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Mensagem: Professor Magnus Medeiros Wanderlino Arruda O grande e admirado Magnus Medeiros, companheiro dos melhores desde os nossos tempos da iniciante Faculdade de Filosofia, com aulas ainda no Colégio Imaculada, foi sempre um companheiro fiel de todos os momentos. Ele da turma de Geografia, com aulas lideradas por Dalva Dias, era sempre o melhor papo no intervalo das aulas, que começavam pontualmente às dezenove horas. Início de ensino superior, muita gente ainda não sabendo da seriedade exigida, as turmas eram enormes. No Curso de Letras, por exemplo, nós éramos sessenta e cinco, boa parte de advogados, professores, jornalistas, até o médico João Valle Maurício. Os formandos de Geografia terminaram com uma turma bem mais respeitável, porque nós das Letras, só chegamos ao final com uma turminha de sete. Com uma valorização bem vistosa para todas as escolhas, os alunos de Geografia foram os líderes na festa de formatura, principalmente por contarem com Magnus Medeiros, professor de prestígio, marca de destaque no colunismo social, excelente capacidade de redação, elogiável grau de informação, porque sempre circulando pelos segmentos mais importantes da sociedade. Sua coluna foi sempre um ponto de destaque no noticiário, principalmente pelo alto nível de conhecimento e de cultura, situação que ele soube cultivar durante todos os anos e todas as décadas, a esta altura, acredito, em torno de um meio século. Embora a boa redação ensina-nos usar o mínimo de adjetivos, nunca um bom redator, ou orador, conseguiu descrever e qualificar Magnus Medeiros sem um portentoso conjunto de complementos para destacar credibilidade, competência, inteligência, responsabilidade, elegância, capacidade de bem-querência, dignidade profissional, lealdade, ética, integridade, coleguismo, jeito bom de ser na vida. Tudo a favor de Magnus, que antes de ser jornalista, escrevia o nome com “o”, Magnos, nem sei se menos nobre que com “u”, bem mais latino. O sobrenome Medeiros, então, tem sido sempre uma garantia maior e de elogiável marca. Magnus, o grande e notável montes-clarense, nasceu na cidade vizinha de Pirapora, vindo para cá ainda criança, aqui estudando, aqui se fazendo, principalmente na Padaria Flor do Sertão, do Sr. Tota, seu avô, um bom vizinho de Godofredo Guedes e Dona Júlia, com a Rua Rui Barbosa, ainda na fase romântica das platibandas de casas e cômodos de comércio de início do século, a via pública mais caprichada e cultivada na arquitetura, principalmente depois da Rua São Francisco. Foi lá que conheci o jovem Magnos Medeiros, cantor de voz primorosa, principalmente quando cantava “New York, New York”, ou músicas Agustín Lara e Nelson Gonçalves. Foi no antigo Diário de Montes Claros, Rua Doutor Santos, o nosso maior convívio no meio de muitas notícias e do entusiasmo de Júlio de Melo Franco e de Décio Gonçalves. Importante também citar a nossa participação na Revista Encontro, ponto de união de muita gente boa da imprensa e das artes, entre elas, o saudoso Konstantin Christoff. Vivamos quantos anos viver, a vida será sempre rica quando a vivemos em benefício de muita gente, quando fazemos o que sabemos fazer, e trabalhamos com o nosso maior desejo de produzir qualidade. Tenho certeza de que não inflaciono valores nesta minha fala sobre o amigo e colega, o companheiro e o confrade Magnus Medeiros, com quem além do jornalismo, nunca deixei de participar dos movimentos de Cultura, principalmente no Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, onde ele ocupa, como fundador, a Cadeira número 15, que tem como Patrono o jornalista Ataliba Machado. Gratificante destacar aqui, em final de crônica, que Magnos Denner Medeiros, uns três anos mais novo do que eu, foi juntamente comigo, dos maiores amigos de Haroldo Lívio de Oliveira, o melhor de todos nós!
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