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Mensagem: Já são 9 horas de chuva contínua, mansa, miúda, ordeira, chuva que começou pouco depois das 8h da manhã, atravessou o dia e chegou agora à Hora do Ângelus, coisa que pouca gente hoje sabe o que é. Hora do Ângelus, 6 horas da tarde. Hora da Ave Maria. Mas, quero falar da chuva atípica de hoje, chuva de invernada, com as nuvens baixas, escuras, cobrindo todo o horizonte, e também os montes claros - que dão nome e batismo à nossa cidade. Chuva que pode prosseguir noite a dento, e que deixou um acumulado de 12 milímetros, até agora. Chuva que que fez a luz dos postes se acender durante grande parte do dia, que obrigou motoristas a usaram o limpador de parabrisas o dia inteiro. Chuva de invernada, poucas vezes vista 30 dias depois da Sexta-Feira da Paixão, que costuma ser o marco final das nossas águas sertanejas. Coisa de ser publicada em jornal, com alarde, estrépito. Mudaram-se os tempos? Talvez o eixo da Terra. Na Bahia é costume chover nas fogueiras de junho. Mas, nós não estamos na Bahia. A Bahia fica longe, é outro mundo para nós, mineiros, setentrionais de Minas. O fato é que chove em fins de maio em Montes Claros, boiadeira cidade, chuva fina e gentil, mas chuva continuada, perene por horas. Como quase nunca se viu. Pelo menos os Céus nos atendem. Ora pro nobis.
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