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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 14 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O DESCASO PELA ORDEM – OU SOMOS UNS PANÓPTICOS INCOMPETENTES O Mundo vive um momento de DESCASO SOCIAL. Por que não dizer o Brasil e até a nossa terra de pouca chuva, mas, de muito calor humano. Na década de 60 e 70, o “mundo” era outro em Montes Claros; rios perenes – principalmente o Rio Vieira ( carrapato / poço 21 / poço Tarzan / Lajinha) - no Rio Verde Grande ; (Uratinga / Toledo / Glaucilândia e a Fazenda de Jason Caetano). Neste pretérito “bem” perfeito, curtimos : os Rolling Stones; The Beatles; Black Sabbath; Secos e Molhados; Roberto Carlos; Ronny Von; Chico; Caetano e os Novos Baianos. O Centro de Montes Claros e os Bairros eram mais ordenados, mais limpos; violência... praticamente não havia, no nosso cotidiano o convívio, era só respeito. Nos colégios e nos Grupos escolares, o Bullying – queira ou não. Existia! Mas, as agressões verbais e físicas eram combatidas pelos professores(as) com o aval dos pais. Reinava o poder e a moral dos educadores. O comércio era no Mercado Municipal. Os Camelôs, só em área definida pelo o poder público. Sem bagunça ou briga. Lembro-me com clareza, o mercantilismo em torno do Mercado – onde hoje o Shopping Popular – a sujeira era por conta dos animais. Mesmo assim, era muito bom. Ai! Chegamos aos anos 80, 90, 2000 e até agora, 2017. Com eles, vieram as políticas dos descasos; começaram jogar pedras nas nossas janelas. A água perdeu com a da sua gestão. Vieram os desmates nas áreas de recargas hídricas para a carvoaria do mercado da siderurgia – era o “ouro negro” de muitos fazendeiros - em detrimento das nascentes. Começava a queda de vazão. Mas não foi só o desmatamento. As perfurações de POÇOS PROFUNDOS sem nenhum critério técnico e/ou fiscalização dos Órgãos competentes, que, nos últimos quinze anos vêm perdendo eficácia, diga se de passagem, transformaram todas as regiões em ordenhadeiras mecânicas na exploração da água. E os eucaliptos e pinhos? Como comprovação, as irregularidades praticadas pelas as empresas de reflorestamento, são práticas já conhecidas no âmbito dos órgãos fiscalizadores e jurídicos. Como o poder econômico fala mai$ alto! A briga é infinita. Vamos que vamos!! - É um imbróglio. Todas as ações mortificadoras externadas, fazem com que a nossa região não resista às estiagens naturais dos ciclos da terra e do Sol. Os resultados estão ai para comprovarem. - Para mudar? Só com UM NOVO CICLO CHUVOSO. A água não se pode produzir – não é um produto industrializado, e sim, um produto da natureza – é uma combinação de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio – a formula química mais misteriosa e famosa que DEUS criou. É a razão da vida. Produzir e reservar são verbos diferentes. E para reservar tem que ter chuva e uma Bacia hidrográfica respeitada. As músicas mudaram. Vieram as letras que fazem apologia ao uso das drogas / álcool / traição / assassinatos e aos amores perdidos. Mudaram para pior. É um tal de “pancadão” prá lá e prá cá. Música boa é uma ou outra que dar para curtir. Anos dourados só na lembrança. Um descaso com a arte. A segurança, um dos piores descasos. Assassinar; roubar; furtar; estuprar; explodir carro forte; assaltar banco e outros delitos se tornou procedimentos normais por parte dos “fora da lei”. Todos os dias têm noticias de crimes, e não param. Uma recente: - “Isso acontece todos os anos aqui em São Paulo. A F1 e as equipes organizadoras precisam fazer mais; não há mais desculpas”. Diz o Campeão Lewis Hamilton quando sua equipe foi assaltada próximo ao Circuito de Interlagos. Faltou policiamento! Ou então...sobrou conivência. Por isso que digo faz muita falta aquelas duplas de policiais a pé nos bairros. Sem dúvida, inibe a pratica do crime e gera na população um sentimento de interação, segurança e empatia. Mesmo que a criminalidade não reduza muito, a população sente mais protegida. Continuando. As leis têm que mudar; tem que acabar com a impunidade, aqueles crimes não passíveis de penalidades é que desincentivam a população; a tendência que os jovens não punidos, venham no futuro serem criminosos perigosos e impiedosos. O principio da impunidade é análogo, se não corrigir e punir as crianças e os adolescentes das pichações; malandragens inconseqüentes; vadiagens e até mesmo de jogar um papel de bala no chão, provavelmente, no futuro – com o sentimento de impunidade - irão matar uma turista; um pai de família; um professor; um militar e estuprar bebês e crianças de 04 e 06 anos. Irá aparecer outro Belzebu como o “Damião do Picolé”. É mais uma janela quebrada. Nas escolas um drama. Muitos pais não apóiam os professores e não educam seus filhos quanto aos Bullyings. As crianças muitas vezes extrapolam com os xingamentos e agressões físicas, os seus pais mesmo tomando conhecimento por parte dos educadores; continuam passando a mão na cabeça dos filhos delituosos. Se não corrigirem agora, podem chorar no futuro. Analisem bem o que os Bullyings estão provocando pelo mundo. Coisas horríveis! Temos que apoiar os educadores quando eles resolvem corrigir os seus filhos. Meus filhos como já externei em outros artigos e crônicas, foram criados com um só Psicólogo. Não! Não se trata de um “médico da alma”, e sim, de uma “pirata” confeccionada com uma fita de couro doada pelo Miguel sapateiro; no cabo de madeira o dizer: “psicólogo”. Quando vinham eles vinham com as artimanhas para não ir às aulas; comer ou tomar banho. Bastava eu ou mãe dizer que iríamos tratá-los com o “psicólogo”. – tudo estava resolvido. Não foram necessárias duas vezes. Se algum dos meus filhos estiver às margens dos princípios sociais - que me digam. Em nossa casa não fica, e, estará livre para se virar com a justiça. – DEUS ajude que não chegue este dia! Creio que o “psicólogo” lhes ensinaram bem - face dos nossos exemplos como pai e mãe. Os camelôs... êta camelôs! Novamente tomaram conta dos passeios e quarteirões fechados. Desculpe-me a administração, mas, tá difícil! O pior que comercializam próximos dos fiscais dos códigos de postura. A Praça Dr. Carlos, a Rua Simeão Ribeiro e a Rua São Francisco voltaram a ser o mercado ao ar livre. Demanda um novo projeto de reorganização. O descaso está demais. Mais uma janela quebrada. - Estamos assistindo a degradação de nossa sociedade, de nossas instituições de nosso país. Perceberam que não citei os políticos. Estes quebraram todas nossas janelas, eles perceberam que estamos na condição de abandono. Estamos inertes! O que iremos fazer quando formos às urnas? - (...?) - “A melhor forma de manter a ordem é não ser conivente com a desordem. Se fechamos os olhos para os pequenos erros ou delitos, inevitavelmente estaremos alimentando os médios e teremos que conviver com os grandes também … pense nisso” (*) José Ponciano Neto é Articulista; Cronista e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas.

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