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Mensagem: A vacina e a bomba Manoel Hygino A apresentação da vacina contra o coronavírus por Putin, há poucos dias, deu uma demonstração de que a Rússia não se omitira enquanto as outras nações e a indústria farmacêutica faziam pertinazes esforços e investimentos, chamando a atenção para o fim da II Grande Guerra. Claro que as circunstâncias são outras e os objetivos, praticamente inversos - naquela época se trabalhava para produzir uma bomba atômica. Na metade do século passado, Estados Unidos e Inglaterra e União Soviética lutavam para destruir o Terceiro Reich, da Alemanha e de Hitler. Mas a perspectiva de chegar-se à bomba aumentava a desconfiança mútua entre soviéticos e americanos. Estes e os britânicos já tinham criado secretamente a arma para se protegerem e a empregarem contra a Alemanha. Não aconteceu como previsto, porque os nazistas se renderam antes que ela estivesse pronta. John Lewis Gaddis, em “História da Guerra Fria”, de 2005, registra que o segredo do Projeto Manhattan não se mantivera o suficiente para impedir que o serviço de informações soviéticas, por meio de espionagem, descobrisse bastante a respeito. Houve pelo menos três tentativas soviéticas bem sucedidas para tirar a segurança de Los Alamos, onde a bomba era fabricada. O autor mencionado observa que o fato de Stálin ter montado uma importante operação para espionar seus aliados em meio a uma guerra que tratavam lado a lado, é outra forte indicação da falta de confiança entre eles – embora se deva reconhecer que os próprios anglo-americanos preferissem informar Stálin só depois do artefato testado com sucesso no Novo México. Desse modo, na Conferência dos três grandes em Potsdam – Stálin não se mostrou muito surpreso, quando o presidente Truman, sucessor de Roosevelt, lhe comunicou o êxito da experiência. Stálin só reagiu fortemente quando os EUA usaram a bomba contra os japoneses três semanas depois. Um teste no deserto era uma coisa, muito diferente era empregar um armamento atômico contra uma população.
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