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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 8 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Morreu Décio Gonçalves Queiroz, aos 87 anos. Foi um dos pais da moderna imprensa de M. Claros. Imprensa que nasceu em fins do século 19. Resistiu nas páginas da Gazeta do Norte por toda a primeira metade do século 20. E deu floradas na metade seguinte. O jornal de Oswaldo Antunes veio imediatamente nos anos 50, e chamava-se ´O Jornal de Montes Claros´. ´O Diário de Montes Claros´, de Décio, desembarcou nos anos 60. Foram editados corretamente numa cidade que ainda não tinha 100 mil habitantes, mas que consumia quase 7 mil exemplares diários, vespertinos, em 3 edições semanais. Era tiragem memorável, para tempos heróicos, não inferiores aos de hoje, e talvez muito mais brilhantes. Tempos inolvidáveis. Além de ótima circulação para aldeia provinciana e doce, apesar da fama de brava, os 2 jornais ainda produziram uma dezenas de excelentes repórteres e tipógrafos, qualificados. E quase que morreram juntos, fisicamente, materialmente, depois de décadas de bons e continuados serviços. Isto é, não morreram - deixaram de circular. A história de cada um perdurará por muito tempo, porque as produções do espírito não se inclinam à lei da morte, e persistem, e prosseguem, e duram, porque destinados a uma instância superior da vida evanescente. Mas, esta é outra história, para outra hora. Hoje, basta dizer que a cidade selou à terra um seu benfeitor, novamente ao entardecer. Décio Gonçalves. Sempre teve boa saúde, até que o coração precisou ser reparado, há alguns anos. Depois, vieram as dificuldades da idade. Ontem à noite, noite da quinta-feira 3 de maio, deixou-nos. Ainda há pouco, voltamos da cerimônia em que o devolvemos ao princípio, e recomeço. Neste breve, atrasado, tosco, canhestro registro de um personagem que merece mais, é preciso acrescentar: Décio Gonçalves Queiroz será lembrado. (PS - Para lembrar. Décio partiu no mesmo dia em que uma mãe, durante assalto diurno a clínica médica, ajoelhou-se para proteger com o corpo a filha de colo. Significa que a luta de tantos anos foi insuficiente para fazer recuar a barbárie. Aí também é preciso recomeçar, e lutar outro tanto, e isto o faremos, debaixo do seu exemplo).

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