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Mensagem: A ajuda emergencial Manoel Hygino Preocupava-me assistir pelas televisões as imagens diárias dos candidatos ao recebimento do Auxílio Emergencial do governo, apertando-se, as pessoas se empurrando à porta dos estabelecimentos oficiais de crédito. Não se importavam os candidatos à ajuda com as distâncias mínimas previstas pelo projeto de distanciamento social estabelecido pelas autoridades, a fim de evitar a disseminação do novo vírus, introduzido nos costumes de quase todas as nações neste princípio de século. Homens e mulheres de todas as idades, geralmente com roupas surradas, resultado do longo uso por falta de substituição, desalinhados, inquietos, desgrenhados, na maioria das vezes, manifestavam seu descontentamento pela longa, e ainda incompleta espera, para encerrar a negociação anunciada por Brasília com tanta ênfase. Sabe essa gente humilde, como a classificou Chico Buarque, que a liberação do dinheiro não se faria com a velocidade e presteza aguardadas pelos gestores dos recursos públicos da nação. Nada é fácil, num país sempre difícil, e quando o Banco Mundial prevê uma redução superior a 5% no PIB de 2020. Em cada brasileiro na ilusória fila, muitas pessoas que se ergueram da cama nas primeiras horas do dia, para chegar mais cedo à porta das agências bancárias, a despeito do aviso prévio de existir uma nova ordem a ser obedecida, novos critérios para, finalmente, ter as cédulas do Tesouro à mão. Mas esses patrícios, de muitos estados e numerosos municípios, foram demitidos, mas seus salários já eram destinados a cobrir despesas escolares, despesas domésticas impostergáveis, - o aluguel, a lista de armazém, medicamentos, tributos, a conta de luz e água, e que mais? Disse uma: “Com meu trabalho, estava conseguindo pagar minhas contas, pagar o aluguel. Desde quando fui deligada da empresa, as coisas ficaram bem apertadas. Moro com uma amiga e com esse dinheiro eu vou conseguir ajudar a pagar o aluguel, vou conseguir colocar comida dentro de casa e pagar algumas contas que não são tão caras, mas, como estamos ficando em casa, devem aumentar”, explica Stéfane, que conta ter conseguido negociar o valor do aluguel, que passou de R$ 875 para R$ 600, com a proprietária do imóvel”. Milhões de brasileiros já receberam o quinhão de R$ 600, que tanto representou em assunto para a mídia. Ainda muitos não puseram o dinheiro no bolso, que pouco equivale em bens. Daqui a pouco, ele se terá esgotado e, do jeito que a coisa anda, isto é, sem perspectivas de conseguir um novo local de trabalho, tudo se desvanecerá. A situação é muito triste, e muitas lágrimas de dor e de revolta serão vistas nos olhos dos de baixa ou nenhuma renda. Ter-se-á de quitar as elevadas dívidas, incalculáveis, com a pertinácia do vírus – que aniquila vidas e esperanças. Leio no jornal de hoje: “Vou comprar arroz e feijão para a minha casa e pagar meu aluguel. Vou comprar comida porque já está acabando. Lá em casa a gente está na última lata de óleo, e se essa quarentena continuar, vai só piorar a minha situação”.
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