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Mensagem: A hora do pronto socorro Manoel Hygino No meio do caminho ou ao longo do itinerário, há pedras que o poeta de Itabira, farmacêutico por diploma, amanuense por ofício e poeta por vocação, não percebeu. Ele seria altamente beneficiado pelo poder público, pelos próprios meios e solidariedade dos companheiros de jornada, caso houvesse necessidade de algum tipo de amparo. Há caminhantes nesta jornada doída todas as horas; eles, os infelizes e todavia, até sem esperanças, aqueles que carecem de assistência médica e hospitalar, de família e social. Mas antes de Drummond, já existiam as Santas Casas, fundadas a partir da rainha portuguesa, que cuidou de zelar pelos viajores de muitos lugares do mundo, desde o século XV. D. Leonor, após mortos o soberano e o único filho, ainda jovem, avocou a missão de amparar esses deserdados da sorte. O projeto cristão, social e humano desembarcou no Brasil, em 1538, e humildemente ganhou terreno, contando com a nobreza dos que têm bondade no coração. Transcorridos séculos, viu-se que os governos se mostravam incapazes de, sozinhos, oferecer assistência à saúde, principalmente nos países pobres ou em desenvolvimento. As beneméritas Santas Casas continuaram o labor, extraindo recursos de lugares em que supostamente sequer existissem. O Brasil, do tamanho que é, inclusive de problemas, constitui mostra límpida de como extrair água no deserto para saciar os sequiosos de calor humano, de atendimento à saúde, de alimentação adequada, apoio espiritual e psíquica. Fazer o bem, trabalhar com integridade, seriedade e responsabilidade são atributos indispensáveis aos que se dedicam às Santas Casas no Brasil. Encarregaram-se voluntariamente, de ponderável parcela da assistência à população. Os números, valores e estatísticas são divulgados amplamente pela mídia. Não é preciso ir longe. A Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, com 118 anos completados no mês passado, passa por perversos momentos. Há espertos e experts que levantam rapidamente recursos para projetos, frequentemente perversos. Contudo, os de interesse social demandam longo tempo, discussões intermináveis, lentidão na tramitação. Agravam-se os casos das enfermidades, que parecem inúmeros. As Santas Casas pedem socorro – às vezes pronto-socorro – para sobreviver. Emendas parlamentares ajudam-nas a funcionar, mas exigem celeridade. O projeto de número 7.606 aguarda na Câmara dos Deputados a criação do Programa de Financiamento Preferencial para a área complementar do Sistema Único de Saúde. Aguardar mais quanto tempo? Eis a questão. Há vidas em jogo, que exigem atenção e carinho. Casos assim precisam de tratamento especial. Não podemos deixar que as Santas Casas, como a de Belo Horizonte, faltem à assistência necessária. Seria crime. Os deputados Laudívio Carvalho e Domingos Sávio requereram urgência na apreciação da matéria. É assunto essencial para muitos seres humanos. Os demais parlamentares têm agora de cumprir seu dever.
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