História e revelar alguns segredos gerados em alcovas famosas, nos últimos dois milênios”.
A sensualidade em Amelina Chaves desponta à flor da pele, daí porque não poderia ela, em complemento à sua vasta obra literária, deixar de externar o que de mais bonito se esconde na intimidade de seu próprio ser.
A literatura erótica embora anterior a D. H. Lawrence, com seu livro “O Pavão Branco”, publicado em 1911 na Inglaterra, nos tem mostrado o realismo das relações entre o sexo e o amor, como uma força da natureza. Quem na juventude não leu “O Amante de Lady Chatterley”, do mesmo autor, ou “Amor Natural”, de Carlos Drummond de Andrade?
“Madame Bovary”, romance de Gustave Flaubert, uma das maiores obras da literatura francesa, “o romance dos romances”, ultrapassou os tempos e chegou até nós, mas quando publicado em 1857 levou o autor a julgamento na França, mas resultou, depois, em um grande filme (1949). Embora absolvido, não foi aprovado pelos críticos puritanos da época.
Para ser levado a ler as páginas dos livros de Amelina Chaves, basta apenas começar: “Vez por outra pergunto a mim mesma, ao tempo, ao destino e a Deus, como pode uma pessoa amar tanto a outro – um desconhecido que aparece em nosso caminho sem aviso prévio!? Um amor desesperado que tritura e desafia os limites impostos pela sociedade, que nada entende de sentimento humano!? Principalmente quando chega num repente e toma todo o nosso espaço e vai nos esmagando, ferindo a pele e rasgando a alma até sangrar o coração”.
Amelina demorou tempo para lançar “Priapo de Ébano” e não é de se admirar, pois o grande Flaubert afirmou que, “quando escrevia, passava horas a procurar uma palavra”.
Observa Maria Belo, em “Literatura e Sexualidade” que “a realidade do inconsciente é a realidade sexual”. Para melhor entender e admirar o erotismo nas obras de Amelina Chaves, necessário será ir à fonte maior, isto é, ler Sigmund Freud em “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade”, editado em 1905, e que se encontra disponível nas boas livrarias.
Gosto de ler os livros de Amelina Chaves. Escritora por vocação, em sonhos ela repudiou o Céu para retornar à Terra: “O Senhor me perdoará, tenho certeza. Lutei uma vida inteira para chegar aqui, no céu, porque pensei num céu diferente, onde ao menos eu pudesse ler, escrever, ouvir músicas, cozinhar, ser feliz! Que Deus me perdoe, mas quero voltar para a minha vidinha, que seja. Mas quero voltar. Por favor, leva-me de volta. Senhor de todas as coisas.

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Mensagem N°83460
De: Manoel Hygino Data: Sábado 4/8/2018 07:16:05
Cidade: Belo Horizonte

O Brasil na Segunda Guerra

Manoel Hygino

Brasileiros que assistiram à série de reportagens na TV Bandeirantes sobre ações de grupos nazistas em Santa Catarina se impressionaram com a audácia dos seguidores de Hitler no estado sulino durante a II Grande Guerra. Mesmo os mais atentos ao projeto expansionista pareciam pensar que a presença germânica se restringisse à Argentina a Paraguai. Longe disso, contudo.
Hitler pretendia dominar todo o mundo e não podia abrir mão da América Latina. Documentos revelados mais recentemente demonstram, à suficiência, que Berlim se preparava para um ilimitado controle desde que Adolf assumira o poder, ganhando força e presença. Para isso, assumira a nacionalidade alemã, conforme se avalia seguramente em matérias como a assinada por Robert Lopes, em 2012, no volume “Diplomatas e Espiões”, da Discovery Publishers. Os fatos relatados, de autoria do pesquisador, associado ao Laboratório de Estudos de Etnicidade, Racismo e Discriminação da USP, contam a que ponto chegaram os nazistas na influência do nazifascismo sobre dezenas de personalidades, dirigentes e funcionários governamentais brasileiros e sul-americanos naquele período.
O professor não narra como representantes de países atrasados, em sua maioria dirigida por governos autoritários e intrinsecamente corruptos, enxergaram o regime hitlerista. Seria um modelo de crescimento capaz de trabalhar a estagnação socioeconômica, no hemisfério sul-americano, acumulada por suas práticas durante várias gerações.
O Brasil era importantíssimo. Tanto que, em meio de uma sexta-feira, 1º de setembro de 1939, dia da invasão da Polônia pelos alemães, Hitler encontrou-se, em Berlim, com o ex-ministro do Exterior do Brasil, Freitas-Valle, para uma análise da situação, por incumbência de Vargas.
Um outro diplomata, Jayme de Barros, depois da audiência entre Freitas-Valle e o homem mais importante do mundo àquela altura, ouviu dele um comentário franco: “o ditador nazista recebeu – com extrema polidez – e agradeceu-lhe ter vindo suportar com os alemães o duro combate. Disse ainda Cyro que, estranhamente, nunca vira em sua vida em olhar azul mais doce do que o de Hitler”.
Getúlio tinha um filho na Alemanha. Lutero estudava e namorava uma germânica, que se transferiria ao Brasil para morar. O casamento civil foi no Palácio Guanabara, o religioso no reservado convento de Santa Tereza.
A guerra continuava. Um pacato pai de família alemão, residente no Brasil desde 1920, que trabalhava na Siemens, entusiasmava-se com os planos do nazismo. Em 1939, em férias na pátria, deixou-se cooptar para o serviço clandestino na maior nação sul-americana. Recebeu treinamento básico, para preparar mensagens secretas e manipular equipamentos de longo alcance – e um codinome: “Ifreto”.
Hitler atacava em todas as frentes, mas os Estados Unidos estavam atentos. Havia mais de 1,5 milhão de alemães e descendentes na América do Sul, principalmente no Brasil e Argentina. Washington decidiu agir. Entendia que a parte subdesenvolvida do continente estava à mercê de nazista. O Brasil relutou em definir-se por motivos que se tornaram conhecidos.

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Mensagem N°83459
De: Fernando Data: Sexta 3/8/2018 11:23:58
Cidade: Curvelo

Mais um triste sinal dos tempos: assaltantes tomaram caminhão que transportava encomendas dos Correios. Antes de fugir, ainda trancaram os funcionários no baú, onde permaneceram até que a polícia - alertada - chegou. Os ladrões, armados, chegaram e partiram num automóvel.
A ação foi perto de Curvelo, na BR 135, e não se sabe para onde ia o caminhão pilhado. Pode ser M. Claros, que está 200 quilômetros à frente. Sob ameaça de armas, e depois de tiros, os funcionários foram obrigados a pegar uma estrada secundária, onde o caminhão foi saqueado e despojado de sua carga. Fonte dos Correios confirmou que parte da carga foi levada.

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Mensagem N°83458
De: Pedro Jairo Data: Sexta 3/8/2018 11:09:17
Cidade: Montes Claros/MG

"Certificado de Licenciamento de carros com placa final de 6 a 0 começa a ser cobrado em Minas"

Com relação ao envio do documento 2018 do veículo pelo correio, vale lembrar que o proprietário do veículo munido de cópia de identidade, pode comparecer ao posto do UAI no shopping e solicitar a emissão do documento.se não houver multa ou outra pendência, o comprovante de licenciamento sai na hora.

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Mensagem N°83457
De: Manoel Hygino Data: Sexta 3/8/2018 09:39:00
Cidade: Belo Horizonte

Sétima arte em Mariana

Manoel Hygino

Primeiro cinema em Mariana! Surpreendi-me com a notícia em jornal belo-horizontino, porque a velha Ribeirão do Carmo, foi a primeira vila, cidade, e capital de Minas Gerais, sem falar no primeiro bispado e arcebispado, títulos que fazem orgulho aos que lá nasceram e viveram. De todos os mineiros, enfim. Honra e glória de todos nós!
Perguntei-me: primeiro cinema? Tive muitos amigos do Ribeirão do Carmo, alguns hoje não mais ao nosso lado. Mas as recordações são as melhores. Diante do noticiário, que naturalmente me atraiu o interesse, consultei o jornalista, escritor, confrade na Academia Mineira de Letras, Danilo Gomes, que prontamente me esclareceu, em 30 de julho último:
“Amigo e mestre Manoel Hygino, muito saudar! Informo ao ilustre colunista que não se trata do ‘primeiro cinema’ a ser inaugurado em Mariana. Na década de 1940, já tínhamos o Cine Theatro Central, na Praça Gomes Freire, dito Jardim de Cima, com coreto e tudo, cenário de “footing” e namoro. Ali, eu, Emanuel Muzzi, irmãos e amigos, naquela década seguinte, vimos muito filme romântico, muito faroeste com John Wayne (que você viu em Miami, “há milênios”!), Tom Mix, Hopalong Cassidy, Randolph Scott, Roy Rogers, Charles Starrett, Audie Murphy, filmes com H. Bogart, James Mason, Cantinflas, o Gordo e o Magro, Oscarito, Grande Otelo, Três Patetas, belas atrizes como Joan Collins e Monica Vitti, Doris Day, tantas outras. Mais Tarzan. Maris seriados como “A Ilha Misteriosa”, do tempo da guerra. Até a sensualíssima (!!!) Brigitte Bardot, perdição dos adolescentes fogosos... Silvana Mangano dançando rumba era uma luxúria, amigo...”
Mas, o excelente escritor marianense, radicado em Brasília, há décadas, não se deu por satisfeito e acrescentou, recordando ainda seu tempo de jornalista no Palácio do Catete, quando presidente da República o gaúcho de São Borja, Getúlio Vargas. Por sinal, no dia 24, mais um aniversário do triste fim do aliado de Minas na Revolução de 1930: aquele modesto cinema era o nosso “Cinema Paradiso”, sem tirar nem pôr. Quando vi esse filme italiano (duas vezes), vi-me no nosso cinema, em Mariana: me emociono pra burro, até hoje, choro feito bezerro desmamado.
Toda quinta-feira havia um seriado, que nos deixava de cabelo em pé. Tínhamos que esperar uma semana para ver o que aconteceria com mocinhos e vilões. A fita arrebentava, a luz se acendia, vaias e pateadas. Tudo em preto-e-branco. Color boy tecnicolor, só muito depois. Depois o cinema fechou, por muitos anos. O SESC o reformou, ficou um brinco, mas sem a magia antiga, o charme do passado. Agora temos novo cinema da Vila do Carmo? Nossa Velha Guarda gostaria de saber que história “cinematográfica” é essa, Hygino amigo. Abraço vilacarmense do velho cinéfilo Danilo Gomes.”
Cabe, assim, lançar luzes sobre a dúvida suscitada. O que se inaugurou, recentemente, foi uma série de exibições cinematográficas em praça pública, com cadeiras para o respeitável auditório, na sede e distritos. Algo como aconteceu em Belo Horizonte, nos anos 1950, com o Cine Grátis, de Paulo Quintino dos Santos, ou o Cinema Educativo, que Zolton Gluek criou para visita a bairros e vilas, quando foi chefe do Serviço de Turismo e Recreação, na gestão municipal de Giannetti.

