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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°82891
De: Nivea Almeida Data: Terça 21/11/2017 10:16:03
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

[Na passagem do dia da Consciência Negra, a minha singela homenagem aos tantos anjos lindos e negros da nossa querida Montes Claros, representados aqui pelo menino Joãozinho.]


* Os dentes de Joãozinho *

Joãozinho apareceu no primeiro dia de trabalho com um par de sapatos maior que o seu pé. As roupas, bem largas, dançavam em seu corpo delgado. Ainda não havia recebido o uniforme azul para a labuta, e por isso precisou improvisar. Todo mundo reparou o seu jeito meio desconjuntado, mas ninguém comentou patavina.

No outro dia, já de uniforme e sapatos luzentes do seu tamanho, veio de cabelos bem penteados e unhas cortadas. Apresentava-se sempre sorridente e cortês, assim como havia aprendido em seu treinamento para ser um jovem aprendiz, e assim também como, decerto, ditava a sua própria natureza.

Os dias foram passando e todo mundo se afeiçoou ao Joãozinho. Um garoto de costumes simples e jeito humilde, mostrava-se sempre prestativo, educado, gentil e bem humorado.

Pele negra, estatura pequena, bastante magro, cabeça ovalada enfeitada de madeixas negras encaracoladas, mãos, pés e orelhas desproporcionais, Joãozinho no auge de sua adolescência, tinha os dentes grandes e brancos sempre ostentados em um sorriso.

– Joãozinho, você cuida muito bem desses seus dentes, hein? – Disse como forma de encômio, no intervalo do café.

– Sim, senhora, cuido sim. Na verdade a mamãe faz uma fileira conosco todas as manhãs e no fim do dia. Ela mesma escova nossos dentes.

Sem entender muito bem aquela resposta, continuei meus questionamentos:

– Como assim João? Você já tem 15 anos de idade, já sabe escovar seus dentes sozinho. Sua mãe não precisa mais te ajudar.

– Sabe, dona, lá em casa a água é difícil. E não temos escova de dente. Mamãe pegou alguns sabugos de milho, cortou assim ó (mostrou com as mãos vários longos cortes na vertical) e cada um de nós tem uma “lasca”. Somos doze, né…

Eu continuei ouvindo estarrecida, não imaginava que era aquela a realidade de Joãozinho.

– Dos doze, dona, dez já tem dentes, dois são muito bebês ainda. Daí mamãe guarda nossas “escovas” bem organizadas na beira da prateleira e cobre com um paninho bem limpo. De manhã e à noitinha ela nos coloca enfileirados por ordem de tamanho, e começa o trabalho do menor para o maior. Os pequenos, que não tem dentes, ela limpa direitinho a boca e as gengivas com um rasgo de fralda umedecida na água. Na sequência, ela vai pegando as nossas “escovas”, passando um pouco de sabão de coco na ponta e esperamos todos de boca bem aberta. Mamãe é muito inteligente, dona, ela nunca confunde nossas “escovas” para não correr o risco de pegarmos bactérias da boca um do outro.

Joãozinho descrevia aquele rito com uma absurda riqueza de detalhes, e com os olhos tremeluzindo de orgulho da sua tutora esmerada. E ainda teve mais:

– Ela escova nossos dentes, dona, pois pela manhã, por exemplo, só temos um balde grande de água para tudo. E mamãe, para não desperdiçar, faz o trabalho ela mesma, evitando que entornemos ou que um de nós use mais água que o outro. Ela pega o copo de ferver a água do café, enche, e faz com que aquela porção dê conta de todos os nossos dentes. Sabe, dona, sabão de coco não é muito gostoso não, mas olha o resultado (e arreganhou os dentões todo soberbo). Como sou o maior e mais velho, sempre fico por último, e às vezes saio de casa com gosto de sabão na boca, pois o que sobra de água para mim para retirá-lo às vezes é bem pouquinho.

Joãozinho relatou sua higiene bucal e a de seus irmãos com muito empolgamento e a mesma alegria estampada na cara, do começo ao fim. Pelo que se podia perceber, era um momento ímpar de união familiar e partilha, promovido pela mãe daquela trupe.

Após o seu relato, engasgada, não consegui falar muita coisa. Terminei o meu café, já frio, agradeci pela história em murmurejo e saí dali de volta para o meu gabinete de trabalho. Mas não consegui ficar sentada por muito tempo. Peguei a minha bolsa e avisei a minha secretaria que iria rapidamente a um supermercado nas redondezas.

No final do expediente, como era de costume, Joãozinho foi até a minha sala perguntar se existia mais alguma demanda para aquele dia, e, em caso de minha negativa, sempre se despedia com o mesmo mantra “deus te abençoe, te dê tudo em dobro e a faça sonhar com anjinhos, dona”.

Estendi a mão com uma sacola plástica com as compras recém-adquiridas e entreguei ao Joãozinho. Lá dentro quinze escovas de dente de tamanhos e cores variados, alguns pacotes de algodão, dois pacotes grandes de lenços umedecidos, cinco tubos de pasta de dente com sabores diversos, um vidro grande de enxaguante bucal e duas embalagens de fita dental.

– Toma João, coloca na prateleira da sua mãe.

João recebeu a sacola com uma interrogação na fronte. Abriu e espiou, matreiro. João não sabia o que fazer de tanta satisfação. Abriu, vislumbrou e fechou aquela sacola plástica um milhão de vezes, como se ali escondesse uma grande e reluzente barra de ouro. Ele não acreditava no que via. Não sabia se agradecia, se me abraçava ou se saía correndo dali para encontrar logo a mãe.

– Dona, isso é pra nós mesmo? É sério? – Perguntou, com os olhos marejados.

– Corre, João, sua mãe precisa se organizar para o ritual da tarde. – Respondi.

Joãozinho, se não bastasse, deixou a sacola sobre a mesa, e subitamente, ajoelhou aos meus pés principiando um Pai Nosso bem alto, com as mãos para cima. Tentei retirá-lo dali puxando-o pelo braço, constrangida, mas foi em vão levantá-lo. Deixei-o terminar a sua oração. Era o seu jeito de agradecer por aquele gesto tão ínfimo da minha parte.

– Deus te abençoe, te dê tudo em dobro e a faça sonhar com anjinhos, dona.

E aconteceu. Naquela mesma noite eu sonhei que estava no Céu. Doze anjos negros e lindos, cabelos pretos encaracolados, vestidos de branco, asas enormes, suspensos do chão, cantando divinamente em uníssono, alinhados, mostrando os seus sorrisos com dentes tão brilhantes que ofuscavam o meu olhar…

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Mensagem N°82890
De: Eurípedes Data: Terça 21/11/2017 09:12:19
Cidade: M. Claros

Enfim, uma boa notícia: 140 pessoas serão contratadas e, em fevereiro, um novo supermercado funcionará no local onde fechou o Makro em M. Claros, há cerca de 2 anos, perto do aeroporto, na Cidade Alta. O atacarejo Villefort instalará no local a sua quarta loja em M. Claros. A rede holandesa Makro fechou abruptamente a loja na cidade, sem qualquer aviso até para os funcionários graduados locais. Emissários chegaram da matriz e simplesmente disseram - "fecha, agora", encerrando melancolicamente o atendimento. Não se sabe se o terreno e as instalações foram adquiridos pela rede Villefort, que manterá o posto de gasolina que atende no privilegiadolocal, saída para Francisco Sá e para todo o Norte de Minas. Os novos funcionários já estão sendo cadastrados na loja pioneira do grupo, na Avenida Dulce Sarmento. A notícia sinaliza que a roda da economia dá sinais de que volta a funcionar.

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Mensagem N°82889
De: Manoel Hygino Data: Terça 21/11/2017 07:23:02
Cidade: Belo Horizonte

Uma guerra sem fim previsto

Manoel Hygino

Aconteceu no Rio de Janeiro. Bandidos ligados ao tráfico, em meados de outubro, sequestraram um médico e o levaram para socorrer um criminoso. Após tiroteio na avenida Brasil, um policial e um criminoso se feriram. Levados a uma UPA; informou-se que o caso era grave e impunha cirurgia. Para segurança do marginal- vítima, apreendeu-se ali mesmo um discípulo de Hipócrates, transferido a uma clínica clandestina na Baixada Fluminense para procedimentos.
Este apenas um fato entre tantos que enodoam ou estigmatizam a crônica da cidade e do Estado do Rio. Uma pena para os que lá moraram em dias difíceis, mas menos marcados pela violência e pela corrupção, que enfim é uma espécie de demonstração prática daquela.
Um ex-governador carioca preso desde princípio do ano. Uma vergonha. Os negócios escusos em todas as atividades oficiais, com empresas evidentemente envolvidas. Deputados à Assembleia, inclusive seu presidente, presos por ordem judicial em 16 de novembro. Horas depois, foram soltos.
Além de outras personagens, envolvidas em escândalos pelo mau uso de com recursos públicos, isto é, do povo.
Na periferia, uma guerra sem fronteiras. Funcionalismo em atraso, falta de material farmacêutico nos postos de saúde, revolta dos barnabés, sucessivos tiroteios nas comunidades – antes favelas. Balas matam os coitados, infantes, mulheres e idosos. Sangue, gritos e lágrimas, mais feridos e mortos.
Sem embargo, o Rio de Janeiro é a única cidade brasileira incluída entre as 100 mais visitadas do mundo, embora em 85ª colocação. Em primeiro lugar e pelo oitavo ano consecutivo, Hong Kong. Nas Américas, só Nova York aparece entre as dez mais.
O Rio reflete o Brasil, infelizmente. Tivemos 61.619 mortes violentas no país, no ano passado, o maior índice de aumento da história, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Só homicídios foram sete a cada dia e, no total, se matou em 2016 mais do que a bomba atômica de Nagasaki, em 1945. Mas era época de guerra mundial.
A violência não é terrível privilégio carioca, quando se sabe, por exemplo, que ela praticamente se comprovou em dobro nos registros da dengue e zika. Esta apresentou 719 casos possíveis, com 86 confirmados pelo critério laboratorial.
Em Minas, há violência, como não poderia deixar de ser. Nó dia 6 de novembro, trinta homens armados invadiram Uberaba. Roubaram empresa de valores. Usando explosivos, atiraram uma bomba perto do quartel da PM, amarraram correntes em postes, metralhadoras foram expostas pelos bandidos, com população em pânico.
No dia 8, sertão adentro, três agências dos Correios assaltadas em ação com bananas de dinamite, provocando danos à estrutura de prédios, em Padre Carvalho, Varzelândia e Manga. Em Almenara e Rubim, no Jequitinhonha, um bando especializado em assaltos quis cumprir mais um projeto, mas quatro marginais foram mortos pela polícia. Pelo menos, estes darão sossego à população. Sabemos perfeitamente, todavia, que esta guerra não terminou, estamos apenas dando sequência, como se lerá nos jornais de hoje.

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Mensagem N°82888
De: André Data: Segunda 20/11/2017 10:25:11
Cidade: M. Claros

Na próxima quinta-feira, 23, a partir das 20h, o jornalista Alberto Sena lançará o seu livro – “Nos Pirineus Da Alma” – na sede do Elos Clube Montes Claros, na Rua São Paulo, 190, Bairro Todos os Santos. O livro contém momentos de espiritualidade, emoção e aventura vividos nas duas experiências dele e da esposa, Sílvia Batista, no milenar Caminho de Santiago de Compostela, na França e Espanha, até a Catedral onde se encontram os restos mortais do apóstolo Tiago Maior.
Na primeira experiência, o casal andou 500 quilômetros, de Burgos, na Espanha, até Santiago, em 17 dias. Na segunda vez, partiram de San-Jean-de-Pied-de-Port, na França, subindo os Pirineus, perfazendo mais de 800 quilômetros a pé, até Santiago, em 25 dias.
O livro tem 192 páginas, sendo 32 de fotos coloridas, legendadas, de vários momentos do casal pelas trilhas por onde supostamente o apóstolo Tiago transitou em seu trabalho de evangelização.

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Mensagem N°82887
De: Manoel Hygino Data: Segunda 20/11/2017 08:22:31
Cidade: Belo Horizonte

O ano de 1968 e o AI-5

Manoel Hygino

Zé Torres, ou melhor José Antônio Breyner Torres, lançou em 2013 seu livro “Mineiríades – Cantos de Minas”, com versos muito irônicos sobre a gente de Belo Horizonte ou que aqui viveu. Eis o sexteto inicial: “Quando eu nasci, aquele anjo me olhou de soslaio e disse: – Seja o que Deus quiser! Amém”.
O registro vale para Márcio Moreira Alves, de ilustre família de minha cidade natal, com forte atividade política e social. À porta da casa de um deles, do médico João Alves e D. Tiburtina – se deu o famoso tiroteio de 6 de fevereiro de 1930, com mortos e feridos.
Pois bem. Márcio Moreira Alves se tornou o principal protagonista da batalha que resultou no Ato Institucional nº 5, em 1968. O ano que já bate à porta do calendário, o 2018, assinala o cinquentenário do AI-5, de temida lembrança, e de tantos outros fatos de repercussão internacional. Sobre o tema, Márcio escreveu “68 mudou o mundo”, lançado pela Nova Fronteira em 1993, com prefácio de Gilberto Dimenstein. O volume conduz um subtítulo: “A explosão dos sonhos libertários e a guinada conservadora num ano que valeu por décadas”.
Efetivamente assim é. Pode-se, assim, evocar Marx que, ao ensejo da Comuna de Paris, escreveu: “Há dias que valem por séculos na história dos povos”. A propósito, John Reed também lembrará a revolução russa de 1917 em “Dez dias que abalaram o mundo”.
Neste tempo em que se recorda com ênfase a Jornada contra a Fome, liderada pelo mineiro Betinho, Herbert José de Souza, gente do Norte de Minas, sociólogo e hemofílico, nada mais próprio do que advertir sobre 1968, quando se deram fatos dignos de menção. Há meio século, um discurso do deputado Márcio foi considerado
ofensivo às Forças Armadas, contestadas veementemente, inclusive porque renovava denúncia de torturas.
Os estudantes ficaram ao lado do Márcio Alves, até porque ainda estava muito vívido o assassinato de Martin Luther King, líder da luta dos negros norte-americanos por seus plenos direitos civis. Executado em um hotel de Memphis, no Tennessee, sua morte foi um rastilho de pólvora pelos bairros pobres das grandes cidades de Tio Sam, com extensão pelo mundo. No Brasil, os grupos radicais defendiam a luta armada, embora Márcio sustentasse que os jovens não se moviam pelo sonho socialista, mas pelo sonho “pequeno burguês”. Queriam entrar na faculdade (como até hoje), conseguir uma vaga de trabalho, aumentar a competitividade no mercado, algo muito pragmático.
Enfim, um sonho de mudança, com a lei acima dos homens. O deputado se defendeu na Câmara, com o país tenso. Resultado: o AI-5 foi assinado em 13 de dezembro de 1968, embora se afirmasse que a decisão fora tomada em 27 de junho, quando um atentado a bomba matou um sentinela do QG do III Exército, em São Paulo. Com a invasão da Universidade de Brasília pelas forças de segurança, os ministros militares exigiram do Parlamento licença para processar Márcio, abrindo uma grave crise institucional.
Márcio foi cassado. Depois, veio o que se sabe e que o autor do livro, o próprio Márcio, conta em minúcias muito valiosas para visão mais aprofundada da questão.
Em resumo, estamos ingressando no cinquentenário de um ciclo da história que até hoje nos influencia.

