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Mensagem: GREVE DOS CAMINHONEIROS. Não é novidade a greve dos motoristas de caminhões. Em 1979 em plena Ditadura Militar uma greve levou os caminhoneiros cruzarem os braços e parou o Brasil. Pouco pode fazer o General Ernesto Geisel. Esta paralisação gerou uma pequena algazarra, mas, diante das negociações e ameaça do uso da força em caso de uma “convulsão social” - como agora - a greve de 79 demorou pouco. Só os meus moveis de casamento enviados pela a “Arapuã moveis” chegaram uns dias mais tarde. Esta greve afetou mais os estados São Paulo e Minas. Em pleno Governo Dilma em 2015, outra greve parou 12 estados com seus protestos contra o diesel caro, o valor do pedágio e o preço do frete. Outra ameaça a ordem pública e econômica - mas, foi amenizada em menos de três dias com diálogo e algumas medidas que atendeu os “choferes”. Outra greve em 1970 ainda no governo de Emilio Garrastazu Médici, os “choferes” de caminhões diante de uma infração altíssima pararam o Brasil por um frete mais justo - reivindicaram 100% de aumento no valor cobrado no frete e outras vantagens pessoais – vantagens que não estão na pauta da greve atual. No final conseguiram 1/3 do proposto e seguiram viagens. Em Março de 1959 no governo de Juscelino Kubitschek foi deflagrada uma greve de caminhoneiros que fez o Estado da Bahia e o Brasil parar. Já utilizando com maior freqüência as estradas (95% terra) os grevistas reivindicando menor preço dos combustíveis, bloquearam a estrada próxima a Vitória da Conquista. Diante das más condições que se encontrava os caminhoneiros ( falta de comida, água para beber e banho ...) foi necessário a intervenção e mediação da Igreja católica que, o tempo todo pedia calma – não só aos motorista, mas, aos retirantes que estavam viajando na carroceria dos “paus de araras” que ficaram retidos nos pontos de controle da greve. Como está acontecendo agora. A população baiana levava alimentos e leite em pó para todos. A greve no estado baiano durou cinco dias, a estrada só foi desbloqueada depois que o Presidente JK através do governador da Bahia, General Juracy Magalhães atendeu a reivindicações e ameaçou enviar as forças armadas. Mas, acabou! Outras greves aconteceram nos anos 80 e 90 com menores prejuízos a população e ao comércio, inclusive a de 1985, no governo Sarney que reivindicaram e, foram atendidos - quando o presidente autorizou a criação do Sindicato Nacional dos Transportadores Rodoviários e também mudou a Tabela Fretes - atendendo a todos. Mas, a pior de todas delas é esta que estamos atravessando neste momento. Já são 10 dias, e pode durar mais tempo. Ninguém sabe qual dos três poderes manda no Brasil. O presidente não admite o seu fracasso – o Congresso fingindo de união – as Forças Armadas apenas servindo de escolta – Comitês de Crise estaduais e municipais pouco podem fazer, ou nada, só mesmo monitorar e talvez enviar relatórios ao Ministério da Segurança Pública que também não mantém soberania aos empresários – só os acusam de “locaute”. Estão brincando de empurra - empurra com o povo! No Chile a grande greve dos caminhoneiros em 1972 que durou muito tempo e a falta de punho conciliador desestabilizaram o país com moeda fraca, falta de combustíveis, alimentos e segurança da água, pouco adiantou o Presidente Salvador Allende ser votado democraticamente. A greve foi o estopim para o golpe militar e o Presidente foi destituído. Pense nisto senhores do poder! - A coisa está ficando feia! 30/05/2018 (*) José Ponciano Meto é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
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