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Mensagem N°83456
De: Petrônio Braz Data: Quarta 1/8/2018 18:38:36
Cidade: Montes Claros/MG

Delírio lírico

Petrônio Braz

Vencedor do Concurso de Contos Cyro dos Anjos, promovido pela Academia Montesclarense de Letras, autor de muitos e bons livros, Napoleão Valadares, urucuiano da Barra da Vaca, hoje próspera cidade de Arinos, cenário de um conto de Guimarães Rosa, mandou-me seu último livro: Delírio Lírico, editado por Edições Galo Branco, do Rio de Janeiro, dedicado à memória de Juscelino Kubitschek, o criador de Brasília, onde ele reside.
Do escritor nasceu o poeta; do romancista adveio o pensador-historiador. Em ordem definida pelo passar ininterrupto dos anos, o poeta Napoleão Valadares, membro efetivo da Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco e de outros sodalícios, em versos decassílabos brancos, em uma série de trinta e quatro cantos, nos reconta a história da humanidade, abrangendo os últimos 33 séculos, iniciando pela Guerra de Troia.
Ele nos leva a Sócrates, Platão, Aristóteles e chega por último a Juscelino (em Brasília). Uma forma deliciosa de se rever ou mesmo conhecer a história universal. No erudito livro, dois talentos em uma só pessoa: o poeta e o historiador.
João Carlos Taveira, nosso confrade da Associação Nacional de Escritores, em artigo publicado no jornal da ANE, edição de dezembro de 2008, comenta: “Napoleão Valadares, na sua construção poética, optou pela narrativa épica em que, com mestria e bom humor, funde a linguagem nobre, clássica, à linguagem popular, atual, em uma tirada muito interessante e jamais vista em nenhum poeta brasileiro de qualquer escola. Mas o que salta aos olhos e aos sentidos é a correção gramatical, o domínio da língua, a clareza de expressão, a concisão. Além, é claro, do senso de humor nas “pilhérias” e “invenções” que o Autor derrama pelo texto afora. Sirva-se de exemplo o Canto XXVI, em que o narrador, em diálogo com Camões, ouve do mestre de Os Lusíadas a seguinte confissão: “Amor é fogo”, em uma clara alusão ao célebre soneto “Amor é fogo que arde sem se ver”, do bardo português”.
Os versos decassílabos são heroicos ou sáficos, cabendo lembrar que todos os versos de Os Lusíadas são decassílabos heroicos. Napoleão Valadares, todavia, preferiu utilizar-se dos decassílabos brancos, sem estrofes, mais em moda nesses tempos de pós-modernismo, presentes o ritmo e a métrica.
Ler Delírio Lírico é uma forma recreativa de reestudar a história. Descrevendo poeticamente um delírio de febre ele conclui, no Canto I: E foi nesse delírio que saltei / do Vale para o Mar Egeu. Desci / à praia, caminhei e fui a Troia, / no extremo noroeste da Anatólia. / Trinta e três séculos já passados, / e eu, tonto, ali na capital de Príamo, / via o cerco dos gregos, via Ulisses / com mil astúcias, via Agamenon / raptando a escrava do guerreiro Aquiles, / como se não bastasse a justa cólera / de Menelau, que fez se unirem todos / os príncipes da Grécia belicosa.
Bem mais adiante, ele percorre as margens do rio Tigre: Vi-me no Tigre, num lugar bem antes / da sua confluência com o Eufrates, / e fui descendo. Inesperadamente, / topei de testa com o grande rei / Alexandre, de Pela, aquele moço / da Macedônia, filho de Felipe, / que tinha sido aluno de Aristóteles, / interessando-se pela política, / filosofia, medicina e tudo / o que viesse do mestre de Estagira.
No último canto a construção de Brasília: “E foi assim que no Planalto vi-me / entre os que começavam a construir / Brasília. Juscelino, grande líder, / cinquenta anos em cinco - se dizia. / A construção da capital moderna a se concluir em menos de mil dias... / Ah! mas candangos mil co’a mão na massa, / já contagiados pela animação, / nas grimpas do entusiasmo e da euforia, / atravessavam dia e atravessavam / noite nessa labuta. Pareciam / um formigueiro. Levantaram prédios / no meio do cerrado. A Catedral / e os palácios se erguiam. Na alvorada, / uma cidade-louça se fazia.
Não precisa mais, é ler o livro.
O livro, com dedicatória, já se integrou à minha modesta biblioteca, onde somente os livros já lidos se aninham.

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Mensagem N°83455
De: Manoel Hygino Data: Quinta 2/8/2018 07:22:55
Cidade: Belo Horizonte

Lugar ao sol para os negros

Manoel Hygino

Fala-se muito, muito se reclama, com ou sem razões, mas até agora nada ouvi sobre os 130 anos da Libertação dos Escravos, em 13 de maio de 1888. Uma exceção: no domingo, no Rio de Janeiro, houve uma passeata de protesto contra a violência que atinge as mulheres de cor no país.
Segundo uma das organizadoras da marcha, “o Estado Brasileiro tem um projeto de execução do povo preto. Essa execução não se dá só com armas de fogo. Ela se dá quando você não tem saúde, quando você não tem casa, não tem educação, não tem qualidade de vida”. A violência, contudo, sendo como referido, não é só contra as negras, mas contra o “gênero” feminino de um modo geral, a não ser as madames, as eleitas, ou nomeadas para cargos públicos importantes, nas três esferas do poder. O mesmo acontece com os homens.
O Brasil se orgulha dos que formam a população negra, em que se incluem Machado de Assis, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, Cruz e Souza, grande poeta de Santa Catariana, o jurista Pedro Lessa, do Serro-MG, o maior jogador brasileiro de futebol, que foi Pelé, o Édson Arantes do Nascimento (sem esquecer o famoso Leônidas), o ministro Joaquim Barbosa, lá de Paracatu, Noroeste do Estado, peça fundamental no processo do Mensalão, até com nome sugerido para a Presidência da República. E mais outros, que poderiam galgar posições de relevo, se tivessem vontade e oportunidade para subir as escadas da fama.
E não tivemos, Grande Otelo, arista de cinema, teatro e televisão? E o cantor e compositor Milton Nascimento, do Sul mineiro? Quem esqueceu Pixinguinha? Cá em Minas, não se permitirá o esquecimento – embora poucos saibam quem seja, de Francisco Paulo de Almeida, nascido em Lagoa Dourada, perto de São João del Rei, lugar que se tornou paróquia, em 1832, e pertenceu administrativamente a Tiradentes, para se tornar município e vila somente em 1911.
Esse Francisco Paulo de Almeida era negro em um país de escravos, e se tornou o barão de Guaraciaba, por decisão da própria Princesa Isabel. Filho de modesto comerciante, família pouco conhecida, até o nome da mãe é alvo de dúvida, por ser escrava talvez. Seria Palolina, e seu próprio destino se perdeu em ínvios caminhos, ignorando-se a quem pertencia. Os próprios descendentes não têm precisa ideia de sua vida, possivelmente com nome de Galdina Alberta do Espírito Santo, conforme opina Mônica de Souza Destro, trineta do barão e residente em Juiz de Fora.
Mesmo assim, iniciando trabalho como ourives e abotoaduras vendidas na região aurífera de Minas, tocava violino em enterros, valendo-se moedas e dos tocos de velas que sobravam do funeral, antes de tornar-se tropeiro entre Minas e a Corte. Num segundo casamento, de que resultaram 16 filhos, tornou-se sócio do sogro, após cuja morte assumiu os negócios e fortuna. Ajudou na fundação de dois bancos, comprou fazendas no interior de Minas e no vale do Paraíba, chegou a ter mil escravos, pois essa era a mão de obra disponível”.
Muito mais a registrar.

