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Mensagem: Paulinho Ribeiro morreu ontem à noite. Quase hoje. Sujeito de luta. Brigador, mas amoroso. Amante da natureza, de quem fez causa, não como esses debilóides que vivem repetindo jargões sobre o tema, mas não sabem diferenciar caatinga de mata seca, e falam de ambas com uma ignorância loquaz. Aliás, falam de tudo que não sabem. Paulinho era operacional. Fazia. E fez muito na área. Os passarinhos e matas estão em luto. A obra feita testemunhará sua vida, cada árvore salva será um registro de sua passagem neste mundo.Não são todos que sobrevivem a si mesmos. Bom descanso, Paulinho! Os versos de Neruda, o chileno de Isla Negra, podiam ser também seu epitáfio, não em um túmulo, mas na memória e coração dos que o sobrevivem e dos que virão. “Tenho pronta a minha morte, como uma roupa que me espera, da cor que eu gosto, da extensão que inutilmente procurei, da profundidade que necessito. Quando o amor gastou sua matéria evidente e a luta consome seus martelos em outras mãos de acrescentada força, vem a morte apagar os sinais que foram construindo tuas fronteiras.” (trecho do poema A Morte, de Pablo Neruda)
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