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Mensagem N°82886
De: José Ponciano Neto Data: Domingo 19/11/2017 22:49:50
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

- Dia Nacional da Consciência Negra -

20 de NOVEMBRO: Que dia é este? O que constitui?

O Dia Nacional da Consciência Negra! Algumas pessoas estão confundindo com Treze de Maio, ou Dia da Negritude (dia que não existe).

O Dia Nacional da Consciência Negra é o dia de reafirmar os propósitos de continuar a luta pela libertação integral do povo negro.

Confiamos em nosso futuro motivados pelo sentimento de vida e libertação.

Após a Abolição da Escravatura (13/05/1888), não foi e não é fácil sobreviver ao racismo e a marginalização imposta aos negros por algumas pessoas, essas, muitas vezes por FALTA DE CONSCIÊNCIA, pois não sabem avaliar seus atos.

A identidade racial e cultural é nossa herança, construídas pelos nossos irmãos negros, numa história de lutas. E cada gota de suor, de sangue, há uma afirmação: “Viver é preciso – como povo, como cultura”

Falam em “Democracia Social”. Será que existe mesmo? Por que criticam tanto as COTAS dos negros, pardos e índios nas UNIVERSIDADES?

Os negros construíram cada pedaço deste nosso país. O que há de civilização no Brasil de domínio do homem sobre a natureza, é fruto do trabalho humano, obras efetivadas por mãos negras, das plantações aos abrigos, jardins, as fábricas e seus produtos.
Vinte de novembro faz-nos conscientizar do que foi o Quilombo dos Palmares.

Palmares com 322 anos de luta pela dignidade humana, pela liberdade e pela independência, onde negros – em sua maioria – brancos e índios irmanaram-se na luta contra a escravidão, o genocídio e a opressão.

Entre os lideres de palmares, Zumbi foi o mais fiel na defesa das aspirações do povo negro, em sua luta pela justiça e igualdade.

Zumbi ainda é o grande símbolo da liberdade brasileira, comparado a Nelson Mandela na sua luta contra o regime de segregação racial --“Apartheid”- na áfrica do Sul ou Tiradentes na Conjuração Mineira, época que liderou um dos mais importante movimentos sociais a favor da liberdade e contra a opressão portuguesa.

Em 20 de novembro de 1695, traidores a serviço do governador de Pernambuco, e outros de influências, assassinaram Zumbi. Mas não apagaram o fogo da libertação. Esta é a Consciência Negra.

Dia 20 de novembro relembramos em Zumbi, a luta de libertação do povo negro do Brasil, das Américas e da áfrica.

No dia Nacional da Consciência Negra, chamamos nossos irmãos negros e a todos brasileiros para nos unirmos e conquistarmos, no presente, condições dignas de existência, e para construir uma sociedade justa e igualitária, livre do racismo, livre da miséria. Sociedade onde todos tenham direito à vida e à dignidade da pessoa humana.

(*) José Ponciano Neto é Articulista; Cronista e Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas.

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Mensagem N°82885
De: Manoel Hygino Data: Sexta 17/11/2017 07:03:06
Cidade: Belo Horizonte

Um dia como outro qualquer

Manoel Hygino

Quinze de novembro, Proclamação da República, todo mundo sabe, principalmente porque é feriado em meio de semana, propício para feriazinha, antes do Natal. No Brasil, são imperdíveis as interrupções mais longas no trabalho diário. Quem tiver oportunidade, porém, de encontrar e recorrer aos jornais de 1889, encontrará notícias muito especiais.
Sabe-se que, logo após as primeiras horas da manhã, no velho Rio de Janeiro, os empregados que se dirigiram para a jornada não deixaram de estranhar o tropel dos soldados de cavalaria. Devidamente armados, cruzavam as ruas do centro, enquanto se ouvia o som de clarins, o rufar dos tambores e o rodar das carretas do Batalhão Naval, que – por ordem do governo – havia desembarcado.
Ninguém sabia exatamente do que se tratava, mas os transeuntes se mostravam espantados e temerosos. O que acontecia? Perguntas por todos os lados, respostas imprecisas, não muito confiáveis. O Exército se revoltou? Por quê? Os militares querem depor o governo. Os caixeiros espalhavam a notícia de que o comércio fechava as portas, com receio de quebradeira.
Mas haveria também um 14 de novembro, em 1921. Telegrama enviado de Paris pelo Conde D’Eu informava à baronesa de Loreto, no Rio, que a princesa Isabel morrera aos 75 anos, com fraqueza cardíaca agravada por congestão pulmonar. No Brasil, pouco se comentou a respeito e assim continua.
A princesa Isabel, herdeira do imperador Pedro II, ficara conhecida como a Redentora, por ter assinado a Lei Áurea, que pôs fim a três séculos de escravidão. Ela sabia que, ao sancionar a lei, corria o risco de perder o trono, já que os republicanos planejavam um golpe, apoiados pelos escravocratas. Ela, contudo, não se intimidou, inclusive comparecendo a todas as festas pela libertação dos servos realizadas pelo povo. O centro carioca foi enfeitado com flores e a população saiu às ruas para comemorar.
A princesa, é bom lembrar, foi a primeira chefe de Estado das Américas e uma das nove mulheres a governar uma nação na região durante boa parte do século 19. Isabel substituiu o pai, o imperador, nas três vezes em que se ausentou do país. A primeira de 1871 a 1872; a segunda, de 1876 a 1877; e a última, de 1887 a 1888.
Em 1871, em 28 de setembro, ela exarou a Lei do Ventre Livre, estabelecendo que todos os filhos de escravos que nascessem a partir de então estariam libertos. Em 1888, foi a Lei Áurea, que liquidou com a escravidão, embora tardiamente, e também com a monarquia.
Registremos: em 1889, com a deposição do imperador e o banimento da família real, ela partiu ara exílio na França, montando ali uma espécie de embaixada informal, no castelo em que morava, na Normandia. De lá, procurava ajudar os patrícios e, lá também, recebeu Santos Dumont.
Foi ainda a primeira senadora do Brasil, cargo a que tinha direito como herdeira do trono a partir dos 25 anos de idade nos termos da Constituição do Império, de 1824. Por ter acabado com a escravidão, (a palavra tem surgido no noticiário político recentemente), libertando 12 milhões de escravos, o papa Leão XIII lhe ofereceu a comenda da Rosa de Ouro – título que parece servir agora a uma escola de samba.
Afora isso, quem dela se recordará no 14 de novembro?

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Mensagem N°82884
De: Manoel Hygino Data: Sábado 18/11/2017 07:35:14
Cidade: Belo Horizonte

Risco na caixa d’água

Manoel Hygino

Haja espaço nos meios de comunicação, porque assuntos não faltam. Felizmente, existem boas notícias a divulgar e comentar, mas não se nega que as letras graúdas das manchetes ficam por conta das más, que não são poucas neste país abençoado por Deus. Imagine-se se não fosse.
O preponderante agora, quando as chuvas chegaram, é com relação às barragens construídas nas montanhas e possivelmente transformadas em risco para a população. É tema muito sério, muito grave, a que as autoridades não podem ficar alheias e, certamente, não estão, como se depreende das informações pela imprensa.
Depois do catastrófico rompimento da Barragem do Fundão, no município de Mariana, causando 19 vítimas fatais e destruindo localidades a jusante, até a avalanche fatal alcançar o Atlântico, novas denúncias são feitas: outras poderão ter a mesma sorte – ou falta de sorte –, ameaçando extensas regiões. Muitos milhares de mineiros estão aterrorizados. E não é para menos.
O ex-governador José Francisco Bias Fortes, do poderoso clã de Barbacena, com sua voz grave, sentenciava que Minas Gerais é a caixa d’água do Brasil. Bela síntese, que reflete a destinação de grandes extensões de nosso território para formação de represas, algumas com usinas produtoras de energia elétrica. Aí estão, por exemplo, Três Marias, no São Francisco, e Furnas, dentre várias outras no Rio Grande. Servem ao Brasil depois de perdermos ricas áreas agricultáveis.
O rompimento da Barragem de Fundão, há exatamente dois anos, com danos que se sentirão ao longo de décadas, talvez séculos, se tornou símbolo dramático. A partir de agora se dirá – antes e depois do Fundão –, e presentemente todos que vivem à margem ou abaixo de barragens sofrem os intermináveis pesadelos de situação semelhante.
Mais se comenta e se discute, em termos técnicos e políticos, o caso da Barragem Casa de Pedra, localizada na cidade histórica de Congonhas. Por aqui, se atinge a história de Minas e do Brasil. Outro dia foi Mariana, primeira vila, cidade e capital. Agora é Congonhas, do santuário de Bom Jesus do Matozinhos, em que o Aleijadinho deixou belíssimos exemplares de sua estatuária. Poderia até recordar José Arigó, que ali viveu e a quem recorreram personalidades brasileiras em momentos de doença e sofrimento.
Mas a dor e sofrimento agora é dos moradores de Congonhas, em cujo município a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) construiu mencionada represa “propensa a rompimento”, segundo um oficial do Corpo de Bombeiros. Nova calamidade?
A estrutura da obra se eleva em um maciço de 80 metros de altura, 9,2 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério, e a apenas 250 metros da vizinhança. Desde o ano passado, a CSN luta para estabilizá-la, mediante obras emergenciais contra infiltrações na base do Dique de Sela. É o que leio e me assusta, embora mais tangidos pelo medo sejam os habitantes dali.
Mal redigira o texto acima, fico sabendo que também há ameaça de rompimento em dois outros empreendimentos: as barragens de Vigia e Auxiliar de Vigia, ambas num recanto histórico que preferiria ser apenas bucólico.

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Mensagem N°82883
De: Engenheiro Data: Sexta 17/11/2017 20:38:54
Cidade: Montes Claros/MG

O Uai/EM de hoje trouxe uma matéria sobre um acidente fatal com uma menina de 14 anos, do Vietnã, que dormiu junto a um carregador de IPhone, com parte do cabo com defeito no isolamento. O certo é não usar o cabo do carregador sem o isolamento em perfeito estado. E não deve ser ligado sobre cama, sofá ou algum outro material inflamável, mas sobre vidro, piso vitrificado, ou pedra de pia, por exemplo, para evitar eventual incêndio provocado por curto-circuito nesse dispositivo. O meu carregador, por exemplo, fornece 1 Ampere, 5 volts na saída, sendo que 17 miliamperes podem matar uma pessoa (17 milésimos do Ampere), por isto são necessários os cuidados acima.
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2017/11/17/interna_internacional,917555/adolescente-morre-eletrocutada-por-carregador-de-iphone-desencapado.shtml

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Mensagem N°82882
De: Afonso Data: Quinta 16/11/2017 16:49:34
Cidade: Montes Claros/MG

"O Brasil - e não só nossa cidade - nunca viveu uma situação tão absurda, e que não começou agora.Sair de casa, a qualquer hora, virou uma operação de risco. A esperança de alguém ser responsabilizado é nula. Caos generalizado, barbárie insuportável."
Sobre a mensagem 82879, de hoje, que nos permite ler as palavras acima, relembro duas ocorrências policiais na mesma rua, a Gentil Dias:
- há 7 ou 8 anos atrás, atiradores de elite, do GATE, executaram 3 bandidos que haviam invadido uma casa na Rua Gentil Dias, por volta das 11h, tomaram uma mulher como refém e ousaram atirar nos policiais que cercaram a casa.
- "Seg 13/11/17 - 10h - 20h de domingo, área central de M. Claros: assaltante ataca PM, com arma falsa, e recebe 2 tiros no pescoço. Assaltante, garupa numa moto, tentou assaltar PM à paisana e foi ferido, à bala, no pescoço. Foi ontem, por volta das 20h, na Rua Gentil Dias, no Bairro Cidade Santa Maria, área central de Montes Claros."
- Moro próximo dessa Rua Gentil Dias, mas não é só nela que acontecem cenas de criminalidade, como as descritas acima. Nós, contribuintes de impostos, trabalhadores e que respeitamos a todos, estamos encurralados em casa, nos locais de trabalho, nas escolas etc. com cercas elétricas, concertinas, sistemas de alarme, pagando empresas privadas de segurança e os bandidos aterrorizando a população. As gloriosas Polícias Militar e Civil tentam cumprir suas obrigações institucionais, mas a quantidade de criminosos é tão grande que elas ficam "enxugando gelo" e a população à mercê da violência generalizada. Enquanto não forem extintas ou minimizadas as causas fundamentais (tráfico de drogas e de armas, leis muito brandas, desestruturação das famílias, falta de amor ao próximo, impunidade, corrupção, por exemplo) não haverá segurança pública de qualidade aceitável no Brasil, infelizmente. Que nossas orações ajudem ao nosso país encontrar os caminhos da paz.