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Mensagem N°83454
De: José Ponciano Neto Data: Quarta 1/8/2018 15:40:24
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

dados da barragem da copasa em juramento – julho/ 2018
cota: 631,46 - (31/07/2018)
volume acumulado: 14.288.741 m3 (representa 31,65% do volume total) – no mesmo período em 31/07/2017 – 23,62%.
total de chuva no mês de julho /18 = 00,0 mm: (região de juramento) –
- o nível está 8,80 metros abaixo da cota de transbordo 640,25 –
do dia 30/06/18 a 31/07/18, reduziu 0,39 mts no n.a.
menor nível/índice em 2018: 29/01/2018: cota 629,10 / 20,65 %
vazões dos mananciais: em 31/07/2018 rio canoas 0,00 l/seg; - rio juramento 60,00 litros por segundo - o rio saracura com vazão 108,00 litros por segundo (vazão sazonada à pluviosidade local) –
chuvas 2018 em milímetros: janeiro 82,40 >fevereiro 282,20 > março 73,3 > abril 36,40 > maio 12,00 > junho 00,0 > julho 00,0 >>total do calendário civil 2018: 486,30 milímetros
total calendário agrícola de julho 2018 a junho 2019 = 00,0 milímetros. –
barragem juramento: vazão média aduzida de 01 a 31/07: 233,04 litros por segundo. - devido à estiagem prolongada, a copasa incorporou vários poços profundos na oferta de água no sistema de distribuição.
volume e vazões: com relação ao mesmo período do ano passado: - barragem de juramento: informações acima.
os mananciais do parque da lapa grande (pai joão); rebentão dos ferros - pacuí-porcos e poços profundos que têm suas águas aduzidas para estação de tratamento de água - eta do morrinho, estão atualmente com suas vazões reduzidas devido a estiagem dos últimos meses. atualmente a eta/morrinho está operando com 282,0 litros p/ segundo.
poços profundos com tratamento direto na rede de distribuição: q 90,0 l/ seg.
vazão total distribuída para o abastecimento de montes claros: σ 605,0 litros por segundo; sendo: verde grande= 233,00 – morrinho= 282,00 – poços 90,00
nota: os rodízios continuarão por tempo indeterminado até as recomendações contrarias da agência reguladora de serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário – arsae. - a medida visa garantir a distribuição equalizada; podendo ser alterado conforme o regime pluviométrico doravante e o inicio de operação do sistema pacui. porém, o uso racional dos recursos hídricos engloba a educação ambiental e organização comunitária.
obras do pacuí: a nova captação no rio pacui – as obras do rio pacui que irá integrar ao sistema de água de montes claros estão com 82 % das edificações concluídas (captação – eta – elevatórias) falta alguns arremates nas obras civil; a adutora (tubos de água) já conta com 100% rematada - 56,0 quilômetros. podendo iniciar o bombeamento em poucos dias.
fatos e acontecimentos mês julho:
há 134 anos 13/07/1884 — pela medição do engenheiro catão gomes jardim, o canal d’água público teria medido 17 quilômetros e 930 metros de percurso, (pela a curva de nível) desde o açude do vieira até a caixa d’água. esta foi instalada acima do largo da caridade (hoje praça dr. carlos), a 230 metros do novo edifício da escola normal (onde se acha atualmente o prédio da copasa). da caixa d’água ao chafariz no largo da matriz (hoje praça dr. chaves), o percurso teria pouco mais de 485 metros, com 33 metros de nível inferior ao do açude.
dia do escritor – 25 de julho foi definido como dia nacional do escritor por decreto governamental, em 1960, após o sucesso do i festival do escritor brasileiro, organizado naquele ano pela união brasileira de escritores, por iniciativa de seu presidente, joão peregrino júnior, e de seu vice-presidente, jorge amado.
há 83 anos em 27/07,1935 - chegou a montes claros o engenheiro silviano azevedo, encarregado de iniciar e dirigir os serviços de canalização de água da velha barragem do rio pacui (coordenadas: 23k 614387 w / 8138561 s) e respectivo abastecimento à cidade.
há 56 anos 28/07/1962 — pela lei n.º 567, fica o prefeito municipal de montes claros, dr. simeão ribeiro pires autorizado a organizar uma empresa de economia mista para exploração do serviço de água e esgotos desta cidade, para substituir a companhia de águas e esgotos do nordeste (caene) (subsidiária do dnocs) que funcionava à rua odilon macaúbas c/ rua dr. veloso. a nova empresa foi criada pela referida lei com a participação da prefeitura local e do setor privado, além do auxílio da sudene, assim foi criada a caemc (companhia de águas e esgotos de montes claros).
a caemc recebeu toda infraestrutura pronta – redes de água e esgoto – captações na barragem do pacuí (1935) e barragem dos porcos (1956) - rebentão dos ferros (1962) e a estação de tratamento de água no alto do morrinho (1935).
há 172 anos - 29 de julho de 1846 - nascia a isabel cristina leopoldina augusta micaela gabriela rafaela gonzaga de bragança bourbon e orléans, princesa imperial e regente do império do brasil, terceira imperatriz do brasil (de jure), era filha do imperador pedro ii do brasil e da imperatriz teresa cristina. foi cognominada “a redentora” por ter abolido a escravidão no brasil.
“o tempo que a gente gasta sonhando é o mesmo que a gente gasta fazendo.”
há 51 anos 30/07/1967 sucedia o passamento do ir.’. josé esteves rodrigues – filho de américo esteves rodrigues e maria j. f. maia esteves. fez o curso primário em sete lagoas mg, o secundário, no ginásio mineiro, em belo horizonte mg. cursou a escola mineira de agronomia e veterinária, onde se formou agrimensor. bacharelou-se pela faculdade de direito da universidade federal do estado do rio de janeiro, em niteroi, rj, a 08.12.1938. foi vereador à câmara municipal de montes claros, secretário da viação e obras públicas do estado de minas gerais, suplente de senador da república, diretor do banco de crédito real de minas gerais e deputado federal, por minas gerais. foi membro da comissão que escolheu o planalto central para sediar a nova capital da república. sua participação foi decisiva para introduzir a região norte-mineira na área de abrangência da sudene (superintendência de desenvolvimento do nordeste). foi professor de ensino comercial e secundário, fazendeiro, agrimensor e advogado. foi fundador e primeiro venerável mestre da loja maçônica deus e liberdade no. 62, montes claros mg, no período de 1932 a 1934. nasc.: 17.10.1903 em sete lagoas mg.
reflexão:
"a maçonaria é um fato da natureza, e sendo um fato da natureza, seus fenômenos, ensinamentos e práticas têm que se repetir - em e dentro do corpo humano, templo vivo de deus".
31/07/2018

(*) josé ponciano neto: tec. meio ambiente e recursos hídricos – supervisor da estação climatológica da barragem de juramento – membro do instituto histórico e geográfico de montes claros.

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Mensagem N°83453
De: Estado de Minas Data: Terça 31/7/2018 16:55:40
Cidade: M. Claros

Criminosos atacam carro-forte no interior de Minas Gerais - Em uma ação ousada, a quadrilha atacou o veículo na BR-251 próximo a Grão Mogol, no Norte de Minas. Um vigilante ficou ferido e foi socorrido para um hospital. O estado de saúde dele não foi informado - João Henrique do Vale -
Uma grande operação foi montada na tarde desta terça-feira na Região Norte de Minas Gerais para tentar capturar criminosos que fizeram um ataque a um carro-forte. Em uma ação ousada, a quadrilha atacou o veículo na BR-251 próximo a Grão Mogol. Um vigilante ficou ferido e foi socorrido para um hospital. O estado de saúde dele não foi informado. Até a publicação desta reportagem, ninguém havia sido preso.
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PM suspeita que assaltantes de carro-forte no Norte de Minas já atuaram no estado
De acordo com as primeiras informações da Polícia Militar (PM), o ataque aconteceu por volta das 14h. O veículo seguia na BR-251 em direção a Montes Claros. Em determinado trecho, acabou cercado por dois veículos, uma Hilux preta e uma Renault Duster, branca.
O modo como os criminosos atacaram o veículo ainda está sendo apurado. O que a PM já sabe é que o carro-forte foi explodido. Enquanto colocavam os explosivos, os criminosos também efetuaram diversos disparos. Um vigilante acabou atingido. Ele foi socorrido e encaminhado para um hospital de Francisco Sá.
O cerco foi montado logo depois que a ocorrência foi divulgada. Militares de Montes Claros, Francisco Sá, Grão Mogol e Salinas, fazem buscas pelos criminosos. Um dos veículos usados por eles, a Duster, foi encontrada incendiada na comunidade de Campos Alto, em Grão Mogol. Informações dão conta que um caminhão-baú também ajudou na fuga.
Um helicóptero da PM auxilia nas buscas pelos criminosos.

***

O Tempo -Criminosos explodem carro-forte em rodovia no Norte de Minas
Veículo foi cercado e atacado próximo a Grão Mogol. Um vigilante acabou ferido e foi socorrido
Os criminosos usaram explosivos durante a ação - LUIZ FERNANDO MOTTA -Um carro-forte foi cercado e atacado com explosivos na tarde desta terça-feira (31) na BR-251, no Norte de Minas. De acordo com a Polícia Militar, o veículo foi cercado por uma caminhonete L200 Triton preta e um Renault Duster próximo à cidade de Grão Mogol. Durante a ação, um vigilante ficou ferido. Ele foi socorrido, mas o estado de saúde dele não foi informado.
Os criminosos fugiram na caminhonete e abandonaram o Renault Duster. Ainda há a suspeita de que haja um terceiro veículo envolvido na ação.
Não se sabe a quantia que os bandidos levaram. De acordo com a PM, o crime aconteceu por volta das 13h. Foram usados explosivos e os criminosos ainda efetuaram diversos disparos de arma de fogo. Moradores da região ficaram bastante assustados e vários chamados foram feitos à Polícia Militar.
A polícia ainda procura pela quadrilha. Uma grande operação foi montada envolvendo todo o policiamento especializado da 11ª Região da Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Estadual e também um helicóptero da corporação.

