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Mensagem: O adeus do líder Manoel Hygino O veterano arcebispo Desmond Tutu não teve forças para aguardar o surgimento de um novo ano. No dia 26 de dezembro, logo após o Natal dos cristãos católicos, seu coração e cérebro pararam de funcionar. Um câncer de próstata, diagnosticado em 1997, o foi dominando gradativamente de modo a afastá-lo de seu povo, a que não falava mais. Um passamento tranquilo, depois de 90 anos, grande parte dos quais em luta pela solução dos problemas sul-africanos, que constituíam o seu grande desafio. Considerado um dos últimos ícones de seu tempo em todo o mundo, abrindo uma lacuna imensa, a que seu povo precisa corresponder a título de gratidão. As grandes lideranças e os chefes de governo de Estado não deixaram de reconhecer seus notáveis méritos e insuperável força para vender os empecilhos na construção de uma nação unida em torno de ideias e ideais. O papa Francisco, prestou-lhe homenagem como chefe da Igreja de Roma. O Dalai Lama registrou que Tutu foi “um grande homem, inteiramente dedicado ao serviço de seus irmãos e irmãs”, enquanto Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, o identificava como um “farol da justiça social, liberdade e resistência não violenta”. Charles Michel, presidente do Conselho Europeu em representação dos 27 países da EU, o viu como “um homem que deu a vida pela liberdade com um profundo compromisso com a dignidade humana”. O presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, concluiu: “Desmond Tutu seguiu seu chamado espiritual para criar um mundo melhor, mais livre e igual”. Contrariamente a outras lideranças da África do Sul e outras nações do continente, Tutu usou processos pacíficos para atingir seus objetivos, merecendo o Prêmio Nobel da Paz, que recebeu em 1984. Por seus meios de ação, evitou prisões, lutou contra o apartheid, a corrupção na administração e falhas na luta contra a AIDS. Bem disposto em suas aparições públicas, dançando com os patrícios de todas as categorias sociais, enfrentou as divergências sobre e contra homossexuais, além obviamente do status quo relativo à praça. Em 2016, o arcebispo Desmond Tutu, visto quase sempre em franco sorriso, declarara: “Eu me preparei para minha morte e deixei claro que não desejo ser mantido vivo a qualquer custo. Espero ser tratado com compaixão e ter permissão para passar à próxima fase da jornada da vida da maneira que escolhi”. Assim se fez.
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