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Mensagem N°82881
De: Manoel Hygino Data: Sexta 17/11/2017 07:05:52
Cidade: Belo Horizonte

Para mudar a bandeira

Manoel Hygino

O assunto não foi explorado como pareceria legítimo. Um alemão naturalizado brasileiro, responsável pelas aberturas de novelas da TV Globo, apresentou um projeto para modificar a Bandeira do Brasil. Hans Donner propõe, além do uso de tons de verde e amarelo em degradê, a modificação da faixa, que hoje forma um arco com pontas direcionadas para baixo e cuja direção seria invertida.
Mais do que isso: antes do lema, “Ordem e Progresso”, do positivismo, se acrescentaria a palavra “amor”, um sentimento não praticado em plenitude nos dias de hoje, nos costumes do país.
O proponente se explica e se justifica: “quando comecei a fazer design em Viena, uma das primeiras coisas que aprendi foi que uma frase que sobe para o alto (aliás, só poderia subir para cima, digo-o eu) tem poder. Queremos sinalizar esse poder, essa mudança que é necessária. Como está, a frase indica inferioridade, e isso acaba passando para o povo”.
O assunto vem a propósito. O Dia da Bandeira é comemorado em 19 de novembro, quando foi adotada como símbolo, atualizado mais recentemente em 11 de maio de 1992 com as atuais 27 estrelas representativas das unidades da federação.
Significa dizer que a bandeira não corresponderia mais à conveniência nacional, por não estar em consonância com as ideias do filósofo e matemático que a inspirou Raimundo Teixeira Mendes (1855–1927) e Miguel Lemos (1854–1917), com orientação do astrônomo do Imperial Observatório do Rio de Janeiro, Manuel Pereira Reis (1837–1922).
O positivismo foi forte no Brasil e não está esquecido. No entanto, o lema no auriverde pendão “Ordem e Progresso” não seria tão importante, ou pelo menos não conteria o essencial, como discutido na época da confecção. Críticas não faltaram e muitas mudanças foram sugeridas, sem êxito. A mais significativa foi a do senador Carlos Rodrigues, em 1896, quando a República já fazia seus sete aninhos e ele pretendia o dístico “lei e liberdade”.
Naqueles ermos dias, o lema positivista refletia a inclinação política de que a ciência era a única forma de conhecimento verdadeiro. O tempo flui, transformaram-se as cabeças e os anseios. Não mais os ramos de café e tabaco, colocados como suporte da bandeira, que representavam as duas culturas que se destacavam na produção brasileira. Hoje, tabaco desperta o cuidado contra os riscos do fumo na vida das pessoas, causador de milhões de mortes anualmente.
Li, nas folhas, que a proposta apresentada no Fórum do Amanhã, em Tiradentes no último dia 9, tem inspirado memes (aprendi que a palavra, não encontrada nos dicionários, significa chiste, anedota, piada), mas o assunto é de relevância. Não se brinca com a história e com os símbolos.
A inclusão de “amor” é algo a se considerar nesta época em que o número de homicídios no Brasil supera o dos mortos na guerra civil da Síria.
Pretende-se amor e paz para viver, meditar, trabalhar, ajudar o Brasil a alcançar ordem visando o progresso. Admito, contudo, que se faça um plebiscito, com outras propostas: chega de corrupção, segurança e educação, menos promessa e mais ação.

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Mensagem N°82880
De: Prefeitura Data: Quinta 16/11/2017 13:36:26
Cidade: M. Claros

Comunicado - Tendo em vista normas técnicas exigidas para o asfaltamento de ruas e considerando o dever de proteger a população, além da falta de lei especifica que permita ao prefeito autorizar parcerias para a realização de serviços na cidade pelos próprios moradores, a prefeitura decidiu embargar o asfaltamento de ruas no bairro Augusta Mota, por estar sendo feito sem a devida autorização formal da prefeitura.
Para atender os moradores interessados na realização de asfalto comunitário de boa qualidade e preços justos, o prefeito Humberto Souto determinou aos setores competentes a elaboração de Projeto de Lei, que a prefeitura de Montes Claros vai encaminhar à Câmara Municipal, pedindo autorização para celebração de convênios neste sentido. Tais medidas legais são necessárias para oferecer garantias aos interessados na pavimentação comunitária de vias públicas.

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Mensagem N°82879
De: Marisa Data: Quinta 16/11/2017 08:42:18
Cidade: Montes Claros

O caos generalizado, em todos os setores e por toda parte, parece estar longe do fim. Veja isto: um motorista, da cidade baiana de Feira de Santana, foi ferido no rosto, perdeu 4 dentes e cortou a língua ao entrar dirigindo seu caminhão em M. Claros. Foi na BR 135, altura da Vila Telma, segunda-feira última. As pedras foram atiradas do mato. Outros cinco carros também foram atingidos. O Brasil - e não só nossa cidade - nunca viveu uma situação tão absurda, e que não comeu agora.Sair de caso, a qualquer hora, virou uma operação de risco. A esperança de alguém ser responsabilizado é nula. Caos generalizado, barbárie insuportável.

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Mensagem N°82878
De: Saul Data: Quarta 15/11/2017 08:04:14
Cidade: M. Claros

A chuva de ontem à noite foi daquelas, estrepitosa - explico, chuva, aparatosa, barulhenta, ostentosa, ruidosa. Grossas nuvens escuras, ventos, raios, alguns trovões. Muito barulho para pouca chuva - resume a sabedoria popular. Durou menos que meia-hora na área central de M Claros, onde o acumulado foi de 5 milímetros. Em outras partes, provavelmente choveu mais. Vou aos registros meteorológicos e lá sou informado de que agora chove em Glaucilandia, quando em M. Claros há nuvens e sol. No demais derredor, não chove não, diz a meteorologia. Assunto. Pelos prognósticos, pode chover hoje em M. Claros, em especial depois do meio-dia, pela tarde, chance de 40%. Quinta, sexta e sábado, a chance cai, para retornar domingo - e pela semana entrante. Oxalá.

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Mensagem N°82877
De: Nozinho Data: Terça 14/11/2017 19:46:43
Cidade: M. Claros

Chove forte em M. Claros, cidade, neste momento. Nuvens escuras penetraram pela parte nordeste, com ventos e trovões, e a água desceu, desce, já há cerca de quinze minutos. Esperamos que está chuva, Deus esteja, também caia na barragem de Juramento. Consulto a meteorologia: vejo lá que chove em Glaucilandia, Janauba,, Corinto e Pirapora. E, para grande espanto, vejo que também lá, no serviço meteorológico, consta que o céu em M. Claros está ..."predominantemente limpo". Estarei sonhando? Vou lá fora tomar a chuva que cai, abundante. A meteorologia, sempre ela, acertou de manhã, vendo trovoadas à noite, mas erra agora, quando a chuva de fato cai. Na cidade.

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Mensagem N°82876
De: José Ponciano Neto Data: Terça 14/11/2017 16:52:22
Cidade: Montes Claros -MG  País: Brasil

O DESCASO PELA ORDEM – OU SOMOS UNS PANÓPTICOS INCOMPETENTES
O Mundo vive um momento de DESCASO SOCIAL. Por que não dizer o Brasil e até a nossa terra de pouca chuva, mas, de muito calor humano.

Na década de 60 e 70, o “mundo” era outro em Montes Claros; rios perenes – principalmente o Rio Vieira ( carrapato / poço 21 / poço Tarzan / Lajinha) - no Rio Verde Grande ; (Uratinga / Toledo / Glaucilândia e a Fazenda de Jason Caetano). Neste pretérito “bem” perfeito, curtimos : os Rolling Stones; The Beatles; Black Sabbath; Secos e Molhados; Roberto Carlos; Ronny Von; Chico; Caetano e os Novos Baianos.

O Centro de Montes Claros e os Bairros eram mais ordenados, mais limpos; violência... praticamente não havia, no nosso cotidiano o convívio, era só respeito.

Nos colégios e nos Grupos escolares, o Bullying – queira ou não. Existia! Mas, as agressões verbais e físicas eram combatidas pelos professores(as) com o aval dos pais. Reinava o poder e a moral dos educadores.

O comércio era no Mercado Municipal. Os Camelôs, só em área definida pelo o poder público. Sem bagunça ou briga. Lembro-me com clareza, o mercantilismo em torno do Mercado – onde hoje o Shopping Popular – a sujeira era por conta dos animais. Mesmo assim, era muito bom.

Ai! Chegamos aos anos 80, 90, 2000 e até agora, 2017. Com eles, vieram as políticas dos descasos; começaram jogar pedras nas nossas janelas.

A água perdeu com a da sua gestão. Vieram os desmates nas áreas de recargas hídricas para a carvoaria do mercado da siderurgia – era o “ouro negro” de muitos fazendeiros - em detrimento das nascentes. Começava a queda de vazão.

Mas não foi só o desmatamento. As perfurações de POÇOS PROFUNDOS sem nenhum critério técnico e/ou fiscalização dos Órgãos competentes, que, nos últimos quinze anos vêm perdendo eficácia, diga se de passagem, transformaram todas as regiões em ordenhadeiras mecânicas na exploração da água.
E os eucaliptos e pinhos? Como comprovação, as irregularidades praticadas pelas as empresas de reflorestamento, são práticas já conhecidas no âmbito dos órgãos fiscalizadores e jurídicos. Como o poder econômico fala mai$ alto! A briga é infinita. Vamos que vamos!! - É um imbróglio.

Todas as ações mortificadoras externadas, fazem com que a nossa região não resista às estiagens naturais dos ciclos da terra e do Sol. Os resultados estão ai para comprovarem. - Para mudar? Só com UM NOVO CICLO CHUVOSO. A água não se pode produzir – não é um produto industrializado, e sim, um produto da natureza – é uma combinação de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio – a formula química mais misteriosa e famosa que DEUS criou. É a razão da vida. Produzir e reservar são verbos diferentes. E para reservar tem que ter chuva e uma Bacia hidrográfica respeitada.

As músicas mudaram. Vieram as letras que fazem apologia ao uso das drogas / álcool / traição / assassinatos e aos amores perdidos. Mudaram para pior. É um tal de “pancadão” prá lá e prá cá. Música boa é uma ou outra que dar para curtir. Anos dourados só na lembrança. Um descaso com a arte.

A segurança, um dos piores descasos. Assassinar; roubar; furtar; estuprar; explodir carro forte; assaltar banco e outros delitos se tornou procedimentos normais por parte dos “fora da lei”. Todos os dias têm noticias de crimes, e não param. Uma recente: - “Isso acontece todos os anos aqui em São Paulo. A F1 e as equipes organizadoras precisam fazer mais; não há mais desculpas”. Diz o Campeão Lewis Hamilton quando sua equipe foi assaltada próximo ao Circuito de Interlagos. Faltou policiamento! Ou então...sobrou conivência.

Por isso que digo faz muita falta aquelas duplas de policiais a pé nos bairros. Sem dúvida, inibe a pratica do crime e gera na população um sentimento de interação, segurança e empatia. Mesmo que a criminalidade não reduza muito, a população sente mais protegida. Continuando. As leis têm que mudar; tem que acabar com a impunidade, aqueles crimes não passíveis de penalidades é que desincentivam a população; a tendência que os jovens não punidos, venham no futuro serem criminosos perigosos e impiedosos.

O principio da impunidade é análogo, se não corrigir e punir as crianças e os adolescentes das pichações; malandragens inconseqüentes; vadiagens e até mesmo de jogar um papel de bala no chão, provavelmente, no futuro – com o sentimento de impunidade - irão matar uma turista; um pai de família; um professor; um militar e estuprar bebês e crianças de 04 e 06 anos. Irá aparecer outro Belzebu como o “Damião do Picolé”. É mais uma janela quebrada.

Nas escolas um drama. Muitos pais não apóiam os professores e não educam seus filhos quanto aos Bullyings. As crianças muitas vezes extrapolam com os xingamentos e agressões físicas, os seus pais mesmo tomando conhecimento por parte dos educadores; continuam passando a mão na cabeça dos filhos delituosos. Se não corrigirem agora, podem chorar no futuro. Analisem bem o que os Bullyings estão provocando pelo mundo. Coisas horríveis! Temos que apoiar os educadores quando eles resolvem corrigir os seus filhos.

Meus filhos como já externei em outros artigos e crônicas, foram criados com um só Psicólogo. Não! Não se trata de um “médico da alma”, e sim, de uma “pirata” confeccionada com uma fita de couro doada pelo Miguel sapateiro; no cabo de madeira o dizer: “psicólogo”.
Quando vinham eles vinham com as artimanhas para não ir às aulas; comer ou tomar banho. Bastava eu ou mãe dizer que iríamos tratá-los com o “psicólogo”. – tudo estava resolvido. Não foram necessárias duas vezes.
Se algum dos meus filhos estiver às margens dos princípios sociais - que me digam. Em nossa casa não fica, e, estará livre para se virar com a justiça. – DEUS ajude que não chegue este dia! Creio que o “psicólogo” lhes ensinaram bem - face dos nossos exemplos como pai e mãe.

Os camelôs... êta camelôs! Novamente tomaram conta dos passeios e quarteirões fechados. Desculpe-me a administração, mas, tá difícil! O pior que comercializam próximos dos fiscais dos códigos de postura. A Praça Dr. Carlos, a Rua Simeão Ribeiro e a Rua São Francisco voltaram a ser o mercado ao ar livre. Demanda um novo projeto de reorganização. O descaso está demais. Mais uma janela quebrada.

- Estamos assistindo a degradação de nossa sociedade, de nossas instituições de nosso país.

Perceberam que não citei os políticos. Estes quebraram todas nossas janelas, eles perceberam que estamos na condição de abandono. Estamos inertes! O que iremos fazer quando formos às urnas? - (...?)

- “A melhor forma de manter a ordem é não ser conivente com a desordem. Se fechamos os olhos para os pequenos erros ou delitos, inevitavelmente estaremos alimentando os médios e teremos que conviver com os grandes também … pense nisso”

(*) José Ponciano Neto é Articulista; Cronista e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas.

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Mensagem N°82875
De: Hoje em Dia Data: Terça 14/11/2017 10:03:55
Cidade: Belo Horizonte

Operação desarticula grupo especializado em ataques a bancos no Norte de Minas - Gabriela Sales - 14/11/2017 - 09h17 - Atualizado 09h21 - Pelo menos quatro pessoas foram presas nesta terça-feira (14) durante operação contra um grupo especializado em explosão a caixas eletrônicos na região Norte de Minas. A força-tarefa, composta pelo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e polícias Civil e Militar, identificou suspeitos que passavam informações a respeito da movimentação das cidades e estabelecimentos bancários que seriam alvo dos criminosos. Ainda conforme investigação da polícia, o grupo teria envolvimento em pelo menos três ataques a estabelecimentos bancários na região.