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Mensagem N°83452
De: Evilázio Data: Terça 31/7/2018 10:06:52
Cidade: M. Claros

Trecho de notícia do jornal Estado de Minas, de BH, hoje, sobre o uso de drones para atividades criminosas em Minas:

"Outro caso ocorreu em Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais. Em maio de 2017, um aparelho sobrevoou o Presídio Regional da cidade com uma sacola amarrada nele. Dentro dela, três celulares. Quando o drone passou próximo a dois pavilhões, os aparelhos foram soltos. Os agentes penitenciários conseguiram interceptar o material dispensado e pegar a aeronave não tripulada. Um homem suspeito chegou a ser visto em um morro próximo à unidade, mas ele conseguiu fugir"

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Mensagem N°83451
De: Manoel Hygino Data: Terça 31/7/2018 09:35:20
Cidade: Belo Horizonte

Os caminhos do caos

Manoel Hygino

Encontro um fragmento de artigo, diminuto ao ponto de não indicar a autoria, coisa que soma anos. Diz: “os jovens não têm tempo para leitura, ou foram tragados pela comunicação via internet”. No caso do Brasil, o mal é que continuamos governados discricionariamente. Adiante, mais grave a declaração: “felizmente, o Brasil continua sonhando com um regime verdadeiramente democrático. O que mudou em um pequeno período após a proclamação da República? Nada”.
Aqui, no Hoje em Dia, em 17/11/2017, encontro o artigo de Antônio Álvares da Silva, que é professor de direito constitucional na UFMG, em um 11 de outubro que ficou para trás. “Chegou a seu limite máximo a tolerância de nossas autoridades com o vandalismo que se vem praticando impunemente no país. Daqui para frente, a condescendência com os criminosos afetará o Estado de Direito, transformando-o em Estado da desordem e do desrespeito à lei”.
Já se advertia: “a ninguém, indivíduo, associação ou comunidade, é garantido o ‘direito de depredar, destruir e incendiar bens públicos e privados’”. É exatamente o que acontece presentemente em vários (ou todos) estados brasileiros, sem que os agentes da lei consigam sequer identificar os criminosos. O contingente policial não tem agentes em número suficiente para pôr a mão em mascarados, ou não mascarados, movidos pelo fim deliberado de praticar o terror e incentivar o caos.
“Se cabe à PM a função de polícia ostensiva de preservação da ordem pública (Constituição, artigo 144,§5º) estão na sua mais evidente competência reprimir os baderneiros e garantir a ordem, podendo para tal fim usar dos meios necessários, implícitos na permissão constitucional. Desde os romanos, perpetua-se no tempo a velha sabedoria acolhida por todos os povos: Vis vi repellitur – a força só se repele com força contrária, e quem tem legitimidade para usar a força máxima é o Estado através de suas instituições criadas para este fim. O crime tem esta peculiaridade: espalha-se como erva daninha se não for coibido em suas raízes”.
A grande e dolorosa verdade é que somos efetivamente vítimas do chamado estado democrático de direito em que vivemos. Os tributos que despejamos crescentemente nas arcas do Tesouro parecem insuficientes para que possamos gozar de direitos mínimos, entre os quais de ir e vir, e de ter bens assegurados.
Na hora de eleger novos mandatários, cumpre agir com prudência e lucidez. Não se trata de mera substituição de homens, como alertava Sérgio Buarque de Holanda em “Raízes do Brasil”. Porque, como observa Amaury Brandão, lá de Pouso Alegre, já tivemos de tudo por aqui: badernas, quarteladas, deposições, impedimentos e outras medidas que não coadunam com as verdadeiras democracias.
Hoje, sob nova ótica, a nossa “democracia” constata diariamente o esbulho, a roubalheira e as vantagens de poucos grupos, aquinhoados com benesses imorais.
Estamos atrasados na mudança dessa prática negativa ou pusilânime. Caso contrário, não sairemos da nefasta situação a que chegamos.

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Mensagem N°83450
De: José Ponciano Neto Data: Terça 31/7/2018 09:04:53
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Sr. Sergio.Muito obrigado pela referencia na mensagem 83.446 - A minha missão na terra é ser justo com as minhas ideias, e perfeito com o meu trabalho.Mais uma vez. Muito obrigado! José Ponciano Neto.´.

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Mensagem N°83449
De: Iara Tribuzzi Data: Segunda 30/7/2018 10:34:28
Cidade: Belo Horizonte/MG

Festa no Céu II

Iara Tribuzi

Estamos à procura de José - o santo - pai do Menino Jesus - e do seu xará José Versiani dos Anjos.
O primeiro, justo e destemido, desposou Maria, apesar da inexplicada gravidez, livrando-a da condenação pelos homens do Sinédrio, se alguém a denunciasse. Ela se refugiou nas montanhas, junto à prima Isabel e ao primo Zacarias, integrante do Sinédrio, que ficara mudo enquanto aguardava a chegada do primeiro filho - João Batista.
O segundo José é o avô materno, filho do Coronel Antônio dos Anjos, que não cheguei a conhecer. Morreu quando a minha mãe tinha dez anos, e ela sempre me falava dele:
- Este seu cabelo é igual ao do meu pai...
São José deverá explicar a São Pedro como tenho sido cobrada para continuar o cortejo da Festa no Céu, trazendo a fila das mulheres. Ele as está segurando sem motivo algum, de pura implicância! Dizem que sua rabugice teve início quando acompanhava o Mestre pelas estradas poeirentas da Judéia. Certo dia encontraram sua sogra acamada, gravemente enferma, e Jesus a curou, milagrosamente. O guardião do céu não se atreveu a comentar mas guardou para si que Jesus poderia ter ficado quieto. E permaneceu rabugento.
José, ponderado e conciliador, explicará que os Versiani são gente ordeira, não haverá tumultos.
O chefe do cerimonial aclamado por unanimidade é nosso tio Tatá- Artur de Oliveira Versiani, pachorrento e tranquilo, filho do Dr. Carlos Versiani, irmão da avó Carlota e da tia Elisa. Morou sempre em sua pequenina fazenda no município de Contendas. Não se desgastava com o movimento da capital, e tinha paciência de Jó. Ninguém conseguia apressá-lo. Terá especial cuidado com o Dr. Velloso, seu cunhado, a quem impacientavam as excessivas atribulações do cargo de desembargador do Tribunal da Relação. Costumava acordar de vez em quando muito contrariado e anunciava à mulher que iria ao Cemitério do Bonfim sapatear na tumba de um desafeto...
- Deixe o homem sossegado! Recomendava a tia Elisa, sem espanto ou alarde.
Então o avô Veloso ia quebrar o jejum com café e roscas glaçadas na sala de jantar da sua residência, até hoje bonita situada na capital mineira à rua Bernardo Guimarães, 1200. Pertinho da igreja de Lourdes.

Iara Tribuzzi/No grande eclipse da lua Inverno de 2018

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Mensagem N°83448
De: Iara Tribuzzi Data: Segunda 30/7/2018 09:52:11
Cidade: Belo Horizonte/MG

Queridas Amigas Acabo de levar um susto. A Lourdinha Costa me ligou, lá de Salinas, e disse que devemos organizar um encontro para, no final do ano, celebrar os 60 anos de formatura do Curso de professoras - da primeira turma do INSA - Instituto Nossa Senhora Aparecida. A lembrança me enternece, e me leva de volta às aulas, às freiras, às festas... ao sol da caminhada para o colégio. Lembram que desfilamos fantasiadas de ciganas? Nunca entendi, e nem o motivo da canção: Vem, ó cigana bonita Ler o meu destino Que mistérios tem *** Tu dirás se a sorte Será má ou boa... Deus meu, já se passaram 60 anos! Alguém pode afirmar se a sorte foi má ou boa? Sabemos a da vida que vivemos, e ela é boa, às vezes má? Preferia cantar Então o vento Lá dentro do mato Onde apenas havia O barulho insensato Das coisas sem nome... Riqueza maior são as lembranças daquela Salinas cheia de magia. O rio limpo, o Jenipapeiro e o pé de Magnólias da Praça, as ruas tranquilas, as loucas esperanças, sonhos da juventude, noites silenciosas, música do Clube ASA, música da Igreja. Cantadas nas procissões e festas Exaltemos com amor e ufania Um recanto luzente de Minas. Sempre fostes um oásis bendito Minha terra formosa Salinas... De risos e cantos será o nosso encontro. Espero notícias, Lourdinha também. Muitas saudades, meu afeto. Iara Tribuzzi Inverno 2018/ Eclipse total da Lua.

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Mensagem N°83447
De: Ernesto Data: Domingo 29/7/2018 18:30:10
Cidade: Jaíba

Eram 4 irmãos e um primo. Quatro rapazes e uma moça. Tinham idade entre 15 e 30 anos. Viajavam para uma festa. No caminho, na estrada entre Verdelândia e Jaíba. chamada de MG 401, na estrada o Fiat Uno em que viajavam foi batido atrás por um Hyundai CCreta, de BH. que seria conduzido por sargento PM aposentado, de 50 anos, que se feriu sem gravidade. O Uno capotou. Todos morreram - 4 rapazes e uma moça. Foi na noite de sábado. Assim vão nossas estradas, e a rotina de mortos de nossas estradas.

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Mensagem N°83446
De: Sérgio Data: Sábado 28/7/2018 09:56:21
Cidade: M. Claros

Sáb 28/07/18 - 9h39 - "Visando garantir a vazão ecológica do Rio Pacui após captação que abastecerá Montes Claros a partir do próximo mês (agosto)..."

