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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Harari vê Frankstein Manoel Hygino Yuval Noah Harari era apenas um desconhecido há poucos anos. O escritor, todavia, conseguiu revelar-se, a partir de “Sapiens, uma breve história da humanidade”, um livrão com mais de 500 páginas, distribuído pelas livrarias de todo o mundo. O estudo lançado em 1911, em Israel, nação de origem do autor, já percorreu o planeta em várias línguas e, presentemente, quem disser que o leu, julga-se atualizado com o que de mais moderno apareceu no mundo do conhecimento. Harari, doutor em história pela Universidade de Oxford, especializado em história mundial e professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, não se cinge a responder sobre as inquinições do ser humano e da humanidade. Seu leitor deve preparar-se para uma visão ampla e profunda da história e sua evolução. Ele faz uma exposição sobre a Revolução Cognitiva, que se iniciou há 70 mil anos; depois, a Revolução Agrícola, de 12 mil anos, e a Científica, que faz 500 anos. A obra, deste modo, é preciosa sob todos os aspectos e impõe uma leitura cuidadosa. Não é sempre que se encontra um trabalho tão valioso, capaz de exercer natural atração sobre o público de modo geral. O autor, por exemplo, evoca a escritora Mary Shelley que, em 1818, lançou “Frankstein”, ficção sobre um cientista que tentou criar um ser superior e, em vez disso, produziu um monstro. Nos dois últimos séculos, o caso foi recontado inúmeras vezes, com variações evidentemente, transformando-se, porém, no tema central de uma nova mitologia científica. Conclusão de Harari: a história de Frankstein parece alertar-nos de que, se continuarmos brincando de Deus e fabricando vidas, seremos punidos severamente. É imensa a gama do que há a ser discutido na obra de Harari, e o mundo hoje a está analisando. O escritor mineiro César Vanucci, por exemplo, em seu blog se manifestou há dias sobre os Estados Unidos e os norte-americanos. Vanucci não vê a grande nação do Norte como seus aliados e apoiadores. Diz Harari: “a ordem imaginada constituída pelos norte-americanos em 1776, com a “Declaração da Independência”, para dar sustentação às redes de cooperação em massa organizadas pelos seres humanos com vistas ao relacionamento em comunidade, caracterizou-se pela incoerência e hipocrisia. Embora pregando, teoricamente, a igualdade de todos os homens, a referida ordem estabeleceu como regra, na prática, uma divisão social contundente. Consagrou – sublinha ele – “a hierarquia entre ricos e pobres”. Palavras também de Harari: “a maioria (...) quase não tinha problemas com a desigualdade causada por mais ricos que passavam seu dinheiro e negócios para os filhos. Na visão deles, igualdade significava apenas que as mesmas leis se aplicassem a ricos e pobres. Não tinha nada a ver com seguro-desemprego, educação integrada ou seguro-saúde. A liberdade também tinha conotações muito diferentes das que tem hoje. Em 1776, não significava que os desprivilegiados (negros, índios e muito menos, mulheres) podiam conquistar e exercer o poder”. Pelo que aí ficou dito, há realmente muito a se buscar em Sapiens, nem que seja para contrapor-se. Vale a pena, portanto.

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