***

O Tempo - Operação mira quadrilha de explosão de caixas no Norte de Minas. Quatro suspeitos foram presos na manhã desta terça-feira (14); outros dois investigados continuam foragido - 13h53 - JOSÉ VÍTOR CAMILO - Quatro pessoas foram presas nesta terça-feira (14) em Montes Claros, no Norte de Minas, durante a operação "Conta Encerrada", deflagrada em conjunto entre o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil (PC). O quarteto é suspeito de envolvimento em uma quadrilha especializada em explosões de caixas eletrônicos na região.
A operação, que foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPMG, foi deflagrada desde a madrugada e contou com a participação de 40 policiais militares, a aeronave Pégasus, o canil da PM e 37 policiais civis. O objetivo era cumprir seis mandados de prisão expedidos pela Justiça, porém, somente quatro dos suspeitos foram localizados.
Segundo Flávio Márcio Lopes Pinheiro, subcoordenador do GAECO, a investigação teve início no dia 29 de setembro deste ano, quando foi preso o primeiro investigado por envolvimento com a explosão de um banco de Capitão Enéas. "A partir daí a PM e a PC fizeram um trabalho conjunto e conseguimos identificar os demais autores e pedir a prisão dos mesmos. Agora vamos continuar fazendo o trabalho para tentar localizar estes dois autores que continuam foragidos", explicou.
Entre os presos estão D.H.P., de 27 anos, que tentou fugir no momento da abordagem em um Corsa que foi apreendido; E.S.S., de 23 anos; J.N.F., de 31; e F.F. dos S., de 26 anos, que seria, segundo informações obtidas durante as investigações, o líder dos criminosos.
De acordo com a PM, o nome da operação refere-se aos esforços conjuntos das instituições de segurança envolvidas na desarticulação do núcleo criminoso. A operação é remanescente da Operação Novo Cangaço, deflagrada pela Polícia Civil de Montes Claros em julho de 2015.
Pelo menos quatro dos seis suspeitos que foram presos na primeira operação, mas acabaram libertados no mês de julho deste ano, retornando então para a prática do mesmo crime. Para se ter ideia, um dos autores, de 23 anos, estava cumprindo o benefício de saída temporária quando participou do ataque no dia 29 de setembro em Capitão Enéas.
Na ocasião, a PM fez um plano de cerco e bloqueio nas principais estradas da região. Em Nova Esperança, distrito de Montes Claros, os militares encontraram o bando e houve uma intensa troca de tiros. Os criminosos conseguiram fugir por um matagal, onde abandonaram um dos carros utilizados na fuga, um Chevrolet Meriva, que estava com marcas de sangue. No local, os policiais se depararam com um dos bandidos. Ferido, o homem se entregou à PM e foi encaminhado para um hospital de Montes Claros.
REDUÇÃO
De acordo com a informações do Comando da Polícia Militar local, no ano de 2017 houve 46% de redução nas ocorrências de explosões a caixas eletrônicos na região, em comparação com todos os registros efetuados no ano de 2016. "Tal resultado somente foi possível, graças às intervenções conjuntas e pontuais das instituições de segurança pública na região, conforme destacado em todas as falas das autoridades presentes", diz a nota divulgada pela PM.
A corporação aproveita para alertar que a participação da população é muito importante no combate à criminalidade, denunciando foragidos por meio dos telefones 190 (PM), 197 (PC) e 181 (Disque denúncia unificado – DDU).

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Mensagem N°82874
De: Manoel Hygino Data: Terça 14/11/2017 07:56:19
Cidade: Belo Horizonte

Posse em Brasília: de um príncipe

Manoel Hygino

Em 16 de julho, consagrado à Virgem do Carmo, em 1696, o bandeirante Salvador Fernandes Furtado de Mendonça e sua gente fundaram o arraial de Nossa Senhora, a primeira vila de Minas, a Leal Vila do Ribeirão Do Carmo. À tarde, no Mata-Cavalos, o padre Francisco Gonçalves Lopes ergueu o primeiro altar fixando a era cristã de Minas Gerais”, como disse o Cônego Trindade. Lá foi residir Antônio de Albuquerque, governador da Capitania das Minas do Ouro, formada por Minas e São Paulo. Em 1745, Dom João V elevou a Vila do Carmo à cidade, para tornar-se sede do primeiro bispado de Minas e acolher dom Frei Manuel da Cruz, o titular.
Com todo o parágrafo inicial, queria simplesmente lembrar as origens de Danilo Carlos Gomes, mineiro de Mariana, no último dia 13 empossado na Academia Brasiliense de Letras, presidida pelo escritor Carlos Fernando Martins de Souza, presentes o vice, ministro Roberto Rosa, o presidente da ANE, Fábio de Souza Coutinho, e Fábio René Kothe, presidente da Academia de Letras do Brasil.
Casa cheia, família indispensavelmente no auditório da ANE, que tem o nome de Cyro do Anjos, escritor de Montes Claros. Ao saudar o novo acadêmico, Napoleão Valadares, mineiro de Arinos, brilhante autor, um dos fundadores da Associação e seu ex-presidente, lembrou que Danilo nasceu na terra natal de Cláudio Manuel da Costa, encontrado morto na Casa dos Contos, em Ouro Preto.
Valadares lembra o menino Danilo pelas fazendas, como aluno do tradicional Colégio Dom Bosco, em Cachoeira do Carmo, distrito de Ouro Preto, depois em Belo horizonte, no Arnaldo e no Padre Machado, o curso e a formatura em direito na UFMG.
Depois, Rio de Janeiro e a Brasília de JK e Israel Pinheiro, onde fez jornalismo. Redator e assessor do secretário de imprensa e divulgação da Presidência da República, cronista consagrado, ensaísta, pesquisador literário, grande leitor de história e colaborador de numerosos periódicos, do “Jornal da ANE” e do “Jornal de Letras”, membro da Academia Mineira de Letras, do IHG do DF, da Academia de Letras do Brasil e, agora, da Brasiliense.
Sua produção literária circula por aí, prestigiada e elogiada. Ao chegar à cadeira fundada pelo poeta Domingos Carvalho da Silva, lembrou-o e a Romeu Jobim, que nascido em Campo Esperança, município de Rio Branco, no Acre. Em Brasília pois, uma festa com sabor mineiro, pois os conterrâneos foram dar seu abraço a Danilo Gomes, inclusive o poeta, ensaísta e crítico literário Anderson Braga Horta (de Carangola), vencedor do Prêmio Jabuti.
Autor de muitos livros, o novo acadêmico publicou, em 2017, “Augusto Frederico Schmidt, Juscelino Kubitschek e Odilon Behrens”. Considerado por Edmilson Caminha “Príncipe da Crônica”, dele afirmou: “A despretensão e o frescor do texto de Danilo Gomes, que o inscrevem na mais relevante linhagem da crônica brasileira, junte-se o interesse histórico com que se diferencia da maioria dos colegas, não fosse ele natural de Mariana, a primeira cidade de Minas, cheia de tradições e de memória, onde o passado é de tal maneira vivo que se faz um eterno presente”.
Merecedor de versos amigos do itabirano Drummond, Danilo Gomes frequenta a Toca do Chope, em Brasília, cujo proprietário, Claude Capdeville, oferece pastel de angu, procedente de sua terra natal, Viçosa, produzido com o melhor fubá de milho das alterosas.

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Mensagem N°82873
De: Calculista Data: Segunda 13/11/2017 19:30:27
Cidade: Montes Claros/MG

Mortos no terremoto de 7,3 graus na fronteira Iran/Iraque já passam dos 400 e tende a aumentar. O número de feridos é cerca de 7.000. Considerando a natureza logarítmica da escala Richter, o terremoto de ontem, 12/11/2017, na fronteira Iran/Iraque, de 7,3 graus, foi 1258,9 vezes mais forte do que o mais intenso já registrado em Montes Claros, em 19/5/2012, com 4,2 graus. No entanto, as medidas preventivas recomendadas pelas Universidades de Brasília, São Paulo e Unimontes, CREA, Defesa Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, de amplo conhecimento público, devem ser mantidas e praticadas na nossa região, apesar da enorme diferença de intensidades dos tremores citados aqui e no exterior, uma vez que eventuais danos físicos podem ocorrer a partir exatamente da faixa dos 4 aos 5 graus, como, por exemplo o ocorrido em Caraíbas, distrito de Itacarambi, em 9/12/2007, de 4,9 graus, no qual, além da destruição de muitas casas, infelizmente houve uma vítima fatal.

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Mensagem N°82872
De: Nivea Almeida Data: Segunda 13/11/2017 14:32:36
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Reunião Polêmica
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- Não peça ajuda! - Respondeu o Orgulho.
- Isso só te deixará mais cansado! - Afirmou a Preguiça.
- Deixe para amanhã! - Disse a Procrastinação.
- É impossível! - Replicou a Incredulidade.
- É muito arriscado! - Falou a Dúvida.
- É absolutamente inútil! - Respondeu a Razão.
- Não compartilhe isso! - Afirmou o Egoísmo.
- O outro sempre conseguirá primeiro! - Disse a Derrota.
- O do outro sempre será melhor! - Replicou a Inveja.
- Fique onde está, não adianta! - Falou o Desânimo.
- Você não é capaz! - Respondeu a Baixa Autoestima.
- Não faça nada a respeito! - Afirmou a Estagnação.
- Isso só te deixará doente! - Disse a Autopiedade.
- Não perca o seu tempo com isso! - Replicou o Imediatismo.
- Você só pode ser louco! - Falou a Sanidade.
- Nem procure saber! - Respondeu a Ignorância.
- Você perderá tudo o que lhe resta! - Afirmou o Medo.
- SÓ DEPENDE DE VOCÊ! - Reagiu a Força de Vontade.
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[Nivea Almeida, 13 Nov 2017] 🤔

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Mensagem N°82871
De: O Tempo Data: Segunda 13/11/2017 11:12:41
Cidade: Belo Horizonte

Policiais agridem mulheres com tapa na cara em Salinas - Publicado em 13 de nov de 2017 - Ao atender uma ocorrência de uma discussão em um hospital de Salinas, no Norte de Minas, um policial foi flagrado por um celular desferindo tapas na cara de duas mulheres que tentavam impedir a prisão de um homem. Confira as imagens




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Estado de Minas - PM contém briga de família com agressões na porta de hospital em Salinas; veja vídeo - Guilherme Paranaiba - 13/11/2017 - 09:49 / atualizado em 13/11/2017 - 10:36 - Um vídeo que circula pelas redes sociais chama a atenção para confusão entre policiais militares de Salinas, no Norte de Minas, e populares neste domingo. Imagens gravadas por um cinegrafista amador mostram uma confusão dentro e fora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Salinas a partir da prisão de um homem dentro da unidade, seguida de agressões praticadas pelos militares contra outras duas pessoas presas. Um inquérito foi aberto pela própria PM para investigar a conduta dos policiais. A princípio, a PM teria sido acionada por funcionários da UPA alegando que pessoas estavam brigando entre si após uma confusão em uma festa de família. No vídeo, é possível perceber um clima de desentendimento, com discussões e vozes mais altas. Dois policiais aparecem algemando um homem em uma sala de espera da unidade. Três pessoas se aproximam dos PMs, que levam o preso para fora da unidade de saúde. Outras pessoas também aparecem, indicando que estão descontentes com a detenção do homem que, neste momento, já está algemado e deitado do lado de fora da UPA. De repente, o clima esquenta com a prisão de um segundo homem, que é dominado por quatro policiais. Os PMs acertam esse segundo preso com chutes e socos e acabam atraindo a atenção de uma mulher, que vê a situação e vai até um dos quatro policiais gritando. O PM responde com um tapa em cheio no rosto de mulher, que cai no chão e é arrastada pelos cabelos. Enquanto isso, o primeiro preso se levanta e também entra no meio da confusão, até ser atingido com chutes por dois militares e cair de novo. Uma segunda mulher se aproxima da primeira que teve os cabelos puxados e fala alguma coisa com um policial, que responde com outro tapa, também em cheio, derrubando a segunda mulher. A ação final de um dos PMs filmada por um cinegrafista amador é mais um tapa certeiro no rosto do primeiro preso, que também fala alguma coisa antes de ser atingido. Depois disso, as agressões se encerram e os dois homens e a primeira mulher são contidos no chão pelos policiais. A PM informou, em nota, que foi acionada para comparecer ao pronto socorro da cidade onde algumas pessoas, com sinais visíveis de embriaguez, estariam causando confusão na unidade, exigindo atendimento na frente dos demais pacientes que aguardam para serem atendidos. Dois homens de 19 e 25 anos estavam xingando as pessoas e diziam que tinham se envolvido em uma briga momentos antes. A Polícia Militar, então, deu voz de prisão aos dois, que resistiram, o que exigiu o "uso diferenciado da força". Nesse momento, a corporação informou que outras duas mulheres tentaram impedir a ação, inclusive, segundo testemunhas, avançando em direção ao armamento dos militares, o que também exigiu a prisão das duas. Dois militares tiveram escoriações, pois foram agredidos pelos homens presos, que também ficaram levemente feridos. Ao todo, cinco pessoas (três homens e duas mulheres) foram encaminhados à Polícia Civil. Quando teve conhecimento do vídeo do fato, o major Giovane Rodrigues determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar em caráter de urgência para apurar a conduta dos militares envolvidos e ouvir todos os que participaram do fato. A reportagem acionou a Prefeitura de Salinas, que também está apurando o fato, mas adiantou que os funcionários chamaram a polícia após uma briga de família que começou em uma festa e continuou na UPA, para onde foi encaminhado um homem ferido na briga.

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Hoje em Dia - PM tem ação truculenta contra mulheres em UPA de Salinas; veja o vídeo - Gabriela Sales - 13/11/2017 - 12h28 - Atualizado 12h49 - A Polícia Militar abriu investigação, em caráter de urgência, para apurar a conduta de dois militares que foram flagrados em abordagem truculenta a duas mulheres do lado de fora de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Salinas, na região Norte de Minas. Dois homens também foram contidos com uso de força. O caso ocorreu na tarde de domingo (12). Segundo a corporação, os policiais foram acionados pelos funcionários do centro de saúde após dois jovens, de 19 e 25 anos, tumultuarem o local exigindo atendimento prioritário. Conforme testemunhas, os suspeitos estavam com sintomas de embriaguez e, exaltados, teriam ameaçado os funcionários. Mesmo com a chegada da PM, os homens continuaram a provocar baderna no espaço e, por isso, precisaram ser contidos. Em vídeo que circula nas redes sociais é possível ver o momento em que os militares prendem os rapazes no interior da UPA. A imagem é cortada e, na sequência, mostra os PMs do lado de fora da unidade. Neste momento é possível ver ver um dos policiais puxando uma mulher pelo cabelo. Ela seria parente dos rapazes. Outra mulher que tenta evitar a agressão leva um tampa do rosto também de um PM. Todos os envolvidos foram encaminhados para a delegacia da cidade, onde foram ouvidos e liberados. Os militares também prestaram esclarecimentos. Eles contaram que as mulheres, de 23 e 35 anos, tentaram impedir a prisão dos rapazes. Em nota emitida nesta segunda-feira (13), a PM informou que determinou abertura de inquérito “em caráter de urgência para a apuração dos fatos”. No comunicado a PM garante que os militares foram atingidos por chutes e tiveram escoriações. A advogada que representa a família, Barbara Ferreira Estrela, acompanhou a ocorrência, mas não quis comentar o ocorrido.