Por esta informação, do sempre eficiente José Ponciano Neto, ficamos sabendo: está próximo o fim do longo racionamento de água imposto à população de M. Claros. Ouvi comentário de que, chegada a água do Rio Pacui, aqui anunciada para o mês de agosto, a Copasa reduzirá o intervalo do racionamento para um dia. Um mês depois, suspenderá o racionamento que dura mais de um ano. Oxalá isto aconteça pois a população já foi muito sacrificada.

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Mensagem N°83445
De: Manoel Hygino Data: Sábado 28/7/2018 07:42:53
Cidade: Belo Horizonte

Morte em Manágua

Manoel Hygino

Autoridades forenses nicaraguenses confirmaram que a estudante brasileira de medicina Raynéia Lima, de 31 anos, morreu por perfurações de balas no tórax e abdômen, após ataque supostamente de paramilitares. Eles atuam como força de repressão aos protestos que sacodem o país desde abril para exigir a saída de Daniel Ortega da presidência. Os mortos são além de 340, até agora, e o número de pessoas que perderam a vida cresce incessantemente.
A brasileira vivia há seis anos no país, onde cursava o último ano de medicina na Universidade Americana, e acabou ferida quando o veículo que dirigia foi atingido por disparos no Sudoeste de Manágua, em área dominada por paramilitares ligados a Ortega.
O escritor catarinense Emanuel Medeiros Vieira, perseguido e preso no Brasil pela ditadura militar de cá, e que ora sofre com um câncer que lhe atormenta os dias, em Salvador (BA), onde reside, envia mensagem, em nome dos democratas da Nicarágua. Pede que se divulguem os clamores contra o massacre de que têm sido vítimas, os que são da Nicarágua ou que lá moram.
Observa que, em 1979, todos os democratas apoiaram a Revolução Sandinista que derrubou a ditadura de Anastásio Somoza, não muito diferente, aliás, de muitas outras que dominaram as Américas do Sul e Central, digo-o eu.
A atual e violenta repressão de Daniel Ortega – que mudou de posição e optou por oprimir o seu próprio povo –, deixou ao menos 351 mortos em três meses de levante popular, mas continua no poder e sanguinário. Os estudantes o chamam de novo Somoza. Ele – traidor da revolução – aliou-se “à fatia mais reacionária e corrupta da elite nicaraguense”.
A Conferência Episcopal do país convocou um jejum coletivo para condenar a violência. Os bispos dizem que será “um ato de desagravo pelas profanações realizadas nestes últimos meses contra Deus”, em alusão à tremenda repressão às manifestações – em geral pacíficas – “contra o tirano”, que fez da esposa vice-presidente.
Os antigos integrantes do grupo formado nas Américas para derrubar as ditaduras de seus países desertaram. Sabe-se o que aconteceu com Cuba, buscando hoje nova vias para o povo e a economia nacional. No Brasil, Leonardo Boff condena os caminhos assumidos pelo ditador Ortega. Resta a Venezuela, falida em todos os sentidos. Até quando Nicolás Maduro resistirá?
Entre nós, o jornalista Clóvis Rossi, referindo-se à situação na Nicarágua, lembra Fidel em seu tempo idealista: “ah, velho Fidel, que tristeza ver que os sonhos que sonharam parcelas significativas dos jovens latino-americanos tenham sido soterrados por ditaduras”.
Fidel comentara: “chega já dessa ilusão de que os problemas do mundo podem ser resolvidos com armas nucleares! As bombas poderão até matar os famintos, os enfermos e os ignorantes, mas não podem matar a fome, as enfermidades e a ignorância”.
A lição é válida também para outros armamentos, em todos os lugares do planeta. Enquanto isso, mais um brasileiro é morto, agora em Angola. Aguardemos.

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Mensagem N°83444
De: José Ponciano Neto Data: Sexta 27/7/2018 20:09:46
Cidade: Montes Claros - MG

Plataforma fluviométrica de tecnologia avançada vai garantir o controle da vazão ecológica do Rio Pacui - Visando garantir a vazão ecológica do Rio Pacui após captação que abastecerá Montes Claros a partir do próximo mês (Agosto), a Copasa instalou uma Plataforma Fluviométrica de ultima geração no Sistema de Abastecimento Pacuí.
Esta estação – desta forma pode chamá-la – conta com equipamentos (Modem e Antena GOES) e um datalogger –encapsulado- para pressão e vazão, com sensor interno que vai monitorar a distribuição da água no manancial – vazão de captação e vazão ecológica.
Nesta configuração durante muitos anos (ano a ano), será possível determinar a “curva chave” do rio através das variáveis constantes ao longo do tempo; e garantir a vazão determinada para sobrevivência do rio conforme condicionante.
Esta Estação Fluviométrica Eletrônica (Plataforma de Coleta de Dados – PCD) contém suas especificações técnicas conforme exigidas pela NOAA (U.S. National Oceanic and Atmospheric Administration), instituição ligada ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que cedeu os satélites (GOES) para a transição dos dados em terra. É o mesmo sistema usado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Os primeiros testes operacionais feitos pela empresa contratada já foram feitos com sucesso.
As atividades fundamentais desta Estação são:
- Monitoramento e observação do sistema com instrumentos e redes de coleta de dados.
- Compreender e descrever os procedimentos hidráulico do Rio Pacui através da pesquisa e análise desses dados.
Os estudos servirão para comprovar o suporte do Rio Pacui e a vazão pretendida pela concessionária sem trazer problema socioambiental.
Estacões como estas serão instaladas nos Rios que abastecem a Barragem de Juramento com os mesmos objetivos. – 27/07/2018


(*) José Ponciano Neto: Tec. Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Supervisor da Estação Climatológica da Barragem de Juramento

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Mensagem N°83443
De: Manoel Hygino Data: Sexta 27/7/2018 06:37:31
Cidade: Belo Horizonte

O aniversário de Fidel

Manoel Hygino

Não sei se era sexta-feira, mas foi em 13 de agosto, no remoto 1926, que nasceu Fidel, em Birán, pequeno povoado da província de Holguín, em Cuba. Se fosse vivo, completaria 94 anos em 2018. Filho de imigrantes espanhóis e proprietários rurais, estudou em Santiago de Cuba e Havana. Em 1944, recebeu o prêmio de atleta estudantil e, no ano posterior, ingressou no curso de Direito da Universidade, tornando-se em seguida, dirigente da Federação dos Estudantes Universitários. Alina, a filha rebelde, como tal considerada por não poucos, conta que, na Faculdade, não concluiu o curso e não aprendeu qualquer ofício. Tentou todas as possibilidades no comércio, desde criar galinhas a granel no sótão do prédio em que se instalara, até vender frituras num esquina de Havana Velha.
O parágrafo seguinte é todo dela: “Foi, então, que decidiu usar astúcia na política. Conseguiu livrar-se dos rivais e, numa ascensão pontilhada de convenientes acidentes, atingiu o status de líder estudantil... Tinha uma estatura irrepreensível e o encanto de sem-vergonhice”.
Fidel conseguiu subir e se contrapôs a Fulgencio Batista, ex-sargento-taquígrafo do Exército. Este começou a agir conquistando apoio de círculos militares. Fez-se general e, em março de 1952, se nomeou presidente da República.
Fidel adotou a política anti-imperialista de esquerda, enquanto estudava Direito. Depois de rebeliões contra os governos de direita na República Dominicana e Colômbia, planejou a derrubada do presidente Batista, lançando um ataque fracassado ao Quartel Moncada em 1953. Depois de um ano de prisão, viajou para o México, onde formou um grupo revolucionário, com seu irmão Raúl Castro e Che Guevara. Voltando a Cuba, assumiu papel fundamental
na Revolução Cubana, liderando o movimento em uma guerrilha, na Serra maestra. Após a derrota de Batista em 1959, assumiu o poder militar e político como primeiro-ministro de Cuba. Os Estados Unidos ficaram alarmados com as relações amistosas de Castro com a União Soviética e tentaram removê-lo através de assassinato, bloqueio econômico e contrarrevolução, invasão da Baía dos Porcos em 1961.
Adotando um modelo marxista-leninista de desenvolvimento, Castro converteu Cuba em uma ditadura socialista sob comando do Partido Comunista, o primeiro do hemisfério ocidental. As reformas introduziram o planejamento econômico central e levaram Cuba a alcançar índices elevados de desenvolvimento humano e social, como a menor taxa de mortalidade infantil.
O mundo todo sabe sobre Fidel, diante das posteriores dificuldades internas e falta de investimentos soviéticos. Em julho de 2006, doença nos intestinos, levando Fidel a transferir a presidência ao irmão Raúl. Em 2008, anuncia que não se candidataria á presidência. Bom esclarecer que Fidel nunca foi eleito por via direta. Em 25 de novembro de 2016, aos 90 anos, falece.
Entre 13 próximo e 15 de novembro, haverá em Cuba consulta sobre mudanças fundamentais. O termo “comunismo” é eliminado da Carta Magna, reconhece-se a propriedade privada e a possibilidade de casamento entre pessoas do mesmo gênero. Os ossos de Fidel devem estar tremendo sob a terra cubana.

