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Mensagem: Além de queda, coice Manoel Hygino Dois fenômenos permanecem na ordem do dia, ou da hora, em grande parte do território nacional: a violência e as altas temperaturas, que se estendem desde a fronteira Sul até o Nordeste e o Norte. O balanço diário pode ser acompanhado pelos meios de comunicação ou pelo permanente convívio com os demais brasileiros que se preocupam com a situação, com a não solução dos problemas e suas consequências perversas. Os ataques criminosos no Ceará são praticamente permanentes, lá vai cerca de um mês. As ocorrências se repetem na capital e no interior, sem que as providências até agora tomadas tenham resultado prático. Sequer o envio de centenas de soldados das tropas da Força Nacional intimidam os fora da lei ou aqueles que agora ingressam no seu rol. Escolas e coletivos são incendiados, caminhões de serviços públicos, inclusive os de lixo; carros oficiais e particulares são destruídos, enquanto prédios de repartições federais e estaduais são atacados, assim como os de prefeituras e casas de comércios. Viadutos e pontes também são alvo da ação devastadora, sem que as autoridades, mesmo em tentativas sucessivas, consigam êxito. O crime é mais poderoso do que a lei? A fúria do Estado Islâmico parece ter-se transferido para o Brasil, com nuances próprias talvez, bem ao estilo latino-americano. E os brasileiros, armados de esperança, confiavam que o mal se restringia à Ásia ou Norte da África... Engano d’alma ledo e cego, como diria o poeta. Mas o que não existe presentemente por estas bandas do hemisfério Sul é poesia, o embalo do amor. Da terra de José de Alencar, o romancista, e de Castelo Branco, o presidente do Brasil, chegam notícias tenebrosas. Num domingo, à noite, dando sequência à onda de violência iniciada em 2 de janeiro, bandidos explodiram uma bomba em ponte na capital, metralharam sede da Guarda Municipal e incendiaram ônibus escolar. Prenderam-se até então 347 pessoas por envolvimento nos crimes, mas os ataques não cessaram, nem as prisões. Áudios de celulares compartilhados entre membros de facções armadas no Estado revelavam, mais uma vez, que as ordens de atentados partiam de presidiários. Governo autoriza aquisição e posse de armas para cidadãos dentro de prévias condições. O magistrado Sérgio Moro, do alto de seu prestígio, proclama: “o Brasil não será um porto seguro para criminosos”. Mas a situação não se modifica. A Federação do Comércio de São Paulo estima que o varejo nacional deverá sofrer prejuízos de R$ 7,6 bilhões no presente exercício, por conta de feriadões e pontos de feriado. Mas os bandidos manterão excelente faturamento, porque não paralisam atividades e costumam nestes períodos até alcançar mais êxitos com a droga, com notáveis performances no mercado mundial. E inclemente segue o sol. Temperatura sobe a mais de 30 graus e não são animadoras as perspectivas para este final de janeiro. Pancadas podem acontecer pelo Sudeste, mas a coluna de mercúrio sofrerá alta e aproximando-se dos quarenta, que não é privilégio da Cidade Maravilhosa. Não se trata apenas do desconforto pessoal. A falta de chuva e o aumento da temperatura acima da média já ameaçam reservatórios do Sudeste. O calor não dará trégua nas próximas semanas e os técnicos têm medo de a situação hídrica se agravar, enquanto cresce o consumo de água e energia elétrica.
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