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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 8 de novembro de 2024
 

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Mensagem: PRAÇA DA MATRIZ: UMA DAS PRAÇAS DA NOSSA INFÂNCIA Uma das lembranças que eu tenho da minha infância, quando minha avó Alzira me puxava para as missas na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e São José na Praça Dr. Chaves, conhecida como Praça da Matriz. Naquela época, minha avó só me deixava brincar depois da missa. Sentada em um dos bancos de pedras – anatomicamente confortável - ficava “nos” olhando brincar – usei este pronome pessoal, devido às outras crianças que ali estavam. Sempre com a melhor roupa (a de vê Deus), simples, mas, era “bacana demais”. Brincava de correr e brincar de pique, que era muito legal!! Eu com meus dez, onze, doze anos, dava aqueles desconcertantes dribles nos mais molengos. Só um lugar não podia brincar. Era dentro do Coreto. Dizia-nos que lá era lugar das autoridades e bandas de orquestra. Nesta Praça lírica, vovó pagava picolé - gomos de cana e algodão doce – desde que as nossas travessuras não perturbassem o trabalho do jardineiro/vigia. Essas travessuras infantis não chegavam a este extremo. Só um dia que coloquei o chiclete pin-pong mastigado no banquinho do vigia. - Que puxão de orelha! Depois da diversão nós passávamos no Palácio do Bispo para ser abençoado pelo Padre Dudú e Dom José Alves Trindade - este trânsito franqueado ao palácio era devido o meu tio Jorge Ponciano ser padre e pela admiração que a diocese tinha a minha família. HOJE esta praça está “morta”, aparentemente servindo de sepulcro da vida social e cultural. Só se ver drogados, moradores de ruas com cenas obscenas, não existe gramas, bancos quebrados e rabiscados, a fonte luminosa não funciona, as arvores de velhas desprendem os galhos, levando um possível acidente. Um grupo de mendigos fez um acampamento no famoso Coreto, este que já abrigou por algum tempo vários colibris. Outro grupo de moradores de rua montou uma cozinha (foto) que hoje faz parte da paisagem da praça. Durante a noite que outrora, a juventude que se concentrava na praça para namorar e presenciar a Fonte Luminosa (com suas cores atrativas), hoje o medo de assalto é que amedronta os vizinhos, até de dia também. Vejam os assaltos registrados nos Correios! Sem contar as agressões sofridas, desde mais velhos até aos jovens que têm seus celulares roubados a luz do dia. Onde estão as “Comissões de Meio Ambiente e a Diretoria que são responsáveis pela conservação das praças e jardins? E não é só a Praça da Matriz, são todas. Temos de cuidar das nossas praças e jardins. Criar outros parques pode ficar prá depois. Hoje não existe a Praça da Matriz, só restaram às lembranças. A Praça Dr. Chaves está `morta`. Ainda não matou a saudade que deixou na minha memória – ali perdi algumas meninas, mas, foi lá que conquistei a minha esposa, que morava ali perto, na Rua Padre Teixeira, há 41 anos. AH, SE ESSA PRAÇA FOSSE MINHA... (*) José Ponciano Neto é MEMBRO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE MONTES CLAROS. 20/04/2018

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