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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Povo e gente Manoel Hygino A violência no Brasil é fenômeno que impressiona toda a sociedade, inclusive a que vive em outros países. Ela é estudada porque nãos e compreende com facilidade como um país como o nosso- com suas dimensões, com suas imensas riquezas, ocupando o maior território de um hemisfério, habitado por populações que se caracterizariam pelo pacifismo e solidariedade chegou ao ponto em que está. Raquel Galinati, delegada de Polícia, diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, mestre em Filosofia e pós-graduada em Ciências Penais, processo Penal e Direito de polícia Judiciária, em artigo para jornal de Belo Horizontem, expôs a questão em sua grandeza: “A compreensão da raiz da violência urbana requer um olhar além das lentes ideológicas, direcionando o debate para questões estruturais, sociais e históricas que alimentam esse problema”. A situação a que chegamos inquieta. Intelectuais de nome como Sílvio Romero ingressaram em ia equivocada ao abordar a questão e atribuir ao desvio da população ao arianismo e com o domínio das raças inferiores no país. Encontrou um adversário à altura o Manoel Bonfim a partir da primeira década dos anos 1900. Enquanto Romero se preocupava com a degradação a raça brasileira e com o domínio das raças inferiores, o contendor, usando a Imprensa, o contesta com veemência e ao “pessimismo da sociologia da cobiça”, que nos classifica como “incapazes e inferiores”. “O bravo sergipano defende a correção de rumos e regeneração, ou a vitória sobre a opressão, por meio da educação popular. Segundo Vera Alves, para Bonfim a correção se teria de fazer por meio da educação popular, o estudo das ciências. A instrução básica, pública e de acesso a todos- a educação que liberta e traz a independência- é a grande saída revolucionária para acabar com as generalizações e simplificações errôneas, não fundamentadas por nenhuma ciência que possa realmente se entendida como tal”. Como Manoel Bonfim, Darcy Ribeiro acreditou que “a educação popular tem um papel indispensável em nosso esforço de autossuperação. Somente através dela conseguiremos que os brasileiros de amanhã manifeste em sua extraordinária criatividade, não só no exercício do futebol e no carnaval, mas em todas as formas humanas de expressão”. Manoel Bonfim viveu muito pouco, mas deixou lições fortes. Deixou, por exemplo, o ensinamento de que “Viver é acrescentar alguma coisa ao que já existe”. Para isso, imprescindível união, sem querer extraviar vantagens, com descaso pelo povo trabalhador, que não há de ser visto como mera fonte de energia produtiva, que a sociedade possa usufruir como bem desejar.

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