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Mensagem N°82870
De: Polícia Militar Data: Segunda 13/11/2017 11:00:19
Cidade: Montes Claros

Nota à imprensa - Polícia Militar instaura portaria de inquérito para apurar conduta de policiais militares durante atendimento de ocorrência em Salinas - No fim da tarde de (12/11), a PMMG foi acionada a comparecer no Pronto Socorro do Hospital na Cidade de Salinas, onde algumas pessoas, com visíveis sinais de embriaguez, estavam causando transtornos às atividades do Hospital, que estava com diversas pessoas aguardando para serem atendidas. No local, a guarnição policial deparou-se com dois indivíduos, (...) de 25 anos e (...)., de 19 anos muito exaltados, proferindo xingamentos aos funcionários do Hospital, e exigindo para serem atendidos na frente dos demais pacientes que aguardavam, pois haviam se envolvido em uma briga, momentos antes. Os militares tentaram acalmar os ânimos dos envolvidos, mas foram desacatados pelos 02 autores com xingamentos. Dessa forma, deram voz de prisão aos cidadãos, os quais resistiram à ação policial, sendo necessário o uso diferenciado da força. Quando tentavam algemar os infratores, 02 mulheres, (....), de 35 anos e (...)., de 23 anos, tentaram impedir a ação dos policiais, tendo, inclusive, segundo relatos de testemunhas, avançado sobre o armamento dos militares, momento em que também foram detidas. Em decorrência da ação, 02 militares tiveram escoriações, pois levaram chutes por parte dos autores, que também tiveram lesões leves. Os envolvidos, sendo 03 homens e 02 mulheres foram conduzidos à Delegacia de Polícia para providências de polícia judiciária pertinentes. Na noite de (12/11) um vídeo do fato circulou nas redes sociais mostrando as mulheres sendo agredidas por um policial. Com base nas imagens, o Comandante da Unidade, Major PM Giovane Rodrigues de Oliveira, determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar em caráter de urgência, já procedendo à oitiva dos envolvidos e dos policiais militares.

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Mensagem N°82869
De: Polícia Militar Data: Segunda 13/11/2017 10:46:51
Cidade: Montes Claros

A Polícia Militar ontem 12, por volta das 20 horas, compareceu na rua Gentil Dias, bairro Cidade Santa Maria, nesta cidade, onde, segundo informações 02 (dois) indivíduos em uma motocicleta, após “assaltar” 01 (uma) vítima e subtrair o seu aparelho celular, tentaram, em seguida, “assaltar” outra vítima, policial militar, que reagiu ao assalto e baleou 01 (um) deles, identificado como (...)., 26 anos, com 02 (dois) disparos; a vítima que portava 01 (uma) réplica de arma de fogo, foi socorrida por equipe do SAMU, ao HPS. O seu comparsa, já identificado pela Polícia Militar, abandonou, na via, a motocicleta Honda CG 150, Titan ES, cor azul, placa HCB-2136, e evadiu. Perícia compareceu ao local realizou os trabalhos de praxe e contatou ser, a arma utilizada pelos indivíduos, 01 (uma) réplica de Pistola .40, que foi recolhida; foram também recolhidas 02 (duas) cápsulas calibre .380, deflagradas. A motocicleta usada no crime foi apreendida e removida ao pátio conveniado. O autor (...)., que fora reconhecido pela vítima que teve subtraído o aparelho celular, foi preso e se encontra no HPS sob cuidados médicos e sob escolta policial. Os materiais aprendidos foram entregues na DP. O policial militar foi preso e adotadas medidas de Polícia Judiciária Militar. A arma utilizada por ele foi apreendida e encontra-se a disposição da Justiça Militar.

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Mensagem N°82868
De: Manoel Hygino Data: Segunda 13/11/2017 07:19:29
Cidade: Belo Horizonte

A saga dos Klabin-Lafer

Manoel Hygino

Ronaldo Costa Couto não para. Depois de escrever biografias de personalidades da vida brasileira contemporânea, como de Matarazzo, Juscelino e Tancredo, apresenta agora “A saga da família Klabin-Lafer” (Charmon Editora), muito mais do que sugeriria o título. Se bem que o autor define a sua narrativa como uma saga, deixa bem claro que se trata de algo além do convencional.
Ronaldo, cuja experiência com a pesquisa e a história já se tornou amplamente reconhecida, consegue vencer, mais lima vez, o desafio identificado por Rosa: “Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já passaram, mas pela astúcia que têm certas coisas passadas”. Confirma-se, ademais, o conceito de Leso Lafer na apresentação: “é um historiador que no exercício de seu ofício combina a seriedade da esquina aos dotes de escritor com estilo próprio”. Para seu projeto, Ronaldo mergulhou no mundo da família Klabin-Lafer, com a ousadia do primeiro do clã a imigrar para o Brasil, o judeu lituano Maurício Freeman Klabin, num tempo de certa insegurança, mas também de boas perspectivas, quando se instalara a República viera sozinho de Londres, sofrendo e arriscando a saúde e a vida na terceira classe de precário e assustador navio de imigrantes.
Com 29 anos, solteiro, possuía pouco de roupa e vinte quilos de bom tabaco. Não falava o português nem os dialetos italianos dominantes. Não conhecia pessoa alguma. Ao final, fizera outra personagem central da história: chegou, viu e venceu. Não foi fácil, contudo, e a missão de Ronaldo foi exatamente contar tudo, sem bajulação a uma família que é um dos esteios da economia brasileira. Desde o lançamento da pedra fundamental da fábrica do futuro conglomerado industrial, no lugar denominado Harmonia, na Fazenda Monte Alegre, no Paraná, durante o Estado Novo, até agora, há mais um tempo
muito extenso, mas para construir um império, que constitui neste segundo decênio, quase no ocaso, do século XXI.
O próprio autor descreve: uma das cinco empresas familiares brasileiras de expressão nacional criadas no século 19 e que chegaram a nossos dias. Opera 19 importantes unidades industriais em oito estados e uma na Argentina, é a maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, outra em setenta países. É referência internacional em práticas ambientais e desenvolvimento sustentável, possuindo quase meio milhão de hectares de floresta nativa e plantações de alta produtividade, a ambientalmente certificadas, formando maior mancha verde do Sul do Brasil, observável do espaço, por satélite.
Obra de Ronaldo, da Academia Mineira de Letras, não é um relatório administrativo ou um simples conto de uma epopeia de judeus da Lituânia que se transferiu à maior nação do hemisfério em momento de incertezas. Há entrevistas e a descrição de episódios muito preciosos. Ele inclui o caso daquele judeu bilionário, líder de poderoso conglomerado empresarial familiar, que – caminhando num oásis – tropeçou numa lâmpada maravilhosa. Pegou-a, esfregou-a, saiu uma fumaça azul se ouviu o gênio: “Obrigado por me libertar. Faça um pedido e será atendido”. A pergunta: “Como preservar minhas empresas e fortuna”. A resposta foi imediata: “Fuja de negócios ruins e de brigas de família”.

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Mensagem N°82867
De: Manoel Hygino Data: Sábado 11/11/2017 07:36:34
Cidade: Belo Horizonte

Atentado em Nova York

Manoel Hygino

De uma hora para outra, um indivíduo aluga uma caminhonete na parte baixa de Manhattan, invade uma ciclovia na contramão, mata oito pessoas e deixa mais de uma dezena de feridos, que aproveitavam o tempo bom no dia do Halloween, tão caro aos americanos. Vai gente de toda a ilha, mesmo de longe, para assistir ao alegre festejo.
O autor da cruel façanha foi Syfullo Habibullaevic Saipov, de 28 anos, que se programou para o maior atentado terrorista em Nova York desde as Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001. Dele, disse o governador do Estado, Andrew Cuomo: “é um depravado, covarde e estava associado ao Estado Islâmico”.
Curioso como acontecem os fatos: ele chegou aos Estados Unidos, em 2001, num sorteio para quem deseja ali ingressar, morou em Ohio, é casado e tem três filhos. Possuía dois endereços – na Flórida e em Nova Jersey, pegadinha a Nova York. Conseguiu visto para residência, trabalhava como motorista de Uber, nunca fora objeto de investigação ou suspeita.
Imediatamente detido, com um tiro na perna ou algo assim, levado a hospital, o terrorista confessou que faria tudo de novo se oportunidade surgisse. Teria, imediatamente após o gesto criminoso, gritado em árabe “Alá é Deus”, como se ouve em velhos filmes de Hollywood rodados no deserto.
John J. Miller, vice-comissário de Polícia de Nova York, observou: “Ele parece ter seguido quase exatamente, de forma precisa, as instruções que o Estado Islâmico colocou em seus canais de mídias sociais sobre como realizar tal ataque”. Isto é: procedeu de acordo com o figurino do Estado Islâmico, que sequer é propriamente estado, nem muito rigorosamente obediente aos ensinamentos de Maomé, o profeta.
Entre os objetos resgatados no local da tragédia, um bilhete em árabe em que Saipov exortava os simpatizantes a manterem acesas as chamas dos objetivos do EI.
O que foi feito não está por fazer, diz-se lá em minha terra, de gente batuta, que conhece a vida, percalços e alegrias. Outro aspecto que desperta a atenção é que, depois de radicar-se no grande país do Norte, bem instalado, o emigrado se tornou adepto do Estado Islâmico, em nome do qual teria agido.
Trump, em sequência à tragédia, decidiu que o “Programa de Loteria de Vistos da Diversidade” deve ter fim, visando proteger “nossos cidadãos” e propôs pena de morte para o ubesque. Aliás, concedem-se 50 mil destas solicitações de todo o mundo, a cada ano, podendo o admitido levar a família, depois.
A pátria do Saipov é o Uzbequistão, uma das repúblicas componentes da ex-URSS, instalada em 1924, em terras anteriormente inclusas do Turquistão, Bocara e Corezim, com partes de outras regiões. A capital é Tahkent, de que tampouco eu ouvira falar. Mas sai gente de lá para matar em outros países.
Entretanto, ignoraram-se, com o atentado, muitos apelos, inclusive o da prece árabe que assim começa: “Meu Deus, não consintas que eu seja um carrasco que degola ovelhas, nem uma ovelha nas mãos de carrascos. Meu Deus, faze-me sentir que o perdão é manifestação de força, e a vingança, uma prova de fraqueza”.
O conselho, contudo, foi ignorado também por Davin P. Kelley, um texano das proximidades de San Antonio, cidade mais populosa do Estado. No dia 5, ele matou a tiros 27 pessoas e deixou outras 24 feridas, durante culto num templo batista! E não era um fanático do EI?

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Mensagem N°82866
De: Manoel Hygino Data: Sexta 10/11/2017 11:06:05
Cidade: Belo Horizonte

Cinco séculos de Lutero

Manoel Hygino

As televisões concederam amplos espaços em sua programação em todo o mundo, no mês passado, aos 500 anos de Martinho Lutero, nascido numa aldeia da saxônia em 1483, e a sua tremenda campanha contra a pregação de indulgências. Ordenada esta pelo papa Leão X, visava o pontífice o levantamento de fundos para concluir a Basílica de São Pedro, em Roma. O pensamento de Lutero, com 95 teses, foi afixado à porta da igreja do Castelo de Wittenberg.
Não era só a questão das indulgências, vendidas a bom preço, porque outros motivos levaram Lutero à tomada de posições, que lhe valeram a excomunhão. Esta se fazia acompanhar da acusação de heresia perante os tribunais da Santa Sé, gerando uma imensa polêmica.
Atravessava-se um momento extremamente delicado para a Igreja Católica, quando o sacerdote agostiniano ainda encontrou tempo para iniciar a tradução da Bíblia para o alemão, a primeira feita diretamente dos originais. Completou-se o trabalho com a publicação dos apócrifos do Velho Testamento em 1534, resultando num monumento literário com o qual se fixou o próprio idioma germânico.
Lutero entrara na luta disposto, em 1524 despiu definitivamente o hábito e, no ano seguinte, casou com a ex-freira Catarina de Bora, devotando-se a suas ideias e com o pouco dinheiro, muitas vezes chegando à inteira pobreza.
Referimo-nos a Leão X, que esteve na cadeira de Pedro de 1513 a 1521. Eamon Duffy, em “Santos e Pecadores”, amplamente elogiada a obra em todos os continentes, conta quem foi este pontífice. “Filho de Lorenzo, o Magnífico de Florença, foi ordenado clérigo aos 7 anos e nomeado cardeal aos 13”. Ao morrer, deixou a Igreja dividida e o papado à beira da bancarrota, sendo os pastores universais da igreja rebaixados a meros políticos italianos. É o lado sombrio dos papas do Renascimento, obrigando a tarefa grandiosa de reconstrução que o papado se viu obrigado a empreender. Os pontífices do fim do século tiveram de reinventar Roma. Missão gigantesca que a igreja cumpriu religiosamente.
Lutero foi o homem do povo, franco e violento, esquecido de si pela contemplação de um ideal. Preocupava-se e esquadrinhou a Bíblia inteira. Era, enfim, diferente de Erasmo, de Roterdã. Na época, apareceu um chiste atribuído ao próprio Erasmo. Este esclareceu: “Erasmo pôs o ovo, mas Lutero chocou-o”, observando: “Sim, mas o ovo era de galinha, e afinal saiu um galo de combate”.
Geoffrey Blainey, em “Uma breve história do Cristianismo” escreve: “Lutero sentia falta de alguma coisa em sua vida religiosa, e buscou ansiosamente uma resposta na Bíblia. Tornou-se quase obcecado por questões ligadas a pecado e penitência – também em relação a si quanto a outros religiosos”.
Destaca o historiador: “O tratamento dispensado pela igreja aos pecadores seguia uma fórmula: o pecador em busca do perdão confessava o pecado a um padre, que prometia absolvição, desde que cumprida a pena apropriada. Talvez o padre recomendasse orações, a prática de uma boa ação ou o pagamento em dinheiro. Esperava-se que o pecador, humilde e arrependido, cumprisse o recomendado, mas isso era difícil de constatar, e muitas vezes caía no esquecimento”.Chegou, assim, à confortadora conclusão de que a chave da salvação não estava nas boas ações, em uma vida virtuosa, nem na prática, mas no relacionamento do indivíduo com Deus”.

