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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: RIO CONGONHAS DEPOIS DE TRÊS ANOS CONSECUTIVOS VOLTA A CORRER NO MÊS DE SETEMBRO. Quando chega ao final de Setembro, o Rio congonhas no município de Itacambira MG seca, como foi nos últimos três anos consecutivos. Este ano foi atípico. Numa recente medição de vazão (20/09) naquele rio, foi possível registrar 58,0 litros por segundo. Veio a dúvida: - Será que o rio está se recuperando? Será que choveu mais no período úmido? Não! - Não é nenhuma destas hipóteses! Na verdade a bacia hidrográfica do Rio Congonhas está com suas recargas comprometidas pela silvicultura (floresta comercial), ou seja, plantação de eucaliptos. O rio não tem mais a performance hídrica como nos anos idos; só é alimentado pela pouca descarga liquida que sobra da força capilar para as raízes e perde pela evapotranspirção da mega floresta de eucalipto. Todo mundo sabe que a fisionomia da Serra Geral no Norte de Minas mudou! Onde era vegetação de chapada/cerrado, hoje é só eucaliptos e pinus. Fato que muitos aleivosos ambientalistas não sabem; até mesmos os órgãos responsáveis pela a fiscalização fecham os olhos. Se fiscalizam... não notamos resultado. E de onde apareceu a água (58,0 l/seg.) que timidamente corre no sofrido Rio Congonhas em Itacambira?? Uma explicação simples! Ou hipotética como querem os (...) Este ano a empresa responsável – que atua a muitos anos na região – derrubou para carvão - varias quadras (muitos hectares) de eucaliptos adultos que foram substituídos por pequenas plântulas; com isso! É lógico e cientifico que, a evapotranspiração fosse bem menor! Sem dúvida! E conseqüentemente, a perda de água do lençol freático foi reduzida, fazendo com que a água percolar-se para o rio, em vez de subir para as raízes dos eucaliptos adultos - alimentando a Bacia Hidrográfica onde iriam construir a tão ”FACTOIDE BARRAGEM DO RIO CONGONHAS”. Reiterando! A situação do Rio Congonhas é grave; o seu potencial hídrico não o mesmo de 30 a 40 anos atrás. Se houvesse a Barragem no local, estaria só a lama! Da forma que as bordas dos talhões de eucaliptos avançam para as veredas das nascentes e o aumento de POÇOS PROFUNDOS – nas áreas de recargas - que são explorados para resfriamento dos fornos de carvão, podemos afirmar que: - até um pequeno açude não irá encher para atender os pequenos irrigantes que enfrentam as estiagens da região. “O mais importante atributos que podem ser medidos prontamente, são tamanho, número e distribuição no espaço de plantas componentes.” John Curtis (1913-1961) A floresta natural obedece este conceito de Dr. Curtis, mas, a silvicultura... quanto mais numerosa a quadra; melhor. Reflitam! (*) José Ponciano Neto Membro do Comitê da Bacia do Rio Jequitinhonha (JQ1) e Téc. Meio Ambiente (de campo) há 41 anos

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