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Mensagem: Perguntas sem respostas Manoel Hygino Este é o momento de as pessoas, as famílias, os detentores de algum tipo de poder, os ocupantes dos pequenos cargos e as autoridades mais altas nas diversas esferas da administração pública fazerem o balanço do que fizeram no ano que finda e programar o que falta para o que chega. É a ocasião de balanço – sincero, isento, íntimo. Será que fizemos tudo o que podíamos e devíamos? Omitimo-nos, perdemo-nos no caminho e fomos levados a desvios? E o que nos permitiu em êxitos? É uma prestação de contas, um exame de consciência. Em torno de nós – os fatos, como são: duros, cruéis às vezes, mas fundamentais aos julgamentos, auxiliando na tomada de posições e definições para o ano que logo terá início. Não é bom alvitre tentar enganar os outros e a si mesmo. Pecado imperdoável! Em primeiro lugar, porque se sabe perfeitamente que mais ficamos devendo do que conseguimos concretizar. E o ser humano nunca se satisfaz; quer e, seguidamente, precisa de mais e, ainda, mais crescem suas expectativas. Nosso time foi mal no campeonato, as crianças não tiveram bons resultados na escola – seja no primário, seja na universidade, os débitos bancários se elevaram, não pagamos como desejado os compromissos... e ainda há gente doente em casa precisando de atenção médica e, talvez, do atendimento hospitalar? E há, ainda, os tributos a serem quitados, mesmo que o poder público não corresponda com eficiência a nossos pedidos e reivindicações. Num espectro mais amplo, constatamos que o entorno rodoviário de Belo Horizonte permanece um matadouro de pessoas, sem que se tomem providências, embora prometidas. O metrô não foi ampliado como necessário e anunciado pelas autoridades competentes. Põem-se em dúvida a competência, ou que se chama “vontade política”... pois o de Caracas, na sofrida Venezuela, foi parcialmente financiado pelo Brasil. Nem desejaria falar na BR-381, a sempre lembrada Rodovia da Morte. Promessas se fazem, são renovadas por outros protagonistas da história mais recente da República. A importante rodovia fica no mesmo. Não é tanto. Poder-se-ia perguntar: quantos metros foram realmente construídos durante o calendário, enquanto aumentavam quilometricamente as notícias sobre corrupção nesta nação abençoada por Deus. E se não fosse? Lembro: em maio de 2014 – decorridos mais de cinco anos – a presidente Dilma Rousseff assinou ordem de serviço para duplicação dos 330 quilômetros da 381, entre a capital e Governador Valadares. Não funcionou. A rodovia inconclusa soma as estatísticas de acidentes e aumenta o número de vítimas. Para 2020 faltam dias. Não posso terminar sem referir-me à indefinição da prisão de condenados em segunda instância. Quanto já pagou o poder público, isto é, o contribuinte brasileiro para manter o debate aceso? Mais de duzentas nações aprovam a prisão em primeira e segunda instâncias. Ficamos entre os que não querem decidir e todo o mundo sabe o porquê. Pergunta-se como Cícero: Quosque tandem? Até quando?
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