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Mensagem: Ministério Público - Vereadores e empresários são presos em operações que apuram fraude em contrato e desvio de verbas de gabinete em Uberlândia - O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu, nesta segunda-feira, 16 de dezembro, 41 mandados de prisão contra empresários e vereadores de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, além de 41 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e no gabinete da presidência da Câmara. Dos presos, 20 são vereadores. Outros dois mandados de prisão, contra um vereador e um empresário, ainda não foram cumpridos, e os alvos são considerados foragidos. As investigações envolvem as suspeitas de fraude em contrato de segurança da casa legislativa (contratação de vigilantes ´fantasmas´) e de desvio de verbas de gabinete para suposta contratação de serviços gráficos, por meio de emissão de notas fiscais ideologicamente falsas pelas empresas. Durante as buscas, foram apreendidos materiais, computadores e documentos que farão parte das apurações, além de R$160 mil em espécie e R$800 mil em cheques, encontrados na casa do presidente da Câmara de Vereadores, e de um montante equivalente a R$ 1 milhão em espécie (reais, euros e dólar), na residência de uma das vereadoras investigadas. As operações desta segunda-feira foram denominadas de ´Guardião´ e ´Má Impressão´. *** Agência Brasil - Vereadores de Uberlândia são alvo de operação contra fraudes - Por Alex Rodrigues - Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), e policiais militares estão cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão contra pelo menos 20 dos 27 vereadores de Uberlândia. Servidores e funcionários terceirizados também são alvos da operação deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje (16). Ao todo, a Justiça estadual expediu 40 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão. O presidente da Câmara, Hélio Ferraz (PSDB), é um dos investigados por suspeita de participação em um suposto esquema que desviava recursos da verba indenizatória a que os vereadores têm direito para custear a atividade parlamentar. Os promotores também investigam um suposto esquema fraudulento na contratação da empresa que presta serviço de vigilância ao Legislativo municipal. Servidores da Câmara confirmaram à Agência Brasil que policiais e promotores estiveram no gabinete da presidência por volta das 6h30. Após cerca de 20 minutos vasculhando o local na companhia de parte dos seguranças da Câmara que estavam de serviço, os agentes deixaram o prédio levando documentos e computadores usados por Ferraz e por seus assessores. Além da apreensão de documentos, a Justiça também autorizou a prisão temporária do presidente da Câmara. Ainda segundo os servidores ouvidos pela reportagem, a chefe da Segurança da Câmara está entre os detidos esta manhã. Ela foi encontrada em sua casa. Os mandados já executados contra os demais vereadores investigados também foram cumpridos nas residências destes. Procurada, a assessoria da Câmara disse que o Parlamento não foi oficialmente notificado e aguarda mais detalhes oficiais sobre o objetivo da operação para se manifestar. A reportagem não identificou os advogados dos vereadores e servidores alvos da ação. Nem o Ministério Público estadual, nem o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) se pronunciaram até o momento. O processo corre em segredo de Justiça. Antecedentes A ação é um desdobramento da chamada Operação O Poderoso Chefão, realizada em 25 de outubro – mesmo dia em que o Gaeco deflagrou outras duas operações (Mercúrio e Torre de Babel). Na ocasião, dois vereadores de Uberlândia foram detidos: Alexandre Nogueira (PSD) e Wilson Pinheiro (PP). Nogueira, que desde o dia 2 de dezembro cumpria prisão domiciliar graças a um alvará judicial, voltou a ser detido hoje e levado para a delegacia de Uberlândia. Um terceiro vereador que já vinha sendo investigado, Juliano Modesto (SD), já tinha sido detido em 15 de outubro, alvo da primeira fase da Torre de Babel. Os três já estavam afastados dos cargos. Inicialmente, a Operação O Poderoso Chefão investigava suspeitas de irregularidades na contratação da Cooperativa dos Transportadores de Passageiros e Cargas de Uberlândia (Coopass). Em outubro, quando Nogueira e Pinheiro foram detidos, o promotor Daniel Marotta Martinez disse a jornalistas que, só em 2016, foram desviados ao menos R$ 7 milhões dos cofres municipais por meio do contrato com a cooperativa. Na mesma ocasião, o promotor afirmou que os investigados integravam uma “organização criminosa” que dominou o serviço público de transporte entre 2007 e 2018. Já o promotor Adriano Bozola acusou o vereador Alexandre Nogueira de ser o verdadeiro responsável não só pela Coopas, mas também pela Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), outra cooperativa que chegou a substituir a primeira após o então prefeito, Gilmar Machado (PT), cancelar o contrato com a Coopas. *** Estado de Minas - Câmara de Uberlândia: Justiça manda prender 20 dos 27 vereadores - A Câmara Municipal de Uberlândia, no Triângulo mineiro, vive uma situação inusitada, a maioria de seus vereadores, 20 dos 27 parlamentares, estão presos ou com prisão decretada pela Justiça. Grande parte ( 17) por meio de operação deflagrada nesta segunda-feira. Três já haviam sido detidos em outubro passado. Os parlamentares eleitos em 2016 são são alvo de operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPE) que investiga desvio de dinheiro público - por meio de verba de gabinete, contratação irregular de empresa de segurança, de limpeza e de uma gráfica. O valor total do prejuízo aos cofres públicos ainda não foi divulgado. Só na gráfica, estima-se que o prejuízo gire em torno de R$ 4 milhões. Bagunça e perplexidade Na manhã desta segunda-feira, a reportagem do Estado de Minas conversou com dois funcionários da Câmara de Uberlândia, que tem cerca de 500 servidores, que resumiram como estava o ambiente na Casa: ` bagunça`, disse um, e ` de perplexidade`, completou o outro. Um dos funcionários contou à reportagem que por volta das 6 horas da manhã desta segunda-feira um grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPE, esteve no gabinete do presidente da Câmara de Uberlândia, Hélio Ferraz (PSDB), conhecido como o Baiano, e ``levou tudo do gabinete´, se referindo a computadores, documentos e outros objetos apreendidos. A sede do Legislativo municipal, segundo esse funcionário ouvido pela reportagem, foi o único local alvo de busca e apreensão na manhã de hoje. Os demais mandados foram realizados nas casas dos vereadores que presos em suas respectivas residências, e de outros envolvidos na suspeita de corrupção. Ao todo foram expedidos pela Justiça 40 mandados de prisão - as identidades dos demais envolvidos, além dos vereadores, não foram divulgadas- e 42 mandados de busca e apreensão. Entenda o caso A operação do MPE nesta segunda-feira é o desdobramento de outra realizada em outubro deste ano, batizada de O Poderoso Chefão, que resultou na prisão dos vereadores Alexandre Nogueira (PSD), Juliano Modesto (suspenso do SD) e Wilson Pinheiro (PP), que permanecem afastados dos cargos. No lugar desses três vereadores, assumiram suplentes. Segundo as primeiras informações do Ministério Público Estadual (MPE), Nogueira e Modesto são novamente alvos da operação de hoje. Nogueira estava em liberdade, sob uso de tornozeleira, desde a última sexta-feira (13), data em que a Câmara de Uberlândia entrou em recesso (férias). O Legislativo só voltará a funcionar em 2 de fevereiro do ano que vem. (...)
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