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Mensagem N°82865
De: Polícia Militar Data: Sexta 10/11/2017 11:03:50
Cidade: Montes Claros

A Polícia Militar prendeu e apreendeu pessoas, às 15h48 de ontem, 09Nov, à rua L, no bairro Vilage do Lago, por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Segundo relatos da vítima, um homem de 35 anos, mototaxista, foi solicitado pela adolescente em conflito coma lei, de 16 anos, a fazer uma corrida até o referido endereço. Chegando no local, dois infratores surgiram de um lote vago e, armados com uma arma de fogo, correram em sua direção, anunciando o roubo. Neste momento, a passageira desceu da moto e foi em direção aos indivíduos. A vítima tentou fugir do local, contudo, ao iniciar o deslocamento, foi alvejado por um tiro nas costas e caiu ao chão, tendo os infratores evadido do local. A vítima foi socorrida pelo SAMU, sendo constatado uma perfuração do pulmão esquerdo e duas costelas quebradas. Com ajuda das imagens contidas no circuito de vigilância existente no ponto onde o mototaxista trabalhava, foi identificada a adolescente em conflito com a lei. Foram iniciadas diligências, tendo sido localizada a menor que, ao ser questionada, delatou os comparsas, que também foram localizados, sendo eles um menor de 17 anos e (...)., de 19 anos. O infrator (...)., de 18 anos, também envolvido no crime é procurado. Durante a ocorrência foi preso, ainda, (...), de 21 anos, por desobediência. Na posse dos envolvidos foram encontrados 01 aparelho de telefone celular, 01 bolsa, 01 cartucho calibre. 16 e 01 espingarda calibre 16 de fabricação artesanal. Diante dos fatos, os infratores foram presos, os menores apreendidos, tendo sido todos encaminhados à delegacia, junto ao material apreendido.

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Mensagem N°82864
De: Polícia Militar Data: Quinta 9/11/2017 11:44:10
Cidade: Montes Claros

A Polícia Militar ontem, 08, por volta das 02h45min, recebeu informações que teria ocorrido explosões e disparos de armas de fogo na agência dos Correios, à rua São Geraldo, bairro Centro, em Padre Carvalho. De posse das informações os policiais militares deslocaram ao local, onde, segundo testemunhas, haviam 04 (quatro) indivíduos em um veículo Pickup, cor escura, possivelmente Fiat Strada, que chegaram e quebraram as portas da agência e realizaram as explosões. Durante a fuga os indivíduos dispararam contra um portão e o muro de uma residência e lançaram 02 (dois) artefatos explosivos próximo a uma das residências, tendo 01 (um) deles detonado. O local foi isolado, sendo orientado aos curiosos que se afastassem, pois for a deixada no local 01 (uma) mochila contendo em seu interior 06 (seis) bananas de dinamite, prontas para utilização, que poderiam explodir. Com a chegada de reforço policial ao local, foram levantadas informações que levavam a um suspeito que teria adquirido várias fitas adesivas, comumente utilizadas para enrolar os explosivos, 01 (um) adolescente de 17 anos, que foi reconhecido por meio das imagens das câmeras de segurança de um estabelecimento comercial, o qual foi localizado; ao ser questionado confessou ter comprado as fitas a pedido de um indivíduo que o encontrou na rua, contudo não sabia a finalidade do material e que apenas fez o favor para o indivíduo que estava em um veículo, cor preta, mas não lembrava o modelo. Durante a Operação de Cerco, Bloqueio e Interceptação na região foi localizado, em Taiobeiras, 01 (um) veículo GM Vectra, Sedam, cor preta, com as características repassadas pelo menor, contendo em seu interior 01 (uma) touca, tipo ninja, cor preta, a qual foi apreendida, sendo o veículo também apreendido e removido ao pátio conveniado. Continuado o rastreamento foram localizadas 02 (duas) armas de fogo de fabricação artesanal, 01 (uma) na casa do menor, no entanto, no local, havia apenas a sua avó, portadora de cuidados especiais, e de sua cuidadora, que informou não saber a procedência da arma; a outra foi localizada em uma tapera, em um sítio, pertencente a um indivíduo, conhecido nos meios policiais, que se encontra foragido, sendo ambas apreendidas e entregues na DP, em Salinas. Perícia compareceu ao local e realizou os trabalhos de praxe. O Valor subtraído ainda não foi informado pela gerência dos correios. Equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE está sendo aguardada para retirada dos explosivos. Ocorrência ainda em andamento.

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Mensagem N°82863
De: Alysson Data: Quarta 8/11/2017 16:38:04
Cidade: Uberaba/MG

Neste exato momento, 08/11/2017, 15:07, mais de 20 bandidos cercados na divisa de Minas com São Paulo. intensa troca de tiros com armamento de grosso calibre. Policiais de Uberaba, Ituverava e Igarapava no cerco. Estao em deslocamento batalhão de Araxa e equipes de Uberlandia para auxiliar no cerco. Apoio da aeronave pegas us da PMMG e aguandando a chegada do Aaguia de Ribeirao Preto assim como militares dessa cidade paulista

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Mensagem N°82862
De: Manoel Hygino Data: Quarta 8/11/2017 12:00:19
Cidade: Belo Horizonte

Mariana está incólume

Manoel Hygino

Quem recorre aos jornais para atualizar-se ou ouve rádio e vê televisão, sabe da interminável tragédia que desabou sobre o subdistrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana, há exatamente dois anos. Foi muito além dos dezenove mortos, do caos na localidade e tudo o que aconteceu e ainda acontece de ruim até a foz do rio Doce, quando suas águas se encontram com o Atlântico.
O rompimento da barragem do Fundão, o maior desastre ecológico do Brasil em mais de 500 anos, passará à história tragicamente, pois haverá sempre dor e sofrimento entre os sobreviventes de novembro de 2015. “Isto é uma coisa que não vai sair nunca da memória”, disse um deles.
Mas, quem não conhece o Brasil, quem vier do exterior e se programar para uma visita de passeio ou de estudos pelo circuito histórico poderá cortar Mariana de seu roteiro, ao saber da catástrofe. Entanto, mais do que nunca, a primeira vila, cidade e capital de Minas, precisa do visitante, de sua presença, de seu apoio.
Com o tsunami de lama sobre Bento Rodrigues, a sede do município se esvaziou, seu movimento comercial decaiu, os bares, restaurantes, hotéis e hospedarias estagnaram. Os artesãos se viram na contingência de reduzir a produção, as próprias cerimônias religiosas foram prejudicadas pela diminuição de fiéis procedentes de todo o Brasil, até para deleitar-se com o som prodigioso de seu histórico órgão.
É imprescindível, todavia, que se proclame que Mariana está incólume, resiste e existe, espera. Sua tradição, sua cultura, a cidade e sua gente estão além do tempo e das desastrosas consequências das construções humanas. Ali, em cada canto, há algo valiosíssimo a apreciar, contos que vêm da época de Luís Vieira da Silva, presbítero secular, lente de filosofia e grande orador, ou de Cláudio Manoel da Costa, morto pelos colonizadores na Casa dos Contos, em Ouro Preto, nos dias da Inconfidência.
Indo lá, poder-se-á evocar as mais dadivosas lavras, que se povoaram rapidamente com os milhares de aventureiros que acorriam de todas as partes do Brasil e do Reino, movidos – como registra Frièiro – pela ânsia de enriquecer depressa e regressar às terras de origem. Ouro Preto e o Ribeirão do Carmo ostentam as riquezas arquitetônicas de seus templos, de belíssimos museus. De Mariana foi arcebispo dom Oscar de Oliveira, que instalou uma série de empreendimentos para preservar o passado, como os mausoléus dos cemitérios, que guardam corpos daqueles que a nação conhece pelo nome e reverencia.
A antiga Vila Rica fica bem perto, mas é outra e tem identidade própria. Contudo, Mariana é Mariana e merece respeito quando se lembra que foi confirmada como Vila do Carmo ou Ribeirão do Carmo, em 1712, com jurisdição sobre todo o território a Sudeste da Capitania. Tornou-se diocese dos “padres da Inconfidência”, como anota J. D. Vital.
Ali se abrigavam no movimento libertador, além do cônego Luís Vieira da Silva, os padres Manuel Rodrigues da Costa, José da Silva de Oliveira Rolim, José Lopes de Oliveira e Carlos Correia de Toledo e Melo, todos denunciados por Joaquim Silvério dos Reis e degredados para prisão em Portugal.

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Mensagem N°82861
De: Polícia Militar Data: Quarta 8/11/2017 11:05:08
Cidade: Montes Claros

A Polícia Militar nesta data, 08, por volta das 03 horas, recebeu informações que teria ocorrido uma explosão na agência dos Correios, em Padre Carvalho; segundo informações preliminares, 04 (quatro) indivíduos, em uma caminhonete pequena e em 02 (dois) veículos, tipo sedan, em cobertura, explodiram a agência dos correios, não sendo informado o valor subtraído; no local foram constatados danos estruturais na agência e forte odor de pólvora, sendo localizada 01 (uma) mochila contendo 07 (sete) bananas de explosivos, sendo acionado o Batalhão de Operações Policiais Especiais - BOPE. Foi montada Operação de Cerco, Bloqueio e Interceptação na região, contudo, até o momento, os indivíduos não foram localizados.

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Mensagem N°82860
De: Manoel Hygino Data: Terça 7/11/2017 06:26:23
Cidade: Belo Horizonte

A hora da Previdência

Manoel Hygino

Depois de vencer a guerra da segunda denúncia da Procuradoria–Geral da República contra o presidente Temer e de se superar o episódio da doença na próstata, concentram-se os esforços na aprovação de medidas de especial significado para a economia. Entre elas, a reforma da Previdência, que avulta de interesse para todos os brasileiros, por motivos óbvios.
Para a área econômica, sem aprovação da PEC da Previdência, há longos meses em exame pelo Legislativo, o Brasil, que já vive em extremas dificuldades, será o caos. Ou se aprova a Emenda Constitucional nº 287, de 2016, ou a nação se afunda de vez.
Se há fumaça, há fogo e o incêndio tem de ser debelado antes que as chamas consumam o que resta. Para o ministro Henrique Meireles, que enfrenta respeitosa oposição, urge resolver a questão antes que tarde.
No entanto, não é esta exatamente a posição do senador Hélio José (PROS-DF), integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência que investiga as contas da Seguridade Social. Em relatório de 253 páginas, ele declara peremptoriamente: É possível afirmar com convicção, que inexiste déficit da Previdência Social ou da Seguridade Social”.
Ora, eis o momento de se pôr os pingos nos ‘is’. Onde está a verdade? Quem tem razão e quais os argumentos em favor a PEC que devem prevalecer? O parlamentar do Distrito Federal é muito objetivo: “O grande argumento do governo em sua empreitada de mudança da Previdência se fundamenta na existência de um déficit perene e explosivo. Trata-se de uma afirmativa, que – apesar de repisada pelo governo – não é respaldada por grande parte dos estudiosos”.
Segundo o parlamentar, o orçamento da Previdência foi deturpado à época de FHC, que teria ferido de morte a visão sistêmica e integrada da Seguridade Social, retirando a possibilidade de “compensação financeira” entre os três pilares principais: a Saúde, a Previdência e a Assistência Social.
A acusação: “Houve efetiva desintegração das três áreas. Saúde, Previdência e Assistência Social ganharam uma perversa autonomia tanto financeira quanto de gestão. Entendemos perversa porquanto tal autonomia provocou desmantelamento das áreas, em detrimento de uma ação coordenada e sistêmica”.
Mais grave: “O chamado Orçamento da Seguridade Social, previsto na Carta Maior, passou a ser apenas uma peça demonstrativa sem qualquer utilidade estratégica”.
No entanto, bem mais incisivo e direto é o relatório. Afirma que a dívida ativa das empresas brasileiras de grande porte e que deixaram de contribuir com a Previdência Social é precisa. Elas continuam beneficiadas pelas políticas governamentais. Cita a notória JBS, com uma dívida de R$ 2,4 bilhões com a Seguridade.
Conclui: “Está faltando cobrar dos devedores e não querer prejudicar trabalhadores e aposentados, mais uma vez”. Diante do relatório em questão e da versão do Executivo, o que pensarão o cidadão e o contribuinte? Ou a CPI do Legislativo é um papo furado e inválida?

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Mensagem N°82859
De: Climatempo Data: Terça 7/11/2017 16:42:35
Cidade: SP

Cidade do norte de MG registra mais de 100 mm em 24h - por Josélia Pegorim - Voltou a chover forte sobre diversas áreas do norte de Minas Gerais. A passagem de uma frente fria pela região deixou o tempo mais instável. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 104,5 mm de chuva em Januária, no período entre 10 horas do dia 6 e 10 horas de 7 de novembro (hora de Brasília). É muita chuva! Em 24 horas choveu 63% da média de chuva normal para todo o mês de novembro que é de 167 mm.
Na região de Salinas, a média de chuva para novembro é de 159 mm e choveu quase 92 mm entre ontem e hoje, sendo que a maior parte da chuva, cerca de 65 mm, ocorreram na noite de ontem. Outra região que teve chuva muito volumosa foi a de Pedra Azul, que acumulou quase 89 mm chuva entre 10 horas do dia 6 e 10 horas de 7 de novembro (hora de Brasília) e a média para novembro é de 158 mm.
Várias cidades do norte de Minas Gerais entraram na lista dos 10 maiores volumes de chuva no Brasil entre 10 horas do dia 6 e 10 horas de 7 de novembro (hora de Brasília), pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia.
As áreas de instabilidade sobre o norte de Minas Gerais enfraquecem nesta quarta-feira. A região do Vale do Jequitinhonha terá diminuição da nebulosidade e pouca chance de chuva até a sexta-feira. No Noroeste Mineiro, as pancadas de chuva vão continuar amanhã e também na quinta-feira, mas não serão tão volumosas e a chuva não será generalizada. Porém,
pode voltar a chover forte já na sexta-feira.
A chuva deve aumentar novamente no próximos fim de semana por todo o norte de Minas Gerais com a chegada de outra frente fria.

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Mensagem N°82858
De: Avilmar Data: Segunda 6/11/2017 21:54:25
Cidade: Francisco Sá

21 horas de segunda-feira. A chuva começou às 18h, quando o comércio de M. Claros começava a cerrar suas portas. A chuva, mansa, ordeira, seguiu intensa até às 19 horas. Depois, e até agora, recuou para o pinga-pinga que promete seguir pela noite a dentro, e não estão afastados episódios de aguaceiros pelas próximas horas, e dias até. Até aqui, na área central de M. Claros, foram 24 milímetros de chuva, e tudo sugere que esta chuva alastra-se por toda a redondeza, da cidade e da região. Os serviços meteorológicos registram chuvas em Guanambi, Espinosa, Corinto, Curvelo, Pirapora e Januária. A conferir. E também em Brasília DF. Deus ouviu nossas preces. Louvado seja.

Também aqui em Francisco Sa-MG, chuva bem intensa e distribuida com muitos raios e trovões.

