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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A viagem de Bolsonaro Manoel Hygino A visita do presidente Bolsonaro aos Estados Unidos, hospedado na Blair House, no complexo da Casa Branca, com a sucessão de reuniões entre altas autoridades de nosso país, constitui motivo de natural regozijo em Washington e Brasília. Enfim, consumou-se o encontro dos mais elevados escalões da administração das duas maiores nações das Américas, neste primeiro trimestre. Não se esquecerá de que, em tempos idos e vividos, quando éramos ainda colônia de Portugal, alguns inconfidentes se aproximaram de pioneiros da independência dos Estados Unidos, em encontros na Europa, a fim de que a experiência do Norte pudesse servir de exemplo e parâmetros para projetos que se pretendia para o país independente que se forjava no hemisfério Sul. Em sua visita aos Estados Unidos, o presidente Bolsonaro está hospedado desde domingo no Blair House, casa de recepção a ilustres hóspedes do governo americano, nas proximidades da Casa Branca, em Washington. É um tempo próprio para discutir questões que interessam às duas nações: a maior do hemisfério Norte das Américas e a maior do hemisfério Sul, para desfazer opiniões diversas, controversas e adversas a uma aproximação que ultrapassa à simples questão geográfica. Motivos ocasionais, políticos e ideológicos interferiram nas relações entre as duas grandes nações do continente. Havia os que julgavam que o Brasil sempre embarcava na canoa de Tio Sam. A política externa, por exemplo, como proposta por Jânio e o chanceler Afonso Arinos, pela primeira vez se tornou assunto de discussão nacional. Naquela hora, pareceu que os milhões de brasileiros que votaram em Jânio tinham despertado de um pesadelo. As relações com Cuba, com os países comunistas, e com os africanos, dividiram a opinião pública brasileira. Falava-se muito, discutia-se sobre “política externa independente”. O embaixador Vasco Leitão de Abreu, uma das maiores expressões de nossa diplomacia, se manifestou: “O pessoal do centro-esquerda achava que eu estava me entregando aos reacionários da direita e que a minha motivação era política, que eu era contra a política do Afonso, apoiada pelo presidente. Mas eu estava de acordo. Nem achava que tivesse tanta importância assim, achava que a nossa política era mais independente do que parecia”. Vasco foi claro: “Até então não tínhamos por hábito seguir os Estados Unidos, e dessa vez íamos ser independentes da política americana, íamos criar uma política com a África.” Vasco enfatizava que o Brasil não votava automaticamente com os EUA. Nunca houve subserviência. “Nas coisas mais importantes sempre tomávamos as deliberações mais acertadas para o Brasil. Como os Estados Unidos, mas não a reboque, era a tese de Lauro Muller. “Não era ser importante subserviente para ser atacado”. Os acordos assinados por Trump e Bolsonaro são de grande importância para as nações de que são presidentes em várias áreas da vida nacional. Enfim, ainda, libera-se a base de Alcântara para lançamento de foguetes e satélites, embora sob jurisdição do Brasil. Esta todavia, todavia, depende da aprovação do Congresso.

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