Pesquisadora diz que ataque humano contra macacos pode atrasar detecção da febre amarela
Sábado 27/01/18 - 17hPesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz alertou que a grande mortandade de macacos provocada por ataques humanos pode sobrecarregar o sistema de detecção do vírus da febre amarela.
TEMPO
A pesquisadora destaca que a confirmação de que o macaco de fato morreu vítima da doença pode demorar um tempo maior a partir do momento em que uma grande quantidade de amostras de sangue destes animais chegar aos laboratórios de referência para serem analisadas.
SOBRECARREGANDO
“Além de a gente estar matando o animal que mostra onde está a circulação do vírus, cometendo crime ambiental, provocando desequilíbrio ecológico, a gente está sobrecarregando o sistema que detecta os casos”, disse a pesquisadora.
AGRESSÃO
O último balanço feito no Rio mostrou que o estado contabiliza 131 macacos mortos desde o início do ano. Deste total, 69% têm sinais de agressão humana.
TENDÊNCIA
A pesquisadora advertiu que, se a população de macacos for dizimada, a tendência é que os mosquitos silvestres transmissores do vírus que circulam na copa das árvores voem até a borda da floresta, onde podem infectar uma pessoa que não está vacinada.
“O macaco não transmite a doença. Ele avisa onde está a circulação do vírus. Precisamos protegê-los”, disse Mariana.