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Mensagem N°83442
De: Alexandre Data: Quinta 26/7/2018 14:46:43
Cidade: Francisco Sá

A descida da Serra de Francisco Sá voltou a ficar interditada hoje, por duas horas, devido a acidente com uma carreta de Pato Branco, Paraná.
A carreta estava cheia de fraldas e tombou aparentemente sem uma causa externa. Logo, dezenas de pessoas passaram a saquear a carga, que se espalhou pela pista interditada.
Os acidentes, neste local, são comuns, e se agravam dia a dia. A descida foi batizada pelos moradores de bairros próximos como "curva do vento lateral", talvez por causa dos constantes ventos.
De tanto acidente no trecho, por tempos, os moradores chegam a ficar de prontidão, aguardando um acidente, com chance de recolher alguma coisa esparramada pela pista.
Em certa época, as autoridades chegaram a investigar se é verdade que alguém atira óleo na pista, para favorecer acidentes.
No acidente de hoje, o motorista e sua acompanhante sofreram ferimentos superficiais.

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Mensagem N°83441
De: Alberto Sena Data: Quarta 25/7/2018 07:53:28
Cidade: Belo Horizonte/MG

Xô, Alzheimer Urbano

Alberto Sena

Em reflexões sobre o meu interesse em preservar a memória pessoal e coletiva de Montes Claros, chego a algumas conclusões. A principal delas, após consulta feita diretamente a minha alma, está relacionada ao fato de eu nunca ter conhecido os meus avós, tanto por parte de pai como por parte de mãe. Muitos dos amigos de infância, vizinhos, dentre outros, tinham avós vivos. Eu não. Não podia dizer: “Vou lá para a casa de vovó – ou vovô”.
É de bom alvitre dizer logo, o não ter avós vivos nem os ter conhecido, a não ser a avó Antonina, mãe de minha mãe, mas por fotografia, nunca vi o rosto dos demais avós, mas, isso não significou para mim nenhum trauma ou algo do tipo. É só uma questão de curiosidade, querer saber sobre a “herança de si mesmo”. Somado a isso, a minha função de escrevinhador também me impulsiona a buscar preservar a memória.
Quem me acompanha no dia a dia sabe, frequentemente, eu assino publicação de crônicas na mídia de Montes Claros, principalmente no site montesclaros.com desde 23 de fevereiro de 2010. É só verificar para constatar, a maioria das crônicas está relacionada a Montes Claros, do tempo em que vivi aí, do nascimento, pelas mãos de Irmã Beata, aos 22 anos de idade, quando de mala e cuia vim morar em Belo horizonte.
A distância também contribuiu para formar o interesse pela preservação da memória coletiva de Montes Claros. Foi como catapulta e me levou a mergulhar nas lembranças vividas em minha terra querida. Se eu tivesse o dom da ubiquidade, poderia ter visto de perto o crescimento de Montes Claros, estando em Belo Horizonte. Como não o tenho, não vi, não assisti a cidade crescer e se expandir pelos quadrantes.
Daqui dos píncaros da Serra do Curral, já pude alertar em algumas oportunidades sobre o perigo de a memória de Montes Claros ser comprometida pelo “Alzheimer urbano”. Na cidade há gente da maior competência para ajudar a evitar o avanço da doença.
Alguns poderão dizer, “é tarde”. E eu digo: antes tarde do que mais tarde. Vamos imaginar o seguinte: em Montes Claros há um certo número de pessoas que se interessam pela preservação da memória coletiva dos montesclarinos e da cidade.
Que essas pessoas possam se reunir e discutir a questão tendo em vista formar uma equipe, cada um com a sua atribuição, com o objetivo de escarafunchar os escaninhos da memória de Montes Claros e, ao final, depois da trabalheira toda, publicar um ou mais livros. Como fez Hermes de Paula e deixou para as gerações.
Na minha modesta opinião, a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) tem a obrigação de encabeçar uma iniciativa neste sentido. E por intermédio dela, envolver os vários segmentos da sociedade montesclarina necessários para a realização do trabalho. Se isso não for feito já, a memória coletiva de Montes Claros irá se limitar à preciosidade deixada para nós por Hermes de Paula.
Senão, vejamos. Contemplando Montes Claros como é hoje, quem nasceu ontem sabe, a explosão da cidade culminou com o surgimento da BR 251, que precisa ser duplicada urgentemente. Sem entrar no mérito da estrada em si, ela trouxe para Montes Claros gente de toda parte do Brasil. A miscigenação acontecida é capaz de arrancar do antropólogo Darcy Ribeiro alegria sem tamanho, esteja ele aonde estiver.
Mas, esse movimento sociológico e pendular de brasileiros trouxe toda sorte de gente. De lá para cá, a violência cresceu aos níveis de cidade grande. Basta fazer um rápido exercício de memória. Antes, as casas de Montes Claros tinham muretas com portões e alpendres. Quem quisesse, de um salto podia transpor as muretas. Duma hora para a outra viam-se as muretas serem transformadas em muros altos.
Depois dos muros vieram as cercas elétricas. Lembro-me bem, que se chegou a cogitar impedir o alastramento delas, mas ninguém conseguiu barrá-las porque a própria polícia, ao aceitá-la confessava a sua incapacidade de dar segurança adequada à população. E todas as gentes se fecharam com medo da violência.
No estágio atual, Montes Claros parece estar em estado de guerra. As concertinas utilizadas nos campos de batalha desde a Segunda Guerra Mundial, e a gente via só nas fitas de cinema, ressurgiram e passaram a enfear a paisagem urbana, muito mais do que os muros altos e as cercas elétricas.
Mas, a Montes Claros de então, aquela das décadas de 50, 60 e 70 ainda vive, embora sufocada pela metrópole a que a cidade se transformou. Se houver interesse comum – tudo começa a partir do desejo; é como caminhar, se o primeiro passo não for dado, não haverá caminhada – o ímã da energia cósmica imantará a materialização da obra.
O que não deve mais acontecer é uma simples justificativa do porquê não ter feito. Como dizia Darcy Ribeiro, um dos mais ilustres filhos dessa terra de Gonçalves Figueira e de índios Tapuia: “Você pode conseguir dinheiro em qualquer parte do mundo, desde que tenha na mão um bom projeto”.

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Mensagem N°83440
De: Manoel Hygino Data: Quarta 25/7/2018 09:03:49
Cidade: Belo Horizonte

O cotidiano brasileiro

Manoel Hygino

O engenheiro Fernando Guedes de Melo é perguntado como se posicionaria com relação a Nietzsche, para quem a mensagem matinal seria uma espécie de “hoje, vou dar alegria a alguém”. O entrevistado não tem dificuldade em responder:
“Como budista, geralmente concordo com a opinião do bodhisattva: que eu seja um instrumento para a felicidade e a iluminação de todos os seres, que esteja a serviço da paz, da sabedoria, que este seja um dia de despertar a harmonia para todo o mundo”.
Esta, contudo, deveria ser a mensagem de cada homem, de qualquer religião em todos os lugares do mundo, o que ora não acontece, com a sucessão de ameaças entre pessoas que vivem na mesma pátria, entre países e povos cujos mandatários não se entendem e trocam incessantemente acusações e promessas de agressões mútuas, de toda natureza, inclusive econômicas e bélicas.
O Brasil vive um período dramático de sua história, em que as próprias autoridades não sabem como firmar posição em face da violência hoje imperante. Tenho um caso horrível à mão. Um adolescente roubou um celular e apanhou até a morte em minha cidade natal, no Norte de Minas. Tinha quatorze anos e foi linchado, após acusação do furto. Colhido por sete moradores, estes o agrediram a pauladas, socos e pontapés. A vítima não resistiu. O aparelho não foi localizado pela polícia, que informou: entre os detidos pelo cruel homicídio estavam dois jovens de 13 anos, dois de 15 e um de 16. Os demais sumiram.
Estas são as reações que se vão tornando constantes em todas as cidades brasileiras, nas quais agem marginais já formados em idade e experiência e os que, talvez se julgando heróis a serviço do bem, acabam ilhados pelos agentes da lei. Irão para a cadeia? Cadeia resolve o problema, que é muito maior? Deixá-los soltos? Encaminhá-los a instituições ditas de sócio educação?
O povo se encontra em meio ao pesadelo, ou, usando a velha expressão, como cego em meio a tiroteio. Assim é a nossa pátria, pátria amada, salve-salve, em que só se salva quem puder. Estamos forjando a maior concentração de malfeitores do mundo, quem sabe? A esta altura... O povo paga imposto alto, ou faz de conta que paga, para reclamar dos insuficientes e ineficientes serviços públicos.
Enviar os adolescentes para estabelecimentos sócio-educativos? A expressão é bonita, mas não exatamente correta. As demonstrações revelam que essas casas são mais de aprimoramento de futuros malfeitores reiterados.
Construir novas prisões para os que ignoram ou agem contra a lei? É mais dinheiro, muito dinheiro, para solução no mínimo duvidosa, abertamente falsa. Cadeia não educa, pelo menos entre nós.
Já se sabe: o Brasil é o terceiro país do mundo em número de presos, isto é, 726 mil. E pior: outros 586 mil estão nas ruas quando deveriam estar detrás das grades. É dado oficial, divulgado pelo ministro Extraordinário de Segurança, Raul Jungmann.
No final do ano, eles somarão 841,8 mil; em 2025, 1,4 milhão de presos. O déficit de vagas prisionais é de 358.663. Haja dinheiro para pagar tributos!


