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Mensagem: UnB INVADIDA Manoel Hygino Darcy Ribeiro, o Brasil conhece. Nascido em Montes Claros, em 1922, em família ilustre. Antropólogo, educador e escritor, ocupou a cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras. Dedicou-se ao estudo dos índios do Pantanal, do Brasil Central e da Amazônia. Fundou o Museu do Índio, a Universidade Estadual do Norte Fluminense, pensando em fazê-la Universidade do Terceiro Milênio, constituiu o Sambódromo, no Rio de Janeiro, implantou a Casa França Brasil e a Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro; em São Paulo, construiu o Memorial da América Latina: como senador, elaborou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação; criou a Universidade de Brasília, sendo primeiro reitor, ministro da Educação e ministro-chefe da Casa Civil da presidência da República; fundou o Parque Indígena do Xingu e, com a UnB, nasceu a Editora Universidade de Brasília, a que se deve a publicação de obras preciosas durante décadas. Dispensaria dizer que as obras de Darcy, nos campos a que se devotou, estão consagradas, posso dizer, entre as quais os “Estudos de Antropologia da Civilização”, em cinco volumes, além de “O dilema da América Latina, inspirando-se para a ficção literária em suas andanças Brasil afora. O segundo personagem sobre o qual quero fazer anotações é Márcio Moreira Alves, da família Alves, também de Montes Claros, de que o país ouve pelo menos falar por causa de Dona Tiburtina, de notória atuação às vésperas da Revolução de 1930. Uma mulher sertaneja, com o mais alto valor e altivez que valeria um filme ou uma novela para televisão. Márcio Moreira Alves se elegeu deputado federal durante o período duro do regime militar. Quando as forças de segurança invadiram a Universidade de Brasília, em dezembro de 1968, o parlamentar tomou a iniciativa de fazer um discurso duro na Câmara dos Deputados. Foram mexer logo com a UnB, fundada por Darcy Ribeiro, anos antes. No dia 13 do último mês daquele ano, o governo baixou o famigerado AI-5, considerado o “golpe dentro do golpe”; obrigando Márcio Moreira Alves, o Marcito, a tomar caminho para o exterior. Os três ministérios militares exigiam do Congresso a negada licença para processar o orador atrevido. Marcito conta: “Na noite da véspera, 30 de dezembro antecipando as comemorações do Ano Novo, divulgara-se a primeira lista de cassações: dos treze nomes, doze eram de deputados, encabeçados por mim. O décimo-terceiro era o de Carlos Lacerda. Terminava, com essa lista, o ano político de 1968”. Acrescentou “A história desses tempos, com o seu heroísmo e as suas objeções, está ainda para ser contada. É preciso que seja, porque a História serve, sobretudo, para evitar que os erros se repitam”.
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