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Mensagem N°82857
De: Manoel Hygino Data: Terça 7/11/2017 06:27:42
Cidade: Belo Horizonte

O envelhecimento, em qualquer lugar

Manoel Hygino

Suficientemente anunciado pela mídia de Belo Horizonte, ocorre hoje o lançamento do livro “Sou 60”, pela Libretteria Editora, durante o bem recebido “Sempre um Papo”. Roberta Zampetti comparece ao auditório da Cemig, na Alvarenga Peixoto, para o ato, concomitante com debate sobre a matéria.
Tudo no melhor dos conformes, em consonância com a popularidade da autora, o prestígio do programa e a expectativa. Sintetizando, a capa diz: “Diário de uma jornalista em busca de repostas sobre o envelhecimento e a vida”. E tudo, realmente, deu certo.
O assunto, tão importante em um país no qual a população aumenta incessantemente de idade, foi longa e agradavelmente exposto na publicação. A autora não quis falar de cátedra, simplesmente dissertar, e o fez bem, sobre um problema que muito nos afeta e tanto exige dos governantes, mas igualmente desta gente, que diminui em número de filhos mas não em número de anos vividos.
Vê-se, pelo dito e pelo que faltará dizer, que é tema de interesse geral, complexo talvez, mas do qual se desvencilha com naturalidade e facilidade a estreante escritora. No prefácio, o médico Alexandre Kalache adverte: “Acho que o mundo, daqui para frente, vai ser muito melhor exatamente porque teremos muito mais pessoas longevas (....). Estamos todos envelhecendo: quem tem 5, 15,40 anos também está envelhecendo. (...) Está demorando um pouco para nos conscientizarmos disso porque temos quase uma obsessão pela juventude, de nos mantermos jovens, de fazer cirurgia plástica, de esticar, de malhar, mas acho que daqui a pouco vamos cair na real de que envelhecer é bom para a sociedade”.
Roberta desperta o leitor para essa realidade, recorrendo a personagens e fatos que marcam sua carreira como jornalista de televisão, em contato diário com os que sofrem com as vicissitudes ou se contentam com as alegrias de viver. Não se restringe, porém, a referir-se a numerosos casos para referendar pontos de vista e experiências.
Recorda-se, por exemplo, uma creche existente em Seattle, nos Estados Unidos, que funciona em um asilo. Juntam-se as duas coisas: a energia das crianças e a vivência dos idosos. Estes recebem carinho e são estimulados, intelectual e fisicamente, pelos exercícios dos pequenos. Algo que tem dado certo e que não sei se existe no Brasil.
A autora observa que projetos assim (e cita vários outros) vêm ganhando corpo de várias formas, de modo que o horizonte é de propiciar o surgimento de novas relações afetivas e histórias para contar.
O livro merece mais do que um lugar em biblioteca, porque será companheiro nas inseguras horas cotidianas. Não esqueceria outro comentário, este do nosso Hélio Pellegrino: “A coisa mais importante do mundo é a possibilidade ser-com-o-outro, na calma, cálida e intensa mutualidade do amor”. O Outro é o que importa, antes e acima de tudo. Por mediação dele, na medida em que o recebo em sua graça, conquisto para mim a graça de existir.
Observação pessoal e final: talvez o título mais adequado fosse: “Estou 60”, como disse alhures o ex-ministro da Educação, membro da ABL, Eduardo Portella. Porque a vida continua.

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Mensagem N°82856
De: José Ponciano Neto Data: Terça 7/11/2017 01:25:59
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Ontem foi assim! Dezoito horas... chuva lá “prus” lado da lagoinha... ou pentáurea.

Já cutucaram a cuia - já pegaram o catadô – já plantaram feijão no pó – Josefina saiu lá fora; olhou o forro do céu todo ramiado – viu que ia chovê – lua nova. Já era uma armação.

Vinte e trinta horas. Desceu um aguaceiro na bacia do Rio Verde Grande – Alto Belo; Rio das Pedras; laranjão; Glaucilândia; Santana do Mundo Novo; Juramento; Mandacarú. Gente tomando banho na chuva; braços abertos, outros com mãos postas... orando e saudando o Grande Arquiteto do Universo – que é DEUS.

Eu, após as cenas, 21; 30, ainda chovendo; peguei a MG 308 rumo a Moc, com a visão meio distorcida, devido às lágrimas de alegriae crença. Num certo momento, parei contemplei a precipitação milagrosa.

Nesta hora, a turma do “happy hour country” do mandacarú, entre eles: Quinha - Selvinão do frango – João Coelho – Caçarema – Riva – Negão – Enéas – “dimá” e outros, já deveriam está mais mocados que Mocó nas cavernas da Lapa grande. - Água, flores, suor e pedras ao pé do Cruzeiro da casa do Tião. - As penitências valeram

Salve! Salve! Salve!

Vai chover mais nos próximos dias!!! Agora... pode ser que os abutres da seca não estão satisfeitos. Pois, a indústria da estiagem tem matéria toda hora! Dá mais dinheiro.

(*) José Ponciano Neto é cantochão penitente desde anos 60/70 no cruzeiro do Alto do Morrinho (Colina de Dona Germana)

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Mensagem N°82855
De: Luiz Data: Segunda 6/11/2017 21:21:48
Cidade: M. Claros

21 horas de segunda-feira. A chuva começou às 18h, quando o comércio de M. Claros principiava cerrar suas portas. A chuva, mansa, ordeira, seguiu intensa até às 19 horas. Depois, e até agora, recuou para o pinga-pinga que promete seguir pela noite a dentro, e não estão afastados episódios de aguaceiros pelas próximas horas, e dias até. Até aqui, na área mais central de M. Claros, foram 24 milímetros de chuva, e tudo sugere que esta chuva alastra-se por toda a redondeza, da cidade e da região. Os serviços meteorológicos registram chuvas em Guanambi, Espinosa, Corinto, Curvelo, Pirapora e Januária. A conferir. E também em Brasília DF. Deus ouviu nossas preces. Louvado seja.

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Mensagem N°82854
De: Mariana Data: Domingo 5/11/2017 18:41:19
Cidade: M. Claros/centro

A chuva desta tarde na área central de Montes Claros foi de 5mm. Esperamos mais.

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Mensagem N°82853
De: Luiz Data: Domingo 5/11/2017 17:23:45
Cidade: M. Claros

Chove agora na área central de M. Claros. Chuva mansa e progressiva, que a meteorologia - de revés - passou a ver pela manhã. Pela previsão, a chuva deverá se intensificar nas próximas horas, recuperando alguma coisa do que deveria ter chovido em outubro. Há estimativa de 12mm hoje e 49mm nesta segunda-feira, chuva antecipada de terça, que até ontem era a bola da vez. Rezemos todos, pois se a meteorologia voltar a acertar teremos afinal ingressado no bem-aventurado tempo das águas. Há notícia, não confirmada, de chuva em Januária, Bocaiúva, Pirapora e Corinto.

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Mensagem N°82852
De: carlos roberto alves Data: Sexta 3/11/2017 16:09:49
Cidade: Montes Claros/MG

Gostaria que de falar com o Diretor e/ou quem seja responsável que soubessem que leio, e releio todos os dias vossas matérias divulgadas neste conceituado Jornal Digital, entretanto também gostaria de me comunicar com as personalidades que ai escrevem com os nomes de Manoel Hygino-Belo Horizonte e José Ponciano Neto-Montes Claros-MG, pelas suas belíssimas matérias escritas, nas vezes que tenho a oportunidade de lê-las, agora gostaria de solicitar à Vsa. se tivessem é claro os endereços de eimail dessa fabulosas figuras e/ou ouro meio de contato para poder ´parabeniza-los e/ou até trocarmos mensagens boas e duradouras. De ante mão vou agradecendo. Grato

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Mensagem N°82851
De: Manoel Hygino Data: Sexta 3/11/2017 08:47:41
Cidade: Belo Horizonte

A Constituição não tem culpa

Manoel Hygino

Pesquisa em 18 países da América Latina revelou que os brasileiros são os mais insatisfeitos com a democracia. Somente 13% estão “muito satisfeitos” e “satisfeitos”, pelo levantamento anual da Latinobarômetro. Significa que o índice ficou abaixo da média da região, que é de 30%. Os mais contentes com sua democracia são Uruguai, Nicarágua, Equador, Costa Rica e Argentina. Segundo a socióloga chilena Marta Lagos, diretora da ONG que fez o levantamento, “o desencanto dos brasileiros com a democracia é antigo, mas a avaliação está especialmente pior agora”.
O brasileiro está atento mais do que nunca ao que acontece, atualizado, em termos gerais, aos fatos, com ouvidos ligados às rádios e os assistentes de televisão com olhos grudados nas telas. Mesmo não entendendo tudo, nem poderia ser de outra maneira, o cidadão forma opinião e discute, curioso de saber porque a Constituição é tão objeto das discussões.
Patrus Ananias, deputado federal, ex-ministro, mineiro de Bocaiúva, professor da PUC-MG, descreve: “a Constituição de 1988 abre perspectivas ao processo de emancipação econômica e social do Brasil. Suas boas diretrizes encontraram guarida na política externa articulada com as políticas sociais”.
Almir Pazzianotto Pinto, advogado, ex-ministro do Trabalho e ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, a respeito se posicionou, em 2014, em artigo no “Correio Brasiliense”: “estamos na oitava Constituição – a sétima do período republicano. O número elevado de emendas revela que a redação original deixou a desejar. Somam 83 as alterações introduzidas desde 1993. Os membros da Assembleia Nacional Constituinte se decidiram por texto analítico, minucioso, prolixo, recheado de dispositivos dependentes de regulamentação. Recusaram o sucinto modelo americano, cuja lei fundamental data da declaração da Independência, em 1787”.
Observa Pazzianoto ainda que, submetida duramente à prova, a Constituição Coragem, como a denominou Ulysses Guimarães, encontrou forças para resistir e se consolidar, o que não conseguiram as antecessoras de 1891, 1934, 1946 e 1967, “abatidas após acidentada existência”.
Para Joaquim Barbosa, mineiro de Paracatu, ex-presidente do Supremo Tribunal federal, “somos o único caso de democracia no mundo em que condenados por corrupção legislam contra os juízes que os condenaram. Somos o único caso de democracia no mundo em que as decisões do STF podem ser modificadas por condenados. Somos a única democracia do mundo em que os deputados, após condenados, assumem cargos e enfrentam o Judiciário”.
Para o advogado paulista, porém, a situação não é tão grave: “A imprensa é livre, os Três Poderes operam em harmonia e com independência, não há preso político, inexistem restrições ao direito de ir e vir, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude da lei, respeita-se o exercício da greve, os sindicatos estão a salvo de intervenção governamental. Em resumo, o Brasil se encontra sob o estado Democrático de Direito”. Recorda que Norberto Bobbio, durante uma das habituais crises políticas na Itália, escreveu artigo com o título: “A Constituição não tem culpa”. O mesmo, ou quase, se poderia dizer aqui.

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Mensagem N°82850
De: Avilmar Data: Sexta 3/11/2017 07:52:27
Cidade: Francisco Sá/MG

" Aguaceiro de ontem não veio - choveu apenas 8mm, na cidade. Para hoje, havia (ontem) previsão de 80mm de chuva, mas ela caiu para 50mm"

Chuva volumosa nesta madrugada 02/11/2017, por volta das 3:30hs em Francisco Sa-MG primeira da temporada que há de porvir.

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Mensagem N°82849
De: Eujácio de Souza Prates Data: Quinta 2/11/2017 09:41:00
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

Só na terça feira fiquei sabendo do passamento do Dr. Juvenal Augusto, um dos melhores jogadores de futebol que tive a oportunidade de conhecer. Conheci Juvenal no início da década de 70, próximo dos meus 10 anos de idade, sempre que faltava alguém, Juvenal me colocava para inteirar os 22 na pelada do Dnocs, sempre aos sábados pela manhã no antigo campo do Ipê. Neste evento desfilaram os melhores craques do futebol montesclarense, inclusive, os que jogavam fora sempre apareciam por lá durante as férias de fim de ano. E por mais de 20 anos pude conhecer a genialidade , a ginga ao estilo Garrincha de deixar tontos muitos laterais por ali. E nossa admiração não ficou por ai, Juvenal batia um bolão nos "tribunais da vida" e sempre foi um honrado pai de família. Sempre unidos, seus irmãos também participavam das peladas e ao final tomávamos umas e outras para relaxar e amenizar as discussões e para comentar os resultados e as atuações nas peladas. Meus sentimentos a toda a família enlutada. Que Deus na sua infinita bondade o acolha ao lado das pessoas de bem. Descanse em paz meu camarada!

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Mensagem N°82848
De: Manoel Hygino Data: Quinta 2/11/2017 07:57:02
Cidade: BH

A casa lá de cima

Manoel Hygino

Dois de novembro, Dia de Finados, que a Igreja Católica destina à oração pelas almas dos mortos. Nem tudo é absolutamente triste e São Francisco de Assis chamava o desenlace último de “irmão”, como ao fogo e ao lobo.

Em dia de ir aos cemitérios e levar flores aos túmulos dos que nos precederam, nasceu Abílio Machado Filho, homem de bem, um cavalheiro, culto e dedicado às melhores causas e merece toda homenagem. Um dos mais próximos colaboradores de Milton Campos no Palácio da Liberdade, desempenhou papel semelhante ao do pai, esteio do presidente Antônio Carlos.

Ivan Lins, da Academia Brasileira de Letras, autor de obras fundamentais às letras e história, filho do ministro Edmundo Lins, presidente do Supremo Tribunal Federal na ditadura Vargas, registra que, em vez do preto ou escuro, como entre os romanos e os modernos, o luto na Idade Média era branco, símbolo da pureza, segundo São Clemente de Alexandria. Só a partir do século XIV, começou o preto nos trajos para as manifestações de dó, palavra masculina comumente em bons autores antigos.

Acrescenta na lição: “Almáfega”, ensina Viterbo, era o burel branco e grosseiro de que os nossos maiores faziam o seu dó. Não só os parentes e amigos do finado vestiam dele por todo o tempo que durava o luto, mas ainda outros quaisquer que o queriam vestir por honra do defunto, o podiam fazer. Acabado o tempo da tristeza, os testamenteiros lhes recompensavam a fineza com um estilo de Valenciana (estilo de moda francesa), ou com outro pano alegre e festival”.

Para este tempo de oração e veneração, guardei um texto de Andreia Donadon Leal. A autora, nascida em Itabira e residente em Mariana, juntou sua força poética num opúsculo, ilustrado por Bruno Grossi Begê.

