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Mensagem: Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira, (...), o prefeito Humberto Souto falou sobre uma série de medidas de enfrentamento à crise hídrica no município. Ao lado dos secretários, o prefeito criticou o aumento de quase 11% imposto pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) na prestação dos serviços de água e esgoto. Ele ainda falou sobre a coleta de água do rio Pacuí e sobre a viabilidade da utilização de poços no combate à seca.Durante a coletiva o chefe do Executivo anunciou que o município ajuizou uma ação civil pública contra a Copasa para cancelar o reajuste nas constas de água. Na ação, o município questiona ainda o fato de a Companhia de saneamento não ter comunicado em nenhum momento os passos do racionamento imposto a todos os moradores, gerando prejuízos diversos que são estimados em R$ 50 milhões como valor pleiteado em danos morais. “A Constituição Federal assegura que o município é o titular da exploração do serviço de água. A Copasa é somente uma concessionária do serviço, por isso nós entendemos que as decisões deveriam ser tomadas com um prévio comunicado, assim como as ações de planejamento também deveriam ser expostas abertamente. Não estamos comprando uma briga com a Copasa, mas eu não poderia ser omisso neste momento de crise intensa, vendo que a população será penalizada com um aumento nas contas desta proporção. Por isso movemos esta inédita ação pleiteando danos morais coletivos”, disse o prefeito. Humberto Souto explicou que a solução ideal seria que o reajuste da Copasa desconsiderasse a cidade de Montes Claros, em face da grave crise hídrica enfrentada pelo município. Ele afirmou ainda que o racionamento vem gerando enormes prejuízos e que as dificuldades enfrentadas hoje pelos moradores deveriam ter sido previstas pela Companhia, que já é titular dos serviços há muitos anos. “Não se pode fazer um reajuste sem que o município seja ouvido, sobretudo na atual situação que a cidade vive. A renovação do contrato com a Copasa está sendo estudado, inclusive será realizada uma reunião ainda esta semana. Se as necessidades do município forem atendidas, não há motivos para que não haja a renovação. Entretanto, o atendimento efetivo será amplamente cobrado, com cláusulas específicas para que os serviços sejam garantidos”, afirmou. O prefeito apoiou a Copasa no que diz respeito à captação da água no rio Pacuí. Humberto Souto explicou que a medida é paliativa, mas que deverá resolver o problema de Montes Claros de forma emergencial. “O ideal seria a construção da barragem de Congonhas, mas isso levaria em torno de 10 anos. Em caráter emergencial, a solução mais plausível é realmente a construção de uma adutora para trazer água do Pacuí. O município já colaborou para isso através da desapropriação de uma área onde serão feitas as estações. Não há interesse em prejudicar ninguém, mas essa obra é importante para evitar um colapso na cidade por falta de água”, completou o chefe do Executivo. Humberto Souto aproveitou a presença dos jornalistas para anunciar ainda que irá solicitar a secretaria de Meio Ambiente, a realização de um estudo sobre a viabilidade dos poços da cidade. De acordo com o prefeito, estima-se que haja cerca de mil poços em todo o município, com uma quantidade de água que poderia auxiliar no combate à seca. “É preciso que esta possibilidade seja analisada para que, nos locais em que a quantidade de água seja alta, o excesso possa ser vendido à Copasa e redistribuído ajudando aqueles locais necessitados. É importante destacar que o município está ao lado da população. Todo aquele que estiver enfrentando dificuldades pode procurar a Prefeitura para que possamos cobrar a prestação correta do serviço em todos os locais”, finalizou o prefeito.
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