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Mensagem N°83439
De: Alberto Sena Data: Segunda 23/7/2018 08:08:16
Cidade: Belo Horizonte/MG

Desta casa jorrou aluvião de lembrança

Alberto Sena

A casa em epígrafe é secular. Posso afirmar isso. Mas, se não for, já é quase secular, por uma razão simples, questão de aritmética. Tenho 68 anos de idade e conheço essa casa desde criança. Certamente, ela já existia bem antes de mim.
Encaro-a, hoje, ao revê-la, aparentemente integra, como testemunha muda de muitos acontecimentos montesclarinos, porque, ali próximo, moraram personalidades importantes como Capitão Enéas, benemérito da antiga Burarama; e Olímpio Campos, ex-prefeito de São João da Ponte, assassinado em Montes Claros durante um comício, em cima de um palanque.
Essa casa, ela poderá ser vista na esquina de ruas General Carneiro e João Pinheiro. Conheço-a só do lado de fora, hoje pintada de azul clarinho, portas e janelas em azul mais forte. Eu a vi pela primeira vez, quando fui à casa de Rubinho, primo meu, batizado Rubens Sena Almeida, filho de Cipriano Almeida e de minha madrinha Ambrosina, irmã de mãe, Elvira. A casa de Rubinho ficava na esquina, mas do outro lado.
Essa bendita casa é a única sobrevivente da especulação imobiliária nas imediações. E é de importância para a memória tanto dos seus proprietários, certamente, como também para muita gente, imagino. Particularmente, a existência e a resistência dela são importantes para mim como também para o jornalista Felipe Gabrich, que morou ali próximo. E ouso garantir, também, que é importante para a prima, membro da Academia Feminina de Letras de Montes Claros, Magela Sena - Geralda Magela Sena Almeida, irmã de Rubinho.
Em conversa com Felipe, hoje, ele me conta que a casa era de Dona Angélica Souto, já falecida. Moram nela, atualmente, os filhos de dona Angélica, Geraldo, Francisco e uma irmã deles que, no momento, o amigo não se lembrava do nome. Havia outros filhos dela, como Zeca, que teria morrido afogado no Rio Carrapato, praticamente inexiste hoje.
Ele, certamente, era da época em que as mães temiam perder os seus filhos afogados nos rios de Montes Claros, como o Melo, por exemplo, Laginha e Pai João. Havia mãe que passava a unha no braço do filho logo ao chegar em casa, depois de ter ficado fora a tarde toda. Se ficasse a marca, um rastro branco, a surra era fatal.
Mas, a casa de Dona Angélica ali está em pé e isto é a parte mais importante. É toda feita de adobe. As casas de adobe são deveras resistentes. Vêm os ventos, e elas permanecem firmes. Vêm o sol e a chuva e lá estão elas como se tivessem sido edificadas sobre rocha.
Uma particularidade dessa casa é o telhado. Em vez de caibros de madeira, os dela são de taboca, segundo Gabrich. E as telhas, são autênticas, feitas nas coxas. Sim, antigamente, os moldes dessas telhas eram as coxas.
Evidentemente, não se usa mais fazer telhas assim, mas a expressão, “feito nas coxas” permaneceu e tomou conotações várias e uma delas é bem debochada, ao se referir a alguma coisa feita sem zelo.
Essa casa foi a essência da conversa demorada com Gabrich, quando tratamos da importância de preservar a memória de Montes Claros. Aqueles que tinham a história da cidade na palma da mão já se foram, como Luiz de Paula, Hermes de Paula, João Valle Maurício, Simeão Ribeiro Pires, entre outros.
Se não houver uma iniciativa da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, do Museu Regional do Norte de Minas (MRNM) ou de quem mais se interessar, a história da cidade irá desaparecer assim como os rios Carrapato, Melo, Laginha e outros desapareceram. O que é de deixar qualquer um contristado. Os tempos atuais seguem em velocidade de Fórmula 1.
De certa forma, tento resgatar alguma coisa sobre a memória de Montes Claros e minha. Já está quase ao ponto de ir para o prelo mais um livro – só aguardo o interesse de alguma editora – este intimamente relacionado com a memória da cidade e de minha geração, com destaque para as décadas de 50, 60 e 70, intitulado “Retratos de Nós Mesmos”.
Penso o seguinte: uma pessoa acometida da “Doença do Alemão”, o cruel Alzheimer, perde a memória e isso é muito triste. E uma cidade sem memória, devido a negligência de seu povo, é como um pai cujo filho desalmado abandonou-o ao esquecimento depois de receber tudo dele.
Na época do antigo “Primário”, no então Grupo Escolar Gonçalves Chaves, hoje Escola Estadual, as professoras ensinavam tudo sobre o município de Montes Claros. Pergunto: hoje em dia as escolas têm esse cuidado?

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Mensagem N°83438
De: Manoel Hygino Data: Terça 24/7/2018 08:27:43
Cidade: Belo Horizonte

A morte das ferrovias

Manoel Hygino

Abre-se o jornal e se constata, da manchete da primeira página aos artigos da editoria de economia, a predominância de títulos e conteúdos sobre o sistema ferroviário nacional. De uma hora pra outra, depois da greve dos caminhoneiros que atormentou a vida brasileira e dos brasileiros, que a nação estava – e está – extremamente vulnerável a todo tipo de desastres no sistema de transportes. Até hoje, a cada dia, surgem notícias dos efeitos da nefasta paralisação.
Descobre-se, somente após a greve, que estávamos marchando errados na política do setor e que se há de reexaminar o assunto, para podermos ter tranquilidade no futuro. Lendo “Diário da Falsa Cruz de Caravaca”, de Rogério Moreira, editado pela Thesaurus, de Brasília, percebe-se em que encrenca nos metemos e da qual temos de sair com a possível brevidade.
Pedro Rogério Couto Moreira é jornalista, escritor, membro da Academia Mineira de Letras, a cujo pai, presidente perpétuo, Vivaldi Moreira, se deve a instalação do sodalício em sede própria na rua da Bahia. Nascido em Belo Horizonte, jovem vendedor de balcão na Livraria Itatiaia, na mesma rua, ali começou seu relacionamento com a matéria impressa. Tornou-se jornalista conceituado, sem favor, passou pela redação de jornais de circulação nacional, foi designado correspondente da Rede Globo na Amazônia, encontrando um novo mundo, novos locais e personagens. Assim como identificou problemas que persistem, entre os quais da antiga Estrada de Ferro Tocantins, de que só se encontram relíquias.
Ferrovia de curtíssima vida, pois construída nos começos dos anos 1930, foi destruída numa penada do ministro da Viação e Obras Públicas do governo militar, em 1950. Observou: “A civilização do automóvel decretou que o trem de ferro era coisa do passado, coisa de capiau. O mundo tem de andar de quatro rodas nos asfalto”.
Tece considerações oportunas, sobretudo nesta hora: “É um mistério intrigante a morte das ferrovias brasileiras. Os Estados Unidos entronizaram o automóvel no seu panteão nacional. Dele fizeram ícone, herói feito gente de carne e osso, mas mantiveram a sua formidável malha ferroviária. Os europeus trataram de reconstruir a malha deles depois da Segunda Guerra Mundial, e com ajuda financeira americana. Por que no Brasil foi diferente?”.
As observações vêm em seguida: “Assim como mataram índios na Amazônia, assassinaram nossas ferrovias, aqui e sobretudo no Centro-Sul do País. O argumento era o déficit que acarretavam. É claro, elas não foram modernizadas, a via permanente da maioria delas era de bitola estreia. Tiraram os trens de circulação e, depois, completaram o serviço sujo, como fazem os mafiosos para não deixar pistas do crime; erradicaram os trilhos e dormentes. Mataram muito da alma brasileira com a extinção das ferrovias. Em Minas, um pedaço de cada ser mineiro morreu nos anos 50”.
Bem mais adiante em seu novo livro, que descreve em minúcias a vida na região amazônica, Pedro Rogério retorna “ao trem de ferro motivo deste registro e um relicário precioso da minha infância em Minas, tendo eu vivido, sem o saber, ao estertores desse meio de transporte, eficiente e barato”.
E lamento: “É mais do que nostalgia, é revolta contra quem, de modo criminoso, acabou com a nossa maravilhosa malha ferroviária de passageiros, sob o feitiço do rodoviarismo”.

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Mensagem N°83437
De: Afonso C S Guimarães Data: Segunda 23/7/2018 22:34:21
Cidade: Montes Claros/MG

"23/7/1962 - Falece, aos primeiros minutos da madrugada, em desastre ferroviário, nas imediações de Sete Lagoas, Maria Aparecida Braga (Cidoca), filha de Manoel Barbosa Braga e dona Zenóbia Batista Braga.
Era diplomada nos cursos de normalista e contabilista pelo Colégio Imaculada Conceição de Montes Claros, e lecionava no Jardim da Infância Presidente Bernardes, desta cidade." Lembro-me dela. Sempre a via na Av. Francisco Sá, quando eu ia para a Missa ou a catequese na Catedral, no fim dos anos 50 e início dos 60. Além dela, mais 2 ou 3 vítimas fatais foram registradas no eixo ferroviário de Belo Horizonte ao Centro e Norte de Minas, em cerca de 70 anos de um serviço seguro, econômico e confortável para a época, ao contrário do que vem ocorrendo nas rodovias do Estado e do país, com graves ou gravíssimos acidentes, trazendo enormes sofrimentos para os parentes e amigos das inúmeras vítimas dos acidentes, praticamente diários, devido às falhas humanas e às condições inadequadas das rodovias para o trânsito cada dia mais intenso de veículos leves e pesados/pesadíssimos. É indispensável que toda a sociedade montesclarense e norte-mineira se una e reivindique com muito empenho maior segurança nessas rodovias, pois foram 54.750 mortos no trânsito do Brasil, apenas em 2017, um dos mais altos do mundo, fora os feridos graves/gravíssimos, exatamente pelas razões acima citadas.

