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Mensagem: A consciência no sufrágio Manoel Hygino - Hoje em Dia O ano que evolui para o fim não tem sido dos mais benignos para os brasileiros. Nesta véspera de eleições, que aquecem opiniões até à explosão, lembrei muito, entre outros fatos, de que pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, Suécia, concluíram que o dia mais triste da semana é o domingo. O resultado saiu de entrevistas com 12 mil pessoas na Europa, entre 1985 e 2007. As eleições, entre nós, serão no primeiro domingo de outubro. Assim me sobrevieram outros pensamentos como de escolher nossos representantes para altos cargos da administração pública. Fernando Guedes de Melo evocou, há dias, versos de William Blake: “Aquele que se deixa prender por uma Alegria, rasga as asas da vida. Aquele que beija a Alegria enquanto voa vive no amanhecer da eternidade”. O princípio budista de impermanência de todas as coisas se casa com a Lei de Lavoisier, do século XVII, que nos faz retroagir ao ensino colegial: “No mundo, na natureza, nada se cria e nada se perde, tudo se transforma”. Então, a vida termina com a morte? A pergunta está na cabeça de todos que pensam (penso, logo existo) e acompanha o raciocínio interrompido. Há a morte? O cientista norte-americano Robert Lanza, eleito três vezes o mais importante do mundo pelo “The New York Times”, diz que a consciência nunca acaba mesmo depois que o corpo para de funcionar. Consciência é, pois, caso muito sério. Para Fernando Guedes, a consciência utiliza a física Quântica para tentar provar que “existe, sim, uma espécie de vida depois da morte” para o ser humano. A consciência cria o universo material e não o contrário. Para Lanza, o ser humano carrega o espaço e o tempo consigo, como as tartarugas os seus cascos. Quando o casco se desfaz, tempo e espaço permanecem. A teoria sugere que a morte da consciência simplesmente não existe. Ela é capaz de estar em qualquer lugar, seja no corpo humano ou fora dele. Acredita que múltiplos universos podem existir simultaneamente. Em um deles, o corpo pode estar morto, mas continuar existindo em outro. Mas, como disse Einstein, “o materialismo acabará por falta de matéria”. Consciência – basta consultar os dicionários – é a faculdade que tem a razão de julgar os próprios atos; a voz secreta da alma, que aprova ou desaprova nossas atitudes. Como observa Fernando, tudo aponta para uma transcendência além da dualidade no mundo da matéria, em seu nível mais fundamental. Indica a presença de um tertius superior, acima das dualidades – o que seria a consciência – presidindo os fenômenos no mundo da matéria. A consciência funciona como se fora a própria anima mundi. Com tais pensamentos, caminhamos para o sufrágio de outubro, um que não é apenas apertar do botão. Tudo pode mudar para melhor ou pior no aparentemente simples ato de votar. O futuro quatriênio, à seu término, no-lo dirá.
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