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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 4 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O complô fatídico Manoel Hygino Finalmente, esclareceu-se, ou parece, o caso de um documento misterioso elaborado no âmbito do Ministério da Justiça, que nada menos de 579 servidores daquela pasta foram citados e teriam assinado. A maioria deles era da área de segurança e de crítica ao governo federal, principalmente ligada a um movimento antifascista. O ministro André Mendonça, da Justiça, declarou que tomara conhecimento do relatório depois de tornado público pela Imprensa, quando buscou informações. Ele trocou a chefia da área respectiva, assegurando ainda que ela não exerce qualquer atividade de perseguição os opositores do governo. De todo modo, as providências ministeriais foram extraídas, embora a fórceps, depois de ecoar muito nos meios de comunicação. O fato faz lembrar o célebre “Protocolo dos Sábios do Sião”. É o seguinte – O escritor francês Maurice Joly, em 1864, publicou “O Diálogo no Inferno de Maquiavel e Montesquieu”, em Paris e, 35 anos depois, o folhetim chegou a Mathieu Golovinski, exilado russo na França e prestador de serviços à polícia secreta de Nicolau II, último czar, a famosa “Ochrana”. Para provar ao imperador que havia um complô contra ele, o exilado russo plagiou a obra do autor francês, apresentando a versão de que um grupo de judeus influentes pretendia acabar com o império russo mediante um plano de dominação mundial. O livreto, transformado em “Protocolo”, foi traduzido a várias línguas e percorreu o mundo, estimulando o crescimento do anti-semitismo, que causaram “pogroms”, assassinatos em massa de judeus, que teriam, inclusive, sugerido o holocausto de Hitler. Um ardil montado por Golovinski que gerou milhões de mortos e a II Grande Guerra. Eis um tema atraente, mas complicado. Em 1931, um desencantado monarquista confessou ter forjado os Protocolos simplesmente porque um judeu, gerente de banco, lhe recusara um empréstimo e resolveu reagir incriminando todos os semitas, copiando as ideias centrais do livro de Joly. E o manifesto ou “dossier” de agora no Brasil?

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