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Mensagem: Exaltação ao povo que trabalha Manoel Hygino Passei longas (?) horas percorrendo as páginas. Havia muito trabalho a ler, a perscrutar nas fotos, numerosas, preciosas por seu valor histórico e sentimental. Na realidade, “Zé Gomes simples assim”, publicado em 2016, não é apenas um conjunto de imagens e registros escritos de seus autores, capitaneados pro Wagner Gomes, o organizador. Livro que nos desperta sensações e sentimentos gratos. Caríssimo, no que tange ao seu valor material, porque o papel é de primeiríssima qualidade e, portanto, de alto preço; caríssimo, porque resgata o passado para um público devotado, que o deseja forte e perene; parcialmente adormecido, mas não mortos. Saudade, pela melancolia que povoa o leitor pelos momentos, oportunidades e acontecimentos, que atravessou, mas também pelos belos instantes que não tivemos a sorte de viver, mas que tanto gostaríamos. De uma singela homenagem do filho comovido, evolui-se para uma composição feliz de vários autores, da família ou não, gente que esteve ao lado de José Gomes durante sua existência, marcada pela simplicidade da origem e pela disposição de ser útil. Uma límpida demonstração do que eram as famílias antigas, em sua estrutura alicerçada na dignidade, na honra pelo trabalho, pela boa conduta e pelo espírito de solidariedade. José Gomes, chefe dos Correios e Telégrafos em uma cidade grande (hoje pelos 400 mil habitantes), pai de família, vinculado e incentivador de belos projetos no campo social, esportivo e filantrópico, maçom movido pelas melhores princípios da irmandade, revela que se pode vencer com honestidade, ser útil. Os depoimentos, diversos, demonstram como foi a sua jornada pessoal, em uma comunidade que procurava concretizar sonhos e aspirações. No período que ora cruzamos, que parece evidenciar a inclinação e a direção de só se conquistar sucesso pelos ínvios caminhos, pela improbidade, é alentador confirmar as trilhas do êxito e da ventura podem ser as do bem. Esta a lição que fica do livro de Wagner Gomes, ao ensejo do centenário de seu pai. Por sinal, ao ver as imagens e percorrer os diversos excelentes textos, dá-se uma volta ao passado, através da farta documentação fotográfica. Ao tecer a crônica de vida paterna, o autor revela o sentido de família, da união dos cidadãos de bem visando seus mais cálidos sonhos e ideais. O trabalho, cuidadoso, carinhoso, de Waldir Gomes é um hino a Montes Claros de ontem, que foi de seu pai, meu, seu, de sucessivas gerações, mais do que um a exaltação aos ancestrais que edificaram a cidade grande no longínquo sertão norte-mineiro. É, antes e acima de tudo, talvez, uma canção de esperança e de confiança no futuro de uma gente, operosa, dinâmica, que sabe o que quer para si e para a descendência. A bela edição constitui, ademais, pelo que se vê, mais do que um precioso documentário sobre a história de um lugar e uma gente, cujo denodo se acompanha desde a construção da casa na Dona Eva, a primeira, até os edifícios e bairros que se incorporaram ao panorama da terra de Gonçalves Figueira.
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