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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 29 de outubro de 2024
 

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Mensagem: O cão presidencial Manoel Hygino José Mário Pereira assina a última capa do novo livro de Pedro Rogério Moreira, mineiro de quatro costados, mas que mora em outros lugares do país há dezenas de anos, presentemente em Brasília, para onde se transferiu desde que ela é capital. Pois na capa da nova publicação da Thesaurus Editora, José Mario Pereira afirma: “O que vale mesmo na vida política é a dimensão humana. Só ela redime o governante das misérias que comece contra o povo. A dimensão humana vale mais do que uma hidrelétrica, mais do que uma rodovia”. Pois no seu novo livro, Pedro Rogério Moreira explora exatamente a dimensão humana de ilustres brasileiros - ou não - que habitam a metrópole sonhada por JK, tornada terra para gente morar, tanto pobres e humildes, tanto ricos e portentosos. Com o sobejo conhecimento que angariou da cidade-monumento, o autor conquista mais luz solar para sua já extensa produção: agora com “A vida misteriosa dos gatos”, é um exemplo. Ele lembra que, quando Dilma se mudou, já presidente, para o palácio do Alvorada, levou consigo o cão Nego (com o som do e fechado). Não era novidade, observa Pedro Rogério, porque Lula também levara consigo à residência presidencial a cadela chamada Michele, cujo nome nada tem a ver com a mais recente ex-primeira- dama. O autor observa que não existe nenhum cachorro mais chamado Baleia, Rex, Plutão. Têm nome de gente. Mas a Michele da Dilma ganhou prestígio quando a Kombi da Presidência da República foi flagrada levando uma cachorrinha do Alvorada para a Granja do Torto, onde se encontravam Lula e Dona Maria Letícia numa reunião ministerial. A mulher do presidente esclareceu que uma arrumadeira do Alvorada explicara que Michele chorava demais quando a sua dona se ausentava. A Imprensa gostou, foi um escândalo enorme. Os repórteres deploraram o transporte concedido à cadelinha. Pedro Rogério argumentou, então, que não é atentado à lei um presidente conviver com seu animal de estimação sob proteção do Estado. “O rigor dos costumes republicanos não pode chegar a tanto. Todos os presidentes dos Estados Unidos levam seus cães para a Casa Branca e eles até voam no Air Force One. O importante é preservar para a família presidencial as mesmas condições de felicidade doméstica desfrutada em sua casa particular. O buraco de onde se esvai o dinheiro do contribuinte é mais embaixo, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil”. Lembrou-se: no Brasil o primeiro presidente a gostar de um animalzinho desses: o marechal Deodoro era devotado ao Tupi, que não levou para sua residência oficial, porque essa não existia. Deodoro morava numa casa modesta na rua Taylor, na Lapa, passando os últimos dias da vida acariciando o Tupi, a seus pés, sem palácio.

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