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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 1 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Transplante de medula Manoel Hygino O dia era 13, uma quarta-feira, mas, muito próprio para um belo ato. Refiro-me à inauguração do Instituto de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular, uma nova unidade da Santa Casa de Belo Horizonte, que possibilitará a realização de mais procedimentos e oferecerá mais segurança aos pacientes. A filantrópica, que foi o primeiro hospital a aqui se instalar, criada em 1899, já é um dos maiores hospitais transplantadores de órgãos, tecidos e células, no Brasil. Nos últimos anos, vem ocupando lugar de destaque em transplantes de rim, fígado, coração, córnea, medula óssea e ossos, atendendo todas as regiões do Brasil. Agora, dá mais um importante passo para oferecer tratamento de excelência para centenas de pessoas, com o Instituto de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular. O Instituto de Transplante conta com nove leitos equipados com High Efficiency Particulate Air (HEPA), um filtro de tecnologia avançada, que garante a eliminação de, praticamente, 100% das impurezas do ar, o que é extremamente importante aos pacientes em tratamento. O empreendimento foi financiado com recursos da própria instituição e do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon). Não se há de pensar só em Covid, que está demorando sair de nossas preocupações permanentes, após um ano de inquietação, não só aqui, mas em todo o mundo. Quando eliminado o vírus fatal, que causa tanto mal e provoca tantas lágrimas nas famílias, outras enfermidades restarão e merecerão cuidados e estudos dos profissionais da medicina e entidades representativas. Isso não pode ser esquecido. Maior transplantador hospitalar de Minas, inclusive para cirurgia de transplante cardíaco pediátrico, atendendo a todo o país, no ano passado deu assistência cirúrgica a clientes de 13 estados, além daqueles procedentes de mais 79 municípios, de todas as regiões mineiras. Agora, outro projeto em execução é o do Instituto de Oncologia, que nos remete a uma referência ao Instituto do Câncer, inaugurado em 7 de setembro de 1922. Para sua construção, contribuíram os médicos notáveis da capital à época, a começar por Eduardo Borges da Costa, cuja vida vale um filme; ele, que entrou para a Santa Casa, em 1906, como cirurgião, sob condição de não ser remunerado, por exigência dele. Em 1919, o problema do câncer já preocupava os médicos. Estes, então, se reuniam na casa de Ezequiel Dias para discutir soluções. Participavam dos encontros: Álvaro de Barros e Marques Lisboa, além de vários outros de prestígio. Em junho de 1920, Borges com8unica a fundação do Instituto do Câncer e Radium, com apoio do presidente do Estado, Artur Bernardes. Teve repercussão internacional. Em 1926, Mme Curie, Nobel duas vezes, veio pessoalmente conhece-lo. Estava em pleno funcionamento.

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