(*) Engenheiro

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Mensagem N°83436
De: O Tempo Data: Sábado 21/7/2018 10:33:16
Cidade: Belo Horizonte

Adolescente rouba celular e apanha até a morte em Montes Claros - 21/07/18 – Mariana Nogueira - Um adolescente de 14 anos foi linchado até a morte em Montes Claros, no Norte de Minas, após ser acusado de furtar um celular em um bar da cidade. No fim da tarde dessa sexta-feira (20), (...) foi abordado por pelo menos sete moradores que, revoltados, o agrediram com pauladas, socos e pontapés. O crime aconteceu no bairro Recanto das Águas. Segundo a Polícia Militar, o adolescente teria furtado um celular em um bar na rua 10. A proprietária do estabelecimento contou aos militares que o celular do seu neto estava no interior do comércio quando a vítima do homicídio entrou e furtou o aparelho. Após o fato, moradores procuraram o possível ladrão e o levaram de volta até à dona do bar, que confirmou a identidade dele. Ao sair do local, a vítima tentou correr mas foi agredida pelos moradores. (...) ainda teria tentado fugir mais uma vez entrando na casa de uma senhora, mas foi alcançado e linchado até a morte. O celular que teria sido furtado não foi encontrado pela polícia. A Polícia Militar informou que cinco pessoas foram detidas pelo crime, sendo dois jovens de 18 anos, dois de 15 e um de 16. Outros dois suspeitos (..., 18, e..., 21), estavam foragidos até a última atualização desta reportagem. Na manhã deste sábado (21), autores de linchamento prestavam depoimento na delegacia de Polícia Civil do município. A previsão é de que o corpo do adolescente seja enterrado ainda neste sábado em Montes Claros.

***

Estado de Minas - Adolescente de 14 anos é linchado em Montes Claros - Luiz Ribeiro - 21/07/2018 - Um adolescente de 14 anos foi agredido até a morte por causa do roubo de um telefone celular em Montes Claros (Norte de Minas). A vítima, (...), foi morta com socos, pontapés e pauladas. Foram identificados pela Polícia Militar seis suspeitos do linchamento: dois adolescentes de 15 anos e um de 16, dois jovens de 18 e outro de 21. Eles foram levados para a delegacia de Polícia Civil da cidade, onde estão sendo ouvidos na manhã deste sábado. O linchamento ocorreu no fim da tarde de sexta-feira, no Bairro Recanto das Águas, área socialmente vulnerável e com alto índice de ocorrências policiais. Os suspeitos confessaram para os policiais que agrediram o adolescente depois de ele ter roubado um aparelho celular no bar de uma moradora do Recanto das Águas. A vítima chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu), que constatou a morte. O corpo do adolescente será enterrado na tarde deste sábado, no cemitério local.

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Mensagem N°83435
De: Manoel Hygino Data: Sexta 20/7/2018 10:17:08
Cidade: Belo Horizonte/MG

Tragédia na BR-251

Manoel Hygino

Não causa mais susto sequer. A sucessão de graves acidentes nas rodovias do norte de Minas se transformou num registro corriqueiro que ocupa amplos espaços nos jornais, no noticiário das rádios ou imagens na televisão.
O desastre na BR-251, em Francisco Sá, nome de um dos grandes benfeitores da região, que levou ferrovia a extensos territórios de um estado praticamente com as dimensões da França, não mais serve como advertência aos gestores da administração pública; todos sabem da grandeza do problema, crescente com o número de veículos que por ali circulam e pela falta de atenção para as condições precárias da malha rodoviária.
Quando o ministro Francisco Sá, nas duas primeiras décadas do século findo, decidiu envolver-se pessoalmente na construção de ferrovia para suprir a demanda do inóspito sertão, preconizava também o crescimento da população e da produção agropecuária e, consequentemente, de vias adequadas de comunicação e para escoamento das safras.
Depois, aconteceu o que se conhece: a rápida ampliação do sistema rodoviário, em detrimento do ferroviário. Em determinado momento, as estradas de ferro foram reduzidas a plano secundário, com trechos enormes sumariamente supressos. Daí, a situação a que se chegou, sem que o poder público assumisse sua responsabilidade na manutenção condizente das autoestradas, a despeito de sua importância econômica, social e humana.
A tragédia do primeiro dia útil da semana é um grito de acusação (àqueles que insistem em ignorar fatos que não mais acontecem frequentemente, porque são incessantes. No mais recente acidente (se outro não ocorrer enquanto redijo estas linhas), pereceram – ou foram assassinados- oito pessoas, ferindo-se nada menos de 53 brasileiros. Pela descrição, percebe-se que serviços prestavam os veículos: cinco carros de passeio, um ônibus e cinco carretas. Não se contaram inicialmente os desaparecidos.
Por um terrível capricho da sorte, um carro Fiat estava a serviço da saúde da Prefeitura de Rio Pardo de Minas, transportando pacientes em tratamento de câncer, que diariamente faziam terapia em Montes Claros. Eram sete passageiros, de que não se tem maiores informações, mas se pode adivinhar. No ônibus, envolvido no desastre – e aqui o substantivo parece bem usado- estavam 16 crianças, que felizmente se salvaram, o mesmo não acontecendo com 64 adultos, atendidos em hospital de Francisco Sá.
Evidentemente, todo cuidado se exige ao trafegar por ali, com curvas sinuosas, que exigem perícia e prudência. Das autoridades, porém, muito mais se pretende, embora os mortos não reclamem. Perdurará o registro de vidas destruídas por todo o solo brasileiro, porque não se dá indispensável atenção às autopistas, transformadas verdadeiramente em caminhos para as necrópoles.
Não há tempo para fazer alguma coisa, porque estamos em período de caça aos votos. Aos candidatos, caberá prometer, esperando-se que sejam fiéis aos compromissos assumidos. Outubro está chegando com uma carga pesada de anseios e reivindicações de uma população tão carente e mal retribuída. Urge mudar o quadro e o clima. O cidadão está cansado de esquecimento ou de ser simples instrumento de manobra.


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Mensagem N°83434
De: Casemiro Data: Quinta 19/7/2018 09:07:33
Cidade: M. Claros

Qui 19/07/18 - 8h09 - No dia de hoje, há 62 anos, desembarcava o 10° Batalhão da PM: “1956 – Chega a Montes Claros um contingente do 10º Batalhão de Infantaria da Polícia Militar de Minas Gerais, que ficará sediado nesta cidade. Seu Comandane é o tte. Cel. Geraldo Batista”


"Eu me lembro! eu me lembro! - Era pequeno"

Sim, eu me lembro. Tinha 6 anos incompletos. Meu pai me segurou fortemente pela mão e disse - vamos ali.
Paramos diante da Casa Alves, do outro lado, na esquina da praça com rua Camilo Prates.
Noite escura. Cidade de 30 mil habitantes, se tanto.
Logo, um barulho forte, de pés batendo no chão, o barulho sobreveio.
Em minutos, vi passarem homens com cuias na cabeça, o batido surdo com os pés.
Tentei, mas não foi possível ver o rosto dos homens na noite escura, pois as cuias quase que encobriam o rosto deles, total, na noite escura.
Tive medo. Meu pai segurou mais forte a minha mão. (Ainda agora, sinto este calor). Os homens passaram, a noite se encerrou.
Dias depois, com menor medo para mim, voltaram, com uma banda de música que tocou na mesma praça, debaixo das árvores - flamboyants que resistiram por longos anos.
A cidade não precisava virar o que virou.

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Mensagem N°83433
De: José Ponciano Neto Data: Quarta 18/7/2018 10:53:03
Cidade: Montes Claros-MG

Furto de cabos elétricos de alta e baixa tensão compromete o funcionamento de indústrias e da Estação de Tratamento de Esgoto - ETE - em M. Claros

O furto de cabos da rede elétrica tem acarretado transtornos e prejuízos às indústrias e para ETE de Montes Claros. O bairro mais cobiçado pelos larápios é o Distrito Industrial. O prejuízo não é só financeiro, mas, também o operacional.

Na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), por exemplo, já foram mais de 1000 metros de cabos elétricos - nos Poços profundos que abastecem alguns Barrios foram mais de 500 metros nas ultimas semanas; o dinheiro gasto com a substituição dos cabos e fios elétricos, seria possível equipar novos poços profundos.

Será necessária uma ação de investigação para saber quem são os receptadores que alimentam este tipo de crime e as pessoas que estão agindo no Distrito industrial e outros bairros; foram feitos muitos boletins de ocorrência (BOs) de todos estes furtos e, quando os ladrões são presos, no outro dia estão soltos para novos crimes.

A população e as empresas precisavam ter uma resposta com a apuração destas ocorrências. As empresas registram muitas perdas técnicas e comerciais, por isso, vem fazendo um trabalho intenso de vigilância para que sejam evitados esses tipos de atitude, porém, muitas vezes os ladrões agem em bando e armados, intimidando a vigilância.

Se alguém estiver preso ou se há inquérito em curso a população precisa identificar as quadrilhas que estão por trás disso.

Os indícios deixados pelos bandidos revelam que utilizam tesourões e outros instrumentos cortantes de péssima qualidade, devidos os estragos deixados; o produto dos furtos são trocados por drogas ou vendidos em sucatas clandestinas espalhadas pela cidade.

A retirada ilegal dos fios se enquadra como furto qualificado mediante destreza ou escalada, previsto no artigo 155 do Código Penal, com previsão de dois a oito anos de prisão.

Em suma: Furto de cabos elétricos de alta e baixa tensão compromete o funcionamento e a qualidade dos produtos e os tratamentos de água e esgoto.

(*) José Ponciano Neto: Tec. Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

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