Bispo preso em Goiás diz que é vítima de "grupo articulado" desde a Diocese de Janaúba

Após ficar 30 dias preso, o bispo de Formosa, em Goiás, dom José Ronaldo, disse, em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo”, ter sido vítima de armação de padres que discordam do seu estilo de trabalho.
MASSACRADOS
“Fomos massacrados, acusados sem provas, com um método absurdo de condenar, prender e apurar”, disse dom José Ronaldo. Em sua avaliação, as denúncias foram feitas para se livrarem dele. “É um grupo articulado que armou esse esquema há anos, desde minha passagem pela Diocese de Janaúba, de onde fui transferido para Formosa, em 2014”, garantiu.
DROGAS
Segundo o bispo, a armação começou quando ele levou para o município ex-dependentes de drogas. Disse que, para ajudá-los, sua conta ficou negativa. Chamados de “filhos do bispo”, esses ex-usuários de drogas ficaram, primeiramente, hospedados na casa episcopal de Janaúba. Depois, tiveram um local alugado só para eles.
CRIMES
Eram sustentados pelo bispo e foram acusados de crimes graves na cidade, como furtos e roubos, disse a reportagem. Em Formosa, o religioso também foi alvo de novas denúncias. Dom José Ronaldo foi preso em 19 de março, acusado de desviar dinheiro da Igreja Católica.