Assembleia do Rio vota e por 39 votos a 19 manda libertar seu presidente (pai de ministro) e 2 outros deputados. Ministro do Supremo revela "perplexidade"

Em sessão extraordinária nesta tarde, a Assembleia do Rio revogou a prisão do seu presidente, Jorge Picciani, e dos deputados Paulo Melo (ex-presidente) e Edson Albertassi, líder do governo. Por 39 a 19 votos, os deputados votaram pela soltura. A prisão havia sido determinada na última quinta-feira, 16, por decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
VOLTEM
Além de libertar os 3 presos, o parecer da Comissão de Constituição, transformado em projeto de resolução, determinou que Picciani, Albertassi e Melo voltem ao exercício do mandato. Agora, a Assembleia vai notificar o presídio em Benfica para libertar os parlamentares.
PERPLEXIDADE
Pelo menos um ministro do Supremo Tribunal, Marco Aurélio Mello, disse que viu com “perplexidade” a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de revogar a prisão do presidente, deputado Jorge Picciani, do deputado Paulo Melo e do líder do governo, deputado Edson Albertassi, todos do PMDB.
CAIXA
“Estou vendo com perplexidade, agora vamos aguardar os desdobramentos porque acabou um órgão político cassando a decisão de um órgão federal”, acrescentou Marco Aurélio. “Isso vai ser julgado fatalmente pelo Supremo, e estou pronto para ouvir os colegas. Colegiado é sempre uma caixa de surpresa, não sei como os colegas vão enfrentar esse tema. É um tema muito delicado”.
CABERÁ
A Constituição do Estado do Rio de Janeiro prevê que, ocorrendo flagrante de crime inafiançável, caberá à Assembleia Legislativa deliberar sobre a prisão dos deputados. O presidente da Assembleia do Rio é pai do ministro do Esporte.