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Mensagem: “Lá no céu tem um castelo / ô lá no céu tem um castelo / ôooo / quem formou foi o Rei da Glória...´ Com esta cantoria, própria dos Marujos, os Catopês de M. Claros entraram ontem à tardinha, no Campo Santo local, para sepultar o corpo do carroceiro João Faria, mestre do Segundo Terno de Catopês, de Nossa Senhora do Rosário. Ainda que ajuntados de improviso, para os protocolos da Vida e da Morte, o som dos tambores e caixas, sua mística, impuseram silêncio incomum num lugar que é de silêncio, enquanto, conduzindo o corpo envolto por fitas e rumores, atravessavam as sepulturas em quarteirão, cantando, cantando. Coube a Tonão, irmão mais velho de João Faria, resumir com sua voz rouca o momento de luto dos Catopês dançantes de Montes Claros. De um alto, de onde se avistava o corpo recuar à terra, ele pronunciou: ´- Não cabe a nós contrariar a vontade de Deus. Vai em Paz, meu irmão´. E os catopês então retomaram a cantoria, e foram deixando o Campo Santo. Ainda havia sol. Voltarão em agosto. Como há quase 200 anos. Ou mais. Ninguém sabe.
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