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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 1 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Lição de solidariedade Manoel Hygino Foi necessário o sacrifício da saúde e da vida de inúmeros brasileiros para o governo crer que aqui existia não uma gripezinha, mas uma enfermidade de enorme agressividade e causadora de inédita letalidade. Praticamente 8,5 milhões de brasileiros contaminados pelo coronavírus e 209 mil perdendo a vida, altas autoridades se convenceram efetivamente que se enfrentava a maior pandemia da história e que não seria alimentando divergências políticas (?), que se venceria essa guerra. Foram imprescindíveis mais dores e sofrimento. A falta de oxigênio para os enfermos de Manaus levantou a cortina da impostura e se sentiu, em todo o mundo, a tragédia dos que morriam no Brasil por falta de insumo essencial. O desespero dos doentes, e o dos profissionais de saúde ao assistirem de perto a aflição alheia, despertou a noção para o que acontecia no maior país do hemisfério Sul das Américas. Em verdade, percebeu-se que a situação era gravíssima e que a chegada da vacina da Índia e de insumos às áreas de consumo retardava em decorrência de disparatadas e até conflitantes providências iniciativas e posições oficiais. Em todas as nações do planeta, viu-se pelas televisões, ouviu-se pelas rádios e leu-se na Imprensa escrita, a sucessão de lágrimas e lamentações de familiares que não encontravam leitos para seus doentes ou sobre falta de oxigênio, que atingia também nascituros. Milhões se associaram a essas expressões de aflição, diante daquilo que se dizia uma tragédia anunciada. Em Belo Horizonte, os números davam um alerta máximo. Na sexta-feira, dia 15, os jornais anunciavam 2.061 mortos pela Covid. Cresciam os três principais indicadores de gravidade. A ocupação dos leitos de CTI estava em 86,3% e os da enfermaria alcançavam 77%. O número médico de transmissão por infectado atingiu 1,08. Na Santa Casa, o maior hospital SUS de Minas Gerais. Os leitos intensivos disponíveis somavam 97%, ninguém descansava. A liberação das vacinas da Sinovac/Butantan, como aprovado pela Anvisa, no domingo passado é uma esperança. Mas não resolverá o problema. A pandemia vai continuar e a missão dos que se dedicam a seu combate seguirá difícil. A população precisa conscientizar-se da politicagem acabar.

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