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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 1 de novembro de 2024
 

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Mensagem: SAUDADES DA MINHA INFÂNCIA Um verdadeiro salto quântico, tudo passando muito rápido! Parece que foi ontem, quando sentávamos no murinho da casa do Sr. João Rabelo (esquina da Rua Dr. Veloso c/ General Carneiro) para falar de músicas, cinemas e de restrições. Já estou com 6.6, a família literalmente criada – Não obstante, algumas coisas ainda dependem deste ESTEIO. Lembro-me quando nos fins de semanas, especificamente numa Sexta-feira - entorno das 17:00 – saiamos para acampar na cachoeirinha - hoje seca - da Serra da Ibituruna (fazenda Melo), onde hoje se encontra o Parque Sapucaia. O inicio de caminhada se dava no crepúsculo vespertino, devido o horário do trabalho de alguns. Chegávamos lá no alto daquela Pedra Preta (Ibituruna) envolta das 19:00 – armáramos as barracas, preparava a Sopa de macarrão com verduras / legumes e carne moída – alguns tomavam “Cuba-libre”, outros Hi-Fi , o tira gosto era salame do Otany - nós, os adolescentes, só refrigerantes. Como a maioria era de pessoas de responsabilidade, não existiam os famigerados entorpecentes. - Graças a Deus! Entorno de 90% dos nossos Picnic’s, era com os familiares. O retorno se dava no Domingo as 16:00. - Do Seminário Premonstratense (Melo) até o alto da Serra não tinha uma casa sequer. Era duas horas e pouco de caminhada de alegria, entretenimento e respeito. Outra majestosa passagem da minha reminiscência foram as viagens para a cidade de Joaquim Felicio-MG. Lá no começo das nossas juvenílias expedições para aquela cidade, iniciavam pela Estação Ferroviária de Montes Claros. Éramos muito criança e nossos pais e avós nos acompanhávamos. Às cinco horas da madrugada todos já dentro dos vagões de passageiros feitos de madeiras, 05:30, dois apitos e a “Maria Fumaça” iniciava a sua marcha do: “café com pão, manteiga não” – felicidade? Explodia! A satisfação era imensa de saber que o moço (foquista) que colocava lenha na fornalha daquela imensa maquina, era companheiro do meu tio João Viana e amigo do meu avô José Ponciano da Silva. Anos depois, em plena juventude, para não parar no tempo - juntamente com meus amigos, trocamos a Serra da Ibituruna pelas cachoeiras da Serra do Cabral, lá mesmo em Joaquim Felício. Não tinha mais a saudosa “Maria Fumaça” - foi trocada por locomotivas movidas a óleo diesel e vagões de aço – as viagens e os acampamentos à beira da Cachoeira Boqueirão eram de grandes expectativas, desde conquistas das jovens felicianas, entretenimento, até o frango caipira nas casas dos parentes. Todo era extraordinariamente ótimo! O tempo passou! Mas, a Serra da Ibituruna (Melo), Fazenda da Dona Arinha e Pedro Veloso (nas Quebradas), Igreja de São Marcos, Serra do Cabral e suas cachoeiras, Joaquim Felicio e Buenópolis, tudo isso me deixou muitas saudades. Contudo, as viagens de “Maria Fumaça” com seus vagões de madeiras – o café da manhã no restaurante e as paisagens exuberantes que ficavam mais bonitas com aquela chaminé de fumaça soltando fuligem. – Isso sim, jamais sairá da minha mente já sexagenária. Pelo que já vivi, empiricamente cheguei à conclusão que minha frequência biológica não é tão natural! Prá este escriba, a saudade me remete a um passado muito próximo. - Tudo parece que foi ontem. - Tem alguma coisa no calendário. O saudosismo é saudável!!! X/IX/MMXXI (*) José Ponciano Neto é brasileiro colunista do montesclaros.com - Escritor/ Historiador membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros – IHGMC e Diretor Financeiro da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas – AMALENM.

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