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Mensagem: A revista Elle, de moda e beleza editada pela Abril, publica interessante matéria a respeito de um montes-clarense que estaria ´arrasando na Dinamarca´, embora não seja conhecido na sua cidade - M. Claros, MG. Daí enviar o texto, para que tomem conhecimento do conterrâneo vitorioso: ´MODA Por que este estilista brasileiro está arrasando na Dinamarca? - Conheça o trabalho de Felipe Coelho que, aos 23 anos, acaba de lançar a sua própria marca. Diferentemente da maioria dos estudantes de moda das faculdades brasileiras mais conceituadas do Brasil, Felipe Coelho teve um background técnico que fez toda a diferença quando chegou ao bacharelado. Na cidade em que nasceu, Montes Claros — que fica no norte de Minas Gerais –, ele frequentou um curso de dois meses de modelagem e costura. “Eu gostava tanto daquilo e me dedicava tanto que, depois de um tempo, já ajudava meu professor a resolver as dúvidas de outras alunas por lá”, relembra de suas colegas de sala, em sua maioria, mulheres mais velhas. Foi só depois disso que ele passou no vestibular no Senac e se mudou para São Paulo sem nunca imaginar que, depois de tudo, ia parar na Dinamarca. “Durante a faculdade, tentei, na medida do possível, fazer relações e me catapultar ao máximo para aproveitar todas as possibilidades. Então fui engatando um projeto no outro: pesquisas, artigos, trabalhos, etc. Até porque, lembro que a estrutura da faculdade foi uma das primeiras coisas que me deixou deslumbrado na vida.” Assim, quando surgiu a oportunidade de fazer um intercâmbio na School of Design and Technology de Copenhagen, ele logo se agarrou a ela. “A ideia era ficar somente seis meses e nem para isso eu tinha o dinheiro. Mesmo assim, dei um jeito e, no fim das contas, vou terminar a minha graduação por aqui”. Por incrível que pareça, mesmo em meio aos estudantes vindos de diferentes lugares do mundo e de alto nível, Felipe continuou se destacando. Tanto que, sem estar no seu último semestre na universidade, foi escolhido para representar a instituição em uma competição, supostamente, dedicada para formandos do norte da Europa, a Designer’s Nest. “Disseram para mim que eu deveria levar alguns trabalhos já prontos para a briga e eu me recusei. Decidi fazer tudo do zero e entrar com uma coleção 100% nova. Fiz tudo em três semanas e, apesar de não ter vencido, sinto que essa foi uma experiência incrível para mim”. Neste desfile, já despontava uma das características mais marcantes de seu trabalho que é a intimidade que ele tem com tecidos sustentáveis. É uma relação aberta, mas ainda assim, profunda. “Não quero ser como a Chanel que tem uma série de clássicos da marca. Respeito e admiro profundamente o seu trabalho, mas meu intuito é fazer algo diferente, que atinja a quem se identificar e não tenha um público definido. Acho que estamos falando de comportamento e quem comprar a minha roupa é porque se relaciona com ela de um jeito diferente: entendendo-a como uma extensão do corpo e não como algo descartável“, explica. Se nesta primeira coleção de sua marca — que ele abriu antes mesmo de se formar — tecidos planos e padronagens listradas aparecem, na próxima temporada, tudo pode mudar… E que bom! “Não quero ser como a Chanel que tem uma série de clássicos da marca. Respeito e admiro profundamente o seu trabalho, mas meu intuito é fazer algo diferente, que atinja a quem se identificar e não tenha um público definido.” “Para vender, por enquanto, eu ainda dependo de alugar espaço, montar vendas, participar de feiras, mas pretendo regularizar o meu e-commercemuito em breve”, diz o designer que trabalha com samples: o cliente escolhe a roupa e, em duas ou três semanas, recebe um modelo como aquele feito do zero especialmente para ele. “Não gosto de ficar colocando etiquetas sobre o meu trabalho: definir como genderless, ageless e sustentável. Eu posso acabar falhando nisso. No entanto, sem dúvida, eu me esforço para expandir os limites que já conhecemos em todos esses sentidos. Faço muitos estudos para que a minha roupa funcione bem em diferentes tipos de corpos, tenha um bom caimento e acabamento em todos eles.” Quando se fala de Felipe, tudo é novo ou, pelo menos, tem a pretensão de ser: é um novo modelo de negócio, uma nova maneira de produzir roupas, uma nova abordagem à clientela, uma nova tentativa de redução de danos ambientais e até uma ressignificação da importância no estilo (aquele que nunca muda) na concepção de uma etiqueta contemporânea. Considerando que este é um menino que, desde criança, enxergava nas sacolas plásticas de supermercado a possibilidade de se tornarem camisetas regatas, era de se esperar que sua contribuição na moda não tivesse nada de convencional. “Não suporto ficar parado no mesmo lugar. Nunca aceitei as coisas como elas são dadas, sempre gostei de questionar.” Deu para perceber, não?
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