“Eu e meus pais vivíamos numa casa aqui embaixo. O primeiro quarto era meu, o segundo de papai e mamãe. A casa tinha um banheiro, uma sala comprida, outro cômodo que servia de copa e cozinha, um quintal com vasos, flores coloridas e dois pés de pitanga. Mamãe me levava para a escola todas as manhãs, enquanto o sol espalhava luzes no céu. Um dia, mamãe foi levada à noite por um carro branco grandão com letras vermelhas e uma sirene que apitava sem parar. A casa ficou grande e triste. Os vasos murcharam, a grama do quintal virou mato, os pés de pitanga pararam de florescer. As duas únicas pitangas vermelhas eram os olhos do meu pai: os meus se encheram de lágrimas e no meu coração só batia saudades... Vovó, mãe do papai, veio morar aqui em casa. Agora é ela que me veste para a escola, que me dá banho, que me ensina a lição. Papai chega em casa depois do trabalho, me coloca para dormir contando estórias sobre o sol, a lua e as estrelas que precisam iluminar todos os dias aqui embaixo! Um dia papai me disse que mamãe foi morar na casa lá de cima para acender e apagar as luzes do céu e que lá em cima é tão grande, que eles precisam mais da mamãe lá do que a gente aqui embaixo... A casa lá de cima vai funcionar muito bem com a ajuda da mamãe, que sabe fazer de tudo! Então eu comecei a ajudar a vovó a cuidar da casa, do jardim, das árvores, dos vasos e dos pés de pitanga, que começaram a brotar de novo! Os olhos de papai ficaram claros, os meus pararam de chorar... Vovó me contou um dia desses que toda vez que a gente sentir saudade é para olhar para o céu, que mamãe sempre estará em casa lá de cima soprando o sol pela manhã e acendendo as estrelas à noite...”.

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Mensagem N°82847
De: Daniel Durães Data: Quarta 1/11/2017 10:39:49
Cidade: Januária  País: Brasil

Desde a noite de ontem, chove em Januária/MG, a 180km de Montes Claros. Por volta das 21h, caiu uma forte chuva na cidade, e que perdurou madrugada adentro copiosamente, e na manhã desse primeiro dia de Novembro a chuva continua caindo, daquelas leves e ao mesmo tempo farta, que enche córregos e rios. Januária agradece a tão esperada chuva.

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Mensagem N°82846
De: Alberto Fonseca Data: Quarta 1/11/2017 10:29:52
Cidade: Montes Claros/MG

"Fazendo trilha pela região do Rio Congonhas em Itacambira, observamos como os eucaliptos acabaram com a água. O rio totalmente seco, descemos pela comunidade de Tamanduá, tudo acabado. Se fizer barragem ali, sei não! "

(...) O fenômeno hídrico é mundial,não se tem notícia de um rio que não tenha sido afetado.Cada lugar escolhe o seu culpado(a).Até no subsolo.Não percebem que o Planetinha está no fim de um ciclo,que inclui a verticalização do seu Eixo Imginário...

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Mensagem N°82845
De: Manoel Hygino Data: Quarta 1/11/2017 07:48:37
Cidade: Belo Horizonte

A Catalunha e seu entrevero

Manoel Hygino

O problema da Espanha com a Catalunha está longe de terminar. Vamos falar dele até porque de nossos desafios estamos cansados de escrever sem resultado prático. Tampouco representam perspectivas promissoras as longas conversas, os discursos inflamados, as acusações recíprocas, os intensos debates e os incontáveis conciliábulos em Brasília. O clima, altamente contaminado, prejudica e impede chegar-se a conclusões de maior duração beneficiando o país. E o povo sofre.
Na Europa, a declaração de independência da Catalunha, proclamada pelo seu Parlamento, acirrou os ânimos diante da atenção cuidadosa de toda a Europa, que também já enfrenta problemas demais, por todos os lados. No último sábado, 28 de outubro, o Executivo central espanhol destituiu o governo e convocou eleições para 21 de dezembro.
Como não poderia deixar de ser, Madri tratou imediatamente de nomear alguém para substituir o separatista presidente Carles Puigdemont.
Assumiu o cargo a simpática vice-presidente Soraya Siena de Santamaria, já exercendo as funções de presidência e vice-presidência da Catalunha.
Em contrapartida, o destituído presidente apelou aos cidadãos para que se oponham à intervenção de Madri, mas em todo caso foi prudente: “Nossa vontade é continuar trabalhando para cumprir os mandatos democráticos, e, ao mesmo tempo, buscar maior estabilidade e tranquilidade”.
O primeiro-ministro espanhol Rajoy, a seu turno, também foi precavido: Garantiu que as eleições do último mês do ano serão “limpas, livres e legais”. A Procuradoria da República, porém, não deixou de mexer seus pauzinhos. Anunciou uma queixa-crime contra o cinquentão Puigdemont, por “rebelião”, pela qual pode ser condenado a até 30 anos de prisão.
A situação, como se depreende e se observa pelas manifestações de rua em Barcelona e outras cidades catalãs, não é tão pacífica como se desejaria. A independência é um grande sonho da Catalunha, e a última tentativa, liderada pelo presidente Luis Companys, resultou em fracasso, em 1934.
A Catalunha, no canto Nordeste da Península Ibérica, mais do que uma região, de fato é um conjunto de regiões bem delimitado. Se a costa é de difícil acesso, tem portos importantes, em especial Barcelona e Tarragona. Quem estuda o que há por ali, percebe caracteres linguísticos e folclóricos, que revelam o sentimento autonomista.
Ao longo da história, passou dos sarracenos expulsos pelos espanhóis, para o governo de condes franceses, que se tornaram independentes da França. Trava-se, no decorrer de séculos, uma luta pela autonomia, sem êxitos mais significativos. É uma crônica complexa, que registrou inclusive o domínio do reino de Aragão. Quando o soberano espanhol Felipe IV tentou privar a Catalunha de seus direitos e privilégios, ela se revoltou sob a proteção de Luís XIII, da França. Assim a Catalunha tem sido teatro de expectativa de rebeldia. De grande significação para a vida política e econômica espanhola, é estratégica para a Europa, que dali não tira os olhos. Tem muitos motivos.

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Mensagem N°82844
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Terça 31/10/2017 16:35:49
Cidade: Montes Claros  País: BRASIL

CHUVA NO SERTÃO


A tão esperada chuva finalmente chegou. O cheiro de terra sobe e os sentidos se ampliam e se aguçam. O calor escaldante que nos atormentava é aliviado. As esperanças se renovam e o coração do sertanejo pula de alegria.
As plantas parecem cantar ao sabor do vento, agradecidas pela vida que explode, numa linda dança que enche nossos olhos.
É preciso morar no sertão e amá-lo para se compreender o que a chuva significa para nós. Chuva é vida, vida que se renova, vida que transborda. Ela nos traz a tão desejada fonte indispensável para que a vida possa existir. Ela é a esperança de alimento farto.
Tão pouco temos cuidado da mãe-natureza, ou melhor, nós a temos agredido tanto, usufruído dela como se todos os recursos que nos oferece fossem eternos e, como resultado, eles vão fenecendo e nós também...
Como soam maravilhosos aos nossos ouvidos os trovões! Os mesmos trovões que nos assustavam na infância. Claro que não queremos temporais destrutivos, mas almejamos chuva abundante, chuva que caia forte e por bastante tempo, tempo suficiente para que os rios, regatos, lençóis freáticos, nascentes e barragens todos se encham e renasçam.
A chuva não alimenta somente os nossos corpos, mas também as nossas almas. É como uma música que extasia nossos espíritos e aviva a poesia que mora em nós. Chuva bendita! Minh’alma em epifania!
A terra ressequida, sedenta, com suas feridas abertas e expostas, clamava por ela. Que sabem disso aqueles que moram nos grandes centros? Para eles a chuva é um estorvo. Algo que atrapalha o trânsito, os passeios, o dia-a-dia. Para nós é esperança de vida!
Sempre os passarinhos vêm cantar em meu jardim e em meu quintal de manhãzinha e à tarde. Depois da chuva, passaram a festejar por todo o dia numa bela e diversificada cantoria. Provavelmente em busca do novo alimento que as plantas lhes oferecem e buscando seus amores a fim de renovar e perpetuar suas vidas. Já percebo alguns ninhos em minhas árvores.
No ar o perfume mais aguçado das flores. Promessa de mais e mais flores e frutos. As mangas e as pitangas já caem abundantes no chão molhado. E eu piso com gosto no barro para colhê-las com prazer e alegria!
Novo ciclo se inicia. A generosidade da mãe-natureza responde prontamente. Todo o sertão está em festa! E meu coração também.
Aleluia, aleluia! Será que é um delírio meu ou ouço foguetes, atabaques e bandolins?
É verdade que o sol voltou, mas isso não nos tira a esperança, ou melhor, a certeza de que o tempo de chuva chegou ao sertão.

Maria Luiza Silveira Teles (presidente da AML)




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Mensagem N°82843
De: Alberto Sena Data: Terça 31/10/2017 14:59:51
Cidade: Grão Mogol

Vamos embora levados nas páginas de um livro

Alberto Sena

Posso dizer, sem medo de errar, os meus melhores dias da vida foram passados em Grão Mogol. Foi o lugar onde pude me realizar mais, pessoal e profissionalmente. Alguém pode até achar isso “um espanto”, considerando que passei a maior parte de minha vida na capital, onde trabalhei só no Jornal Estado de Minas, 24 anos, onde tive, evidentemente, vida intensa, agitada, estressante, proveitosa. Não posso reclamar. “S’eu queixo é de burro”, como dizem popularmente.
Em Beagá tive o melhor aprendizado. Constitui família. Vivi a melhor fase do jornalismo nacional. Naquele tempo, as notícias tinham consequência. As redações eram feitas de intelectuais e escritores, diferentemente de hoje em dia, quando os assuntos se atropelam uns aos outros. E, politicamente, o Brasil nunca viveu caos semelhante, com a grande maioria dos políticos ocupantes de cadeiras no Congresso implicada em crimes de envergonhar até estátua.
Grão Mogol, para mim é sinônimo de “paraíso”. Nasci em Montes Claros, onde vivi até aos 22 anos, sem conhecer Grão Mogol. Desde criança ouvia dizer, “é infestado de barbeiro”, e, talvez por isso, ao chegar à idade adulta não me interessei em conhecer Grão Mogol.
Foi preciso o grãomogolense Lúcio Bemquerer construir o Presépio Natural Mãos de Deus e me chamar, ainda na fase inicial, para ver “a loucura que estou fazendo”. De fato, Lúcio construir um presépio podia ser uma loucura, mas “loucura lúcida”. Obra que, a rigor, os grãomogolenses não conhecem e por consequência, não valorizaram.
Vim a Grão Mogol a primeira vez, em 2012 Vim, vi e, posso dizer, venci. Sabem por quê? Porque, aqui, eu me revelei para mim mesmo duas condições demasiadamente importantes. A primeira: tomei gosto pela fotografia, graças ao convite do cenário local, rico em paisagens, um lugar onde há história em cada pedra do calçamento da cidade e na circunvizinhança. Onde o ar é puro e a vida segue naquela pachorra, como se aqui fosse afastado do resto do mundo.
A segunda, e, para mim, a mais importante: aqui, pude concretizar a minha condição de escritor e tive ambiente para escrever alguns livros de Literatura. O primeiro será lançado, em novembro próximo, em Montes Claros. Em seguida, em Belo Horizonte, relatando as nossas duas experiências na milenar trilha chamada Caminho de Santiago de Compostela. Tenho, potencialmente, só faltando compilar, livros de poemas, de contos, de crônicas e um romance escritos nesta cidade de pedras, e cada um será lançado, como numa catapulta, a seu tempo, se Deus quiser.
Em Grão Mogol pude, então, conviver mais de perto com os passarinhos e com as flores. Pude reviver o passado de menino, época em que as casas tinham quintais, como os daqui. Comparando, Grão Mogol é semelhante à minha Montes Claros da infância, hoje sufocada pelo crescimento e os problemas inerentes às cidades grandes.
Pessoalmente, não tenho do que me queixar, mas como costumo abordar temas que dizem respeito à vida do meu semelhante no dia a dia, devido à condição de jornalista, tenho um corolário de assuntos a abordar, tendo em vista a melhoria das condições de vida do povo de Grão Mogol. Mas, não é o caso de debulhá-los, agora, para não empanar a leveza desta nossa conversa.
Estamos indo embora, mas, um dia, “sólo el de Arriba lo sabe”, como diz o poeta espanhol, voltaremos para viver essa vida simples e simplificada, posso dizer, deliciosa. Passei esses últimos anos como se estivesse em férias, porém, produzindo intensamente, como nunca.
Conscientemente, fiz um trabalho neste município, que, sem falsa modéstia, já entrou para a história de Grão Mogol. Ninguém, em nenhum tempo, fez um trabalho semelhante ao que fiz, simplesmente por amor ao lugar onde, para mim, Deus demorou um pouco mais para criar.
Nesses mais de três anos aqui vividos, diuturnamente divulguei Grão Mogol ao mundo, várias vezes ao dia, por meio de crônicas, reportagens e fotos. Os frutos desse trabalho ainda virão, com mais intensidade, na medida do tempo. São como as ondas do mar. As notícias foram arremessadas ao espaço. Um dia as consequências virão na espuma do tempo.
Acalento a visão aqui tida logo ao me deparar com a magia e a beleza de Grão Mogol e região. Um dia, quando a cidade for preparada de fato para receber turistas, eles virão de todas as partes do mundo para gastarem dólares e euros. Quando esse dia chegar, o nome desta urbe estará em todos os quadrantes do planeta.
No meu caso particular, era necessário voltar às origens para, em seguida, dar-se a metamorfose. E o primeiro livro é a porta. Voltar para Montes Claros seria a mesma coisa de ficar em Beagá. Portanto, nesse tempo, Grão Mogol foi a minha Montes Claros da infância que o progresso transformou irremediavelmente.
Vamos embora levados nas asas, quer dizer, levados nas páginas do livro “Nos Pirineus Da Alma”. Querendo ou não, quem a pé trilhou por duas vezes o Caminho de Santiago, a partir da França, entrando Espanha adentro, perfazendo, ao todo, 1.300 quilômetros, querendo ou não, está preparado para viver em qualquer parte do planeta onde a querência divina indicar.

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Mensagem N°82842
De: Jorgerry Cardoso de Oliveira Data: Terça 31/10/2017 08:12:53
Cidade: Montes Claros/MG

Retirou-se, ontem, Jerry Alfaiate, na altura dos 80 anos. Aos poucos, é uma certa Montes Claros lírica, e pacata, que vai dizendo by by.

Foi pai de família e irmão sempre presente, brincalhão, de uma popularidade sem igual e benquisto por todos que o conheciam. Realmente, vivenciou a Montes Claros romântica que, cada vez mais, vai nos deixando grandes saudades. Que Deus o tenha, meu irmão!

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