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Mensagem: A multiplicação dos pães Manoel Hygino Em minha conversa com uma religiosa de prestigiosa congregação, comentamos que todos os dias há notícias de pessoas que encontram Jesus. Não se trata de mera troca de ideias sobre o contato ou a aproximação daqueles que, nestes tempos e em seu percurso diário, se deparam com o homem da Galileia. Jesus, o Cristo, está no meio do caminho de quem o busca, e isso é, no mínimo, algo de rara beleza, mesmo a quem não professa o cristianismo. A observação foi feita ao ensejo, no último 8, de agosto é claro, da notícia de que se achara o local onde Jesus multiplicara pães. Vou ao texto do jornal: Arqueólogos israelenses acharam, nos arredores do Mar da Galileia, os restos de Betsaida, o povoado, no qual, de acordo com a tradição, os apóstolos Pedro, André e Felipe moravam e em que aconteceu o milagre. O arqueólogo Mordejai Aviam, do Kinneret College, de Israel, que trabalha há três anos no projeto, afirmou: “Encontramos o que parece ser a cidade dos três apóstolos, onde Jesus multiplicou pães e peixes”. Na margem nordeste do Mar da Galileia, a equipe vasculhava o lugar, onde, conforme o Novo Testamento, estiveram três dos apóstolos e é a hoje conhecida Reserva Natural do Vale do Betsaida. De acordo com a Bíblia, Jesus teria ido àquele lugar para descansar, sozinho, mergulhado na tristeza pela notícia da morte de João Batista, ordenada por Herodes Antipas, mas foi seguido pela multidão. Aconteceu. Quando anoitecia, os discípulos sugeriram que os seguidores se dispersassem a fim de que pudessem comer alguma coisa. Jesus respondeu que não era necessário se irem, pois as pessoas podiam alimentar-se com o que ali mesmo encontrassem. Os discípulos, todavia, esclareceram que só havia cinco pães e dois peixes. Jesus, então, retirou-se dali num barco para Betsaida, do outro lado do mar. Inúmeros o reconheceram e correram, a pé, chegando primeiro. O mestre deparou a multidão, subiu a um monte e os apóstolos aconselharam: “O lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede a multidão, para que, indo aos campos e aldeias ao redor, se hospedem e comprem comida”. Jesus não estava de acordo: “Não precisam ir embora. Dai-lhes vós de comer”, ao que seus seguidores objetaram: não existia alimento suficiente. Verificando o que havia disponível, tão poucos pães de cevada e peixes, Jesus pediu que os grupos, de cerca de cinquenta pessoas, se assentassem. Havia muita relva e homens e mulheres, idosos e crianças, em torno de cinco mil, dispuseram-se em torno. Jesus tomou, em mãos, o que havia na ínfima reserva, mirou os céus, e abençoou. Partiu os pães e os peixes, distribuídos aos que se achavam por ali, conseguindo saciar a todos. Assim se fez e, depois, orientou: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que não se perca”. Encheram-se doze cestos de pedaços dos pães, para atender aos que viessem depois. Está escrito. E não é invenção, segundo H. G. Welles, tinha-se ali “o retrato de uma personalidade muito bem definida, obrigando-nos a dizer: este homem existe. Isso não pode ser inventado”. Precisamos aqui de alguém assim, agora.
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