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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Evocando o Serro Manoel Hygino As primeiras vilas surgiram em 1711: do Ribeirão do Carmo, hoje Mariana, Vila Rica, hoje Ouro Preto; Vila Real de Sabará. Em 1713, Vila de São João del-Rei; em 1714, Vila da Rainha, hoje Caeté; Vila do Príncipe, hoje Serro. Este recebeu terras de Sabará, que compreendiam todo o Norte da Capitania de Minas e São Paulo, com sede na Vila do Ribeirão do Carmo, como reconhecida em 1720 pela metrópole. Pois, foi lá, no Serro de vultos insignes de Minas, que nasceu o filho de um imigrante italiano Pignataro, que – tão logo pôde – mudou o nome para João Pinheiro, brasileiro como ele pretendia ser desde que a família para a nação sul-americana se transferira. Inquieto, não se acomodou onde lhe serviu de berço. Escapou a São Paulo e lá se diplomou em Direito, em 1887, na mais celebrada faculdade brasileira, no largo de São Francisco. De volta a Minas, tornou-se o principal chefe da propaganda republicana. Fundou o Partido e dirigiu o jornal “O Movimento”. Passou à frente. Após exercer a presidência interinamente e por curto período, elegeu-se deputado à Constituinte de 1890/1891, deixando a política em 1893 para se dedicar a atividades industriais. Em 1905, elegeu-se senador e, em seguida, presidente do Estado, em 1906, faleceu em meio ao mandato. Aristóteles Ateniense, de saudosa memória, num 16 de novembro, data de aniversário de João Pinheiro, fez um discurso em sua homenagem, evocando a seguinte reflexão em uma das paredes do sóbrio gabinete do chefe do Executivo estadual: “Amo a luta com vertigem. Gosto das dificuldades que desafiam a minha atividade. Sou fanático dos grandes obstáculos que exigem esforços supremos. O imprevisto me deslumbra e a necessidade das grandes ocasiões me fascina”. No programa de governo de João Pinheiro, contudo, há mais que vale ser lembrado: “A escrupulosa gestão dos dinheiros públicos, a interna obediência às leis, o máximo respeito às liberdades do cidadão, o acatamento aos reclamos da opinião pública, a livre manifestação das urnas - são os fatores saudáveis onde o coração republicano bebe força e alento, para ser digno dos princípios que professa do ideal que ama. Com eles e por eles, o mais obscuro filho da livre terra de Minas Gerais apresenta-se às urnas com a alma cheia dos santos pensamentos, de cujas tradições de seu país e de seu glorioso destino”. Outubro se aproxima. O sentimento de João Pinheiro, mineiro do Serro é perfeitamente válido. Não podemos repetir uma nação ao Norte, sofrendo os males antidemocráticos e os vícios da usurpação do poder.

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