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Mensagem: A carga tributária Manoel Hygino Dois ministros do presidente Bolsonaro não se entenderam e como seria de bom alvitre, contribuindo para mudar para melhor o quadro difícil que a nação atravessa. Os desencontros e a troca de farpas entre Paulo Guedes, da Economia, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, foram classificados como “fogo amigo”. Mas não tão amigos como se desejaria, porque na troca de bordoadas verbais, não se encontraram sinais de evolução dos problemas em discussão. Ambos procuram oferecer uma proposta segura ao presidente, em sua ansiedade de viabilizar o programa Bolsa Cidadã, que precisaria aquinhoar mais o eleitorado pobre do país. Aliás, um eleitorado sofrido que vem atravessando séculos sem conseguir sucesso em suas demandas. Alguma coisa se fez, incontestavelmente, mas o que conquistou mais repercussão foi a do presidente do Nordeste. Lula acabou investigado, julgado, condenado e preso, mas a miséria no país persiste, dramaticamente. O programa da ajuda emergencial posta em prática por Guedes, as instâncias de Jair Messias, deu certo. Tanto que logo se viu o governo na contingência de ampliá-lo. Há muito mais gente passando necessidade do que se pensa. E gente continua nascendo. O pior é que as burras do tesouro não se abastecem na mesma proporção do incremento da população pobre. E as carências persistem dolorosamente. Então, fazer o quê? O presidente ficou profundamente satisfeito com a gratidão do povo brasileiro, com os 600 reais e, depois, os trezentos, que foram parar no bolso dos desprotegidos da sorte. Mas a mina logo secou e houve necessidade de buscar novas fontes abastecedoras. Onde? Como? Quando? O nativo deste país, apenado por ser pobre e não ter trabalho, para suprir suas necessidades mínimas (as do estômago, em primeiro lugar) quer mais, precisa de mais, e tem urgência. Aí reside o cruciante problema. Onde arranjar recursos? O pagador de impostos não é um pagador de promessas. Seu poder também é limitado e não é especificamente dever do contribuinte doar dinheiro para o conterrâneo “na pior”. E o candidato à reeleição em 2022 tem urgência na adoção de providência para resolver a questão. Tem de aproveitar a simpatia despertada pelos 600 ou 300 reais, para que o eleitor não perca a esperança. Now ou never? Em Brasília, a palavra “imposto” foi cortada do dicionário dos senadores e deputados. Não querem ver seu nome aliado à perspectiva de crescimento da pesada carga tributária. Hora das mais graves dificuldades, porque os que devem sugerir algo proveitoso a Bolsonaro não têm resposta salvadora. Desde 2014, o Brasil acumula déficits orçamentários a cada ano. Não tem como ofertar trabalho aos que receberem do Programa Social Renda Cidadã. Se se agregar o resultado da dívida pública, o nosso país jamais conheceu superávit, eis a verdade. Hora de milagres?
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