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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Em tempo de decisões Manoel Hygino O tempo, inclemente, com altas temperaturas e umidade relativa do ar castigando, não correspondeu às necessidades e reclamos do Sudeste, e a chuva não caiu como desejado e necessitado. Para a semana, que começa em 21 de outubro, a perspectiva é mais generosa. Precipitações a partir de segunda-feira. Vamos ver... Em São Paulo, um assalto no aeroporto de Viracopos deixou mortos e feridos. A ousadia dos fora da lei advertiu para a situação da violência no país, nas pequenas cidades interioranas ou na maior metrópole do hemisfério. Para restabelecer a ordem, muitas centenas de agentes de segurança municipais, estaduais e federais, entraram em ação, enquanto se suspendiam pousos e decolagens de aeronaves e se fechava uma rodovia. Neste ambiente pesado e de inquietude, no dia em que se começava o julgamento pelo STF da controversa matéria sobre prisão após segunda instância, um alto oficial das forças armadas manifestou-se. O general Villas Boas, líder do Exército, usou das redes sociais para afirmar que o país corre risco de “convulsão social”. Embora ainda hospitalizado para traqueostomia, Villas Boas, hoje assessor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, começou um depoimento com trecho de conhecida fala de Rui Barbosa, em 1914: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus e a rir-se da honra, tem-se vergonha de ser honesto”. A Folha de S. Paulo, entre suas noticias mais lidas, noticiou que a “mensagem de Villas Bôas em suas redes às vésperas de o STF retomar julgamento sobre prisão em segunda instância, atiçou ânimos na corte”. “Ministros dizem que, desta vez, a chance de a pressão surtir efeito contrário é grande. No texto, o general cita risco de convulsão social. Villas Bôas publicou mensagem mais incisiva no ano passado, às vésperas do julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Lula. Na ocasião, o voto de Rosa Weber foi creditado à esse gesto dele”. Dados do Conselho Nacional de Justiça dizem que 4.895 presos seriam beneficiados com a mudança de interpretação que começou a ser julgada no Supremo. Entre eles o ex-presidente Lula, que está em sala da Polícia Federal de Curitiba desde 2018. O jornal espanhol El Pais adiantou: “Voto de Rosa Weber no STF pode definir destino de Lula e quase 5.000 presos”. Segundo o noticiário, a corte suprema, sob pressão e em meio a alarme de bolsonaristas, o julgamento demorará, começando com previsão de até três sessões. O jornal britânico BBC resume: “Depois de autorizar em 2016 que réus condenados em segunda instância fossem presos, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode rever essa decisão no julgamento. Se isso acontecer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alguns milhares de outros presos no Brasil podem vir a ser soltos”. O mundo está de olho no Brasil. A resposta se terá, em princípio, na próxima semana, já que se preveem três reuniões para todos os ministros votarem. E cada voto demora.

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