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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Em pratos limpos Manoel Hygino Atravessamos um período convulso no Brasil. Bastaria lembrar o que tem acontecido nestes quase três meses de 2023, para concluirmos que não estamos em paz e tranquilidade. Os fatos registrados em 8 de janeiro, em Brasília, não foram esquecidos ou guardados nas gavetas. Os brasileiros percebem e sentem que algo de errado e pernicioso ronda os destinos nacionais, enquanto as demais nações buscam soluções para problemas jamais equacionados à altura das imposições de um modo moderno, que resultasse em paz entre os povos. Afinal por que estamos em guerra ou por ela ameaçados em todos os continentes e ocasiões? Não há possibilidade de se discutirem antecipadamente propostas e desafios que afugentem o conflito armado? Já teremos esquecido os mortos e o sangue derramado em dois conflitos mundiais? Especificamente quanto ao Brasil, quais as pretensões exatas dos que invadiram as sedes dos Três Poderes da República no primeiro mês? As perguntas das primeiras horas ainda não tiveram as respostas claras e definitivas que a nação merece e requer. Há algo de perverso rondando o reino sul-americano em que vivemos, tanto quanto os imaginados na Dinamarca de séculos antes. Os noticiários policiais das emissoras de televisão sobretudo de São Paulo, o estado mais rico da União, dão o recado e a síntese do ambiente em que estamos e da magnitude dos projetos da criminalidade ali instalada. Não se trata de mera invencionice ou de divulgação de fatos apenas maquinados por muitas e bem estruturadas equipes da bandidagem impostas ao país, de que os presídios recebem somente ao diminuto grupo de foras da lei. Estamos cercados por eles e eles também inseridos no inaceitável convívio. Os recentes acontecimentos envolvendo criminosos que planejavam sequestrar e matar autoridades, inclusive o ex-juiz Sérgio Moro e familiares, bem como outros servidores identificados com o bem público, não são algo imaginários e frutos vadios da criatividade humana. Estamos em momento extremamente grave e inquietante. Não se pode crer que a rebelião dos criminosos no Rio Grande do Norte seja simplesmente parte de um vasto plano de malfeitores presos ou daqueles que ainda não o foram. É algo que põe em risco a nossa já violentada paz, que fere duramente o direito de todos os de boa vontade e limpos de espírito. * Jornalista, escritor e membro da Academia Mineira de Letras

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