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Mensagem: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. São Paulo. 1 Coríntios 6:12 Afastado das letras por questões de tempo, inspiração e talvez até desânimo vejo-me compelido a escrever algumas linhas sobre a Pandemia do Coronavírus. Este evento de proporções planetárias levam-nos a algumas reflexões; tudo um mix de telejornais, informativos da OMS e porque não opiniões de parentes, amigos e profissionais da Saúde. Nestes tempos também, Padres, Pastores, líderes religiosos de toda a crença também se manifestam. Resumindo tudo que vi e ouvi desde 11/03/2020 ( Dia em que a OMS decretou o Estado de Pandemia Internacional) fiz o seguinte relato inconclusivo e incompleto : 1). Esta pandemia não é de esquerda, de direita nem de centro. Não tem matriz ideológica nem filosófica. 2). O COVID-19 não escolhe a vítima. Atinge todas as classes sociais em todos os lugares do mundo. 3). Parece que os Governantes pelo mundo afora estão entre uma “ escolha de Sophia”. Ou optam pelo isolamento total das pessoas ou fazem um isolamento parcial priorizando a manutenção mínima dos agentes econômicos. 4). Parece que com o agravamento da crise os ânimos entre os vários níveis de Governo ( Federal/Estadual/Municipal) vão se acirrando levando a situações e declarações inusitadas e surpreendentes, dependendo do ângulo em que se está. 5). Nunca se discutiu tanto a importância da Ciência na busca da cura para os males da terra. E também nunca se questionou tanto a Ciência como solução para os nossos problemas. 6). Nunca foi tão atual a célebre frase que encerra o romance russo “ Os Irmãos Karamazov” : “ Se Deus não existisse tudo seria permitido “. Inclusive o Caos. 7). Estamos todos certos em protegermos nossos pais, avós, parentes, amigos e a nós mesmos. Quanto a isto não existe polêmica. Como observamos é uma verdadeira “ salda de frutas” em que muitos gritam, muitos escutam, muito reproduzem ( às vezes até sabendo que trata-se de Fake News). Salvo melhor juízo, e retomando os ensinamentos dos filósofos e teólogos da Academia da PUC-MG entendo que o momento exige muita serenidade, responsabilidade e Bom Senso. A ironia final é que a imortalidade, em vez de nos preservar para a eternidade, nos transformaria em algo que nunca fomos. O Professor de filosofia de Cambridge Stephen Cave lançou um livro sobre imortalidade no qual defende o argumento de que, se um milagre nos desse a vida eterna, a civilização, tal qual conhecemos, estaria irremediavelmente destruída. “ Grande parte do que fazemos é com base na esperança de vencer a morte. O que faríamos se não fosse mais preciso rezar, criar arte nem pesquisas científicas?”, diz Cave. Além disso o valor de uma coisa é definido por sua escassez. Valorizamos o nosso tempo porque ele é limitado. Sem ter o que fazer , mas com tempo infinito para faze-lo, seríamos outros. As consequências da eternidade seriam ruins para o indivíduo e um desastre para a civilização. Mas nada disso matará a esperança, a última a morrer, afinal___ de que a morte seja, quem sabe, apenas um novo começo disfarçado. Talvez pensar integralmente no próximo, amar o próximo, como pediu o Mestre seja a melhor opção nestes tempos de crise, em que a ética, a caridade, o bem comum é mais importante que tudo; tal qual Paulo de Tarso proclamava aos Coríntios : Tudo me é lícito, mas nem tudo me convêm. Lembrando que as Autoridades podem muito; mas não podem tudo. A sociedade organizada sim, respeitando o ordenamento constitucional, inclusive o Revisional; pode tudo ! Gustavo Mameluque, Jornalista, Servidor Público, Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros-MG. Membro da Irmandade de Nossa Senhora das Mercês /Santa Casa de Caridade. Colunista Colaborador do site montesclaros.com
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