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Mensagem: A morte por perto Manoel Hygino Em 6 de setembro de 2018, a família de Adélio Bispo de Oliveira viu sua imagem pela televisão, quando tentou matar, com uma faca, o candidato a presidência Jair Messias Bolsonaro, em Juiz de Fora. O episódio chamou a atenção. No Brasil, presidentes ou concorrentes ao cargo não são vítimas desses crimes como em outras regiões do mundo. Mas, acontecera em nossa Manchester, na Zona da Mata. Muito longe dali, em Montes Claros, no Norte do Estado, cidade natal do quase homicida, a imagem de Tuca, seu apelido, é de uma pessoa religiosa, correta e trabalhadora, que – em condições normais – nunca teria praticado o gesto. O ato parece ter suscitado exemplo. Em 26 de setembro de 2019, o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também mineiro, declarou que foi armado à sessão do Supremo Tribunal Federal com a intenção de matar a tiros um ministro. Objetivo: executar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar. Janot acrescentou que, logo depois de apresentar uma exceção de suspeição contra Gilmar Mendes, o ministro difundiu uma história mentirosa sobre sua filha. “E isso me tirou do sério”. Segundo o ex-procurador, impediu-o do ato criminoso a “mão de Deus”. Gilmar observou em seguida: “Recomendo que (Janot) procure ajuda psiquiátrica. Continuaremos a defender a Constituição e o devido processo legal”. A Associação Nacional dos Procuradores da República, em seguida, publicou: “Os membros do MPF repudiam qualquer ato de violência que se cogite ou seja praticado em detrimento de qualquer pessoa, seja autoridade pública ou não, como o que foi revelado pelo ex-PGR. A democracia prevê, por meio do livre funcionamento das instituições, a eterna vigilância contra a barbárie”. O affair não ficou por aí. Uma semana depois do caso Janot, um procurador da Fazenda Nacional, em São Paulo, foi preso em flagrante pela Polícia Federal sob suspeita de tentar matar uma juíza no Tribunal Federal da 3ª Região. A magistrada viu seu gabinete ser invadido pelo procurador, que teria acertado uma facada no pescoço, mas sem gravidade. O fato está sendo apurado. A Advocacia Geral da União informou que determinou a imediata abertura de sindicância no âmbito da instituição. Disse a AGU que “lamenta o ocorrido, registra irrestrita solidariedade à magistrada e repudia todo e qualquer ato de violência”. Fatos novos não apagam os antigos. Quantos morreram na ponta da faca – inclusive por virulentos ciúmes entre casais – desde o atentado contra o candidato à presidência da República? A família de Adélio Bispo – olhem que é bispo, pelo menos no nome – lamenta nada conhecer a respeito, senão o divulgado por televisão ou rádio: “A gente não sabe como ele está e não tem como ir lá visitar”, disse um deles. Ao ouvir que se encontra em cela individual, com duas horas de sol por dia, vigiado, alguém observa: “Aí é que ele vai endoidar mesmo”. Uma reportagem da Folha de São Paulo mostra que Adélio, que hoje tem 41 anos, desde os 16 saía “para o mundo e só voltava na hora que queria”, segundo uma irmã dele. E, à noite, ia orar. Virou evangélico na juventude e chegou a ser pregador em uma das denominações que frequentava a Igreja Missionária Resplendor da Glória de Deus.
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