Associações dizem que cota de vagas para presidiários em empresas é impraticável

Representantes dos setores da construção e serviços afirmam: as empresas terão dificuldade para cumprir a regra que exige que empresas contratadas pela União tenham cota de trabalhadores presidiários ou egressos das cadeias.
IMPRATICÁVEL
“Encontrar profissionais qualificados nessa condição será impraticável”, diz o presidente da Confederação Nacional dos Serviços.
REGRA
A regra estabelece que empresas precisam ter de 3% a 6% da mão de obra formada por profissionais com este perfil caso tenham contratos de ao menos R$ 330 mil com o governo ou autarquias federais.
DIFÍCIL
“Construção civil, hoje, é um trabalho que exige qualificação, e é difícil que os presidiários preencham esses requisitos”, disse representante da Câmara Brasileira da Indústria da Construção.
AVALIAR
O Brasil estabeleceu outras políticas de cotas e nunca as avaliou, e seria preciso fazer isso antes de estabelecer uma nova iniciativa como essa, afirma professor da Fundação Getúlio Vargas. “O Brasil tem de parar de editar leis e normas sem avaliar as que já existem.”