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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 2 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Em época de Covid Manoel Hygino Nada melhor, em tempo de crise como a de Covid, agora, que ler. Vejamos: Longe, aqui, eis o título do novo livro de Maria Esther Maciel, lançado em 2019. Na capa se avisa: Poesia incompleta: 1998-2019, para alegria do leitor, que espera muito no futuro. Aliás, Edmilson de Almeida Pereira, no verão de 2020, observa (é o que leio na orelha): “a edição reitera e reconfigura o conceito de obra reunida, pois no reencontro dos temas marcantes de sua poética”. E há também fragmentos preciosos de sua prosa, que compreende a produção anterior de O livro das sutilezas, O livro de Zenóbia e Triz. Em resumo, trata-se de “um conjunto incompleto, que traz um pouco (ou um tanto) do que escrevi, sob a denominação instável de poesia”. Nascida em Patos de Minas, Maria Esther Maciel reside em Belo Horizonte, é escritora, professora de literatura e crítica literária, recebeu altas distinções nos maiores concursos literários do Brasil e mesmo no exterior, é colaboradora da Folha de São Paulo, de textos país afora e uma das editoras da revista “Olympio”. No livro mais recente, em cada página uma surpresa. Boa e bela. Assim, “Zenóbia conheceu na rua uma mulher que vendia palavras. Eram todas inventadas. Encantou-se com lágrimas”. Ela ama o pai: “um chapéu de palha sem contorno certo/ botinas de couro cru com fivelas soltas / um rádio a pilhas ligado na sala muito cedo / uma camisa de listras finas com dois bolsos / uma bicicleta com cadeirinha dianteira / um balaio de vime cheio de ovos e couves”... Enfim, uma autora que mexe com o coração e o espírito. Flávia de Queiroz – O costume era os escritores daqui, aqueles que começavam na carreira literária, tomarem o rumo do Rio de Janeiro e São Paulo. As duas metrópoles ofereciam condições de êxito, para os que se decidiam enveredar pelas letras. Flávia de Queiroz Lima fez o roteiro em direção contrária. Nasceu no Rio de Janeiro, estudou piano no Conservatório Brasileiro, formou-se na Escola de Sociologia e Política da PUC-RJ, participou de movimentos de MPB e festivais da canção, compondo sozinha ou em parcerias, escrevendo coluna em diário carioca. Enfim, transferiu-se para Belo Horizonte, onde exerce os deveres profissionais como socióloga e em consultoria, mas sem deixar a poesia e a música. Daí, produzir o primeiro livro de poemas – “Círculo de Gis, e. em seguida, “Arrumar as Gavetas”, sugestivo título para agradável seleção de poemas, apresentada com gravação musical de composições suas e de André Galastro, também produtor, e José Miguel Wisnik e Edgberto Gismonti. No livro, “música e poesia nos brindam momentos de enlevo espiritual e artístico, com ilustrações de Pedro Miranda, autor também da capa”. Flávia nos oferece o bom e o bem da poesia – “Minha rua era a beira da praia”.

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