Trump abandona acordo nuclear e repõe sanções econômicas ao Irã, que fala em enriquecer urânio "mais do que nunca". Israel entra em alerta máximo
Terça 08/05/18 - 15h34O presidente Donald Trump anunciou, hoje, que decidiu abandonar o acordo nuclear com o Irã, retomando as sanções contra aquele país. A decisão é altamente controversa, talvez a mais ousada do seu governo, de 15 meses.
TERRORISMO
Trump afirmou que "o Irã é o principal estado patrocinador do terrorismo" e que nenhuma ação desse país foi mais perigosa do que sua busca por armas nucleares.
ALÍVIO
O acordo foi negociado pelo ex-presidente Barack Obama e fez o Irã se comprometer a limitar as atividades nucleares em troca do alívio em sanções internacionais.
HISTÓRICO
Por sua vez, o presidente iraniano Hassan Rouhani havia dito que a saída americana do acordo fará com que os Estados Unidos tenham um "arrependimento histórico".
URÂNIO
Trump disse que o acordo de 2015 deveria proteger os EUA e seus aliados, mas permitiu que o Irã continuasse enriquecendo urânio.
CORRIDA
Segundo ele, o país está próximo de obter armas nucleares e de lançar uma corrida armamentista no Oriente Médio, com outras nações querendo seguir seu exemplo e também buscando programas nucleares.
CITOU
Trump citou anúncio feito pelo primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que disse ter documentos que provariam que o Irã teria mentido e continuado seus esforços para a produção de arsenal nuclear.
MÁXIMO
Minutos antes do anúncio de Trump, o governo de Israel instituiu "estado de alerta máximo de ataque" e mandou oficiais na região das Colinas de Golan prepararem e manterem abertos os abrigos antiaéreos.
Como justificativa para as medidas de segurança, militares israelenses afirmaram ter identificado "atividades irregulares de forças iranianas na Síria".
IRÃ
O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou logo depois do anúncio de Trump, que se as negociações falharem, a República Islâmica irá enriquecer urânio "mais do que nunca nas próximas semanas". Rohani falou na TV em resposta ao presidente americano: "Eu ordenei à organização atômica do Irã que, se for necessário, nós enriqueceremos urânio mais do que nunca".