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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 1 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O Índio Sábio Manoel Hygino O conto de que índio só quer apito não passa de verso de Carnaval. Passou, esqueceu-se, desfez-se como as serpentinas do período momesco. Índio, lentamente, vai assumindo o seu papel na sociedade brasileira, embora haja não poucos que não lhe desejam o devido lugar na sociedade. Nascido em Belém do Pará, filho do povo indígena Mundurucu, Daniel ingressou no campo literário, após cursar faculdade de Filosofia, História e Psicologia. Confessa: “Comecei contando histórias que ouvira na aldeia. Depois de certo tempo, descobri que podia reportá-las, transformando-as em literatura”. Ailton Krenak é de mais perto. Nasceu na região do vale do Rio Doce, numa região de extração de minérios. Além de escritor já bastante conhecido, demonstra-se um sábio e seus livros já são publicados por grandes editoras como a Companhia das Letras. Em 1987, ele pintou o rosto com a tinta preta de jenipapo para protestar contra o retrocesso na luta pelos direitos indígenas. Hoje, é um dos mais respeitados pensadores brasileiros. Ele pergunta: “Como justificar que somos uma humanidade, se mais de 70% estão totalmente alienados do mínimo exercício de ser? A modernização jogou essa gente do campo e da floresta para virar mão de obra em centros urbanos. Essas pessoas foram arrancadas de seus coletivos, de seus lugares de origem e jogadas nesse liquidificador chamado humanidade. Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos”. Em seu “A vida não é tão útil”, Ailton Krenak, crítico da ideia de que a economia não pode parar, opina: “Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do Banco Central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, com a economia deles. Ninguém come dinheiro”. Para os bilionários que investem em viagens espaciais (e temos caso muito recente) e sonham com o eventual estabelecimento de colônias em outros planetas, diria: “Vão logo: esqueçam a gente aqui”. O livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, de Ailton, já vendeu mais de 50 mil exemplares no Brasil e está em fase de tradução para o inglês, francês, espanhol, italiano e alemão. Atuante na defesa dos direitos dos indígenas, esse Krenak contribuiu para criação da União das Nações Indígenas e nasceu em 1953. Dentre outros títulos, é ´doutor honoris causa´ pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

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